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Contabilidade financeira
Hamilton Cesar Moura
Sumário
CAPÍTULO 1 – Introdução à Contabilidade .......................................................................05
Introdução ....................................................................................................................05
1.1 O patrimônio ...........................................................................................................05
1.1.1 Ativos .............................................................................................................07
1.1.2 Passivos ..........................................................................................................08
1.1.3 Patrimônio líquido ...........................................................................................09
1.2 Origens e aplicações de recursos ...............................................................................10
1.2.1 Ativos versus Passivos .......................................................................................10
1.3 Usuários da contabilidade .........................................................................................15
1.3.1 Processo de comunicação ................................................................................15
1.3.2 Usuários internos .............................................................................................17
1.3.3 Usuários externos ............................................................................................17
1.3.4 Tipos de contabilidade .....................................................................................18
1.4 A linguagem dos negócios ........................................................................................20
1.4.1 O sistema de contabilidade ..............................................................................20
1.4.2 Linguagem contábil .........................................................................................20
1.4.3 Aplicações de contabilidade em negócios ..........................................................21
Síntese ..........................................................................................................................23
Referências Bibliográficas ................................................................................................24
03
Capítulo 1 
05
Introdução
Você já pensou em seu patrimônio pessoal ou no de sua família? Qual é a composição desse 
patrimônio? Não se preocupe com o valor do patrimônio, toda pessoa ou família tem algum bem 
mensurável monetariamente.
Neste estudo, você observará que o termo entidade será utilizado para referir-se a uma empresa, 
a uma pessoa, a uma associação, a um sindicato, etc. Toda entidade possui um patrimônio e, 
sendo a Contabilidade a ciência que estuda o patrimônio e suas variações, pode-se estudar o 
patrimônio de qualquer entidade. 
Você já parou para pensar em grandes empresas, como, por exemplo, a Natura ou a Volkswa-
gen, e em qual seria a composição e a evolução do patrimônio dessas organizações? Estudando 
o conteúdo deste capítulo, você poderá identificar e classificar muitos itens do patrimônio das 
entidades. Este é um passo importante para entender a contabilidade.
Nos dois primeiros capítulos do livro Contabilidade Básica, o professor José Carlos Ma-
rion apresenta os conceitos iniciais da contabilidade e do patrimônio, com orientações 
para que o estudante se torne um profissional bem-sucedido (MARION, 2009).
NÃO DEIXE DE LER...
1.1 O patrimônio
O patrimônio de uma entidade é composto por bens, direitos e obrigações.
Para aprender os conceitos básicos de contabilidade, você terá como exemplo a história de uma 
pessoa que pretende começar um novo negócio. O personagem, Paulo Moreira, é um homem 
experiente que percebeu a necessidade de um serviço de lavanderia em sua comunidade. Paulo 
pesquisou sobre sua ideia e preparou um plano de negócios que documenta a viabilidade de seu 
empreendimento.
Paulo também se reuniu com um advogado para discutir os termos do contrato e o tipo de em-
presa que deveria constituir. Dada a sua situação específica de pequeno empresário no setor de 
serviços e iniciando um novo negócio, eles concluíram que a melhor forma jurídica para o seu 
negócio seria a de microempresa, a fim de ter uma carga tributária reduzida e simplificação do re-
colhimento dos tributos. O nome escolhido para a organização foi Lavanderia Lava Bem. O advo-
gado também aconselha Paulo sobre as cláusulas do contrato para evitar problemas futuros com 
seu sócio e sobre algumas licenças e documentos que serão necessários para a nova empresa.
Introdução à Contabilidade
06 Laureate- International Universities
Contabilidade financeira
Figura 1 – Lavanderia em funcionamento.
Fonte: Shutterstock, 2015.
Paulo é trabalhador e um homem inteligente, mas admite que não se sente confortável com 
questões de contabilidade. Ele sabe que encontrará auxílio em algum software especializado no 
assunto, mas prefere se reunir com um contador profissional para ajudar em sua escolha. Ele 
pede ao gerente do seu banco para recomendar um profissional de contabilidade que consiga 
dar explicações a alguém que é leigo no assunto. Paulo quer compreender as demonstrações 
financeiras e quer saber tudo para acompanhar o desenvolvimento do seu novo negócio. O 
gerente do seu banco recomenda Priscila Martins, uma contadora que tem ajudado muitos pe-
quenos empresários, clientes do banco.
Priscila verifica o plano de negócios que Paulo elaborou e começa a decompor o patrimônio 
necessário para que possa iniciar suas transações. Paulo parecia intrigado com o termo transa-
ção, de modo que Priscila lhe ofereceu cinco exemplos de transações que a Lavanderia Lava Bem 
precisará registrar.
•	 Paulo, sem dúvida, deve iniciar o seu negócio colocando um pouco de seu próprio 
dinheiro pessoal. 
•	 A Lavanderia Lava Bem precisará comprar um veículo de entrega, adaptado para colocar 
as roupas que serão entregues aos clientes.
•	 A empresa vai começar vendendo os serviços de lavanderia e tinturaria.
•	 O negócio será mantido com a cobrança dos serviços obtidos.
•	 A empresa incorrerá em despesas na operação do negócio, como um salário para Paulo, 
as despesas associadas com o veículo de entrega, a publicidade, etc.
Priscila se propõe, ainda, a explicar contabilmente a composição do patrimônio de sua organi-
zação:
•	 ativos de uma empresa: são seus bens e direitos;
•	 passivos de uma empresa: são suas obrigações;
•	 patrimônio	 líquido (ou do proprietário): é a somatória dos bens e direitos menos as 
obrigações.
07
Paulo está entusiasmado com o seu novo negócio e com o aprendizado que está adquirindo com 
as explicações de Priscila, mas ele quer entender mais sobre ativos, passivos e patrimônio líquido, 
pois sabe que essa compreensão poderá ajudá-lo na administração da Lava Bem. E você, quer 
saber mais? Você verá esses conceitos nos itens a seguir.
1.1.1 Ativos
Ativos são os bens que uma empresa possui, também chamados de recursos da empresa. No 
caso da lavanderia de Paulo, são o veículo da empresa, o dinheiro no banco, todo o material 
que tem em mãos e o equipamento que ele usa para lavar e passar roupas. Priscila mostra a 
Paulo como esses bens são relatados nas contas chamadas veículos, bancos, suprimentos e 
equipamentos. Ela menciona um ativo que Paulo não tinha considerado e lhe explica que, se 
a Lava Bem executar serviços e der um prazo para o cliente pagar, o valor devido à Lavanderia 
Lava Bem é um ativo conhecido como contas	a	receber.
Figura 2 – As máquinas são exemplos do ativo de uma lavanderia.
Fonte: Shutterstock, 2015.
De acordo com Marion (2009, p. 38) “Entendem-se por bens as coisas úteis, capazes de sa-
tisfazer às necessidades das pessoas e das empresas. Se eles têmforma física, são palpáveis, 
denominam-se bens tangíveis: veículos, imóveis, estoques de mercadorias, dinheiro, móveis e 
utensílios (móveis de escritório), ferramentas, etc.”.
O professor Doutor José Calos Marion é mestre, doutor e livre-docente em Contabili-
dade pela FEA/USP, onde é professor titular. Fez Pós-doutorado em Contabilidade pela 
Kansas University (EUA). É também professor e pesquisador do Mestrado em Conta-
bilidade na PUC-SP. Vencedor do Prêmio Pesquisa CFC em 1986, do Prêmio da BMF 
como orientador de tese de doutorado da aluna Angela Mie Nakamura em 1997, do 
Prêmio Professor Nota 10 (entre os dez primeiros) do Semesp-SP em 1997, da Medalha 
Frederico Herrmann Junior da Ordem do Mérito, por ter se distinguido na doutrina e 
pesquisa da Ciência Contábil, pelo CRC-SP, em 1998.
VOCÊ O CONHECE?
08 Laureate- International Universities
Contabilidade financeira
•	 Pré-pagos	ou	pagamentos	antecipados
Priscila traz à tona outro ativo – a parte não expirada de despesas antecipadas. Suponha que 
a Lavanderia Lava Bem pague R$ 2.400 em 1º de dezembro para um prêmio de seguro de 12 
meses para seu veículo de entrega, que seria correspondente a R$ 200 por mês (R$ 2.400 ÷ 
12 meses). A cobertura do seguro é consumida com a passagem do tempo; terminado um mês, 
pode-se dizer que uma parcela do seguro foi consumida. Entre 1º e 31 de dezembro, R$ 200 do 
prêmio de seguro são consumidos ou expirados. O montante expirado será apresentado como 
despesa. Paulo pede a Priscila que explique onde seriam demonstrados os restantes R$ 2.200 (R$ 
2.400 – R$ 200) de prêmio de seguro não expirado, ou a vencer. No balanço de 31 de dezem-
bro, esse valor deverá estar em uma conta de ativo chamado seguros	pagos	antecipadamente.
Outros exemplos de bens que podem ser pagos antes de serem usados incluem suprimentos e 
a quota anual para uma associação comercial. A parcela que é consumida no período contábil 
atual é considerada como uma despesa; a parte que ainda não foi consumida é relatada no 
balanço patrimonial como um ativo.
•	 Princípio	de	custos	e	conservadorismo
Paulo descobre que cada um dos ativos de sua empresa foi registrado pelo seu custo original; 
mesmo que o valor de mercado de um item aumente, o contador não vai aumentar a quantidade 
registrada desse ativo no balanço. Este é o resultado de outro princípio básico de contabilidade 
conhecido como o princípio	de	custo	como	base	de	valor.
Embora os contadores geralmente não aumentem o valor de um ativo, eles podem diminuir o seu 
valor como resultado de um conceito conhecido como conservadorismo. Por exemplo, depois 
de alguns meses no negócio, Paulo resolve comprar algumas embalagens para guardar roupas 
no armário e oferecer a seus clientes, visando a ganhar receitas adicionais. Vamos dizer que a 
Lavanderia Lava Bem tenha comprado 100 embalagens no atacado por R$ 1,00 cada. Mas o 
preço de atacado das embalagens foi reduzido em 40% e, ao preço atual, ele poderia comprá-
-las por R$ 0,60 cada. O custo de substituição de seu estoque (R$ 60,00) é menor que o custo 
original registrado (R$ 100,00). O princípio do conservadorismo diz ao contador para informar 
no balanço patrimonial o valor mais baixo (R$ 60,00) como o valor do ativo.
Em resumo, o princípio do custo geralmente impede que ativos sejam demonstrados no balanço 
patrimonial em valor maior que o custo, enquanto o conservadorismo pode exigir que ativos 
sejam reportados no balanço patrimonial com valores menores que seu custo. Por esse motivo, 
muitas vezes, os contadores são chamados de conservadores.
1.1.2 Passivos
Passivos são obrigações da empresa; são valores devidos a terceiros a partir da data do balan-
ço. Priscila dá alguns exemplos de passivos a Paulo: o empréstimo que ele recebeu de seu tio 
(títulos a pagar ou empréstimo a pagar), os juros sobre o empréstimo que deve a seu tio (juros a 
pagar), o montante que deve a fornecedores de suprimentos da loja, comprados no crédito (for-
necedores), o salário e encargos que ele deve a um empregado, mas ainda não foram pagos 
(salários a pagar), as contas	de	serviços	públicos (água, luz, telefone) que foram consumidos, 
mas ainda não foram pagas.
Outra obrigação é o dinheiro recebido antecipadamente de seus clientes. Por exemplo, suponha 
que a Lavanderia Lava Bem faça em acordo com um dos seus clientes estipulando que o cliente 
pague antecipado R$ 600 pela lavagem de roupas dos próximos 3 meses. Suponha que a Lava 
09
Bem receba R$ 600 em 1º de dezembro para as entregas a serem feitas entre 1º de dezembro e 
28 de fevereiro: ela tem um recebimento de R$ 600 em 1º de dezembro, mas não tem uma recei-
ta de R$ 600 neste momento, pois ainda não prestou qualquer serviço ao cliente. A organização 
somente terá receita quando entregar as roupas lavadas ao cliente. Em 1º de dezembro, a Lava 
Bem vai demonstrar que seu ativo dinheiro, caixa, aumentou em R$ 600, mas também terá de 
demonstrar que tem um passivo de R$ 600. Tendo recebido R$ 600 adiantados, a Lava Bem tem 
a obrigação de entregar R$ 600 de roupas lavadas no prazo de 3 meses ou devolver o dinheiro.
A conta do passivo envolvida em R$ 600 recebidos em 1º de dezembro corresponde ao adianta-
mento de clientes. A cada mês, conforme as roupas são entregues ao cliente, a Lava Bem estará 
ganhando o valor correspondente às roupas entregues e, como resultado, a cada mês retira esse 
valor de adiantamento de clientes e apropria na conta de receita de serviços. Assim, a obrigação 
de entregar roupas ao cliente vai diminuindo no valor correspondente à entrega, uma vez que 
cumpre o acordo entregando as roupas e, a cada mês, suas receitas aumentam no valor corres-
pondente às roupas entregues.
Priscila dá mais um exemplo a Paulo: suponha que a Lava Bem precise de um empréstimo 
bancário de R$ 10.000 para pagar no prazo de 6 meses, e o banco concorde em conceder o 
empréstimo em 1º de dezembro. Nesse momento, entrarão os R$ 10.000 na conta corrente da 
Lava Bem, aumentando seu ativo bancos. Por outro lado, a empresa assumiu uma obrigação de 
pagar o empréstimo em 6 meses, aumentando o seu passivo.
1.1.3 Patrimônio líquido
O valor do patrimônio líquido é exatamente a diferença entre os valores dos ativos e os montan-
tes das obrigações para com terceiros. Como resultado, os contadores geralmente se referem a 
patrimônio líquido como a diferença (ou residual) de ativos menos passivos. Patrimônio líquido é 
também o valor	patrimonial da empresa.
Como os ativos da organização são apresentados ao custo ou inferior (e não pelo valor de mer-
cado), é importante que você não associe o valor reportado do patrimônio líquido com o valor 
da empresa no mercado (não é correto referir-se a patrimônio líquido como valor da empresa). 
Para encontrar o valor de uma organização no mercado, você deve obter os serviços de um pro-
fissional familiarizado com avaliações de empresas.
Dentro da seção patrimônio líquido, você encontrará contas como capital social, capital a reali-
zar, ações ordinárias, ações preferenciais, reserva de lucros, reserva de capital, etc.
A conta de capital social cresce quando os sócios entram com dinheiro (ou algum outro ativo), 
aumentando o capital da organização. A conta de reserva de lucros aumenta quando a empresa 
obtém lucro e diminui quando a empresa tem prejuízo. Isso significa que as receitas implicam 
automaticamente o aumento do patrimônio líquido, e as despesas implicam automaticamente a 
diminuição do patrimônio líquido. Isso ilustra uma ligação entre o balanço patrimonial (ativos x 
passivos) e a demonstração de resultados (receitas x despesas) de uma organização.
Neste tópico introdutório, por meio dos nossos personagens Paulo e Priscila, vimos a importância 
da contabilidade para qualquer entidade, empresas privadas, públicas, organizações não go-
vernamentais, etc. O conceito de patrimônio é uma etapa importante e que deveser muito bem 
absorvida pelo estudante de contabilidade, pois deverá se dedicar ao estudo do patrimônio e 
suas variações ao longo de todo o curso.
10 Laureate- International Universities
Contabilidade financeira
Figura 3 – Capital: fonte de recursos próprios.
Fonte: Shutterstock, 2015.
1.2 Origens e aplicações de recursos
Neste tópico, você observará os ativos e passivos sob um novo ângulo, o que o ajudará a enten-
der melhor o equilíbrio da equação contábil e a responder uma dúvida muito comum entre os 
iniciantes em contabilidade: por que o ativo é sempre igual ao passivo?
Além disso, você sabe como funciona o fluxo de recursos em uma empresa? Pensando em termos 
de como se deu a origem dos recursos e onde foram aplicados, você verá que é fácil responder 
a essa pergunta.
Para concluir os estudos deste tópico, você aprenderá como são feitos os registros das transações 
de uma empresa e entenderá como isso se processa na contabilidade. 
1.2.1 Ativos versus Passivos
O ativo representa todas as aplicações de recursos feitos na entidade. No passivo e no patri-
mônio líquido, estão as contas que deram origem a todas as aplicações feitas no ativo. Vamos 
exemplificar para que você entenda melhor:
11
Ativos, aplicações de recursos em: Passivos, origens dos recursos aplicados no ativo:
Caixa Fornecedores
Contas a receber Contas a pagar
Estoques Empréstimos bancários
Máquinas e equipamentos Financiamentos
Veículos Patrimônio	líquido
Capital social
Reservas de lucros
Reservas de capital
Quadro 1 – Contas patrimoniais.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2015.
Transação	1
Suponha que Paulo comece o seu negócio da Lavanderia Lava Bem em 1º de dezembro de 2014. 
A primeira transação que Paulo vai registrar para sua empresa é o seu investimento pessoal de R$ 
20.000 no capital da empresa. O sistema de contabilidade da Lavanderia Lava Bem vai mostrar 
um aumento que representa o dinheiro existente na empresa, conta caixa, de zero a R$ 20.000, 
e um aumento na conta de seu patrimônio líquido capital social de R$ 20.000, que representa 
a origem dos recursos investidos na organização. Ambas as contas são patrimoniais. Não há 
receitas, porque não há taxas de serviços ganhas pela empresa, e não houve despesa ainda.
Depois que Paulo faz essa transação, o balanço da Lavanderia Lava Bem será parecido com este:
Lavanderia Lava Bem
Balanço patrimonial
01/12/2014
Ativos Passivos
Caixa R$ 100.000
 Patrimônio líquido
 Capital social R$ 100.000
Aplicação
de recursos
Origem
dos recursos
aplicados
Figura 4 – Demonstração do patrimônio inicial.
Fonte: Elaborada pelo autor, 2015.
12 Laureate- International Universities
Contabilidade financeira
Priscila pergunta a Paulo se ele pode ver que o balanço é apenas isto: um equilíbrio. Paulo olha 
para o total de R$ 100.000 no lado do ativo, e olha para R$ 100.000 no lado direito, e diz que 
sim, é claro, ele pode ver que realmente há um equilíbrio.
Priscila mostra a Paulo algo chamado de equação básica da contabilidade, que, explica, é real-
mente o mesmo conceito do balanço, apenas apresentado em um formato de equação:
Ativo = Passivo + Patrimônio líquido
R$ 100.000 = R$ 0 + R$ 100.000
A equação contábil (e balanço) deve estar sempre em equilíbrio.
Transação	2
A empresa compra um veículo para fazer suas entregas no valor de R$ 60.000 pagando 50% 
à vista e financiando 50%. O valor da aplicação de recursos foi de R$ 60.000 mas qual foi a 
origem dos recursos para comprar esse veículo? A metade teve origem no próprio ativo, ou seja, 
diversificou a aplicação do capital social inicial, ficando R$ 70.000 em caixa e R$ 30.000 em 
veículos. O restante foi financiado, tendo origem, portanto, em capital de terceiros (passivo).
Vejamos como ficaria agora a distribuição do patrimônio (em origens e aplicações):
Lavanderia Lava Bem
Balanço patrimonial
02/12/2014
Ativo (aplicações de recursos) Passivo (origens dos recursos)
Caixa R$ 70.000,00 Financiamento R$ 30.000,00
Veículos R$ 60.000,00 Patrimônio líquido
 Capital social R$ 100.000,00
Total R$ 130.000,00 Total R$ 130.000,00
Aplicação
de recursos
Origem
dos recursos
aplicados
Origem
dos recursos de
terceiros aplicados
Figura 5 – Demonstração do patrimônio após aquisição do veículo.
Fonte: Elaborada pelo autor, 2015.
13
Transação	3
Se a empresa adquirir suprimentos de seus fornecedores a prazo no valor de R$ 10.000, deverá 
demonstrar em seu patrimônio essa nova aquisição e a origem dos recursos para tal.
Lavanderia Lava Bem
Balanço patrimonial
02/12/2014
Ativo (aplicações de recursos) Passivo (origens dos recursos)
Caixa R$ 70.000,00 Financiamento R$ 30.000,00
Veículos R$ 60.000,00 Fornecedores R$ 10.000,00
Suprimentos R$ 10.000,00 
 Patrimônio líquido
 Capital social R$ 100.000,00
Total R$ 140.000,00 Total R$ 140.000,00
Aplicação
de recursos
Origem
dos recursos
aplicados
Origem
dos recursos de
terceiros aplicados
Figura 6 – Demonstração do patrimônio após aquisição de suprimentos.
Fonte: Elaborada pelo autor, 2015.
Veja que o total do ativo é de R$ 140.000 e valor do passivo + patrimônio líquido é de R$ 
140.000 mas o valor do patrimônio líquido permanece o mesmo, ou seja, as origens de capital 
próprio não foram alteradas, todas as novas aplicações de recursos tiveram origens nos recursos 
do próprio ativo ou do passivo (capital de terceiros).
Transação	4
Suponha que no dia 20 de dezembro a Lava Bem pague R$ 5.000 a seus fornecedores. Haverá 
uma diminuição do caixa da empresa em R$ 5.000 e uma diminuição da dívida com os forne-
cedores no mesmo valor. Ocorre uma diminuição das origens de recursos de terceiros que finan-
ciam a empresa em R$ 5.000 e uma diminuição das aplicações de recursos no mesmo valor, e 
o balanço ficaria assim:
Lavanderia Lava Bem
Balanço patrimonial
02/12/2014
Ativo (aplicações de recursos) Passivo (origens dos recursos)
Caixa R$ 65.000,00 Financiamento R$ 30.000,00
Veículos R$ 60.000,00 Fornecedores R$ 5.000,00
Suprimentos R$ 10.000,00 
 Patrimônio líquido
 Capital social R$ 100.000,00
Total R$ 135.000,00 Total R$ 135.000,00
Aplicação
de recursos
Origem
dos recursos
aplicados
Origem
dos recursos de
terceiros aplicados
Figura 7 – Demonstração do patrimônio após pagamento de fornecedores.
Fonte: Elaborada pelo autor, 2015.
14 Laureate- International Universities
Contabilidade financeira
Figura 8 – Equilíbrio da equação contábil comparado a uma balança.
Fonte: Shutterstock, 2015.
Você já deve ter percebido que em qualquer transação que afeta o patrimônio é possível encon-
trar os efeitos sobre as origens e aplicações dos recursos.
Neste capítulo, iniciamos o estudo do patrimônio e procuramos mostrar o efeito de várias transa-
ções sobre o patrimônio da empresa do nosso personagem Paulo, a Lavanderia Lava Bem. Mostra-
mos que o patrimônio pode ser desmembrado em origens e aplicações de recursos,sendo as apli-
cações todas as contas do ativo, e suas origens encontram-se no passivo e no patrimônio líquido.
15
1.	Por	que	diversos	pequenos	empresários	acham	que	a	contabilidade	é	um	mal	
necessário?
Os empresários ainda veem o profissional de contabilidade como um intermediário do 
governo na cobrança de impostos, e muitos ainda não conseguem enxergar a utilidade 
das informações contábeis para a condução de seu negócio.
2.	Quando	pensamos	em	patrimônio,	logo	nos	vêm	à	cabeça	empresas.	Em	uma	
crise	econômica,	há	implantação	de	novas	empresas?
Sim, em qualquer crise sempre surge oportunidades, enquanto muitos choram, alguns 
vendem lenços. Muitos novos negócios surgem em épocas de crise econômica. O con-
tador deve atuar também como um consultor para seus clientes, orientando sobre essas 
novas oportunidades que surgem, cada nova empresa constituída representa um poten-
cial cliente para a contabilidade.
3.	O	nosso	personagem	Paulo	está	no	caminho	certo	para	 implantar	seu	novo	
negócio?
Sim, o nosso personagem Paulo está procurando entender o seu negócio tanto na parte 
operacional como na administrativa. O grande erro de muitos pequenos empresários é 
ocupar-se somente da parte operacional e das vendas, esquecendo-se de que é neces-
sário haver um controle administrativo das operações e das vendas.
NÓS QUEREMOS SABER!
1.3 Usuários da contabilidade
Quem precisa de informações financeiras sobre um negócio além de seus proprietários?
Os usuários podem ser agrupados em duas grandes categorias: usuários internos e usuários 
externos. Os usuários internos são os gestores e os proprietários e funcionários que realmente 
trabalham para o negócio. Os usuários externos incluem os credores, investidores, clientes e 
agências reguladoras e agentes governamentais.
Por que eles precisam de informação financeira?
Os usuários precisam dessas informações para tomar decisões com conhecimento. Os bancos 
e outros credores querem ter certeza de que o crédito que concederam para um negócio será 
pago. Ao analisar informações financeiras, terão algo para basear sua decisão sobre emprésti-
mos ou crédito. Não existe banqueiro “amigo”, você precisa fornecer informação financeira para 
basear as suas decisões de empréstimo. Da mesma forma, os clientes querem ter certeza de que 
a empresa da qual estão comprando produtos ou serviços não está em uma posição financeira 
tão ruim que possa fechar suas portas e interromper o fornecimento. Outros usuários têm suas 
próprias razões para usar essa informação financeira.
1.3.1 Processo de comunicação
Contabilidade é o processo de comunicação de informações financeiras sobre uma entidade 
para os usuários, tais como sócios ou acionistas e gestores. 
16 Laureate- International Universities
Contabilidade financeira
A contabilidade foi definida como a arte da registrar, classificar e resumir de uma forma signi-
ficativa e em termos monetários, transações e eventos, e interpretar os respectivos resultados 
(HENDRIKSEN, 1999, p. 28).
Observe a Figura 9, elaborada com base nas seguintes definições: 
O sistema de informação contábil é gerencial quando possui características de operacionalidade 
de tal forma que preencha todas as necessidades informacionais dos administradores para 
o gerenciamento de uma entidade, no tocante ao seu controle operacional, patrimonial, 
econômico e financeiro (PADOVEZE, 2010, p. 29).
Muitos investidores, credores por empréstimo e outros credores, existentes e em potencial, não 
podem requerer que as entidades que reportam a informação prestem a eles diretamente as 
informações de que necessitam, devendo desse modo confiar nos relatórios contábil-financeiros 
de propósito geral (conjunto das demonstrações contábeis), para grande parte da informação 
contábil-financeira que buscam. Consequentemente, eles são os usuários primários para quem 
relatórios contábil-financeiros de propósito geral são direcionados (ALMEIDA, 2014, p. 19).
Usuários internos 
contábil 
Investidores
Clientes
Credores Gerentes Empregados
Sócios
Contabilidade
�nanceira
Contabilidade
gerencial
Usuários externos da
informação contábil
Usuários internos
da informação contábil
Autoridades
�scais
Agências
reguladoras
Contabilidade
Figura 9 – Usuários de informações contábeis – internos e externos.
Fonte: Elaborada pelo autor, 2015.
A informação contábil ajuda os usuários a tomarem melhores decisões financeiras. Os usuários 
da informação contábil podem ser tanto internos como externos à organização, como veremos 
a seguir.
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1.3.2 Usuários internos
Os usuários internos (usuários primários) das informações contábeis incluem os seguintes:
•	 administradores: para a análise de desempenho e da posição da organização e para 
tomar medidas apropriadas para melhorar os resultados da empresa;
•	 empregados: para avaliar a rentabilidade da empresa e sua consequência sobre futuras 
remunerações e segurança no trabalho;
•	 sócios (proprietários): para analisar a viabilidade e rentabilidade do seu investimento e 
determinar qualquer futuro curso de ação.
As informações contábeis são apresentadas aos usuários internos geralmente sob a forma de 
relatórios de gestão, orçamentos, previsões e demonstrações contábeis.
1.3.3 Usuários externos
Os usuários externos (usuários secundários) das informações contábeis incluem os seguintes:
•	 credores: para a determinação do valor do crédito da empresa. Os termos de empréstimos 
são definidos pelos credores de acordo com a avaliação da saúde financeira de seus 
clientes. Os credores são os fornecedores, bem como os credores de financiamento, como 
bancos;
•	 autoridades	fiscais: para determinar a credibilidade das declarações fiscais registradas 
em nome da empresa;
•	 investidores: para analisar a viabilidade de investir na empresa. Os investidores querem 
ter certeza de que eles podem ter um retorno razoável sobre o investimento antes de 
colocar qualquer recurso financeiro na empresa;
•	 clientes: para avaliação da situação financeira dos seus fornecedores, o que é necessário 
para que possam manter uma fonte estável de fornecimento a longo prazo;
•	 agências	 reguladoras: para assegurar que a divulgação das informações contábeis 
estão de acordo com as regras e regulamentos estabelecidos para proteger as partes 
interessadas, que contam com essa informação em suas decisões.
Os usuários externos são comunicados das informações financeiras geralmente sob a forma de 
demonstrações contábeis. O objetivo das demonstrações contábeis é atender às necessidades 
desses diversos usuários da informação contábil, a fim de auxiliá-los na tomada de decisões 
financeiras.
NÃO DEIXE DE VER...
O vídeo Café com Contabilidade mostra a importância da contabilidade para a socie-
dade. Confira a entrevista com Antônio Palácios, presidente do CRC-RS, no endereço: 
<http://www.hotmedia.com.br/tvcrcrs/307-21815>.
18 Laureate- International Universities
Contabilidade financeira
1.3.4 Tipos de contabilidade
A contabilidade abrange o registro, a classificação e o resumo de transações e eventos de uma 
forma que ajuda seus usuários a avaliar o desempenho e a situação econômica e financeira da 
entidade. O processo começa pela primeira identificação de transações e eventos que afetam 
a posição financeira e o desempenho da empresa. Após a identificação das transações e dos 
eventos, estes são registrados, classificados e resumidos de uma forma que ajude o usuário da 
informação contábil a determinar a natureza e o efeito dessas transações, eventos sobre o patri-
mônio e resultados da entidade.
A contabilidade é uma profissão muito dinâmica, que está constantemente se adaptando às varia-
ções das necessidades de seus usuários. Ao longo das últimas décadas, a contabilidade se rami-
ficou em diferentes tipos de contabilidade para atenderàs diferentes necessidades dos usuários.
Principais	tipos	de	contabilidade
•	 Financeira – É a contabilidade que estamos estudando, prepara os relatórios contábeis 
obrigatórios para divulgação externa.
•	 Gerencial – É a contabilidade que deve dar conta da demanda de informações internas, 
não se restringe às demonstrações contábeis obrigatórias.
•	 Governamental – As empresas governamentais têm necessidades especiais de informação 
por conta da legislação, trabalha com a lei orçamentária e a contabilidade deve adequar-
se a essas exigências. Está passando por profundas transformações, migrando para 
mostrar também o patrimônio das entidades públicas e não somente suas finanças.
•	 Tributária – Assuntos tributários merecem um capítulo à parte na contabilidade, pois é 
necessário um acompanhamento contínuo da legislação tributária para não incorrer em 
erros nos pagamentos ou contabilização dos tributos.
•	 Perícia	contábil – Quando um juiz se depara com um problema contábil em um processo, 
recorre a um contador para lhe auxiliar e tomar uma melhor decisão. 
•	 Social – A contabilidade social extrapola as informações econômico-financeiras e, muitas 
vezes, utiliza-se delas para agregar informações sobre a contribuição da entidade para a 
sociedade.
Contabilidade	financeira
É o processo de produção de informações para uso externo sob a forma das demonstrações con-
tábeis. As demonstrações contábeis refletem o desempenho passado de uma entidade e sua po-
sição atual com base em um conjunto de normas e diretrizes conhecidas como princípios contá-
beis. No Brasil, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis faz a normatização da estrutura padrão 
de orientação para a contabilidade financeira. Isso geralmente inclui normas de contabilidade 
(por exemplo, International Financial Reporting Standards), convenções de contabilidade e regras 
e regulamentos que os contabilistas devem seguir na preparação das demonstrações contábeis.
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Contabilidade	gerencial
Produz informações principalmente para uso interno pela administração da empresa. A informa-
ção produzida é geralmente mais detalhada do que a produzida para uso externo para que o 
controle da entidade seja eficaz e os objetivos estratégicos sejam atingidos. As informações po-
dem estar nos orçamentos e previsões, permitindo que a empresa possa planejar de forma eficaz 
o seu futuro ou possa incluir uma avaliação com base no seu desempenho passado. A forma e o 
conteúdo de qualquer relatório produzido no processo são definidos pela administração.
A contabilidade de custos é um ramo da contabilidade gerencial e envolve a aplicação de várias 
técnicas para monitorar e controlar os custos. A sua aplicação é mais adequada para as em-
presas industriais, mas as empresas comerciais e de serviços também utilizam algumas de suas 
técnicas.
Contabilidade	governamental
Também conhecida como contabilidade pública, refere-se ao tipo de sistema de informação con-
tábil utilizada no setor público. Este é um ligeiro desvio do sistema de contabilidade financeira 
usado no setor privado. A necessidade de ter um sistema contábil separado para o setor público 
surge devido às diferentes metas e objetivos das instituições estatais e privadas. A contabilidade 
governamental assegura a posição financeira e do desempenho das instituições do setor público, 
o contexto orçamentário é uma grande preocupação de muitos governos. As regras das leis or-
çamentárias são seguidas na esfera municipal, estadual e federal, para contabilizar as transações 
e os eventos de entidades públicas.
Contabilidade	tributária
Refere-se à contabilização dos assuntos tributários. É regida pelas regras fiscais previstas pelas 
leis tributárias municipais, estaduais e federais. Muitas vezes, essas regras são diferentes das 
regras que regem a preparação das demonstrações financeiras para uso público. Auditores fis-
cais, portanto, ajustam as demonstrações financeiras preparadas de acordo com princípios de 
contabilidade financeira para dar conta das diferenças com as regras prescritas pela legislação 
tributária. A informação é, então, usada por tributaristas para estimar dívida fiscal de uma em-
presa e para efeitos de planejamento fiscal.
Perícia	contábil
É a utilização de contabilidade, auditoria e técnicas de investigação em casos de litígio ou dis-
putas. Os contadores atuam como peritos nos tribunais em litígios civis e penais que requerem 
uma avaliação dos efeitos financeiros de uma perda ou a detecção de uma fraude financeira. 
Litígios comuns em que contadores são contratados incluem créditos de seguros, danos pessoais, 
suspeitas de fraude e reivindicações de negligência profissional em uma questão financeira (por 
exemplo, avaliação de empresas).
Contabilidade	social
Também conhecido como relatório de responsabilidade social e sustentabilidade, refere-se ao 
processo de implicações de atividades de uma organização em seu ambiente ecológico e social. 
O balanço social é elaborado principalmente sob a forma de relatórios ambientais que acompa-
nham os relatórios anuais das empresas. A contabilidade social ainda está nos estágios iniciais 
de desenvolvimento e é considerada uma resposta à crescente consciência ambiental entre o 
público em geral.
20 Laureate- International Universities
Contabilidade financeira
NÃO DEIXE DE VER...
A palestra com o professor Antônio Lopes de Sá sobre Ética e Responsabilidade do 
Profissional Contábil, realizada na 54ª Convenção dos Contabilistas do Estado do Rio 
de Janeiro, em Teresópolis. Disponível em: <http://www.tvcrc.com.br/Antonio-Lopes-
-de-Sa-Etica-e-Responsabilidade-do-Profissional-Contabil-54ª-CONCERJ-2694>.
1.4 A linguagem dos negócios
Você conhece a linguagem dos negócios?
Contabilidade e conceitos financeiros podem ser tão estranhos para você como uma língua 
estrangeira. Ainda assim, a capacidade de compreender e comunicar informações financeiras 
é fundamental para cada usuário da contabilidade. Para ter sucesso em negócios, você precisa 
aprender a linguagem dos negócios, o que lhe permitirá compreender os relatórios financeiros e 
as informações geradas a partir de seu negócio e comunicar essas informações a terceiros.
1.4.1 O sistema de contabilidade
As transações financeiras ocorrem todos os dias no mundo dos negócios. Cada vez que uma con-
ta é paga ou uma venda é feita, uma operação financeira tem lugar. Essas transações financeiras 
não podem ser interpretadas a menos que sejam organizadas em um formato útil. As operações 
devem ser registradas de maneira que forneçam facilmente as informações de que um usuário 
precisa para tomar boas decisões financeiras. O sistema de contabilidade fornece essa organiza-
ção, pois capta as transações comerciais e as categoriza em contas, como de despesa, receitas 
e empréstimos bancários. As contas são agrupadas em categorias e, em seguida, dispostas em 
vários relatórios, principalmente, a demonstração de resultados, o balanço patrimonial e a de-
monstração dos fluxos de caixa.
1.4.2 Linguagem contábil
Quando começamos a aprender uma nova língua, é sempre útil aprender algumas regras bási-
cas: pronúncia, gramática e sintaxe, por exemplo. Essa informação fornece uma base de enten-
dimento sobre a linguagem. Os sistemas de contabilidade são construídos por regras também. 
Você precisa entender os dois métodos básicos de contabilidade que as empresas utilizam e quais 
regras específicas estão associadas a cada um. Eles são o regime	de	competência e o regime	
de	caixa. Dependendo do método de contabilidade que você escolher, seus relatórios financei-
ros comunicam mensagens diferentes.
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NÃO DEIXE DE VER...
Fundamentos e linguagem de negócios: contabilidade (the blue side up). O professor 
Edgard Cornacchione da Universidade de São Paulo fala sobre a linguagem contábil. 
Nesse vídeo, o professor instiga sobre o que há por trásdas relações de troca e pres-
tação de serviços em relação à linguagem dos negócios e como a contabilidade ajuda 
esses processos a serem estabelecidos. Veja em: <https://pt.coursera.org/course/lin-
guanegocios>.
Exemplo:	Fluxo	de	caixa	x	Lucros
Embora a demonstração do resultado relate a rentabilidade do negócio, o lucro líquido nem 
sempre indica fluxos de caixa positivos para as seguintes razões:
•	 ao usar o método de contabilidade pelo regime de competência, a demonstração de 
resultados reflete os rendimentos auferidos e despesas, sem levar em conta se o dinheiro 
mudou de mãos;
•	 despesas não caixa, tais como depreciação e amortização, estão incluídas na demonstração 
de resultados;
•	 saídas de caixa para o pagamento da dívida, compras de estoque e pagamentos aos 
donos do negócio (dividendos) e entradas de caixa de empréstimos de bancos e outros 
credores não aparecem na sua demonstração do resultado.
Essas discrepâncias entre o que é mostrado na demonstração de resultados e que está realmente 
fluindo para dentro e fora da empresa se tornam críticas para o entendimento das três demons-
trações financeiras: demonstração do resultado, o balanço patrimonial e a demonstração do 
fluxo de caixa.
1.4.3 Aplicações de contabilidade em negócios
Contabilidade é fundamental para a gestão eficaz de uma empresa, uma vez que permite a quan-
tificação de processos de negócios e operações. Ao quantificar essas informações, as empresas 
são capazes de definir e criar metas a serem atingidas. Essa função é necessária, pois, sem um 
método de medir esses dados, as empresas seriam incapazes de determinar se suas operações 
são lucrativas ou se as metas da organização estão sendo atendidas. Com essas informações, 
os gestores são capazes de tomar decisões com base nos indicadores financeiros e ajustar os 
processos de negócios para refletir esses dados.
As demonstrações financeiras são os relatórios usados para comunicar informações financeiras a 
partes interessadas. Eles são os produtos finais dos sistemas de informações contábeis. Esse es-
tudo cobrirá os passos envolvidos no sistema de informações contábeis que processa transações 
econômicas em informações que são publicadas nas demonstrações financeiras. Isto é chamado 
de ciclo	contábil. 
Hoje, a maior parte desse processo é informatizada, por isso, acontece com bastante perfeição, 
mas aqueles que dependem de demonstrações contábeis para tomada de decisão devem saber 
como a informação é gerada. Se nós não entendemos o que o sistema faz, nunca podemos ter 
certeza de que a saída está correta. Quantas fraudes seriam encobertas se apenas alguns pudes-
sem determinar sua confiabilidade. 
22 Laureate- International Universities
Contabilidade financeira
Artigo do jornal Valor Econômico, publicado em 29 de maio de 2015. Neste e em outros 
artigos da imprensa especializada em Negócios, você vai encontrar a linguagem que 
todos estão falando no mundo empresarial, e você precisa entender mais do que qual-
quer usuário da contabilidade. Leia em: <http://www.valor.com.br/agro/4074074/
lucro-da-camil-cai-155-para-r-104-milhoes-no-exercicio-2014>.
NÃO DEIXE DE LER...
Você já tentou aprender uma língua estrangeira? Leva algum tempo para se formar um vocabu-
lário, aprender as regras gramaticais e os tempos dos verbos, não é mesmo? Com a linguagem 
dos negócios não é muito diferente: você terá que se habituar aos novos termos e seu significado 
no contexto. Ao longo deste curso, você vai se familiarizar com essa nova linguagem, por isso, 
recomendamos que não deixe de assistir aos vídeos e ler os textos indicados.
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Síntese
Ao concluir este capítulo, você:
•	 estudou que o patrimônio é um elemento fundamental para nosso curso, pois a contabilidade 
se ocupa de seu estudo com todas as suas variações. Patrimônio é o conjunto de bens, 
direitos e obrigações;
•	 entendeu que o conjunto de bens e direitos, os quais a contabilidade denomina de ativos, 
são caracterizados por contas que representam cada bem e cada direito que a empresa 
possui, e que o passivo é o conjunto de obrigações, ou seja, tudo o que a empresa deve 
a terceiros. Os recursos dos sócios da empresa figuram no patrimônio líquido, que é a 
soma dos bens mais direitos menos as obrigações;
•	 conheceu a equação do patrimônio, que se assemelha a uma balança de dois pratos em 
equilíbrio: no prato esquerdo estão os ativos (aplicações de recursos em bens e direitos) 
e no prato direito estão o passivo (origens de recursos de terceiros) e patrimônio líquido 
(origens de recursos próprios). É possível equilibrar essa balança de dois pratos a cada 
transação da empresa, pois cada transação tem dois lados, de onde veio o recurso e 
onde foi aplicado. A palavra balanço nos dá a ideia de equilíbrio, portanto, balanço 
patrimonial significa o equilíbrio do patrimônio;
•	 aprendeu que as informações produzidas pela contabilidade são de fundamental 
importância para qualquer entidade, seja com fins lucrativos ou não, privada, 
governamental e para organizações não governamentais;
•	 entendeu que, para a contabilidade produzir informações que sejam úteis aos usuários 
internos e externos, é preciso interpretar corretamente os fatos econômicos e financeiros, 
registrando-os adequadamente de acordo com a atividade da empresa;
•	 compreendeu que, para atender às mais variadas demandas de informações de seus 
usuários, existem alguns tipos de contabilidade, sendo a financeira a base para qualquer 
tipo de informação, de qualquer entidade;
•	 por fim, viu que os exemplos citados ao longo deste primeiro capítulo ilustram o início 
do desenvolvimento de uma empresa, explicando o que são transações e como afetam o 
patrimônio da entidade.
Síntese
24 Laureate- International Universities
Referências
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Atlas, 2014.
BATISTA, F. Lucro da Camil cai 15,5%, para 104 milhões no exercício 2014. Valor	Econômico, 
São Paulo, 29 maio 2015. Disponível em: <http://www.valor.com.br/agro/4074074/lucro-da-
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dade. [vídeo]. Produção de TVCRCRS. Porto Alegre, 2015. 2min18seg. Disponível em: <http://
www.hotmedia.com.br/tvcrcrs/307-21815>. Acesso em: 28 jul. 2015.
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side	up). [vídeo]. Produção de Universidade de São Paulo. São Paulo, 2015. 4min41seg. Dispo-
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HENDRIKSEN, E. S.; VAN BREDA, M. F. Teoria	 da	 Contabilidade. 5. ed. São Paulo: Atlas, 
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MARION, J. C. Contabilidade	Básica. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
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PADOVEZE, C. L. Contabilidade	gerencial: um enfoque em sistema de informação gerencial. 
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DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, 54., Teresópolis, 2009. Anais... Rio de Janeiro: TVCRCRJ, 
2009. Disponível em: <http://www.tvcrc.com.br/Antonio-Lopes-de-Sa-Etica-e-Responsabilida-
de-do-Profissional-Contabil-54ª-CONCERJ-2694>. Acesso em: 22 jun. 2015.
Bibliográficas

Outros materiais