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Regimes de tributação

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Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso CTB0195 – Disciplina Seminário Interdisciplinares
Franciele Bataglin
Marineide Mateus
Talita Somariva Martins
Regimes de Tributação: apuração e contabilização
Joinville – SC 2015
Neise Aparecida do Nascimento 
Tutora externa
Introdução:
A pesada carga tributária que incide sobre os contribuintes brasileiros acaba por gerar um ônus excessivo e, assim, força-los a buscar meios que reduzam a onerosidade desses tributos. Um bom planejamento fiscal é importante para o desenvolvimento e a sobrevivência da empresa no mercado, pois visa reduzir ou evitar o pagamento de tributos sem sair da legalidade. E para se fazer um bom planejamento fiscal é necessário conhecer bem as normas tributárias. O planejamento fiscal consiste em uma série de atos e negócios jurídicos e administrativos realizados pelo empresário ou pela sociedade empresária visando obter economia fiscal de forma lícita. Também é conhecido como elisão fiscal, pois se trata de estratégias lícitas que objetivam evitar a realização da hipótese de incidência ou diminuir seus efeitos, eliminado, assim, a cobrança de determinado tributo, diminuindo-lhe o valor ou adiando o seu vencimento.
O objetivo dessa trabalho é analisar os regimes de tributação existentes no Brasil, visando ajudar na escolha mais adequada, para cada tipo de empresa.
Simples Nacional
O Simples Nacional é um regime tributário diferenciado, simplificado e favorecido previsto na Lei Complementar nº. 123, de 14.12.2006, aplicável às microempresas e às empresas de pequeno porte, a partir de 01.07.2007.
Esse regime de tributação é opcional para micro ou pequena empresa. O objetivo é o recolhimento único de arrecadação, ficando assim mais fácil, rápido, ágil e menos burocrático.
A intenção do governo com a criação do Simples Nacional era a possibilidade de redução da informalidade, de uma efetiva integração entre as administrações tributárias e de uma melhoria do ambiente de negócios no país que facilitasse para pequeno empreendedor o desenvolvimento de seu negócio, entre outras expectativas.
Para realizar a opção pelo Simples Nacional, deve-se realizar uma pesquisa para saber se a empresa é apta a optar ou não, pois esse regime contém uma legislação própria e os seus requisitos. Podemos citar, por exemplo, dois casos de empresas que não podem optar pelo Simples Nacional, são as empresas que explore atividade de prestação de serviços de assessoria creditícia e que realize atividade de consultoria, então se deve ter uma atenção especial ao realizar a opção para esse Regime.
O Simples Nacional foi criado pela lei geral da micro e pequena empresa a fim de reduzir a carga tributária e simplificar os processos para esses empreendimentos.
O que se entende sobre Microempresa (ME) é a sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário (individual) que no ano-calendário anterior, auferiu receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00.
Já a Empresa de pequeno porte (EPP) é a sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário (individual) que, no ano-calendário anterior, auferiu receita bruta superior a R$ 240.000,00 e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00.
Esse regime tributário surgiu também na intenção de unificar todas as esferas, ele é administrado por um Comitê Gestor composto por oito integrantes: quatro representantes da União, dois dos Estados e do Distrito Federal e dois dos Municípios, nos termos do art. 2º da LCP nº. 123/2006.
Principais características do SIMPLES Nacional:
É facultativo
Abrange a participação de todos os entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios).
Ser irretratável para todo o ano calendário
Abranger os seguintes tributos: Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) , Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) , Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) , Contribuição para o Programa de Integração Social PIS/PASEP, Contribuição Previdenciária Patronal, Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) e Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN);
Apurar e recolher os tributos abrangidos mediante documento único de arrecadação;
Disponibilizar às ME e às EPP sistema eletrônico para a realização do cálculo do valor mensal devido;
Apresentar declaração anual, única e simplificada de informações socioeconômicas e fiscais;
Vencer no dia 20 do mês subseqüente ao do período de apuração;
Possibilitar aos Estados adotarem sublimites de EPP em função da respectiva participação no PIB.
Houve também a simplificação das obrigações tributárias. Ao optar pelo regime, a pessoa jurídica precisa escriturar, com exceção de alguns segmentos específicos da economia, ou vinculados ao fato de o optante ser contribuinte do ICMS ou IPI, apenas dois livros: caixa einventário.
            O cálculo do DAS (documento de arrecadação do SIMPLES), imposto devido pelas empresas optantes por esse regime é determinado à aplicação das tabelas dos anexos da LC n° 123/06. Para efeito da determinação da alíquota, o devedor irá utilizar a receita bruta acumulada nos 12 meses anteriores ao do período de apuração. Já o valor devido mensalmente será o resultante da aplicação da alíquota correspondente sobre a receita bruta mensal auferida.
Esse regime tributário as empresas deverão adotar para fins de controle e registro das operações e prestações por elas realizadas, os seguintes livros:
Livro Caixa;
Livro Registro de Inventário;
Livro Registro de entrada e saídas;
Livro Registro de Serviços Prestados;
Livro Registro de Serviços Tomados.
Todos esses atendendo o que a legislação ordena como sejam confeccionados.
Em relação às declarações exigidas pelo o governo, as MEs e a EPPs optantes do Simples Nacional apresentarão, anualmente, declaração única e simplificada de informações socioeconômicas e fiscais que será entregue à Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), por meio da internet, até o último dia do mês de março do ano-calendário subseqüente ao de ocorrência dos fatos geradores dos impostos e contribuições previstos no Simples Nacional.
A competência para fiscalizar o cumprimento das obrigações principais e acessórias relativas ao Simples Nacional é da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) e das Secretarias de Fazenda ou de Finanças do Estado ou do Distrito Federal, segundo a localização do estabelecimento, e, tratando-se de prestação de serviços incluídos na competência tributária municipal, a competência será também do respectivo Município.
Lucro Presumido:
Lucro presumido é uma forma de tributação simplificada do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) na qual os impostos são calculados com base em um percentual presumido estabelecido sobre o valor das vendas e serviços realizados pela a empresa, independentemente da apuração do lucro ou prejuízo.
No regime de tributação das empresas optantes pelo Lucro Presumido não importa (tecnicamente) as despesas ou os custos que tenha obtido, pois o lucro é determinado por presunção e o Imposto de Renda e a CSLL incidem diretamente sobre as Receitas. Em outras palavras, mesmo que a empresa tenha prejuízo contábil o imposto é devido, ou seja, é obrigatório o seu pagamento, o que não acontece noLucro Real que será esclarecido mais adiante.
Este tipo de tributação por se utilizar da presunção do lucro proporciona vantagens em relação às obrigações assessorais, sendo dispensadas as empresas enquadradas neste regime da escrituração contábil pelo fisco federal, desde que seja mantido o Livro Caixa.
As empresas que não são obrigadas a apurar seus lucros pelo sistema de lucro real podem se valer da opção pelo lucro presumido. Devem, paratanto, preencher dois requisitos básicos: o limite de faturamento cuja receita bruta total, no ano-calendário imediatamente anterior, tenha sido igual ou inferior a R$ 48.000.000,00 ou ao limite proporcional de R$ 4.000.000,00 multiplicados pelo número de meses de atividade no ano, se inferior a 12 e não se enquadrar em atividades impedidas. Dentre elas podemos destacar dois tipos: os bancos comerciais e de investimentos; as cooperativas, corretoras de títulos, previdência privada aberta entre outras.
Para uma opção segura, o empresário deve prever o percentual de lucro que espera ter em relação ao faturamento bruto, visto ser este a base para o cálculo do imposto. Não importa se ao final do ano calendário for apurado prejuízo ou lucro muito inferior ao previsto. Abaixo se encontra uma tabela demonstrando os tipos de atividades.
Tabela 01- Tipos de Atividades
	Grupo
	Tipos de Atividade
	I
	Revenda para consumo de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural
	II
	Venda de mercadorias - Transporte de cargas - Serviços hospitalares - Atividades imobiliárias - Atividade Rural - Construção por empreitada com emprego de material próprio - Industrialização com material fornecido pelo encomendante - Outras atividades sem percentual específico.
	III
	Serviços de transporte (exceto cargas) - Serviços em geral cuja receita bruta anual seja inferior a R$ 120.000,00 (exceto hospitalares, de transporte, de profissão regulamentada)
	IV
	Serviços em geral (inclusive mão-de-obra para construção civil e profissão regulamentada) - Intermediação de negócios - Administração, locação ou cessão de bens móveis, imóveis e de direitos de qualquer natureza
Fonte: Receita Federal
É de extrema importância esclarecer que quando uma empresa explorar mais de uma atividade, por exemplo, venda e serviço, será aplicado o percentual relativo a cada faturamento individualmente.
O Lucro Presumido adota o principio da cumulatividade, ou seja, No regime cumulativo a empresa não tem o direito deste crédito na entrada o que lhe obriga a contabilizar como “custo” os tributos pagos correspondente as suas entradas.      
O PIS e COFINS são calculados diretamente sobre o faturamento bruto da empresa e tem valores respectivamente equivalentes a 0,65% e 3%.
A tabela abaixo já demonstra o percentual prático a ser aplicado sobre a receita para os vários tipos de atividades empresariais.
Tabela 02 - Percentual
	Atividade
	Lucro Presumido
Base de Cálculo (percentual sobre a receita Bruta)
	IRPJ
(alíquota 15%)
(percentual prático sobre a receita)
	Lucro Presumido
Base de Cálculo (percentual sobre a receita Bruta)
	CSLL
(alíquota 9%)
(percentual prático sobre a receita)
	I
	1,6 %
	0,24 %
	12 %
	1,08 %
	II
	8 %
	1,2 %
	12 %
	1,08 %
	III
	16 %
	2,4 %
	12 %
	1,08 %
	IV
	32 %
	4,8 %
	32 %
	2,88 %
Fonte: Receita Federal
A alíquota do IRPJ sobre o lucro presumido é de 15%
Nas empresas prestadoras de serviços há a possibilidade de reduzir o percentual de estimativa do lucro de 32% para 16%, é necessário observar que:
1)    A atividade exercida deve ser exclusivamente a prestação de serviços; e
2)    A receita bruta anual não pode superar R$ 120.000,00.
Se a receita acumulada até determinado mês exceder o valor de R$ 120.000,00, a empresa deve pagar a diferença do imposto, pelo percentual de 32%, em relação a cada mês transcorrido.
O recolhimento da diferença será efetuado até o último dia útil do mês subseqüente àquele em que ocorreu o excesso, sem quaisquer acréscimos legais. Se o prazo não for cumprido, serão devidos os acréscimos legais devidos pela mora.
Se por acaso o lucro bruto presumido trimestral que exceder a R$ 60.000,00 deverá ser aplicada alíquota de 10% a título adicional do IRPJ,ou, no caso de inicio de atividades, ao limite correspondente á multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número de meses do período de apuração.
As pessoas jurídicas optante pelo lucro presumido determinarão a base de cálculo da Contribuição Social, que será de 12%, em regra geral, sobre a receita bruta com adições devidas.
Prestadoras de serviços - Base de cálculo desde 1º. 09.2003
Desde 1º. 09.2003, o percentual a ser aplicado sobre a receita bruta auferida no mês é de 32% para aquelas que exerçam as seguintes atividades (Instrução Normativa SRF nº. 390/2004, art. 89):
a) prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e de transportes, inclusive de carga.
b) intermediação de negócios;
c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza;
d) prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring).
A Alíquota da Contribuição Social é de 9% como regra geral.
O Prazo de Recolhimento do IRPJ e a contribuição social apurados deverão ser recolhidos até no último dia útil do mês seguinte ao do encerramento do trimestre ou, por opção da empresa, em até três cotas mensais, desde que o valor de cada cota não seja inferior a R$ 1.000,00.
Em relação aos rendimentos dos sócios, além do pró-labore estabelecido, os lucros apurados poderão ser distribuídos sem qualquer tributação, seja no ato, seja na declaração de ajuste anual de pessoa física, onde serão incluídos como rendimentos isentos.
No lucro Presumido as empresas deverão adotar para fins de controle e registro das operações e prestações por elas realizadas, os seguintes livros:
Livro Caixa;
Livro Registro de Inventário;
Livro Registro de entrada e saídas;
Livro Registro de Serviços Prestados;
Livro Registro de Serviços Tomados.
Nesse regime de tributação, as obrigações aumentam em relação ao SIMPLES Nacional. As empresas que optarem pelo Lucro Presumido deverá apresentar mensalmente a:
DACON (Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais);
DCTF (Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais).
E apresentarão anualmente a:
DIPJ (Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica);
DIRF (Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte).
E ainda declarações que a atividade da empresa exige, podemos citar o exemplo das empresas de prestação de serviços médicos que, anualmente devem apresentar a:
DMED (Declaração de Serviços Médicos e de Saúde).
Lucro Real
O lucro real é um regime de tributação que os impostos IRPJ (imposto de renda das pessoas jurídicas) e a CSLL (contribuição social sobre lucro liquido) são apurados a partir do lucro real que a empresa obteve no período. O PIS e COFNS são calculados normalmente sobre o faturamento.
Lucro Real, segundo SILVA, (2006, p.01):
Lucro Real é o lucro líquido do período, apurado com observância das normas das legislações comercial e societária, ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas pela legislação do Imposto de Renda.
Em outras palavras pode-se determinar que à base de cálculo do IRPJ e CSLL apurada segundo registros contábeis e fiscais efetuados sistematicamente de acordo com as leis comerciais e fiscais.
A apuração do lucro real demanda uma estrutura administrativa mais complexa, pois muitos são os documentos e livros exigidos pela fiscalização, obrigando a empresa a ter controle de todo movimento financeiro, administrativo, de estoques, de produção, de comercialização, etc.
A Empresa terá que fazer o levantamento de balanços ao final de cada trimestre ou de cada ano, de acordo com o período de apuração escolhido pela pessoa jurídica.
O Lucro Real é apurado a partir do lucro efetivo da pessoa jurídica, ou seja, do resultado das receitas, ganhos e rendimentos auferidos, deduzidos dos custos, das despesas e das perdas, demonstrados através da escrita contábil.
O lucro real corresponde ao resultado contábil ajustado pelas adições e exclusões ou compensações estabelecidas em lei, que são feitas extra contabilmente através doLivro de Apuração do Lucro Real - LALUR.
As vantagens do Lucro Real são:
A não existe possibilidade de pagamento a maior ou a menor do que o devido. Pois o imposto incide sobre o lucro efetivo da pessoa jurídica;
Compensação de Prejuízos conforme a legislação orienta;
Opção por Incentivos Fiscais;
E Como no lucro Presumido a Distribuição aos Sócios do Lucro Efetivo.
A principal desvantagem do lucro real decorre da obrigatoriedade de escriturações comercial e fiscal.
A opção para o lucro real está aberta para todas as empresas, mas existem certas particularidades que fazem ser obrigatória a opção, como exemplo empresa que explorarem da atividade bancária, que o seu faturamento ultrapassar a 48.000.000,00 no ano calendário 4.000.000,00 mensal ou que usufrua de lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundo do exterior entre outras particularidades.
Esse regime adota o principio da não cumulatividade, ou seja, a empresa pode se creditar dos tributos pagos em suas entradas e compensá-los com aqueles devidos em suas saídas. Outra coisa que se diferencia do lucro presumido é a questão das alíquotas do PIS e COFINS que são respectivamente equivalentes a 3,65% e 7,6%
Determinação da base de cálculo por estimativa:
Tabela 01- Tipos de Atividades
	Grupo
	Tipos de Atividade
	I
	Revenda para consumo de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural
	II
	Venda de mercadorias - Transporte de cargas - Serviços hospitalares - Atividades imobiliárias - Atividade Rural - Construção por empreitada com emprego de material próprio - Industrialização com material fornecido pelo encomendante - Outras atividades sem percentual específico.
	III
	Serviços de transporte (exceto cargas) - Serviços em geral cuja receita bruta anual seja inferior a R$ 120.000,00 (exceto hospitalares, de transporte, de profissão regulamentada)
	IV
	Serviços em geral (inclusive mão-de-obra para construção civil e profissão regulamentada) - Intermediação de negócios - Administração, locação ou cessão de bens móveis, imóveis e de direitos de qualquer natureza
Fonte: Receita Federal
A tabela abaixo já demonstra o percentual prático a ser aplicado sobre a receita para os vários tipos de atividades empresariais.
Tabela 02 Percentuais
	Atividade
	Lucro Real
Base de Cálculo (percentual sobre a receita Bruta)
	IRPJ
(alíquota 15%)
(percentual prático sobre a receita)
	Lucro Real
Base de Cálculo (percentual sobre a receita Bruta)
	CSLL
(alíquota 9%)
(percentual prático sobre a receita)
	I
	1,6 %
	0,24 %
	12 %
	1,08 %
	II
	8 %
	1,2 %
	12 %
	1,08 %
	III
	16 %
	2,4 %
	12 %
	1,08 %
	IV
	32 %
	4,8 %
	32 %
	2,88 %
Fonte: Receita Federal.
Quando constar dos objetivos sociais da empresa mais de uma atividade, será necessário separar as receitas das atividades e aplicar o percentual relativo a cada uma delas.
Como ocorre no lucro presumido as empresas prestadoras de serviços há a possibilidade de reduzir o percentual de estimativa do lucro de 32% para 16%, desde que obedeça aos seguintes requisitos:
3)    A atividade exercida deve ser exclusivamente a prestação de serviços; e
4)    A receita bruta anual não pode superar R$ 120.000,00.
Se a receita acumulada até determinado mês exceder o valor de R$ 120.000,00, a empresa deve pagar a diferença do imposto, pelo percentual de 32%, em relação a cada mês transcorrido.
O recolhimento da diferença será efetuado até o último dia útil do mês subseqüente àquele em que ocorreu o excesso, sem quaisquer acréscimos legais. Se o prazo não for cumprido, serão devidos os acréscimos legais devidos pela mora.
Se por acaso o lucro bruto estimado trimestral que exceder a R$ 60.000,00 deverá ser aplicada alíquota de 10% a título adicional do IRPJ,ou, no caso de inicio de atividades, ao limite correspondente á multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número de meses do período de apuração.
No lucro real requer um controle, registro das operações e prestações por elas realizadas, maior que dos outros regimes tributários, para isso se faz necessário a confecção dos seguintes livros:
Livro Diário/Razão;
Livro Registro de Inventário;
Livro Registro de entrada e saídas;
Livro Registro de Serviços Prestados;
Livro Registro de Serviços Tomados.
            Em relação às declarações, no lucro real, a Secretaria da Receita Federal é altamente exigente. As empresas que optarem por esse regime deverá apresentar mensalmente a:
DACON (Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais);
DCTF (Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais).
FCONT
E apresentarão anualmente a:
DIPJ (Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica);
DIRF (Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte).
E ainda declarações que a atividade da empresa exige, podemos citar o exemplo das empresas de prestação de serviços médicos que, anualmente devem apresentar a:
DMED (Declaração de Serviços Médicos e de Saúde).
LUCRO ARBITRADO
Equipe Portal Tributário
O arbitramento de lucro é uma forma de apuração da base de cálculo do imposto de renda utilizada pela autoridade tributária ou pelo contribuinte. 
É aplicável pela autoridade tributária quando a pessoa jurídica deixar de cumprir as obrigações acessórias relativas à determinação do lucro real ou presumido, conforme o caso. Por exemplo: quando o contribuinte optante pelo lucro real não tem o livro diário ou razão, quando deixa de escriturar o livro inventário, etc.
Quando conhecida a receita bruta, e, desde que ocorrida qualquer das hipóteses de arbitramento previstas na legislação fiscal, o contribuinte poderá efetuar o pagamento do imposto de renda correspondente com base nas regras do lucro arbitrado.
PERÍODO DE APURAÇÃO
A partir de 01.01.1997, a tributação com base no lucro arbitrado ocorrerá trimestralmente, em períodos de apuração encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário (RIR/1999, artigo 220 e 530).
APLICAÇÃO DO ARBITRAMENTO DE LUCRO
A partir de 01.01.1995, ocorrida qualquer das hipóteses que ensejam o arbitramento de lucro, previstas na legislação fiscal, poderá o arbitramento:
I) ser aplicado pela autoridade fiscal, em qualquer dos casos previstos na legislação do imposto de renda (RIR/99, artigo 530).
II) ser adotado pelo próprio contribuinte, quando conhecida a sua receita bruta (RIR/99, artigo 531);
FORMA DE OPÇÃO PELO CONTRIBUINTE
A tributação com base no lucro arbitrado será manifestada mediante o pagamento da primeira quota ou da quota única do imposto devido, correspondente ao período de apuração trimestral em que o contribuinte, pelas razões determinantes na legislação, se encontrar em condições de proceder o arbitramento do seu lucro.
HIPÓTESES DE ARBITRAMENTO
O imposto de renda devido trimestralmente será determinado com base nos critérios do lucro arbitrado quando (RIR/99 artigo 530):
I) a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes indícios de fraudes ou contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para:
identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive bancária; ou
determinar o lucro real;
II) o contribuinte deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e documentos da escrituração comercial e fiscal, ou deixar de apresentar o Livro Caixa, no qual deverá estar escriturada toda a movimentação financeira, inclusive bancária, quando optar pelo lucro presumido e não mantiver escrituração contábil regular;
III) o contribuinte optar indevidamente pelo lucro presumido;
IV) o comissário ou representante da pessoa jurídica estrangeira deixar de escriturar e apurar o lucro da sua atividade separadamente do lucro do comitente, residente ou domiciliado no exterior;
V) o contribuinte não mantiver, em boa ordem e segundo as normas contábeis recomendadas, Livro Razão ou fichas utilizadas para resumir, totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no Diário;
VI) o contribuinte não mantiver escrituração na forma das leis comerciaise fiscais, ou deixar de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal, nos casos em que o mesmo se encontre obrigado ao lucro real.
As pessoas jurídicas, cujas filiais, sucursais ou controladas no exterior não dispuserem de sistema contábil que permita a apuração de seus resultados, terão os lucros decorrentes de suas atividades no exterior determinados, por arbitramento, segundo as disposições da legislação brasileira (IN SRF 213/2002, artigo 5o).
CRITÉRIO DE APURAÇÃO DO LUCRO ARBITRADO
O lucro arbitrado será apurado mediante a aplicação de percentuais:
sobre a receita bruta quando conhecida, segundo a natureza da atividade econômica explorada (RIR/1999, artigo 532);
quando desconhecida a receita bruta, o lucro arbitrado também será apurado mediante a aplicação de coeficientes sobre valores (bases) expressamente fixados pela legislação fiscal (RIR/1999, artigo 535).
CÁLCULO DO ARBITRAMENTO QUANDO CONHECIDA A RECEITA BRUTA
A base de cálculo do lucro arbitrado será o montante determinado pela soma das seguintes parcelas (RIR/99, artigo 532 e 536):
1) o valor resultante da aplicação de percentuais variáveis, conforme o tipo de atividade operacional exercida pela pessoa jurídica, sobre a receita bruta auferida nos respectivos trimestres;
2) ao resultado obtido na forma do item 1 deverão ser acrescidos os ganhos de capital, os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras (renda fixa e variável), as variações monetárias ativas, as demais receitas e todos os resultados positivos obtidos pela pessoa jurídica, inclusive os juros recebidos como remuneração do capital próprio, os descontos financeiros obtidos, os juros ativos não decorrentes de aplicações e os demais resultados positivos decorrentes de receitas não abrangidas no item anterior.
Também deverão ser incluídos os valores recuperados correspondentes a custos e despesas inclusive com perdas no recebimento de créditos, salvo se o contribuinte comprovar não ter deduzido tais valores em período anterior no qual tenha se submetido à tributação com base no lucro real, ou que se refiram a período a que tenha se submetido ao lucro presumido ou arbitrado (RIR/1999, art.536).
GANHOS NO EXTERIOR
Os lucros, rendimentos e ganhos de capital oriundos do exterior serão adicionados ao lucro arbitrado para determinação da base de cálculo do imposto (RIR/99, artigo 536, § 5o).
APRESENTAÇÃO DA DIPJ
A pessoa jurídica tributada com base no lucro arbitrado deverá apresentar, anualmente, a DIPJ.
Na hipótese de adoção do lucro arbitrado apenas em alguns dos períodos de apuração, e nos demais o regime de tributação pelo lucro real ou presumido, deverá informar na DIPJ, juntamente com as demais informações exigidas pelo regime escolhido, em quadro ou ficha específica utilizada para aquela forma de tributação, o(s) período(s) de apuração arbitrado(s).
LUCROS NO EXTERIOR
Os lucros, rendimentos e ganhos de capital oriundos do exterior serão adicionados ao lucro arbitrado para determinação da base de cálculo do imposto.
DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS
Poderá ser distribuído a título de lucros, sem incidência do imposto de renda (quer na fonte quer na pessoa física), ao titular, sócio ou acionista da pessoa jurídica, o valor correspondente ao lucro arbitrado, diminuído de todos os impostos e contribuições (inclusive adicional do IR, CSLL, Cofins, PIS - ADN Cosit 04/1996) a que estiver sujeita a pessoa jurídica. Igualmente, a pessoa jurídica poderá distribuir valor maior que o lucro arbitrado, também sem incidência do imposto de renda, desde que ela demonstre, via escrituração contábil feita de acordo com as leis comerciais, que o lucro contábil efetivo é maior que o lucro arbitrado.
Todavia, se houver qualquer distribuição de valor a título de lucros superior àquele apurado contabilmente, deverá ser imputado à conta de lucros acumulados ou às de reservas de lucros de exercícios anteriores e estará sujeito à tributação do imposto de renda com base na legislação específica vigente nos respectivos períodos anteriores, com acréscimos legais. Inexistindo lucros acumulados ou reservas de lucros em montantes suficientes, bem assim quando se tratar de lucro que não tenha sido apurado em balanço, a parcela excedente será submetida à tributação, no caso de pessoa física, com base na tabela progressiva aplicável aos rendimentos do trabalho assalariado (IN SRF 93/1997, artigo 48)
A isenção somente abrange os lucros distribuídos, não alcançando valores pagos a outros títulos, como por exemplo: pro labore, aluguéis e serviços prestados, os quais se submeterão à tributação conforme a legislação que rege a matéria. No caso desses rendimentos serem percebidos por pessoas físicas serão submetidos à tributação com base na tabela progressiva; no caso de beneficiários pessoas jurídicas serão considerados como receita operacional, sendo passíveis ou não de tributação na fonte, conforme a hipótese.
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO
No caso de arbitramento, aplicam-se à contribuição social sobre o lucro líquido as mesmas normas de apuração e de pagamento estabelecidas para pessoas jurídicas optantes pelo Lucro Presumido.
Observe-se que a alíquota da CSLL é a normal, ou seja, não existe o majoramento como no Imposto de Renda.
Conclusão:
Atualmente o mercado de trabalho, além de ser extremamente competitivo e dinâmico, tem um custo muito elevado, principalmente para as empresas brasileiras. reduzir custos e despesas é indispensável para a vida de uma empresa.
O planejamento tributário é uma ferramenta de diferenciação para assegurar a competitividade e constitui uma forma preventiva e legítima de economia na carga tributária, onde através de lacunas na lei pode-se buscar alternativas para dedução de impostos e tomadas de decisões, que refletem positivamente nos resultados da empresa.
Com relação aos regimes tributários, observou-se que, entre os regimes existentes: Lucro Real, Lucro Presumido, Lucro Arbitado e o SIMPLES Nacional, fica evidente que cada empresa deve ser analisada individualmente, cabendo uma profunda análise para a opção da melhor tributação, determinando o sucesso ou fracasso dos negócios, independente do porte da empresa.
Dos impostos federais, estaduais e contribuições que incidem sobre a empresa como: o PIS, a COFINS, o IRPJ, CSLL, ICMS e INSS, pode-se observar que no regime do SIMPLES Nacional apresenta os menores valores de recolhimento em relação aos demais regimes tributários.
Comprovou-se o quanto a carga tributária se minimiza quando se opta por um regime correto, finalizando assim as considerações a respeito da pesquisa e respondendo a questão feita no inicio desse trabalho, provou-se que é possível sim através de um planejamento reduzir o pagamento de impostos se uma empresa optar pela tributação adequada.
 
REFERÊNCIAS
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BRASIL, Secretaria da Receita Federal. Lei Complementar n° 123, de 14 de Dezembro de 2006. Disponível em: http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/LeisComplementares/2006/leicp123.htm Acesso em: 07 de Março de 2011.
BRASIL. Lei nº. 5.172, de 25 de outubro de 1966. Código Tributário Nacional.
BUENO, Silveira: Minidicionário da língua portuguesa. São Paulo: Editora FTD S.A 2000.
FABRETTI, L. C. Contabilidade Tributária. 7º Ed. São Paulo: Atlas, 2001.
FABRETTI, Láudio Camargo. Código Tributário Nacional comentado. 5º edição rev. E atual. São Paulo: Atlas, 2005.
FABRETTI, Láudio Camargo. Contabilidade Tributária. 10. ed. São Paulo, Atlas, 2006. São Paulo, Manole, 2004.
FERNANDES, José Luiz Nunes. Planejamento Tributário: economia legal de recursos para as empresas. Belém: Alves Gráfica e Editora, 2008
IOB A Thomson Company – Curso básico de Contabilidade I – Modulo 5
SÁ, Antônio Lopes de. Fundamentos da contabilidade geral. Curitiba: Juruá, 2005.
SILVA, J. Miguel; RODRIGUES,Agostinho Inácio. LALUR – Guia Prático de Escrituração
do Livro de Apuração do Lucro Real 2006. 4. ed. São Paulo, Cenofisco, 2006.
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www.portaltribuitário.com.br Acesso em 05 de Março 2011

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