Buscar

Atividade Estruturada

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Sistema de Cotas 
 
Também chamada de ação afirmativa, é uma forma de reservar vagas para determinados grupos. O 
sistema de cotas foi criado para dar acesso a negros, índios, deficientes, estudantes de escola 
pública e de baixa renda em universidades, concursos públicos e mercado de trabalho. A política de 
cotas nas universidades é o melhor exemplo desse sistema no Brasil. As medidas de cotas raciais e 
cotas sociais implantadas pelo governo ajudam no acesso de certos grupos na concorrência com o 
resto da população. É um caminho visto por alguns como a redução da exclusão e visto por outros 
como uma segunda forma de discriminação. 
 
Lei de Cotas 
 
Segundo a Lei nº 12.711/2012, alunos que estudaram todo o ensino médio em escolas públicas terão 
direito a ¼ , ou seja 25% das vagas em todas as universidades e institutos federais. Metade delas 
será reservada para estudantes com renda mensal familiar de até um salário mínimo e meio. 
Critérios raciais (índios, negros) também serão levados em consideração. 
 
Sisu 
 
Sisu - Sistema de Seleção Unificada gerado pelo MEC (Ministério da Educação), que oferece vagas 
em instituições públicas de ensino superior aos estudantes participantes do Enem (Exame Nacional 
do Ensino Médio) e que obtiveram nota superior a zero na redação. 
 
 
 
Prouni - Programa Universidade para Todos - é um sistema decotas sociais, que concede bolsas de 
estudo de forma integral e parcial em instituições privadas de ensino superior. Criado pelo Governo 
Federal e voltado para alunos de baixa renda, oferece, por meio da Lei N°11.096/2005, além das 
bolsas, isenção de impostos para as faculdades que aderiram ao programa. Oferece bolsas integrais 
e parciais para estudantes com renda familiar de até três salários mínimos por pessoa. 
 
O foco está nos alunos egressos de escolas públicas ou bolsistas da rede particular. Os candidatos 
são avaliados pela sua condição social e pelas notas obtidas no ENEM - Exame Nacional de Ensino 
Médio. O Prouni tem convênio com instituições como a FUNAI (Fundação Nacional do Índio) e 
reserva vagas para quilombolas, negros e indígenas; porém, eles devem seguir os mesmos critérios 
dos demais candidatos. 
 
Na inscrição do Prouni, o candidato escolhe 2 opções de cursos e a opção é feita com base na sua 
classificação no Enem. No momento da inscrição, a lista de faculdades conveniadas aparece para 
que o estudante tenha acesso. O bolsista do programa deve ter um aproveitamento superior a 75% 
e não pode trancar ou transferir sua matrícula. Além disso, os alunos com carga horária superior a 6 
horas diárias e que tenham bolsa integral podem receber abolsa permanência, valida por um 
semestre e auxilia o aluno com uma quantia em dinheiro. As instituições que aderem ao programa 
ganham isenção de tributos. 
 
1. Aristóteles e a ética finalista 
 
Aristóteles diz que toda ação humana tem por objetivo alguma finalidade, algum bem. Por exemplo, 
uma pessoa pode estudar para se formar e ter uma profissão, guardar algum dinheiro para fazer 
uma viagem nas férias, planejar uma alimentação mais saudável visando a manter uma boa saúde e 
fazer uma poupança para comprar uma casa própria. Pode-se dizer que há uma hierarquia de bens, 
ou seja, alguns são mais fundamentais do que outros. Mas qual seria o suprassumo do bem? Será 
que há um bem final? Existe um fim último superior que condiciona todos os outros? Existe algo que 
é desejado por si mesmo sem estar condicionado a outrofim? 
 
Se, pois, para as coisas que fazemos, existe um fim que desejamos por ele mesmo e tudo o mais é 
desejado no interesse desse fim; e se é verdade que nem toda coisa desejamos com vistas em outra 
(porque, então, o processo se repetiria ao infinito, e inútil e vão seria o nosso desejar), 
evidentemente tal fim será o bem, ou antes, o sumo bem (Aristóteles, 1973, p.249). 
 
Segundo Aristóteles, esse fim último é a felicidade. Dessa forma, segundo Valls, “[...] a ética 
aristotélica é finalista e eudemonista, quer dizer, marcada pelos fins que devem ser alcançados para 
que o homem atinja a felicidade (eudaimonía)” (1989, p. 29). A felicidade é o fim último que todo ser 
humano deseja. Mas o que é a felicidade? A felicidade estaria nos prazeres sensuais? A felicidade se 
encontraria na glória? A felicidade seria atingida com o acúmulo de bens materiais ou de riquezas? 
Segundo explica Valls: 
 
Aristóteles não isola muito um bem supremo, pois ele sabe que o homem, como um ser complexo, 
não precisa apenas do melhor dos bens, mas sim de vários bens, de tipos diferentes, tais como 
amizade, saúde e até de alguma riqueza. Sem um certo conjunto de tais bens, não há felicidade 
humana. Mas é claro que há uma certa escala de bens, pois os bens são de várias classes, e uns 
melhores do que os outros (1989, p. 30). 
 
Mas afirmar que a felicidade é o sumo bem pode parecer uma banalidade, segundo Aristóteles. É 
necessário explicar o que ela é. Isso não seria muito difícil se for possível explicar qual é a função 
dohomem. Por exemplo, a função de um escultor é fazer esculturas benfeitas, a função de um 
flautista é tocar com perfeição, mas qual é a função do homem? Pode-se fazer também uma 
analogia com as funções de cada órgão humano; por exemplo, a função do olho é enxergar, a função 
do ouvido é escutar, mas qual seria a função do ser humano como um todo? Segundo Aristóteles: 
 
não será simplesmente o viver, pois os vegetais também vivem, se nutrem, crescem; nem será o 
sentir prazer e dor, pois estes sentimentos existem também nos animais; mas o pensar, que não 
existe nem nos vegetais nem nos animais, é exclusividade do homem. Portanto, a atividade racional, 
o exercício da mente é a finalidade específica do homem e nisto está a sua realização final, a sua 
felicidade. Portanto a finalidade do homem é uma atividade racional, uma função da alma (in 
Pegorato, 2006, p.42). 
 
Dessa forma, a atividade mais elevada do ser humano é sua atividade racional, seu pensar. Como o 
ser humano é sujeito às paixões, o intelecto deve exercer sobre os instintos uma “administração 
inteligente”. O ser humano deve aprimorar suas virtudes intelectuais: a sabedoria e a prudência para 
fazer escolhas com discernimento e equilíbrio e desenvolver a prática de bons hábitos. 
 
Chauí faz uma síntese dos grandes princípios éticos encontrados nos filósofos gregos. São eles: 
 
1. por natureza, os seres humanos aspiram ao bem e à felicidade, que só podem ser alcançados pela 
conduta virtuosa; 
 
2. a virtude é uma força interior do caráter, queconsiste na consciência do bem e na conduta 
definida pela vontade guiada pela razão, pois cabe a esta última o controle sobre os instintos e os 
impulsos irracionais descontrolados que existem na natureza de todo ser humano; 
 
3. a conduta ética é aquela na qual o agente sabe o que está e o que não está em seu poder realizar, 
referindo-se, portanto, ao que é possível e desejável para um ser humano. Saber o que está em 
nosso poder significa, principalmente, não se deixar arrastar pelas circunstâncias, nem pelos 
instintos, nem por uma vontade alheia, mas afirmar nossa independência e nossa capacidade de 
autodeterminação (1997, p. 313). 
 
A ETICA DEONTOLOGICA 
 
na filosofia moral contemporânea, é uma das teorias normativas segundo a qual as escolhas são 
moralmente necessárias, proibidas ou permitidas. Portanto inclui -se entre as teorias morais que 
orientam nossas escolhas sobre o que deve ser feito.1 O termo foi introduzido em 1834, por Jeremy 
Bentham, para referir-se ao ramo da ética cujo objeto de estudo são os fundamentos do dever e as 
normas morais. É conhecida também sob o nome de "Teoria do Dever".2 É um dosdois ramos 
principais da Ética Normativa, juntamente com aaxiologia. 
 
Pode-se falar, também, de uma deontologia aplicada, caso em que já não se está diante de uma 
ética normativa, mas sim descritiva e inclusive prescritiva. Tal é o caso da chamada "Deontologia 
Profissional". 
 
A deontologia em Kant fundamenta-se em dois conceitos que lhe dão sustentação: a razão prática e 
a liberdade.3 Agir pordever é o modo de conferir à ação ovalor moral; por sua vez, a perfeição moral 
só pode ser atingida por uma vontade livre. O imperativo categórico no domínio da moralidade é a 
forma racional do "dever-ser", determinando a vontade submetida à obrigação. O predicado 
"obrigatório" da perspectiva deontológica, designa na visão moral o "respeito de si". 
 
A deontologia também se refere ao conjunto de princípios e regras de conduta — os deveres — 
inerentes a uma determinada profissão. Assim, cada profissional está sujeito a uma deontologia 
própria a regular o exercício de sua profissão, conforme o Código de Ética de sua categoria. Neste 
caso, é o conjunto codificado das obrigações impostas aos profissionais de uma determinada área, 
no exercício de sua profissão. São normas estabelecidas pelos próprios profissionais, tendo em vista 
não exatamente a qualidade moral mas a correção de suas intenções e ações, em relação a direitos, 
deveres ou princípios, nas relações entre a profissão e a sociedade. O primeiro Código de 
Deontologia foi feito na área médica, nos Estados Unidos, em meados do século passado. 
 
A ÉTICA UTILARISTA 
 
1. Stuart Mill (1806-1873) 
 
A ética de Suart Mill é uma visão renovada e crítica da ética utilitarista de Jeremy Bentham (1748-
1832), reflectindo também o ideário positivista de Auguste Comte (1798-1857) e a sua crença na 
ciência e no progresso da Humanidade. 
 
É uma ética que reflecte em multiplos aspectos a nova mentalidade democrática e burguesa que 
surgiu em Inglaterra no séculoXVIII. Há nesta ética uma clara preocupação por ser facilmente 
compreendida pelo cidadão comum e cujos resultados pudessem ser medidos pelos seus efeitos 
práticos. 
 
A ética utilitarista denominada "consequencialista" assenta na ideia que cada pessoa deve articular 
os seus interesses particulares com os interesses mais comuns, de maneira que a sua acção seja boa, 
isto é, proporcione a máxima utilidade a todas as pessoas envolvidas nos resultados da acção. 
 
Da mesma maneira que cada qual aspira por natureza à felicidade individual, assim também o bem-
estar de todos é um bem para a totalidade dos seres humanos. 
 
Um acção boa é aquela que é útil, mas uma acção moralmente correcta é aquela cujas 
consequências se traduzem em felicidade (prazer ) para as pessoas. A correcção de uma acção é 
medida pelas consequências que da mesma se esperam. Um modo de as avaliar é medir o aumento 
da felicidade (prazer) e a diminuição do sofrimento dos que são afectados pela mesma. 
 
O princípio do utilitarismo denominado Utilidade ou Maior Felicidade, sustenta que as acções são 
justas (correctas) na proporção com que tendem a promover a felicidade, e injustas enquanto 
tendem a produzir o contrário da felicidade. A aplicação deste princípio implica um calcul o, uma 
espécie de aritmética do bem-estar, no qual se avaliam as vantagens e desvantagens das diferentes 
alternativas de uma dada acção, tendo em conta o grau de satisfação ou insatisfação que delas se 
pode esperar. 
 
Neste calculo devem ser considerados umconjunto de parametros para avaliar a 
satisfação/insatisfação esperada, tais como: a sua intensidade, duração, certeza ou incerteza, a sua 
tendência, probabilidade da mesma dar origem algo da mesma espécie, etc. Este calculo utilitarista 
visa seleccionar a acção que seja boa (util) e moralmente correcta, isto é, que permita obter o 
máximo de felicidade (prazer ) no maior número de pessoas. 
 
2. Immanuel Kant (1724-1804) 
 
A ética deontológica de Kant apesar de profundamente inovadora, não deixa de reflectir algumas 
ideias da sua época - o século das Luzes (Iluminismo), das quais destacamos as seguintes: 
 
- Razão. O século XVIII divinizou a racionalidade, isto é, a possibilidade da razão guiar a Humanidade 
e descobrir todos os segredos do Universo. A ciência devia ocupar o lugar que até aí fora da religião. 
 
Kant colocou a razão no centro da sua reflexão filosófica. 
 
- Liberdade. As ideias de "autonomia" e "emancipação", omnipresentes no discurso político do 
século XVIII, significavam o fim de todas as formas de superstição e da opressão política e religiosa 
dos os Homens. 
 
O reconhecimento que todos os homens, independentemente da sua condição social, tinham 
capacidades inatas para serem juízes das suas próprias acções. 
 
- Bondade Humana. Filósofos como J.Jacques Rousseau constroem uma ficção histórica, segundo a 
qual o "homem primitivo" , possuía já uma consciência que lhe permitia distinguir o bom do mal, 
justo do injusto, certo do errado. As decisões erradas derivam não da natureza humana, massim da 
influência da cultura ou da sociedade. 
 
Kant afirma que a capacidade de distinguir o que é certo do que é errado é tão inata quanto as 
outras propriedades da razão. Não se trata portanto de ensinar nada, mas de libertar a razão. 
 
Esta ideia torna-se fundamental para a fundamentação de muitas teorias políticas e éticas, assentes 
numa visão optimista do ser humano. 
 
- Universalidade. Os filósofos passam a falar na Humanidade, isto é, assumem o conceito universal 
de ser humano. O seu discurso dirige-se agora claramente a todos os homens, aos quais reconhecem 
os mesmos direitos e deveres. As leis morais, como as leis das ciências da natureza, devem ser 
universais. 
 
Kant coloca-se sempre numa perspectiva universal, nomeadamente na sua reflexão ética. Afirma, 
por exemplo, que um princípio prático (moral) para tenha validade como lei, tem que ter validade 
universal (valer para toda a vontade ou para a vontade em geral). É nesse sentido que sustenta uma 
moral formal. 
 
Legalidade e Moralidade 
 
Kant começa por fazer uma clara distinção entre uma acção boa e uma acção moralmente boa. 
 
A primeira corresponde à que fazemos em respeito às leis e normas morais de uma dada sociedade. 
Trata-se de uma acção conforme ao dever. 
 
A segunda resulta de uma decisão nossa, livre e incondicionada, que se impõe à nossa consciência 
como obrigatória, independente das leis ou normas morais vigentes. Trata-se de uma acção 
assumida como um dever e realizada por dever. Esta é a única moralmente boa. 
 
 
Após o estudo de todas as teorias e suas características , creio eu que o que mais se assimila ao 
sistema de cotas seja a Teoria Utilitarista de Kant, ainda mais quando ele fala sobre "Legalidade e 
Moralidade".

Continue navegando