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DIREITOS COLETIVOS

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DIREITOS COLETIVOS: 
Lato sensu: é gênero; dos quais são espécies: os direitos difusos, os direitos coletivos stricto sensu e os direitos individuais homogêneos. Classificação: art. 81 da Lei 8.078/90.
Direitos difusos: Mesma situação de fato; interessados indetermináveis. Indivisibilidade do objeto e reparabilidade direta. Ex: proteção da criança e do adolescente. 
Direitos coletivos em sentindo estrito: Interessados determináveis que compartilham da mesma relação jurídica. 
Direitos individuais homogêneos: Interessados determináveis e a mesma situação de fato. 
AÇÕES COLETIVAS: 
Ação proposta por algum legitimado em defesa de direto coletivo e a sentença atingirá comunidade ou coletividade. 
Elementos indispensáveis: Legitimidade - regularidade do poder de demandar de determinada pessoa sobre determinado objeto; objeto do processo; coisa julgada. 
Legitimidade ad causam: 
Legitimação ordinária: age em nome próprio na defesa dos próprios interesses. 
Legitimação extraordinária: age em seu nome próprio na defesa de interesse alheio. Posição majoritária na jurisprudência. 
Legitimação autônoma:
AÇÃO CIVIL PÚBLICA: É considerada espécie de ações coletivas para a tutela de direitos de interesse da coletividade. Instrumento processual de índole constitucional, destinado à proteção de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos. 
Objetivo primário: proteção dos interesses da coletividade;
Objetivo secundário: responsabilização do infrator pelo dano causado a determinados bens jurídicos. 
Objeto: Condenação em dinheiro ou cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer. 
Quando há a responsabilização patrimonial e moral, pode ser alcançada por uma tutela repressiva ou tutela preventiva:
Tutela repressiva: ocorre por meio de sentença condenatória. Acionada quando o dano ao bem já se efetivou, ou seja, para fazer cessar ou reparar o dano. 
Tutela preventiva: se efetiva por meio da concessão de tutelas provisórias, é utilizada para hipóteses em que os danos aos bens jurídicos tutelados ainda não se concretizaram, ou seja, busca-se evitar o dano. 
Legitimidade (extraordinária): MP; Defensoria Pública; Entidades da Administração Direta e Indireta; Associações constituídas a pelo menos 1 ano e que apresente pertinência temática, ou seja, tenha finalidade institucional a defesa de um ou algum(s) do(s) bens tutelados pela ação civil pública. 
Competência: Juízo do foro do local onde ocorreu o dano ou onde houver a ameaça de dano. Competência Absoluta. O juiz se torna prevento para todas as ações que venham a ser propostas e cuja causa de pedir e objeto sejam o mesmo. 
Prescrição: Lei omissa. Boa parte da jurisprudência está aplicando o prazo prescricional da Ação Popular - 5 anos - (por analogia aplica-se esse). Mas há uma segunda linha que defende a aplicação do prazo prescricional do art. 205 do CC, que ocorre em 10 anos, referente às relações de consumo, em razão do caráter subsidiário. 
Sentença: é preponderantemente condenatória e visa à reparação patrimonial e moral. Quando da condenação em dinheiro, o valor é revertido em prol de um Fundo destinado a reconstrução dos bens lesados. Pode haver da condenação em cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, ou seja, para dar prestação devida ou cessar a atividade nociva. 
A sentença civil fará coisa julgada erga omnes, nos limites da competência territorial do órgão prolator, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas (faz coisa julgada formal aqui), hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova. 
Recurso: A lei não especifica recursos cabíveis, exceto para o caso de decisão que concede liminar, a qual está sujeito a agravo de instrumento. Devem ser aplicadas as regras inerentes a recurso contido no CPC, por força da aplicação subsidiária. 
Ocorrendo o transito em julgado a parte autora deve proceder com a execução. Quando for a parte autora associação, prazo de 60 dias, caso não o faça, cabe ao MP ou quaisquer legitimados ativos procederem com a execução. 
Execução de sentença obrigação de fazer: quando fixar a sentença, obrigação de fazer ou não fazer e não houver o cumprimento voluntário por parte do demandado, dará ensejo a execução específica, bem como o juiz poderá cominar multa diária por ofício, independente de requerimento da parte autora. 
Despesas: Quando a parte ré for sucumbente poderá ser condenada nas despesas processuais. Já a parte autora vencida, só haverá condenação para associação, e desde que haja má-fé no ajuizamento da demanda. 
Litigância de má-fé: aplica-se solidariamente as associações e aos diretores responsáveis pela propositura da demanda. Os demais legitimados ativos não poderiam ser condenados pela prática dessa conduta. 
INQUÉRIO CIVIL: Ferramenta administrativa colocada à disposição do MP, para coleta de elementos para a formação de convicção deste órgão com vistas a eventual propositura de ação civil pública. 
Objetivo: colher elementos probatórios que justifiquem a propositura da ação civil pública. 
Características: 
Exclusividade: Somente o MP está legalmente autorizado a instaurar e presidir o inquérito civil. Mas ele pode se iniciar por iniciativa do MP (portaria) ou provocação de qualquer pessoa ou órgão (representação).
Instrumentalidade: Instrumento pelo qual MP busca elementos probatórios capazes de embasar a propositura de futura ação civil pública. 
Publicidade: Art. 37, caput, CF. Indica que ele é um procedimento público. 
Solenidade: Segue regras procedimentais específicas. 
Dispensabilidade: Procedimento facultativo para a propositura de ACP, não é elemento obrigatório. 
Participatividade: a livre convicção do MP deve ser feita por meio de elementos que atestem uma situação o mais próximo da verdade. 
 Possibilidade de arquivamento: A lei determina que o membro do MP encaminhe os autos do inquérito ou das peças informativas arquivadas, no prazo de 03 dias para o Conselho Superior do MP. Este conselho fica incumbido do dever de, por meio de uma sessão de, determinar rejeição ou homologação da promoção de arquivamento. 
Caso o Conselho do Ministério Público entenda pela rejeição do arquivamento, designará um novo membro do MP para proceder com o ajuizamento da ACP. 
TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA (TAC): Previsto no art. 5º, §6º, da Lei n. 7.374/85.
Conceito: titulo executivo extrajudicial por meio do qual os órgãos públicos legitimados tomam do causador do dano um compromisso para que adequem sua conduta às exigências legais. Por meio dele o legitimado passivo assume obrigações de fazer ou não fazer a fim de recuperar ou evitar futuros danos aos bens tutelados pela ACP. 
Dispensa homologação judicial por se tratar de título executivo extrajudicial. 
Caso haja descumprimento do acordado, o órgão público poderá acionar a penalidade prevista no termo, bem como dar início a ACP.
AÇÃO POPULAR: É ação civil pela qual qualquer cidadão pode pleitear a invalidação de atos praticados pelo poder público ou entidades de que participe, lesivos ao patrimônio público, ao meio ambiente, à moralidade administrativa ou ao patrimônio histórico e cultural, bem como a condenação por perdas e danos dos responsáveis pela lesão. 
Objetivo: combate ao ato ilegal ou imoral, lesivo ao patrimônio público. Atos lesivos a moralidade administrativa, ao meio ambiente, patrimônio histórico e cultural. 
Anular ato lesivo;
Restituir aos cofres públicos os bens ou valores lesados e reparar dano causado. 
Finalidade: quanto as lesões ao meio ambiente e patrimônios histórico e cultural, a reparação deve levar em conta os danos causados, restituindo-se quando possível ao estado anterior, com a consequente reparação destes danos, em favor do Estado, em caso de impossibilidade de reversão. 
Pressupostos: 
Qualidade de cidadão no sujeito ativo; 
Ilegalidade ou imoralidade praticada pelo Poder Públicoou entidade de que ele participe;
Lesão ao patrimônio público, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural. 
Nem todos os atos estatais estão sujeitos à ação popular: é incabível a ação popular - contra lei e ato tipicamente judicial. 
Competência: Qualquer cidadão. Cidadão é aquele que se encontra no gozo de seus Direitos Políticos, devendo o mesmo comprovar este fato mediante a apresentação do título eleitoral quando da propositura da ação; 
Pessoa jurídica: tendo em vista o expresso conceito de cidadão, fica definitivamente afasta está possibilidade. Não possui capacidade politica. 
Estão definitivamente excluídos do polo passivo: 
Estrangeiros;
Os brasileiros não eleitores
Pessoas jurídicas
Os brasileiros que definitiva ou temporariamente estiverem privados de seus direitos políticos. 
 Legitimidade passiva: art. 6º da Lei 4.717/65. 
Rito: procedimento ordinário. Art. 7º da Lei 4.717/65. 
Desistência da ação: a lei exige a publicação de editais por três vezes no órgão oficial da imprensa. Os editais serão publicados com prazo de 90 dias, ficando nesse prazo, assegurado a qualquer cidadão ou ao MP prosseguir o feito. 
Custas: o autor é isento de custas judiciais e sucumbência. Mas reconhecida e comprovada a má-fé judicialmente, o autor terá que arcar com todas as consequências e ônus do ato. 
Recurso: cabe apelação quanto as decisões de mérito. Podem recorrer qualquer cidadão e também o MP. 
Prescrição: 5 anos.

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