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CINEMÁTICA DO TRAUMA CINEMÁTICA DO TRAUMA E TRAUMA E TRAUMA CRANIOENCEFÁLICOCRANIOENCEFÁLICO 1 CRANIOENCEFÁLICOCRANIOENCEFÁLICO Profª. Me. Lívia Cintra EpidemiologiaEpidemiologia 2 � O trauma se constitui em um dos principais problemas de saúde pública; � É a principal causa de morte e incapacidade entre os adultos jovens (primeiras 4 décadas de vida);os adultos jovens (primeiras 4 décadas de vida); � Uso de álcool, sexo e idade são os principais fatores de risco para o trauma; � O trauma é uma doença e não simplesmente um “acidente”. EpidemiologiaEpidemiologia 3 � Enorme e crescente desafio ao País em termos sociais e econômicos; � Atendimento ao trauma- R$ 9.000.000.000,00, incluindo o tratamento pré-hospitalar, hospitalar,incluindo o tratamento pré-hospitalar, hospitalar, sequelas, as despesas indiretas, as perdas de anos de vida e de produtividade, a reabilitação, os custos das perdas materiais e etc. Conceito TraumaConceito Trauma 4 � Evento nocivo que advém da liberação de formas específicas de energia. Essa energia existe em cinco formas físicas: �Mecânica (mais comum, colisões de veículos automotores); Química (ingestão acidental de substância cáustica);�Química (ingestão acidental de substância cáustica); � Térmica (fogo X substância combustível); � Irradiação (sol); � Elétrica (fiação elétrica � queimaduras, ejeção no momento da passagem da corrente elétrica com traumas na cabeça, coluna, tronco, membros; arritmia - PCR); (PHTLS, 2007). Cinemática do TraumaCinemática do Trauma 5 Energia cinética envolvida na produção de lesão: O conhecimento da cinemática do trauma é essencial para o atendimento. Energia cinética envolvida na produção de lesão: Ec= m x v2/ 2 Cinemática do TraumaCinemática do Trauma 6 � Observar e interpretar resultado das forças envolvidas no acidente são essenciais para o atendimento adequado da vítima; � Relacionando o conhecimento da anatomia com asRelacionando o conhecimento da anatomia com as leis da física é possível estimar gravidade de lesões contusas e penetrantes; � Determinar a forma de colisão (frontal, traseira, lateral, capotamento), a velocidade e se os ocupantes usavam ou não equipamentos de segurança (vítimas ejetadas= gravidade) Cinemática do TraumaCinemática do Trauma 7 Cinemática do TraumaCinemática do Trauma 8 Cinemática do TraumaCinemática do Trauma 9 Cinemática do TraumaCinemática do Trauma 10 Cinemática do TraumaCinemática do Trauma 11 Cinemática do TraumaCinemática do Trauma 12 Cinemática do TraumaCinemática do Trauma 13 Cinemática do TraumaCinemática do Trauma 14 �� Queda:Queda: �estimar a altura da queda, superfície sobre a qual o paciente caiu e qual a primeira parte do corpo que entrou em contato com a superfície; Lesões esperadas:� Lesões esperadas: � TCE, TRM e Lesões torácicas e abdominais. � Lesão de calcâneos, tornozelos, tíbias, fíbulas, joelhos, ossos longos e quadril; Fratura de extremidades superiores; Cinemática do TraumaCinemática do Trauma 15 � Classificação do trauma: � Trauma fechado ou contuso – colisões (acidentes automobilísticos), quedas. � Trauma penetrante – armas de fogo, arma branca, objetos perfurantes. Informações sobre tipo de projétil/objeto (fusil, metralhadora, revolver, faca), calibre, distância do disparo, local/característica do ferimento (único ou múltiplo?) são dados importantes. Cinemática do TraumaCinemática do Trauma 16 33 Avaliação primária do paciente Avaliação primária do paciente com suspeita de traumacom suspeita de trauma 17 Avaliação PrimáriaAvaliação Primária 18 AA • Via aérea com proteção da coluna cervical B • Ventilação e respiração CC • Circulação com controle da hemorragia D • Estado neurológico E • Exposição/controle do ambiente, prevenindo a hipotermia Avaliação PrimáriaAvaliação Primária 19 � Assegurar permeabilidade da via aérea; �Garantir a segurança do local; AA • Via aérea com proteção da coluna cervical �Garantir a segurança do local; �Avaliar a responsividade (chamar o paciente); � Identificar sinais de obstrução da via aérea (aspiração e inspeção para a presença de corpos estranhos e fraturas faciais, mandibulares ou traqueolaríngeas, que podem resultar em obstrução da via aérea); Avaliação PrimáriaAvaliação Primária 20 � As manobras para estabelecer a permeabilidade da via aérea devem ser feitas com AA • Via aérea com proteção da coluna cervical da via aérea devem ser feitas com proteção/estabilidade da coluna cervical. � Evitar a movimentação excessiva da coluna cervical. A cabeça e o pescoço não devem ser hiperestendidos, hiperfletidos ou rotacionados com o intuito de estabelecer ou manter a via aérea. Avaliação PrimáriaAvaliação Primária 21 � Estabilizar manualmente a cabeça com alinhamento neutro da coluna cervical; AA • Via aérea com proteção da coluna cervical Avaliação PrimáriaAvaliação Primária 22 AA • Via aérea com proteção da coluna cervical Colocação do colar cervical Avaliação PrimáriaAvaliação Primária 23 AA • Via aérea com proteção da coluna cervical Colocação do colar cervical Critérios para utilização do colar Critérios para utilização do colar cervical cervical 24 Glasgow < 14 Lesão neurológica em vítima de trauma Vítima projetada ou encarcerada Atropelamento ou Capotamento Queda > 3m Tentativa de enforcamento Acidente de submersão Avaliação PrimáriaAvaliação Primária 25 ATENÇÃO!ATENÇÃO! � Se o paciente consegue comunicar-se verbalmente,� Se o paciente consegue comunicar-se verbalmente, é pouco provável que a obstrução da via aérea represente um risco imediato; no entanto, é prudente que a permeabilidade da via aérea seja avaliada a curtos intervalos de tempo. Avaliação PrimáriaAvaliação Primária 26 � Se houver qualquer dúvida sobre a capacidade do doente manter a permeabilidade de sua via aérea (inconscientes e comprometimento da ventilação), deve-se estabelecer uma via aérea definitiva (isto é, intubação ou cricotireoidostomia cirúrgica).é, intubação ou cricotireoidostomia cirúrgica). � Este procedimento deve ser feito com proteção contínua da coluna cervical. � Se a intubação não for possível, deve ser obtida uma via aérea cirúrgica; Avaliação PrimáriaAvaliação Primária 27 Avaliação PrimáriaAvaliação Primária 28 � Avaliar a presença de boa respiração e oxigenação: B • Ventilação e respiração �expor o tórax e avaliar a ventilação; �avaliar a simetria na expansão torácica; �observar presença de sinais de esforço respiratório ou uso de musculatura acessória; �avaliar a presença de lesões abertas e/ou fechadas no tórax; Avaliação PrimáriaAvaliação Primária 29 � Avaliar a presença de boa respiração e oxigenação: B • Ventilação e respiração oxigenação: �no paciente com ventilação anormal, realizar a palpação de todo o tórax; �considerar a necessidade de ventilação assistida, caso a frequência respiratória seja inferior a 8 mrm, ou não mantenha ventilação ou oxigenação adequadas. Avaliação PrimáriaAvaliação Primária 30 � Tratamento �Administrar oxigenoterapia suplementar; B • Ventilação e respiração/oxigenação �Ventilar com dispositivo bolsa-válvula-máscara com bolsa reservatório; � IOT + suporte ventilatório; � Tratar lesões/traumas torácicos; �Conectar capnógrafo ao TOT (ventilação); �Conectar um oxímetro de pulso (oxigenação); Avaliação PrimáriaAvaliação Primária 31 � Avaliar a circulação (presença de hemorragia e avaliação da perfusão): � Identificação e controle sangramentos externos C • Circulação com controle de hemorragia � Identificação e controle sangramentos externos (compressãomanual); �Avaliar tempo de enchimento capilar (normal até 2 segundos); �Avaliar características da pele (temperatura, umidade e coloração); �Coloração acinzentada/esbranquiçada � choque hipovolêmico. Avaliação PrimáriaAvaliação Primária 32 �Avaliar pulso central (carotídeo e/ou femoral); �Frequência, qualidade e regularidade. C • Circulação com controle de hemorragia Frequência, qualidade e regularidade. �Pulso rápido e filiforme�hipovolemia. �Pulso irregular� potencial disfunção cardíaca. �A ausência de pulsos centrais � RCP para restaurar o déficit sanguíneo e um débito cardíaco adequado; �Verificar PA. Avaliação PrimáriaAvaliação Primária 33 � Tratamento �Comprimir locais de sangramento externo; C • Circulação com controle de hemorragia Comprimir locais de sangramento externo; �Considerar a presença de hemorragia interna e a necessidade de intervenção cirúrgica; � Inserir cateteres endovenosos de grosso calibre: � preferível iniciar por punções venosas periféricas nos membros superiores (uso de outras veias periféricas, de dissecções e punções de veias centrais); Avaliação PrimáriaAvaliação Primária 34 �� TratamentoTratamento � Iniciar reposição endovenosa vigorosa com solução aquecida de cristalóide e reposição sanguínea C • Circulação com controle de hemorragia aquecida de cristalóide e reposição sanguínea (reposição apropriada do volume intravascular); �O choque associado ao trauma é mais frequentemente de origem hipovolêmica. Se o paciente não responder à terapia inicial com cristalóides, pode ser necessária a transfusão sanguínea; � Amostras de sangue para tipagem sanguínea e prova cruzada, e para os exames laboratoriais de rotina; � Prevenir a hipotermia. Avaliação PrimáriaAvaliação Primária 35 � Avaliar o estado neurológico (rápida): �Avaliar nível de consciência: D • Estado Neurológico �aplicar Escala de Coma de Glasgow (ECG); �Diminuição da oxigenação e perfusão cerebral; �Avaliar tamanho e reatividade das pupilas; �Normal: pupilas isocóricas, redondas, reagentes a luz (PIRRLA). �Mídriase, Miose, Anisocoria. Avaliação PrimáriaAvaliação Primária 36 Avaliação PrimáriaAvaliação Primária 37 Extensão anormal: Descerebração Flexão anormal: Decorticação Avaliação Primária: PupilasAvaliação Primária: Pupilas 38 Isocóricas (normal/simétricas, reavaliação constante). Midríase (hipóxia, choque, Miose (lesão SNC, drogas) Anisocóricas (TCE, AVE) Midríase (hipóxia, choque, hemorragia, PCR, inconsciência, TCE). Avaliação PrimáriaAvaliação Primária 39 � Expor com prevenção e controle da hipotermia: � Retirar/cortar as vestes do paciente sem movimentação E • Exposição/Controle do ambiente � Retirar/cortar as vestes do paciente sem movimentação excessiva e somente das partes necessárias; �Facilitar exames e avaliação completa; � Proteger o paciente da hipotermia (manta); � Utilizar outras medidas para prevenir a hipotermia (ex: desligar o ar condicionado da ambulância, ambiente aquecido, fluidos intravenosos aquecidos); Avaliação Primária Avaliação Primária 40 Atenção!Atenção! � Considerar a cinemática do trauma e sempre� Considerar a cinemática do trauma e sempre buscar possíveis lesões associadas; � Repetir avaliações durante o transporte até chegada ao hospital. Avaliação Primária Avaliação Primária 41 � As medidas auxiliares utilizadas durante as fases da avaliação primária e da reanimação incluem: �Monitorização eletrocardiográfica (arritmias e PCR); �Monitorização do estado respiratório: frequência respiratória, oximetria de pulso, capnografia. � Exames radiológicos (tórax e pelve). �Cateterização urinária e gástrica; Avaliação Primária Avaliação Primária 42 � O débito urinário é um indicador sensível da volemia e reflete a perfusão renal; � Cateterismo vesical está contraindicado nos casos em que se suspeita de lesão uretral:que se suspeita de lesão uretral: �Sangue no meato uretral; � Equimose perineal; �Deslocamento da próstata ou ela não é palpável ao toque retal. � Dessa maneira, a colocação de sonda urinária não deve ser tentada antes que seja realizado um exame do reto e da genitália. Avaliação Primária Avaliação Primária 43 � A sonda gástrica é indicada para reduzir a distensão gástrica (descompressão), para diminuir os riscos da aspiração e avaliar a presença de hemorragia do trato gastrointestinal alto no trauma. � Sangue no aspirado gástrico: � sangue orofaríngeo (deglutido), trauma na hora da colocação da sonda ou lesões no trato digestivo alto. � Caso haja fraturas ou mesmo suspeita de fratura de base de crânio, a sonda gástrica deve ser passada por via oral para evitar que seja introduzida acidentalmente dentro do crânio. Avaliação SecundáriaAvaliação Secundária 44 � Deve ser iniciada depois de completar a avaliação primária (ABCDE) e quando as medidas indicadas para a reanimação tiverem sido adotadas e o paciente demonstrar tendência para normalização de suas funções vitais.funções vitais. � Quando se dispõe de uma outra pessoa no atendimento, parte da avaliação secundária pode ser conduzida enquanto outra pessoa realiza a avaliação primária. � A avaliação secundária não deve interferir na avaliação primária, que é a prioridade. Avaliação SecundáriaAvaliação Secundária 45 Avaliação SecundáriaAvaliação Secundária 46 ATENÇÃO!ATENÇÃO! � Considerar a cinemática do trauma na busca das lesões; Nos pacientes em situação crítica algumas etapas� Nos pacientes em situação crítica algumas etapas podem ser suprimidas; � Retomar avaliação primária a qualquer momento se deterioração do quadro clínico do paciente. ASSISTÊNCIA AO PACIENTE ASSISTÊNCIA AO PACIENTE COM TRAUMA COM TRAUMA CRANIOENCEFÁLICOCRANIOENCEFÁLICO 47 DEFINIÇÃO TCEDEFINIÇÃO TCE 48 � Toda e qualquer lesão que envolve anatomicamente desde o couro cabeludo até o parênquima encefálico. Epidemiologia TCEEpidemiologia TCE 49 � As lesões cranioencefálicas encontram-se entre os tipos de trauma mais frequentemente vistos nos Serviços de Emergência. � Aproximadamente 75% dos doentes com TCE são classificados como vítimas de trauma leve, 15% como � Aproximadamente 75% dos doentes com TCE são classificados como vítimas de trauma leve, 15% como vítimas de trauma moderado e 10% como vítimas de trauma grave. � As vítimas sobreviventes de TCE frequentemente apresentam dano neurofisiológico que resulta em invalidez, comprometendo o trabalho e as atividades sociais. Causas Mais Causas Mais FrequentesFrequentes de TCEde TCE 50 � Acidentes com veículos; � Quedas; � Violência interpessoal; � Esportes e recreação.� Esportes e recreação. Fisiologia TCE Fisiologia TCE 51 • PIC elevada� reduzir perfusão cerebral e causar ou exacerbar a isquemia. • PIC normal: 0-10/15 mmHg. Pressão Intracraniana (PIC) • Crânio é uma caixa rígida, não expansível. Volume total intracraniano deve permanecerVolume total intracraniano deve permanecer constante (sangue, líquor e parênquima encefálico); • Fase inicial após o trauma: Massa (coágulo/hematoma) pode aumentar e PIC permanecer normal (Fase de Compensação: Expulsão de sangue venoso e LCR para fora do crânio) • Estado descompensado: Mecanismos de compensação são esgotados e PIC eleva-se. Doutrina de Monro-Kellie Fisiologia TCE Fisiologia TCE 53 • FSC baixas são inadequados para satisfazer a demanda metabólica do cérebro precocemente após o trauma � isquemia cerebral • Pressão de perfusão cerebral (PPC) é definida como pressão sanguínea Fluxo sanguíneo definida como pressão sanguíneaarterial média (PAM) menos a pressão intracraniana • (PPC: PAM - PIC). • PAM muito baixa � isquemia einfarto; • PAM muito alta � edema e aumento PIC. sanguíneo cerebral (FSC) � perfusão e FSC pela PIC, manter volume intravascular normal e PAM normal. Tipos específicos de TCETipos específicos de TCE 54 � Lesões de couro cabeludo � Fraturas de crânio � Lesões intracranianas � Lesões cerebrais difusas� Lesões cerebrais difusas � Lesões cerebrais focais Lesões de Couro CabeludoLesões de Couro Cabeludo 55 � A aparência pode ser bem dramática, não apresenta geralmente, complicações e lesões cerebrais. � O sangramento na lesão pode ser intenso e deve-se localizar e avaliar a lesão.localizar e avaliar a lesão. � Estancar o sangramento. Fratura de CrânioFratura de Crânio 56 � Podem ocorrer na calota ou base do crânio; Podem ser lineares ou estreladas, abertas ou fechadas; São comuns, mas nem sempre� São comuns, mas nem sempre associadas à lesão cerebral. � Identificação da fratura é um fator muito importante (comprometimento de vasos sanguíneos): TC Fratura de CrânioFratura de Crânio 57 � Sinais clínicos de fratura de base de crânio: � Equimose periorbital (olhos de guaxinim); � Equimose retroauricular/mastóide (sinal de Battle), � Fístula liquórica através do nariz (rinorreia) ou do ouvido (otorreia) e disfunção do VII e VIII nervoouvido (otorreia) e disfunção do VII e VIII nervo craniano (paralisia facial e perda da audição) imediatamento ou em poucos dias após a lesão. � Pode desenvolver hematoma intracraniano, lesões do cérebro e fraturas com afundamento e infecções. Fratura de CrânioFratura de Crânio 58 59 Trauma grave de face e crânio após queda de 15 metros. No primeiro atendimento, Glasgow 5, respiração irregular, hematoma periorbitário, saída de liquor pelos ouvidos e narinas, e óbvia deformidade craniofacial. Foi realizada intubação orotraqueal para o controle da via aérea. A TC mostra múltiplas fraturas cranianas, incluindo base do crânio e da face medial, contra-indicações absolutas da passagem de tubo nasotraqueal ou de sondas nasogástricas, pelo risco de penetração no cérebro, através da placa fraturada. Lesões intracranianas 60 � Lesão Cerebral Difusa � É produzido por rápidos movimentos da cabeça (choque da massa encefálica com a caixa craniana). � Concussão� Concussão �Caracteriza-se pela perda rápida das funções neurológicas. �Confusão mental e amnésia temporária. �Perda da consciência. �Cefaléia, náuseas e vômitos. � TC crânio normal. Lesões intracranianas 61 Concussão Lesões intracranianas 62 � Lesão Cerebral Focal: � Incluem: � Hematomas epidurais; � Hematomas subdurais;� Hematomas subdurais; � Contusões. Lesões intracranianas 63 � Lesão Cerebral Focal: ��HematomasHematomas epiduraisepidurais �Relativamente raros (0,5% dos TCE); �Frequentemente localizados na região temporal�Frequentemente localizados na região temporal ou temporoparietal; �Resultam da ruptura da artéria meníngea ou de um seio venoso importante ou do sangramento da fratura de crânio; �Lucidez no momento da lesão e a deterioração neurológica. Lesões intracranianas 64 � Lesão Cerebral Focal: ��HematomasHematomas subduraissubdurais �São mais comuns que os epidurais (30% TCE); �Ocorrem: dilaceração de vasos superficiais�Ocorrem: dilaceração de vasos superficiais pequenos ou vasos do córtex cerebral; � O comprometimento cerebral costuma ser muito mais grave do que nos hematomas epidurais devido à presença de lesão parenquimatosa concomitante. Lesões intracranianas 65 Lesões intracranianas 66 � Lesão Cerebral Focal: �� Contusões Contusões �São bastante comuns (presentes em cerca de 20% a 30% dos TCE graves);20% a 30% dos TCE graves); �A maioria das contusões ocorre nos lobos frontal e temporal, mas podem ocorrer em qualquer parte do cérebro; �Lesão direta do cérebro no local do impacto; �Pode ser única ou múltipla, pequena ou grande; � Em horas ou dias, podem evoluir para hematoma intracerebral (TC repetidas para avaliação); Lesões intracranianas 67 � Lesão Cerebral Focal: �� ContusõesContusões (manifestações clínicas): �Perda da consciência; �Alteração dos SSVV; �Paralisia de um lado do corpo; �Dilatação de uma pupila. TCETCE 68 Tríade de CushingCushing Hipertensão arterial Bradicardia Bradpneia Alterações pupilares Gravidade do TCEGravidade do TCE 69 � Escala de Coma de Glasgow � TCE Leve – Glasgow 13 a 15; � TCE Moderado – Glasgow 09 a 12; � TCE Grave – Glasgow < ou igual a 08.� TCE Grave – Glasgow < ou igual a 08. � Diagnóstico das Lesões � Tomografia computadorizada do crânio; �Raios X; Lesões CerebraisLesões Cerebrais 70 � Primárias: � São originadas no momento do impacto; � Secundárias: � Surgem em outros locais do encéfalo ou se estende a� Surgem em outros locais do encéfalo ou se estende a partir da lesão primária. � Causas: �Sistêmicas: Hipotensão, hipóxia, hipercapnia, anemia, febre, hipo/hiperglicemia, sepse, coagulopatia; � Intracranianas: Hematomas, edema, HIC, hérnias cerebrais, vasoespasmo, hidrocefalia, infecções, convulsões, lesões vasculares e resposta inflamatória cerebral. Tratamento TCE Tratamento TCE 71 � Objetivos principais: �Prevenir lesão cerebral secundária; �Minimizar e prevenir complicações; �Maximizar a perfusão cerebral;�Maximizar a perfusão cerebral; � Tratamento Cirúrgico: Drenagem de hematomas, correção de fraturas. � Tratamento Clínico. Tratamento Clínico TCE GraveTratamento Clínico TCE Grave 72 � IOT com suporte ventilatório (manutenção de VA artificial); � Oxigenação adequada (Manter ventilação mecânica; SPO2 > ou igual a 95%; A avaliação gasométrica é essencial para a manutenção da eficiência daessencial para a manutenção da eficiência da ventilação mecânica); � Sedação (coma induzido; drogas sedativas); � Drogas anticonvulsivantes (convulsão pós- traumática; Diazepam, Fenitoína); � Monitorização da PIC; Tratamento Clínico TCE GraveTratamento Clínico TCE Grave 73 � Hiperventilação temporária: �Hipercapnia (PaCO2 > 45 mm Hg) promove edema cerebral e aumento da PIC; �A PCO2 deve ser mantida menor ou igual a 35�A PCO2 deve ser mantida menor ou igual a 35 mmHg; �Redução PCO2 arterial � alcalose � vasoconstrição cerebral� Redução PIC; �A hiperventilação deve ser usada somente com moderação e, tanto quanto possível, por período de tempo limitado. Tratamento Clínico TCE GraveTratamento Clínico TCE Grave 74 � Reposição volêmica (administração de fluídos intravenosos, sangue e derivados; manter a volemia): �Recomenda-se solução salina isotônica e Ringer lactato; �Uso de soluções com glicose (hiperglicemia) é prejudicial ao cérebro lesado; � Monitorar níveis de Na (hiponatremia causa edema cerebral) e glicose; Tratamento Clínico TCE GraveTratamento Clínico TCE Grave 75 � Diuréticos osmóticos (Manitol); �Reduz PIC; �ATENÇÃO: Não deve ser administrado se hipotensão. Nãoadministrado se hipotensão. Não abaixa a PIC em situação de hipotensão além de ser um diurético potente. Isso exacerba a hipotensão e a isquemia cerebral. Cuidados de EnfermagemCuidados de Enfermagem 76 � Manter cabeceira elevada 30º; � Monitorização hemodinâmica e oximetria de pulso; � Realizar balanço hídrico rigorosamente (Avaliar diurese); � Controlar líquidos infundidos;� Controlar líquidos infundidos; � Avaliar sinais de hipovolemia e traumas associado; � Atentar para avaliação de trauma na uretra antes de realizar cateterismo vesical; � Avaliar constantemente o suporte ventilatório e a reposta do paciente; � Monitorizar PCO2, PO2 ,PIC e PVC; Cuidados de EnfermagemCuidados de Enfermagem 77 � Controlar rigorosamente a sedação; � Avaliar função motora;� Avaliar rigorosamente alterações de nível de consciência; � Avaliação contínua do escore de glasgow em� Avaliação contínua do escore de glasgow em pacientes não sedados; � Avaliação constante da reação pupilar; � Eliminar ruídos do ambiente; � Atentar para os cuidados de higienização oral em pacientes intubados; � Não realizar cateterismo nasogástrico em pacientes com fratura de base de crânio; � Realizar exame físico; Cuidados de EnfermagemCuidados de Enfermagem 78 � Rever exames, quando necessário; Acompanhar o paciente crítico na realização de exames; � Manter a integridade da pele; � Prevenir infecções; � Preparar para cirurgia, quando indicado;� Preparar para cirurgia, quando indicado; � Avaliar a incisão cirúrgica e presença de hematoma subgaleal; � Identificação precoce de potenciais doadores de órgãos e tecidos; � Manter a família sempre informada do quadro clínico (condição / prognóstico, complicações potenciais e plano de tratamento); � Dar suporte e apoio emocional à família (processo de enfrentamento) 79
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