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Plano referencial. Muitas empresas não dão a devida atenção a esta correlação entre o plano de contas da empresa e o plano de contas referencial. Em verdade, um “DE-PARA” mal feito gera distorções no balanço e no DRE, podendo colocar a empresa em situação de risco perante a fiscalização. Em relação à ECF (Escrituração Contábil Fiscal), o Balanço e o DRE são elaborados com base no plano de contas referencial, que é o mesmo da Escrituração Contábil Digital – ECD. E é possível recuperar a ECD que não tenha o mapeamento para o Plano Referencial, sem a necessidade de digitar todo o mapeamento para o plano referencial na ECF. Para tanto, deve-se Importar a ECF e, na sequência, recuperar a ECD, marcando a opção “Utilizar os dados recuperados da ECD para preenchimento do balanço e/ou DRE”. Com essa opção marcada, o programa da ECF copiará as informações para o bloco J e K, mas não calculará o balanço patrimonial e a DRE, pois não existe mapeamento. Os dados dos registros K155 e K355 estarão de acordo com a ECD. Depois deve-se importar somente o bloco J da ECF com o mapeamento correto. O programa da ECF incluirá o mapeamento nos registros K155/K156 e K355/K356 e, consequentemente, calculará o balanço patrimonial e a DRE utilizando os saldos da ECD e o mapeamento da ECF. Quando uma conta contábil é mapeada para mais de uma conta referencial, esse mapeamento é relativo ao saldo nal, ou seja, o programa da ECF não pode preencher automaticamente o saldo inicial das contas referenciais nos balanços patrimoniais (L100: Lucro Real, P100: Lucro Presumido, U100: Imunes e isentas), pois não há como saber qual é a proporção do saldo inicial da conta contábil que foi mapeado para cada uma das contas referenciais. No caso das contas contábeis de resultado não há problema, pois o saldo inicial no período de apuração é zero. Contudo, no caso das contas contábeis patrimoniais, o programa da ECF recupera o mapeamento da ECD, mas deixa o saldo inicial das contas referenciais em branco nos registros L100, P100 ou U100 para que a pessoa jurídica preencha com a proporcionalidade correta. O que é o Plano de Contas Referencial? O Plano de Contas Referencial é uma padronização estabelecida pela Receita Federal do Brasil para as empresas que aderirem à Escrituração Contábil Fiscal (ECF) informarem seus saltos contábeis. Esse padrão é utilizado para a entrega dos programas do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED). O sistema possui ferramentas para que as empresas que desejarem manter um plano de contas personalizado possam remanejar os dados para o padrão do SPED. No entanto, a adoção do Plano de Contas Referencial, a partir de 2009, foi alvo de algumas críticas por parte de especialistas de contabilidade, que consideraram que o modelo possuía divergências em relação às normas internacionais de contabilidade, induzindo a erros. Estrutura do plano de contas A lista divide-se em quatro grupos. Cada um deles possui subdivisões, para maior detalhamento das contas e suas inØuências econômico-×nanceiras. Ativo O primeiro a serlistado sempre é o grupo que detém direitos e bens, como contas a receber, disponibilidades — caixa e conta bancária — e posses, como imóveis e automóveis. Em relação às informações, o ativo é internamente desmembrado, categorizando cada conta de forma mais correta pelos subgrupos: Circulante: são os bens que se movimentam, já são convertidos em dinheiro ou serão rapidamente, como recebíveis dentro do ano, caixa e conta bancária; Não-circulante: abrange contas a receber no ano seguinte ao corrente; Imobilizado: envolve os bens móveis e imóveis. Passivo Esse grupo representa a parte de movimentações que diminuem o patrimônio, como contas a pagar e impostos. A organização é a seguinte: Circulante:representa as obrigações a serem honradas dentro do exercício atual, geralmente impostos, salários e parcelas de compras operacionais ou não; Não-circulante: essa subdivisão engloba apenas as contas provisionadas a serem pagas no ano seguinte; 21/09/2017 Plano de contas: entenda por que é importante desenvolvê-lo! http://portal.blbbrasilescoladenegocios.com.br/plano-de- contas/ 4/4 Patrimônio líquido: não é uma subdivisão, mas uma conta em destaque. Apura o patrimônio da empresa e é alocada no passivo por ser uma obrigação dela para com os sócios. Receitas e despesas O terceiro grupo compreende os lançamentos de resultado, chamados assim por serem os que fazem todo o movimento da empresa — do grupo de resultados e também dos demais. Receitas operacionais Como o nome já diz, são as receitas geradas em atividade empresarial — vendas, industrialização e prestação de serviços, individual ou simultaneamente. Receitas não-operacionais Nesse subgrupo encontram-se os ganhos adquiridos de outras formas, como em juros sobre crédito concedido ou venda de ativo imobilizado. Despesas operacionais São gastos relacionados à atividade do negócio, pois são necessários para mantê-lo, como custos com aquisições de insumos, administrativos e com vendas. Despesas não-operacionais Ao contrário das operacionais, essas despesas não têm relação com a ×nalidade da organização — doações, donativos e patrocínio a eventos, por exemplo. Elaboração do plano de contas Deve-se saber qual estrutura é desejada para as demonstrações, como balanço patrimonial e demonstrativo de resultado, pois os relatórios terão a mesma estruturação do plano e o mesmo nível de detalhamento. Novamente, é preciso atentar à legislação para que nenhuma norma seja desrespeitada. Então, inicia-se criando os grupos gerais, subgrupos e depois suas contas. Existem modelos para uso, mas nenhum deles adapta-se totalmente aos empreendimentos. Porém, pode-se utilizá-los e ir adequando o modelo às características da empresa — sempre observando o processo organizacional de criação e escrituração. Ativo, passivo e grupo de resultados respectivamente Parte-se para a criação dos elementos mais particulares. Ou seja, a ordem é ativo, passivo e receitas e despesas. O contrário até pode serfeito, mas qualquer esquecimento nas contas de resultado depois de prontas e durante o desenvolvimento dos elementos patrimoniais pode gerarretrabalho e desorganização no plano. Detalhamento em ordem crescente Os níveis e subníveis devem sempre ser observados e colocados na ordem correta enquanto a elaboração está em curso. Por exemplo, desenvolverreceitas abrangendo o subgrupo vendas e este envolvendo as contas Produto A e Produto B, nessa ordem. U
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