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DOENÇAS RESPIRATÓRIAS DE IMPORTÂNCIA PARA O CAVALO ATLETA Prof. Msc. Daniela Junqueira de Queiroz DOENÇAS RESPIRATÓRIAS DE IMPORTÂNCIA PARA O CAVALO ATLETA • Obstrução recorrente das vias aéreas - ORVA • Doença inflamatória das vias aéreas - DIVA • Hemorragia pulmonar induzida pelo exercício - HPIE Obstrução Recorrente das Vias Aéreas (ORVA) Introdução • Sinonímia: Pneumopatia Obstrutiva Crônica “Asma” do cavalo Enfisema Alveolar Crônico Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) Definição • Doença obstrutiva das vias aéreas inferiores • Comum em equinos de meia idade • Sem predileção por raça e sexo Caracterização • Perda de desempenho esportivo • Dispneia • Formação de linha de esforço Fatores predisponentes • Estabulação • Feno • Poeira • Mofo/Fungos • Infecções Virais Fatores predisponentes: • Microspolypora faeni • Aspergillus fumigatus Fatores predisponentes • Infecções prévias Influenza Equina: lesão do epitélio ciliar Patogenia Citocinas (IL-4 e IL-13) Antígenos (poeira, esporos de fungos) Destruição das células ciliadas Sensibilização das células T-helper 2 Linfócitos B Receptores na superfície dos mastócitos Patogenia DISPARO DA CRISE ALÉRGICA • Fase imediata – minutos!!! Reexposição ao antígeno Ag IgE Mastócito Histaminas Proteases Citocinas Patogenia DISPARO DA CRISE ALÉRGICA • Fase tardia – horas Leucócitos: neutrófilos, linfócitos e monócitos Novos mediadores Broncoconstrição, edema de mucosa Diminuição dos movimentos ciliares Acúmulo de células e muco Dificuldade respiratória Sinais Clínicos • Dificuldade respiratória – Narinas dilatadas – Respiração abdominal • Formação de linha de esforço • Queda de desempenho • Secreção (chão da baia ou cocho) • Variam de acordo com a gravidade Sinais Clínicos • Tosse profunda (intermitente ou constante) • Sibilos a auscultação Diagnóstico • Histórico • Endoscopia Exsudato Muco Edema Broncoconstrição • LBA (citologia) Neutrófilos extremamente aumentados Diagnóstico Diferencial • Doença Pulmonar Obstrutiva Associada às Pastagens de Verão Sinais clínicos semelhantes Causada pela inalação de pólen Animais a pasto Também acomete animais jovens Tratamento • Controle ambiental Remoção do animal da baia Retirada do feno Baia ventilada Cama sem pó – maravalha Feno peletizado Ração peletizada sem pó Limpeza constante Tratamento GLICOCORTICOIDES • Sistêmicos Diminuir a resposta inflamatória Dexametasona: 0,05 a 0,1 mg/Kg/IV (2 semanas) Acetato de isuflopredona: 5 a 10 mg/animal/5 dias IM (até 20 dias) Predinisolona: 1 a 2 mg/Kg/IM/3 a 7 dias-0,5mg/Kg 10 a 14 dias Tratamento GLICOCORTICOIDES • Via inalatória Grande n° de receptores Concentração máxima da droga Menos efeitos colaterais Dipropionato de beclometasona Propionato de fluticasone Tratamento BRONCODILATADORES • Receptores simpatomiméticos beta-2 Clembuterol: 0,8 µ/kg, BID, IV Albuterol Salbutamol Fenoterol Salmeterol Tratamento • Glicocorticoides+Broncodilatadores Dipropionato de beclometasona + Salbutamol Propionato de Fluticasone + Xinofoato de Salmeterol Tratamento BRONCODILATADORES • Parassimpatolíticos Derivado da atropina - Ipratropium bromide Bloqueia a ligação da acetilcolina aos receptores muscarínicos causando broncodilatação Tratamento • Administração por via inalatória Tratamento EXPECTORANTES Bromexina: 30mg/Kg/SID/2-3semanas Denbrexina: 0,3mg/Kg/BID/2-3 semanas Hiperhidratação: 30 litros/3 horas/SID/3 dias Prognóstico • Uma vez instalada não mais desaparece • Tratamento busca melhor sobrevida Possibilita o retorno a vida esportiva • Recidivas podem ocorrer sempre que o animal for reexposto aos fatores desencadeantes Doença Inflamatória das Vias Aéreas (DIVA) Introdução • Processo inflamatório das vias aéreas • Causa queda de desempenho no cavalo atleta • Comum em animais jovens Etiologia • Mutifatorial • Agentes infecciosos, virais e bacterianos • Origem Imune Compostos orgânicos e inorgânicos Poeira Fungos Debris de ácaros Endotoxinas bacterianas Gases nocivos Partículas metálicas Inflamação Inespecífica Sinais Clínicos • Tosse - durante a alimentação ou no início do exercício • Corrimento nasal seroso/mucoso/mucopurulento • Dificuldade respiratória leve • Queda de desempenho • Presença de exsudato mucopurulento na traqueia e brônquios Diagnóstico • Histórico • LBA Inflamação mista: neutrofilia, linfocitose e monocitose Inflamação eosinofílica Células metacromáticas (mastócitos) • Endoscopia Presença de exsudato mucopurulento Diagnóstico diferencial • ORVA Diferenças na citologia do LBA > 25% de neutrófilos - ORVA Ausência de broncoespasmos, obstrução das vias aéreas e sibilos Pouco esforço respiratório Menor perda do desempenho Tratamento • Redução dos antígenos ambientais • Glicocorticóides + Broncodilatadores – 4 semanas • Cromoglicato de sódio • Interferon-alfa (antiviral) – 50 a 150 U/SID/5 dias Reduz exsudato Altera o perfil citológico LBA – recrutamento de leucócitos Hemorragia Pulmonar Induzida pelo Exercício Introdução • Afecção comum em animais atletas • Caracterizada pela presença de sangue na árvore traqueobrônquica após a realização de exercício moderado/intenso Etiologia • Rompimento de capilares pulmonares - hemoptise Hipertensão (120mmHg) Pressão negativa nos espaços intrapleural e alveolar • Idade – fator predisponentes Lesões fibrosas Cicatrizes enfraquecimento da barreira sangue-gás Sinais Clínicos • Hemoptise Após exercício Menos de 10% • Presença de sangue ao exame endoscópico Sinais Clínicos Sinais Clínicos • Tosse • Dificuldade respiratória • Alta frequência de deglutições • Queda do desempenho • Morte súbita Diagnóstico • Endoscopia Presença de sangue Deve ser realizada após 30 a 60 minutos após o exercício Pode ser classificado em 5 graus de acordo com a gravidade • LBA Presença de hemossiderófagos Tratamento • Não existe tratamento efetivo • Evitar afecções das pequenas vias aéreas • Furosemida 0,3 a 0,6 mg/Kg Meia dose 5 ou 6 horas antes do exercício Meia dose 120 minutos antes do exercício Diminui o sangramento DÚVIDAS???
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