Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Unidade III PLANEJAMENTO E GESTÃO SOCIAL Prof. Vanderlei da Silva Definição de planejamento Planejar é: Definir objetivos ou resultados a serem alcançados. Definir meios para possibilitar a realização de resultados desejados. Interferir na realidade, para passar de uma situação conhecida a outra situação desejada, dentro de um intervalo definido de tempo. Imaginar e trabalhar para construir uma situação nova, que não resultaria da simples evolução dos acontecimentos presentes. Objetivo do planejamento Definir objetivo, avaliar alternativas para realizá-lo e escolher um curso específico de ação. Visa a orientar ou reorientar os negócios e os produtos da organização de modo que gerem lucro e crescimento satisfatório. Isso deve ocorrer por meio de uma adequação razoável entre objetivos e recursos da empresa e mudanças de oportunidades de mercado. Tipos de planejamento Planejamento estratégico: relaciona-se com objetivos de longo prazo e com estratégias e ações para alcançá-los. Planejamento tático: relaciona-se a objetivos de curto prazo e suas estratégias e ações visam a otimizar determinada área de resultados. Planejamento operacional: é a formalização por meio de documentos escritos, das metodologias de desenvolvimento e implantação estabelecidas. O processo de planejamento I. Coleta de dados, informações, definição de modelos e técnicas de planejamento. II. Análise e interpretação dos dados, buscando identificar elementos que tenham importância em uma tomada de decisão. III. Identificação de alternativas para lidar com necessidades, ameaças, oportunidades e com situações previsíveis e imprevisíveis no futuro. IV. Avaliar alternativas e escolher um curso de ação – objetivo. Planejamento estratégico O processo de administração requer quatro funções básicas e complementares. Planejar, organizar, liderar e controlar. Planejamento estratégico é um conjunto de atividades que objetiva elaborar um plano de curto, médio ou longo prazo. É um processo gerencial estruturado a partir de um método que privilegia a visão sistêmica da empresa inserida em ambientes. Deve contar com a participação de suas lideranças no seu desenvolvimento. Projetos e planos de ação Projetos: são trabalhos a serem feitos com responsabilidades de execução, resultados esperados com quantificação de benefícios e prazo para execução. Programas: são os conjuntos homogêneos quanto ao seus objetivos maiores. Plano de ação: são os conjuntos das partes comuns dos diversos projetos quanto ao assunto que está sendo tratado. Estratégia e tática A estratégia de uma organização deve estar relacionada com os seus objetivos de longo prazo e com a forma de alcançá- los, sendo que a estratégia adotada vai afetar todos os setores da organização. A tática relaciona-se com metas de curto prazo e com meios de atingi-las, que geralmente afetam somente uma parte da empresa. A importância do planejamento estratégico está relacionada com o crescimento da empresa, escassez de recursos e competição mais acirrada. Diagnóstico estratégico Identificação da visão: limites que a empresa consegue enxergar dentro de um período de tempo mais longo e uma abordagem mais ampla. Análise externa: descobrir as oportunidades e as ameaças. Ambiente indireto: aspectos externos que podem influenciar o negócio. Ambiente direto: mercado em que atua, fornecedores, clientes, concorrentes. Análise interna: pontos fortes, fracos e neutros da empresa. Definição de missão Representa a razão de ser da organização, envolvendo não apenas o que está descrito do estatuto, e sim, de forma mais ampla, as expectativas. Deve refletir os propósitos atuais e potenciais. Deve ser definida com bases nos dados e nas informações fornecidos pelo sistema estratégico de informações. Objetivos, desafios e metas Objetivos: representam a situação que se pretende atingir, para onde a empresa deve dirigir seus esforços. Objetivos funcionais: são aqueles intermediários de cada área funcional da empresa, que ajudam a atingir o objetivo central. Desafios: realizações quantificáveis e com prazo estabelecido, que devem ser perseguidas e exigem esforços extras para modificar uma situação. Metas: são quantitativas e representam as etapas quantificáveis e com prazo para serem alcançadas. Interatividade Como é denominado o planejamento em que a formalização se dá por meio de documentos escritos, das metodologias de desenvolvimento e implantação estabelecidas? a) Estratégico. b) Tático. c) Anual. d) Operacional. e) Orçamentário. O planejamento como ferramenta de gestão O planejamento é um instrumento administrativo que permite analisar a realidade, avaliar os meios e estabelecer referenciais, organizando a tramitação adequada de todo o processo a que o planejamento se destina, com posterior reavaliação. Trata-se de um processo de deliberação que escolhe e organiza ações, antecipando os resultados esperados. Essa deliberação busca alcançar, da melhor forma possível, alguns objetivos predefinidos. É importante que o planejamento seja entendido como um processo cíclico e prático das determinações do plano. A importância do planejamento estratégico Trata-se de um instrumento mais flexível que o planejamento a longo prazo, tradicionalmente utilizado. Um dos pontos fundamentais da estratégia é a seleção de apenas algumas características e medidas a serem tomadas. É um instrumento que força os administradores a pensar no que é importante e a se concentrar em assuntos de relevância. Ao lançar mão do planejamento estratégico, faz-se necessária a adoção da administração estratégica nas organizações, já que não se pode tratar o planejamento estratégico sem entrar no processo estratégico. O processo de administração estratégica Análise do ambiente: o processo de administração estratégica inicia-se com o estudo do ambiente interno e externo à organização, buscando identificar os riscos e as oportunidades presentes e futuras. Definição da diretriz organizacional: ao estabelecer a diretriz da organização, será definida a sua meta, ou seja, sua missão e objetivos organizacionais, a razão de sua existência, incluindo, nesse aspecto, os valores e a filosofia que a norteiam e a diferenciam das demais. Formulação de uma estratégia organizacional: define as ações para garantir que a organização alcance seus objetivos. O processo de administração estratégica Implementação da estratégia organizacional: trata-se da implementação efetiva da estratégia, a operacionalização do que foi estabelecido como estratégia para se atingir os objetivos da empresa. Controle estratégico: monitoramento e avaliação do processo de administração estratégica no sentido de melhorá-la e assegurar um funcionamento adequado. Planejamento participativo Foi desenvolvido para instituições, grupos e movimentos que não têm como principal objetivo a missão de aumentar o lucro, competir e sobreviver no mercado, mas sim contribuir para a construção da realidade social. Propõe-se uma ferramenta para que instituições, grupos e movimentos possam ter uma ação direcionada a influir na construção externa da realidade. Acredita que participação efetiva possibilita a garantia da satisfação das necessidades básicas de todos, que passam a ter o direito de usufruir dos bens. Inclui distribuição do poder, propiciando a interferência na decisão sobre o que fazer, para que fazer, como fazer e com que fazer. Os passos para o planejamento participativo 1. Marco referencial: inclui uma dimensão política, ideológica, de opção coletiva, e divide-o em três partes, para: a) compreender a realidade global na qual se insere a instituição planejada (marco situacional); b) propor um projeto político-social de ser humano e de sociedade (marco doutrinal); c) firmar um processo técnico ideal para contribuir com a construção desse ser humano e dessa sociedade (marco operativo). Os passos para o planejamento participativo 2. Diagnóstico: é a ponderação entre a proposta ideal e a proposta de prática, tangível. Nesse sentido, o diagnóstico é a avaliação contínua sobre a prática para verificar a distância em que ela está da proposta ideal estabelecida em seu referencial. No planejamento participativo, o plano não começa com um diagnóstico, mas com um referencial. Os passos para o planejamento participativo 3. Marco situacional: é a descrição da realidade e da prática. 4. Programação: propõe-se a fazer mudanças, fazendo-as, refletindo e reprogramando. A construção coletiva necessita de processos rigorosos que incluem trabalho individual, trabalho em pequenos grupos e plenários para reencaminhamentos. Há, no planejamento participativo, um conjunto de técnicas e de instrumentos para que se chegue ao que é o pensamento coletivo e para evitar discussões polarizadas. Planejamento: uma disciplina imprescindível à formação profissional em Serviço Social As primeiras manifestações da influência do planejamento na profissão são percebidas nas propostas metodológicas de intervenção e tratamento social dos usuários dos diferentes organismos que absorviam tais profissionais. Desde os primeiros documentos produzidos por profissionais do Serviço Social, podemos observar a utilização da expressão “plano de tratamento”, o que pressupunha o ato de planejar com o cliente os mecanismos que seriam utilizados para a solução do seu problema. Planejamento como processo e método Dessa forma, planejar a ação como processo natural de ordenação, decisão e controle passa a não suprir as demandas inerentes à profissão. Surge a necessidade de utilização do planejamento como processo e como método. Pode-se considerar que, na fase anterior ao movimento de reconceituação do Serviço Social, o planejamento delineava- se como um processo, caracterizado pela forma ordenada e racional de tomada de decisões. Posteriormente, ou seja, a partir do movimento de reconceituação, o planejamento passa a ser visualizado e adotado também como método e instrumento. Interatividade Das alternativas abaixo, qual corresponde ao planejamento que foi desenvolvido para instituições, grupos e movimentos que não têm como principal objetivo a missão de aumentar o lucro, competir e sobreviver no mercado, mas sim contribuir para a construção da realidade social? a) Planejamento estratégico. b) Planejamento participativo. c) Planejamento orçamentário. d) Planejamento político. e) Planejamento social. O planejamento como instrumento imperativo na organização das ações do assistente social Competências do assistente social, Lei de Regulamentação da Profissão em seu artigo 4º: “[...] II - Elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que sejam do âmbito do serviço social com participação da sociedade civil; VI - Planejar, organizar e administrar benefícios e serviços sociais; VII - Planejar, executar e avaliar pesquisas que possam contribuir para a analise da realidade social e para subsidiar ações profissionais; X - Planejamento, organização e administração de serviços sociais e unidades de serviço social. [...]” O planejamento como estratégia de inclusão social Planejar o desenvolvimento na perspectiva da inclusão social não é desafio fácil e exige o envolvimento e o empenho de amplas e diferentes forças sociais e políticas, presentes na sociedade civil, no Estado e, em particular, no governo. Não é possível se ter ilusões quanto às possibilidades de redução das desigualdades sociais sem a forte presença do Estado. A solidariedade do voluntariado tem alcance limitado. É improvável que o mercado, espaço de competição exacerbada, possa ser, paradoxalmente, o lugar da satisfação das necessidades humanas e da justiça social. A inclusão social depende de bons governos e boa sociedade civil Bom governo é aquele que, sentindo-se um comissário do povo, governa no interesse da coletividade. A boa sociedade civil é aquela que, valendo-se de dinâmicas democráticas e de mecanismos participativos, ao eleger os governantes, o faz sem abdicar da autoridade que lhe foi delegada. Portanto, a sociedade delega poder, mas não perde a autoridade para fazer escolhas. Dessa forma, cabe ao povo a fiscalização sobre as ações do governo, pois essa atitude é a forma mais segura para evitar usurpação e predomínio do interesse privado sobre o interesse coletivo. “Planejar a inclusão social” A utilização da expressão “planejar a inclusão social” subentende que o planejamento do desenvolvimento é uma condição necessária, porém insuficiente para assegurar inclusão social. Duas premissas são fundamentais para o sucesso do planejamento com inclusão social, a primeira é a existência de uma sociedade civil politicamente ativa, civicamente convicta, mobilizada e cooperativa. A segunda é a existência de governantes democráticos, afeitos ao diálogo responsável, moralmente honrados, política e eticamente comprometidos com a justiça social e com o ideal de cidadania. O papel dos diferentes conselhos Os conselhos foram concebidos com a finalidade de democratizar a gestão das políticas públicas e com o desafio de impor limites ao poder autárquico dos governantes, por isso tem papel significante em gestões descentralizadas e participantes. O ideal de democracia participativa que fundamenta a existência deles parece adquirir vitalidade teórica e prática, nas mais singelas experiências favorecedoras do diálogo entre o governo e a sociedade. Nesse sentido, os conselhos representam uma importante, embora limitada, novidade no processo de gestão das políticas públicas em nossa sociedade. Os desafios dos Conselhos Um dos grandes desafios que os conselhos enfrentam, para se credenciarem como experiências inovadoras nas relações democráticas entre o governo e a sociedade civil, é a conversão deles em câmaras politizadas, em ambientes para o exercício de ações propositivas e de trabalho fiscalizador. A resolução desse desafio exige a superação de um problema relevante e persistente: a baixa representatividade de amplas camadas da população da maioria dos seus membros. Sistema de gestão de pessoas Planejamento de recursos humanos é o processo de decisão a respeito dos recursos humanos necessários para atingir os objetivos organizacionais. O planejamento estratégico de Recursos Humanos deve ser parte integrante do planejamento estratégico da organização e deve contribuir para o alcance dos objetivos da organização, incentivando o alcance dos objetivos individuais das pessoas. Recursos intelectuais da administração Os recursos intelectuais são as ferramentas básicas dos administradores e consistem em: Informações gerenciais: necessárias para apoiar a tomada de decisões adequadamente fundamentadas. Conhecimentos: de interesse sobre os processos que a organização precisa realizar, indispensáveis para definir as informações relevantes para gerenciá-la. Linguagem organizacional: descreve a realidade da organização, reflete os conhecimentos por ela dominados. Comunicação organizacional Qualquer organização é sempre um sistema de duas ou mais pessoas. Sem participação coletiva não se pode falar em organização. As pessoas desenvolvem suas ideias e as comunicam às partes interessadas, sob a forma de visões, estratégias, planos, programas, projetos e outras manifestações. No estágio seguinte, as palavras transformam-se em iniciativas e ações coletivas, que caracterizam a organização. Falhas na comunicação organizacional A utilização de uma linguagem adequada é indispensável para desenvolver as representações e colocá-las em comum. Isto é, comunicá-las às partes interessadas, de modo que ações eficazes e eficientes possam ser implementadas a partir das ideias. Dessa forma, falhas na comunicação organizacional prejudicam o desempenho das empresas. Interatividade Como é denominado o processo de transmissão de informações e o respectivo entendimento do significado pelos envolvidos? a) Administração. b) Organização. c) Comunicação. d) Motivação. e) Direção. Características dos serviços da administração Complementares. Orientados para atingir metas organizacionais. Relacionamento das pessoas. Força coordenada. Trabalho em equipe. Integração de conhecimentos e habilidades. Processo administrativo sistematizado. Esforço criativo e revitalizado. Dinâmica organizacional. Intangibilidade. Níveis da administração Estratégico (alta administração): Direção da organização, estruturando as políticas e as estratégias básicas. Tático (média administração): Gerência de departamento ou setor determina que tipos de produtos e serviços vão ao mercado. Operacional (administração operacional): Responsável pela produção de bens ou serviços (gerentes de vendas, chefes de seções, supervisores...). Habilidades e papéis administrativos Correspondem às destrezas específicas para transformar conhecimento em ação, que resulte no desempenho desejado para o alcance dos objetivos da organização. Competência administrativa: É um conjunto de conhecimentos, habilidades, comportamentos e atitudes que uma pessoa necessita para ser eficaz em um vasto campo de atividades administrativas, em vários tipos de organizações. Tipos de habilidades administrativas Segundo Robert L. Katz, existem três tipos de habilidades administrativas: Habilidades técnicas: Conhecimento, métodos técnicos e equipamentos para a realização de tarefas. Habilidades humanas: É a capacidade para lidar com pessoas exercendo liderança. Habilidades conceituais: É a capacidade de compreender as complexidades da organização de forma global ajustando o comportamento dos participantes. Papéis administrativos de Mintzberg Segundo Henry Mintzberg, papéis representam um conjunto de expectativas de comportamento de um indivíduo em situações específicas. As categorias de papéis administrativos são: Interpessoais: chefe, líder, ligação. Informacionais: monitor, disseminador, interlocutor. Papéis decisionais: empreendedor, solucionador de conflitos, alocador de recursos e negociador. Controle e avaliação São instrumentos que têm como função verificar como a organização está caminhando para a situação desejada, pode ser acompanhado pelas seguintes análises: 1. Avaliação de desempenho. 2. Comparação do desempenho real com objetivos, desafios, metas e projetos estabelecidos. 3. Análise dos desvios de objetivos, desafios. 4. Acompanhamento para avaliar a eficiência da ação de natureza corretiva. A evolução do pensamento administrativo A administração vem se desenvolvendo ao longo dos séculos, com enfoques diferenciados em função das épocas, das atividades e consequentes necessidades das organizações: Perspectiva clássica: 1890 – 1919. Perspectiva humanística: 1920 – 1939. Perspectiva quantitativa: 1940 – 1959. Perspectiva moderna: 1960 – 1980. Perspectiva contemporânea multifuncional: 1980 – anos 2000. Princípios gerais da administração Segundo Chiavenato (1989, p. 6), princípios são condições ou normas dentro das quais o processo administrativo deve ser aplicado e desenvolvido. Esses princípios são: Princípio da divisão do trabalho e da especialização. Princípio da autoridade e da responsabilidade. Princípio da hierarquia. Princípio da unidade de comando. Princípio da amplitude administrativa. Princípio da definição. Funções universais da administração Previsão: envolve avaliação do futuro e aprovisionamento em função dele. Unidade, continuidade, flexibilidade e previsão são os aspectos principais de um bom plano de ação. Organização: proporciona todas as coisas úteis ao funcionamento da empresa. Comando: leva a organização a funcionar. Seu objetivo é alcançar o máximo retorno de todas os empregados no interesse dos aspectos globais. Funções universais da administração Coordenação: harmoniza todas as atividades do negócio, facilitando seu negócio e seu sucesso. Ela sincroniza coisas e ações em suas proporções certas e adapta os meios aos fins. Controle: consiste na verificação para certificar se todas as coisas ocorrem em conformidade com o plano adotado, as instruções transmitidas e os princípios estabelecidos. O objetivo é localizar fraquezas e erros no sentido de retificá-los e prevenir a ocorrência. Interatividade Como é denominada a função do administrador, que leva a organização a funcionar, sendo que o seu objetivo é alcançar o máximo retorno de todos os empregados no interesse dos aspectos globais? a) Previsão. b) Controle. c) Coordenação. d) Sistematização. e) Comando. ATÉ A PRÓXIMA!
Compartilhar