Chamamento ao processo

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Chamamento ao processo é uma espécie de intervenção de terceiro previsto nos artigos 130 a 132 do NCPC, que trada de chamar ao processo um terceiro onde faça parte ao litisconsórcio no polo passivo da ação. Esse procedimento é facultativo e somente o réu pode fazer o pedido do chamamento ao processo e no momento da contestação.
O chamamento ao processo busca a economia processual, pois no caso de uma ação entre credor e fiador, o fiador chama ao processo o devedor principal, onde ao fim da primeira ação, uma segunda seria iniciada para que o fiador cobrasse a divida do devedor principal. No caso de vários fiadores, onde apenas um foi citado, ele pode trazer os demais para responder junto a ele naquela ação.
Segundo Theodoro Humberto jr: “chamamento ao processo é o incidente pelo qual o devedor demandado chama para integrar o mesmo processo os coobrigados pela dívida, de modo a fazê-los também responsáveis pelo resultado do feito (...) Com essa providência, o réu obtém sentença que pode ser executada contra o devedor principal ou os codevedores, se tiver de pagar o débito”.
	Na definição de Fred Didier: “sua finalidade primeira é alargar o campo de defesa dos fiadores e dos devedores solidários, possibilitando-lhes, diretamente no processo em que um ou alguns deles forem demandados, chamar o responsável principal, ou os co-responsáveis ou coobrigados, para que assumam a posição de litisconsorte, ficando submetidos à coisa julgada”.
	Caracteriza-se, portanto, por ser uma forma de facilitar a cobrança de uma dívida envolvendo devedores solidários, fiador e devedor, ou fiadores, sempre permitindo a formação de um litisconsórcio ulterior, que é aquele que surge após o processo ter se formado, de forma que ambos são condenados diretamente.