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Civil III Resumo Aula 5

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DIREITO CIVIL III AULA 05
(GARANTIAS CONTRATUAIS)
Regulamenta-se no código civil.
 Hoje será apontada as garantias dadas aos contratos sob os cuidados do código civil. Nada se tem a ver com as garantias dadas pelo código do consumidor. Como foi falado no último encontro, consumidor é aquele que adquiri a coisa para uso pessoal e não comercial. Este possui garantias a mais. Ou seja, garantias além do código civil. Sendo assim veremos aqui as garantias somente previstas no código civil. ART. 147 cc – COMENTADO: Dispõe neste artigo a figura do dolo por omissão. Ou seja, não se fala de propósito a fim de se beneficiar contratualmente. Esconde-se a verdade. Utiliza-se do que se era esperado pela parte prejudicada, como dita normal, para esconder um defeito daquilo que se contrata, simplesmente pelo fato da parte prejudicada não ter perguntado, pois era obvio que o não perguntado deveria fazer parte do contrato. Ex: um contrato de compra e venda de um carro, do qual o vendedor não fala para o comprador sobre a ausência da marcha ré do veículo. O comprador não pergunta sobre isso, por que é obvio que um carro deve ter marcha ré, e acaba comprando um carro sem marcha ré por que o vendedor omitiu. Entendendo-se isto, entende-se também que ao se fazer um contrato precisa-se garantir a qualidade do direito que está sendo oferecido (garantia subjetiva), assim como as garantias objetivas da qualidade do objeto oferecido (garantias subjetivas). Em relação ao direito oferecido. Ex: Marcio vende um carro para roberto em perfeito estado, mas omite que a documentação do carro é falsa. Ou seja, Marcio passa a não ter direito algum sobre o veículo. Neste exemplo existe a garantia objetiva, mas não a subjetiva.
 As regras de garantias do código civil, servem para os contratos onerosos que tenham como finalidade a transmissão da propriedade. Basicamente estes contratos são. A compra e venda. A troca. A Dação em pagamento. A doação com encargo. O que foi falado no primeiro parágrafo vale basicamente para estes tipos de contrato. Ou seja, nestas quatro possibilidades encontramos um contrato oneroso do qual a transmissão da propriedade, objeto do contrato, deve estar munida de garantias objetivas e subjetivas. Sendo assim veremos agora uma primeira questão. O vicio redibitório. Toda vez que se fala de vício se fala de um defeito. Neste caso, o defeito quando está no objeto, é chamado de redibitório. ART. 441 cc – COMENTADO: aqui a parte contrata com interesse em determinado objeto, que a priori apresenta-se dotado de garantias subjetivas e objetivas. Porém, posteriormente ao encerramento do contrato, apresenta-se um defeito adquirido anteriormente a tradição. Gerando assim a garantia de uma ação redibitória contra quem ocultou o defeito da coisa, a fim de receber, o prejudicado, seu valor pago de volta. É importante saber que para ser vício redibitório precisa ser oculto o defeito. Ou seja, a pessoa que vende sabe do defeito e esconde ele de você que compra. Tendo sido constatado o vício redibitório, o código civil entra para garantir a qualidade do contrato oferecendo duas possibilidades. Que são chamadas ações edilícias. Uma é chamada de ação redibitória, já visto no artigo 441 e a outra é chamada de ação estimatória (quanti minoris). No artigo 442 cc. ART. 442 cc – COMENTADO: aqui a parte contrata com interesse em determinado objeto, que a priori apresenta-se dotado de garantias subjetivas e objetivas. Porém, posteriormente ao encerramento do contrato apresenta-se um defeito adquirido anteriormente a tradição. Gerando assim a garantia de uma ação estimatória contra quem ocultou o defeito da coisa, afim de reduzir o valor pago pelo objeto, sem precisar se desfazer dele. Ex: Carlos compra um gato. O gato apresenta-se saudável. 3 meses depois é constatada uma doença preexistente, no gato, à sua compra. Carlos volta ao gatil e negocia um preço justo a ser devolvido para ele, tendo em vista que não quer se desfazer do gato. É claro que se o vendedor também não sabe sobre o vício do objeto, o código civil o tratará de forma diferente daquele vendedor que sabe do vício. ART. 443 cc – COMENTADO: torna-se claro neste artigo que aquele que não sabia do vício pagará menos do que aquele que sabia do vício. Que devolverá o valor do contrato mais perdas e danos e não somente o valor do contrato. Veremos agora o artigo 444 cc. ART. 444 cc – COMENTADO: aqui reza que é responsabilidade daquele que forneceu o objeto, caso este tenha sido danificado ao ponto de perecer já em posse do destinatário, a reparação aos danos causados ao destinatário. Fica subentendido, claro, que se o objeto perece, a única ação edilícia que o destinatário tem como opção é a redibitória. Sabendo claro que o adquirente deve obedecer, os prazos previstos no código civil. ART. 445 cc – COMENTADO: 30 dias se a coisa for móvel e 1 ano se a coisa for imóvel. Outra garantia que deve aparecer como parte das características subjetivas a ser oferecida pelo alienante do contrato é a possiblidade do adquirente não ser processado por aquilo que está adquirindo. Como é o caso da figura do evicto. Quando se fala de garantia subjetiva do objeto, se fala de desembaraço total, de todo tipo de problema jurídico, desde a constituição do objeto até o momento da posse daquele que está adquirindo o objeto. Se neste intervalo de tempo houver qualquer atravessamento ilícito sobre o objeto, aquele que adquiri o objeto passa a nunca ter sido proprietário, nunca ter exercido o papel de proprietário, pois o traço da ilicitude corta toda e qualquer possibilidade do mesmo. Mesmo o suposto proprietário tendo em mão documentos públicos garantidores de tais direitos. Ex: Marcos compra de uma loja de antiguidades, uma imagem de nossa senhora. 1 ano depois descobre que a imagem tinha sido roubada por bandidos e vendida para um atravessador, que posteriormente vendeu para a loja. Marcio devolve a peça para a igreja, ingressa com um processo contra a loja. A loja ingressa com um processo contra o atravessador. O atravessador processa o bandido e morre, por conta disso. Ou seja, assim como existe uma garantia automática contra o defeito do objeto, que é o vício redibitório, existe também uma garantia automática do objeto sobre o adquirente que é a evicção. Móveis ou imóveis. ART. 447 cc – COMENTADO: dispões que mesmo que o bem esteja em leilão, existe a garantia que se houve traço de ilicitude ou problema jurídico com o objeto, este automaticamente se subjugará a evicção. Seguindo também sobre a evicção, ART. 450 cc – COMENTADO: Dispõe ente artigo que se adquirente evicto, pagou pelo objeto e não pode exercer a propriedade sobre ele tem direito de receber o equivalente mais perdas e danos. Sobre a falta de direito de se subjugar como evicto. ART. 457 cc – COMENTADO: Aqui dispões claramente que não pode o adquirente usufruir da condição de evicto se sabe que a coisa é alheia ou litigiosa. Ou seja, sabe que o objeto tem problema, mas mesmo assim segue o contrato e aceita ser adquirente do objeto. Entende-se, pois, que a má-fé do adquirente está no fato deste deter conhecimento do problema acerca do objeto e mesmo assim aceitar em correr o risco. Ou seja, não se caracteriza pela presença ou ausência de caráter, mas sim pela presença de conhecimento de causa das condições ilícitas do objeto. Sendo assim age de boa-fé e é considerado evicto, aquele que não sabe da ilicitude subjetiva ou objetiva do objeto. Uma pessoa ingênua em relação aos problemas que o objeto detém. A evicção também se dá de forma parcial. ART. 455 cc – COMENTADO: aqui dispõe que em determinadas situações o adquirente terá possibilidade de devolver o objeto recebendo perdas e danos por ser evicto sob maior valor do objeto, e em outra possibilidade ele será restituído em parte do valor do objeto, mas será proprietário da parte que pagou, por deter maior valor do que a parte que fora evicto.
FONTE: AULA MARCELA SARDAS

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