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Fibras musculares

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
Richardson Mota 4ºPeríodo – Treinamento Esportivo.
Fisiologia do exercício
Manaus
2017
Tipos de Fibras Musculares
A classificação das fibras musculares costuma ser feita de acordo com o metabolismo energético dominante, da coloração histoquímica, que depende das atividades das enzimas, e da sua velocidade de contração. Podemos assim dizer que, os músculos dos vertebrados são compostos por dois tipos principais de fibras: as fibras lentas oxidativas ou vermelhas (tipo I), e as fibras rápidas ou fibras brancas (tipo II).As fibras do tipo II são subdivididas nos tipos IIa, ou fibras rápidas oxidativas-glicolíticas, e tipo IIb, ou rápidas glicolíticas.
 Fibras Musculares Tipo I
As fibras do tipo I, ou lentas oxidativas, exibem cor vermelho-escuro. Essa cor deve-se à grande vascularização e alto conteúdo de mioglobina e citocromos, já que estas fibras são especialmente ricas em mitocôndrias, além de serem de diâmetro um pouco menor. Elas maximizam a difusão do oxigénio até as mitocôndrias no interior da célula. Além disso, naturalmente, estas têm uma alta capacidade de oxidar aerobicamente os carboidratos e os ácidos graxos de modo a gerar ATP e permitindo exercícios duradouros. As fibras do tipo I são ainda ricas em enzimas oxidativas.A enzima succinato desidrogenase é uma enzima típica do metabolismo aeróbico. Esta encontra-se em quantidades elevadas, constituindo assim um elemento marcante deste tipo de fibras. As fibras do tipo I têm também uma grande atividade da NAD desidrogenase e da citocromo oxidase. Visto que a velocidade de produção de ATP por processo aeróbico é bem menor do que a velocidade das vias anaeróbicas e a reserva de substratos para a oxidação aeróbica é maior, isso faz com que as fibras tipo I se contraiam de forma mais lenta e mais prolongada, passando assim a sofrer de fadiga mais lentamente. O tipo de fibra muscular é determinado principalmente pela isoforma da cadeia pesada da miosina que é sintetizada. Além disso, as fibras tipo I expressam-se na isoforma MHC-1, com uma maior atividade ATPásica. As fibras do tipo I são encontradas em grande número em músculos importantes para atividades duradouras, como é o caso dos músculos das costas que sustentam a coluna vertebral, o que permite a manutenção da postura.
Fibras Musculares Tipo II
As fibras tipo II, ou fibras brancas, são as de maior diâmetro, com predomínio no metabolismo energético anaeróbico. Estas fibras possuem grandes quantidades de enzimas ligadas a este tipo de metabolismo, tais como a CPK (creatinofosfoquinase), que é necessária para a regeneração rápida de ATP a partir da fosfocreatina. Outras enzimas que também podem ser encontradas neste tipo de fibras em quantidades elevadas são as enzirnas desidrogenase láctica (LDH) e as fosfofrutoquinase (PFK). Nos músculos que são constituídos por este tipo de fibras a velocidade de contração, a velocidade de condução na membrana e a tensão máxima são maiores do que nas fibras do tipo I. Os níveis de atividade da ATPase miofibrilar nessas fibras são muito elevados, o que revela uma grande velocidade na elaboração das interações actina-miosina. As fibras tipo II são subdivididas nos grupos IIa e IIb.
Fibras Musculares do Subtipo IIa
As fibras do subtipo IIa, ou rápidas oxidativas-glicolíticas são também fibras brancas, com predomínio do metabolismo anaeróbico. No entanto, no caso destas, existe já uma capacidade oxidativa superior, o que as toma ligeiramente mais resistentes à fadiga. Estas fibras exibem um perfil contrátil, metabólico e morfológico intermédio entre os outros dois tipos de fibras, expressando-se na isoforma MHC-IIa, que tem uma atividade intermediária. 
Fibras Musculares do Subtipo IIb
As fibras do subtipo IIb, ou rápidas glicolíticas, são o subtipo mais característico. Estas fibras são mais claras devido a praticamente não possuírem mioglobina na sua constituição e por conterem poucas mitocôndrias. São fibras de contração rápida, cuja energia é obtida quase exclusivamente por glicólise anaeróbica, por usarem apenas glicose e glicogénio, o que acaba por originae uma grande acumulação de ácido láctico no final do exercício. Além disso, o componente aeróbico é reduzido. As fibras do subtipo IIb são fibras com um mau rendimento energético, pois acumulam muito ácido láctico e H +, sendo assim facilmente fatigáveis. São as fibras predominantes nos músculos que movem pernas e braços. Apresentam a isoforma MHC-IIx, ou seja, a isoforma que tem menor capacidade de hidrolisar ATP.
Características Contráteis das fibras musculares
Diferentes métodos histoquímicos têm sido proposto para diferenciar os subtipos de fibras musculares, mas o método mais usado para todos os propósitos é a histoquímica para a ATPase miosínica.
	Fibra Tipo I
	lenta
	Fibra Tipo IIA (intermediária)
	rápida
	Fibra Tipo IIB
	rápida
Características Bioquímicas das Fibras Musculares
	Fibra Tipo I
	lenta
	vermelha
	oxidativa
	SO
	Fibra Tipo IIA (intermediária)
	rápida
	branca
	oxidativa/glicolítica
	FOG
	Fibra Tipo IIB
	rápida
	branca
	glicolítica
	FG

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