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LIBERDADE PROVISÓRIA SEM 6

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EXMO . SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 4ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL/UF. 
 
 
 
PROCEDIMENTO Nº: 
 
 
 
 
 
 
 
ALBERTO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº__, inscrito no 
Cadastro de Pessoas Físicas sob o nº___, custodiado nas dependências ___, na presença de V. Exa., 
através de seu advogado abaixo assinado (PROCURAÇÃO EM ANEXO), na forma dos artigos 5º, LXVI da 
Constituição Federal e 310, III, do Código de Processo Penal, oferecer pedido de 
 
 
LIBERDADE PROVISÓRIA 
MEDIANTE FIANÇA 
 
 
com base nos fatos e fundamentos ora expostos 
 
 
 I – DOS FATOS 
 
 O requerente foi preso em flagrante pela suposta prática do crime previsto no artigo 155, §4º, IV 
do código penal, pois ele teria furtado o automóvel, marca fiat, tipo Uno, que estava estacionado em via 
pública. 
 Prisão em flagrante com um sujeito por nome Benedito, importante mencionar que a autoridade 
policial, não arbitrou fiança, determinando a prisão do requerente. 
 
 II – DO DIREITO 
 
 
 
 II – A – DO CRIME AFIANÇAVEL 
Segundo Tourinho Filho (2004, p.575): 
“Fiança, para o legislador processual penal, é 
uma garantia real. É certo que, na técnica jurídica, 
fiança é espécie do gênero caução. Esta pode ser 
real ou fidejussória [...] Entre nós, a fiança consiste 
em depósito em dinheiro, pedras, objetos ou metais 
preciosos, títulos da dívida pública, federal, estadual 
ou municipal, ou até mesmo em hipoteca inscrita em 
primeiro lugar”. 
 
De acordo com Guilherme Nucci (2008, p. 624-625): 
Considera-se fiança uma espécie do gênero 
caução, que significa garantia ou segurança. Diz-se 
ser a caução fidejussória, quando a garantia dada é 
pessoal, isto é, assegurada pelo empenho da palavra 
de pessoa idônea, de que o réu vai acompanhar a 
instrução e apresentar-se, em caso de condenação. 
Esta seria a autêntica fiança. Com o passar dos anos, 
foi substituída pela denominada caução real, que 
implica o depósito ou a entrega de valores, 
desfigurando, a fiança. Ainda assim, é a caução real a 
feição da atual fiança, conforme se vê no Código de 
Processo Penal. 
 
Luiz Otávio Rocha e Marco Antônio Baz (1999, p.18) que: 
[...] a liberdade provisória com fiança já foi vista 
como uma contracautela, em contraposição à prisão 
provisória. A prisão em flagrante delito do indiciado 
seria uma cautela para a regular tramitação do 
processo penal e sua cessação exigiria uma 
contracautela, representada pela fiança. 
 
De acordo com os Arts 323 e 324 do CPP, que elenca sobre os crimes inafiançáveis, o 
delegado errou e deveria ter arbitrado a fiança, pois o suposto ato infracional cometido, não se 
encontra no rol desses artigos. 
 
II – B – DA AUSÊNCIA DOS PRESSUPOSTOS DA PRISÃO CAUTELAR 
 
Não há em que se falar em periculum libertatis, pois são ausentes os pressupostos da 
prisão cautelar. 
 
O requerente também não pode ficar recolhido, pela Garantia da Ordem Pública, pois o 
suposto crime cometido, não causa clamor social; 
 
 
 
Também não aplicação da lei penal para Garantia da Ordem Econômica; o requerente 
não prejudicou ou até mesmo impediu o livre exercício da atividade econômica, afetando a 
economia popular; 
O requerente em nenhum momento prejudicou a produção de provas, logo não há a 
Conveniência da Instrução Criminal; 
 
Também não há Aplicação da Lei Penal, por não existirem provas de plano de fuga pelo 
requerente. 
 
 II – C – DO PRINCÍPIO DA HOMOGENEIDADE 
 
 Segundo Capez: 
“O princípio da homogeneidade no caso das prisões cautelares, é a proporcionalidade que deve 
existir entre o que está sendo dado (prisão 
cautelar) e o que concedido (sentença final). 
Segundo este princípio no caso das prisões 
cautelares, o juiz não poderia impor ao réu um 
encarceramento com intensidade mais grave 
do que a que lhe seria infligido caso fosse 
realmente considerado culpado, sob pena de 
tornar o processo mais punitivo que a própria 
sanção penal do crime”. 
 
Sendo assim com base nesse princípio não cabe prisão preventiva sob o suposto crime de furto 
simples, porque para tal crime, primeiro caberia a suspensão condicional do processo.Art. 155, 
§4º e Art. 44 do Código Penal. 
É necessário não perder de vista a posição que a jurisprudência pátria vemassumindo diante da 
matéria sub examine, conforme se depreende da ementaabaixo transcrita: 
STJ - HABEAS CORPUS HC 117535 DF 2008/0219942-5 (STJ) 
Data de publicação: 01/02/2010 
Ementa: HABEAS CORPUS. FURTO SIMPLES TENTADO. 
PRISÃO EM FLAGRANTE. LIBERDADE PROVISÓRIA. 
INDEFERIMENTO PELAS INSTÂNCIAS 
ORDINÁRIAS. PRINCÍPIO DA HOMOGENEIDADE. OFENSA. 
EXCESSO DE PRAZO. RECONHECIMENTO. 
CONSTRANGIMENTO ILEGAL EVIDENTE. 1. A prisão cautelar só 
se legitima quando, além de presentes os requisitos e as hipóteses 
autorizadoras descritas no art. 312 do Código de Processo Penal, não 
exceder o mal que pode ser causado pela imposição da reprimenda a ser 
aplicada em caso de eventual condenação. Precedentes. 2. Sendo caso de 
tentativa de furto simples, cuja pena máxima em abstrato não poderá 
ultrapassar 2 anos e 8 meses de reclusão, a contrariedade 
ao princípio da homogeneidade é evidente, na medida em que se pode 
antever, com segurança, que o início do cumprimento da reprimenda se 
dará em modo menos rigoroso que atual em que o paciente se encontra 
 
 
recolhido (fechado). 3. Constitui evidente constrangimento ilegal, por 
excesso de prazo, o fato de o acusado permanecer preso há um ano e 
quatro sem que haja notícia de quando será prolatada sentença, 
mormente quando tal lapso muito possivelmente é superior ao que 
poderá ser imposto como pena ao cabo da ação penal. 5. Ordem 
concedida, determinando-se a expedição de alvará de soltura clausulado 
em favor do paciente, se por outro motivo não estiver preso. 
 
Encontrado em: PENAL LIBERDADE PROVISÓRIA - 
INDEFERIMENTO - FUNDAMENTAÇÃO STJ - HC 81005 -SP 
PRISÃO PROVISÓRIA... - PRINCÍPIO DA 
PROPORCIONALIDADE STJ - HC 64379 -SP HABEAS CORPUS HC 
117535 DF 2008/0219942-5 (STJ 
 
III – DOS PEDIDOS 
a) Isto posto requer a V. Exa., o arbitramento de fiança, com base no Art. 319, VIII, CPP ou 
com base nos Arts. 323 e 324, a contrário senso do CPP. 
 
b) Que seja concedido o benefício da liberdade provisória, na forma do Art. 5º, LXVI, 
CRFB/88 e Art. 310, III, CPP, com posterior expedição do alvará de soltura. 
 
 
Nestes Termos, 
Pede deferimento. 
 
 Local, data. 
 
ADVOGADO: 
OAB/UF:

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