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Aula 1 - Circuitos Magnéticos 1. Introdução 2. Circuito Magnético 3. Indutância 4. Alimentação em Corrente Contínua 5. Alimentação em Corrente Alternada 6. Fluxo de Dispersão e Fluxo Mútuo 7. Indutância Mútua Tópicos Prof. Maurício Salles PEA/POLI/USP mausalles@usp.br Aula 1 - Circuitos Magnéticos Exemplos: - disjuntores; - hidrogerador de Itaipu; - motores elétricos de uso industrial, e doméstico; - solenóides; - eletroímãs; - motores e sensores de uso em automação; - disco rígido; - leitores de CD; - teclado de computador; - cooler; - pequenas bobinas em circuitos impressos; - grandes bobinas em aparelhos de ressonância magnética. Aula 1 - Circuitos Magnéticos A dependência da geometria, do material e do número de espiras. Primeiros passos na utilização da teoria eletromagnética. Aula 1 - Circuitos Magnéticos Em princípio, todos os equipamentos eletromagnéticos devem ser projetados e analisados pela aplicação das leis do eletromagnetismo, as quais são expressas pelas equações de Maxwell. Todavia, duas dificuldades surgem de imediato: 1. por utilizarem grandezas vetoriais, as equações de Maxwell devem ser resolvidas em cada ponto do domínio em estudo; 2. a resolução analítica de equações integrais ou diferenciais não é fácil na maioria dos casos, face à complexidade das geometrias dos dispositivos sob estudo. Uma estratégia para contornar essas dificuldades é a utilização de grandezas escalares e da simplificação criteriosa da geometria de forma a obter uma solução aproximada. Linhas de campo serão entendidas como a direção que o campo magnético H e a indução magnética B assumem num determinado espaço. É o equivalente à conformação das limalhas de ferro quando expostas a um campo magnético de um ímã, conforme mostrado na figura abaixo. Aula 1 - Circuitos Magnéticos 1. Introdução • - Intensidade de campo magnético ou campo magnético [A/m] • - Densidade de fluxo magnético ou indução magnética [T - tesla] ou Wb/m² • - Fluxo magnético [weber] • Linhas de campo (ou de fluxo) – a direção do campo e da indução magnética. Mais precisamente, são linhas equipotenciais do vetor potencial magnético • - Relutividade magnética [H-1.m] Definições H B A 1 1. Introdução Regra da mão direita Determinação da direção da força para carga positiva em movimento Determinação do sentido do campo magnético em torno do fio 1. Introdução Fontes de campo magnético Comprovação em laboratório usando uma bússola 1. Introdução Fontes de campo magnético Essencialmente bipolares, possuem norte e sul. 1. Introdução Multiplicação do campo magnético de um solenóide com núcleo ferromagnético. Núcleo de ar Núcleo ferromagnético 1. Introdução Multiplicação do campo magnético de um solenóide com núcleo ferromagnético. Núcleo de ar Núcleo ferromagnético 1. Introdução Eletroímã: • Facilidade para controlar o campo produzido (vantagem) • Possibilidade de ocorrência de curtos-circuitos (desvantagem) • Energização de parte móveis – desgastes dos contatos, faiscamento (desvantagem) • Baixo custo de produção, a grande maioria das máquinas de grande porte utilizam eletroímãs (vantagem) • Magnetismo está presente enquanto há passagem de corrente elétrica. Durante esse processo o eletroímã aquece, porém o magnetismo não é alterado pelo calor (vantagem) 1. Introdução Ímã permanente: • Não é possível controlar o campo produzido (desvantagem) • Não há possibilidade de ocorrência de curtos-circuitos e necessidade de energização de partes móveis (vantagem) • Baixa robustez mecânica (desvantagem) • Alto custo de produção (desvantagem) • O imã permanente não produz calor, porém caso você o aqueça ele poderá perder com o tempo suas características magnéticas (vantagem) • Maior aplicação em máquinas de menor porte 1. Introdução Aplicação de dispositivos eletromagnéticos Transformadores 1. Introdução Aplicação de dispositivos eletromagnéticos Transformadores 1. Introdução Aplicação de dispositivos eletromagnéticos Motores movimentação de Ar Lavadora de Roupa 1. Introdução Aplicação de dispositivos eletromagnéticos Geradores Gerador eólico Hidrogerador 2. Circuito Magnético Fluxo magnético [weber] - grandeza escalar . S BdS Ordem de magnitude de 31 µT - superfície da terra na latitude 0° (equador) 0,9 T - entreferro de máquinas elétricas 1 T to 2.4 T - entreferro de bobina de alto-falante 9.4 T - sistema de imagem por ressonância magnética B Analogia com a corrente elétrica I [A], onde é a densidade de corrente [A/mm²]. . S I J dS J 2. Circuito Magnético Material ferromagnético O momento magnético do átomo é produzido pela combinação do campo magnético produzido pela órbita e pelo spin do elétron (dipolos magnéticos). Esses dipolos se agrupam formando domínios. Cada domínio possui um único momento magnético (indicados pelas setas da fig.3). 2. Circuito Magnético Material ferromagnético 2. Circuito Magnético Material ferromagnético Densidade de fluxo magnético (B) [Wb/m2 ou T] Permeabilidade magnética (µmaterial) [H/m] µ0 = permeabilidade do ar (4π10-7 H/m) µr = permeabilidade relativa (µmaterial /µ0) µr para máquinas elétricas (FeSi, FeNi, etc.): 2000 a 5000 0r B H B H H não depende do meio B depende do meio 2. Circuito Magnético Equacionamento básico Representação bidimensionalRepresentação tridimensional [A.esp].m mH l NI.l d NI H l 2. Circuito Magnético Equacionamento básico 2. Circuito Magnético Equacionamento básico [A.esp].m mH l NI.l d NI H l B H Como: 1 . .m mB l NI Multiplicando e dividindo por S (área) 1 . . . . m m B l S NI S .mB S Como: . .m l NI S e 1 Temos: 2. Circuito Magnético Equacionamento básico . .m l NI S Note que . m l S é similar à . cond cond lR S Por analogia, teremos a relutância magnética: . m l S [Ω] [A.esp/Wb] ou [H-1] Expressão final para a Força Magneto-Motriz: .F NI [A.esp] NI Portanto, temos: 2. Circuito Magnético Analogia com circuito elétrico (a) circuito elétrico (b) circuito magnético circuito elétrico circuito magnético causa força eletromotriz (E) força magnetomotriz (F) efeito corrente (i = E/R) fluxo (= F/) limitador Resistência (R = l/A) Relutância ( = l/A) 2. Circuito Magnético Analogia com circuito elétrico ELÉTRICO MAGNÉTICO Densidade de corrente: J(A/m2) Densidade de fluxo magnético: B (Wb/m2) Corrente: I (A) Fluxo magnético: Φ (Wb) Intensidade de campo elétrico: ε (V/m) Intensidade de campo magnético: H (A/m) Tensão ou fem: E (V) Força magnetomotriz ou fmm: F (A.e) Condutividade: σ (S/m) ou (A/V.m) Permeabilidade: μ (H/m) ou (Wb/A.m) Resistência: R (Ω) Relutância: (A.e/Wb) Resistividade: Relutividade Condutância: G (S) Permeância: P (Wb/A.e) E = R.I F = N.I = .Φ R = 1 1 . cond cond l S . ml S 3. Indutância Própria Indutância é a propriedade de um condutor de “criar” tensão nele mesmo para uma variação de corrente que o percorre. indutância [H] onde: fluxo concatenado pela bobina [Wb.esp] .NL I I 2NL Das expressões do fluxo magnético ( ), temos: µ ↑ → ↓ → L↑ Indutores com núcleo ferromagnético têm indutâncias bem superiores àqueles com núcleo de ar NI . . 3. Indutância Própria Exemplo 1: Vamos considerar o indutor aolado. Sabe-se que: - Número de espiras: 100 - Resistência ôhmica da bobina: 2,5 Ω - Permeabilidade relativa do material do núcleo: μr = 1000 Pede-se: - A indutância própria do indutor - O modelo por circuito elétrico deste indutor 3. Indutância Própria Exemplo 2: Núcleo com entreferro Vamos considerar as dimensões do indutor do exemplo. Pede-se: - A indutância própria do indutor - O modelo por circuito elétrico deste indutor ferro ar F ferro ar 3. Indutância Própria 4. Alimentação em CC Fluxo Magnético: . NIF 5. Alimentação em CA Fluxo Magnético: . NIF 6. Fluxo Mútuo e Fluxo Disperso 6. Fluxo Mútuo e Fluxo Disperso Indutância mútua é a propriedade de um condutor de “criar” tensão em um outro condutor próximo para uma variação de corrente que o percorre. 6. Fluxo Mútuo e Fluxo Disperso 7. Instalações do Laboratório 7. Instalações do Laboratório 7. Instalações do Laboratório 7. Instalações do Laboratório 7. Instalações do Laboratório 7. Instalações do Laboratório 7. Instalações do Laboratório 8. Choque Elétrico 8. Choque Elétrico 8. Choque Elétrico Algumas características em corrente alternada (60 Hz) • Na faixa de 6 a 22 mA, quase todas as pessoas perderão a habilidade de interromper a passagem da corrente por vontade própria. • A impedância do corpo humano de uma mão à outra para 120 V varia entre 850 e 2.675 ohms, resultando em correntes entre 45 e 140 mA. Ou seja, a corrente mais baixa já é suficiente para provocar fibrilação ventricular. • Para 220 V, esta impedância diminui, variando entre 575 e 1.050 ohms, pois a pele é rompida pela passagem da corrente. • A impedância do corpo pode sofrer uma redução de 10 % a 30% para o percurso mão-pé. • Corrente contínua tem efeitos menos severos do que os em corrente alternada para uma mesma magnitude de corrente, atenuado por um fator aproximado de valor 4. 8. Choque Elétrico 9. Efeitos do Choque Elétrico Fig. 3.6 Zonas de efeito da corrente alternada (15‐100 Hz) em uma pessoa, cuja corrente atravessa seu corpo entrando pela mão esquerda e saindo pelo pé. 9. Choque Elétrico Zona AC-1 (até 0,5 mA, curva a) é a zona onde a corrente passante é percebida, em geral, sem reação alguma; Na Zona AC-2 (de 0,5 mA até curva b) a corrente é percebida e já aparecem contrações musculares involuntárias, porém sem efeitos fisiológicos nocivos; Na Zona AC-3 (acima da curva b) ocorrem contrações musculares de grandes intensidade e disfunções reversíveis do coração, sendo intensificados com o aumento da magnitude da corrente. Usualmente, sem provocar injúria; Na Zona AC-4 (acima da curva c1) efeitos patofisiológicos podem ocorrer, como parada cardíaca, parada respiratória, queimaduras e outras injúrias celulares. A probabilidade de ocorrência de fibrilação ventricular (FV) aumenta com a magnitude da corrente e do tempo de exposição. Dentro da faixa AC-4.1, a pessoa tem até 5% de chance de ocorrer FV, na faixa AC-4.2, até 50% de chance, e na AC-4.3, acima de 50% de chance.
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