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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CAMPINAS-SP (Pular 4 linhas ) (Quinta linha )Processo número 1234 (Pular 5 linhas ) Juliana flores , brasileira, solteira , empresária , carteira de id , expedida, cpf , residente e domiciliada na rua tulipa campinas , ent eletrônico ,por seu adv constituído por seu end prof , endereço eletrônico , para efeitos do art 77,v do cpc nos autos do processo supra vem oferecer a sua : CONTESTAÇÃO à Ação Anulatória, proposta por Susana marques , já devidamente qualificada nos presentes autos, mediante os seguintes fatos e fundamentos a seguir expostos: I- DO BREVE RESUMO DOS FATOS : Em síntese apertada trata-se de ação anulatoria fundamentada no vício do consentimento informando a autora que no dia 18/03/12 fez a doação do seu sítio localizado na rua melão número 121 Ribeirão Preto sp avaliado em R$50.000,00 (cinquenta mil reais) ao orfanato semente do amanhã com endereço ... e que não figura na relação processual . Com o fim de demonstrar que sofreu coação a autora teceu o seguinte argumento que manteve vínculo empregatício com a empresa xyz de titularidade da ré e que enquanto se relacionava na empresa ouvia cotidianamente a pregação para que a autora doasse algum de seus bens ao orfanato acima citado . Com medo de perder o emprego e sentindo-se acuada fez a doação do bem identificado por caridade . Os fatos barrados na peticao inicial não merecem prosperar conforme se demonstrará II) DA FALTA DE INTERESSE PELA AUTOCOMPOSIÇÃO A ré registra que não tem interesse na autocomposição desejando litigar. III) DEFESA PROCESSUAL III.a) PRELIMINARMENTE : DA ILEGITIMIDADE DA PARTE A autora ajuizou a presente ação em face da ré no entanto , o donatário é o orfanato semente do amanhã . Para estar em juízo é necessário que a parte seja legítima e que tenha interesse de agir sendo esse pressuposto processual conforme disposto no art 17 do cpc ausente qualquer dos requisitos é inviável a análise do mérito da demanda. Caso em tela não há nexo de causalidade entre o direito invocado pela autora e a conduta da ré verificando-se a ilegitimidade passiva. Quem deve figurar no polo passivo da relação processual é o orfanato e não a ré que é parte ilegítima, desse modo deve ser deferida a substituição processual para que figure na relação processual o verdadeiro legitimado com a condenação da autora na norma prevista do parágrafo único do artigo 338 cpc , via de consequência , deve ser extinto o feito sem resolução de mérito aos moldes do artigo 485,vi cpc (espaço para copiar o art ) DA COISA JULGADA: A autora já demandou contra a ré no outro processo tramitado perante a segunda vara civil da comarca de campinas sp sendo julgado improcedente com decisão transitada em julgada em ... . Percebe-se que a presente ação é mera repetição da anterior . Nesse caso caracterizasse a coisa julgada prevista no artigo 337,VII cpc comprovado a existência da coisa julgada deve o feito ser extinto sem resolução do mérito aos moldes do artigo 485,v cpc IV- DA PREJUDICIAL DE MÉRITO: DA DECADÊNCIA: segundo o artigo 178 cc é de 4 anos o prazo decadencial para o ajuizamento da ação anulatoria e , no caso de coação reza o artigo 151 cc do prazo decadencial inicia-se no momento em que é cessada a coação O direito da autora decaiu uma vez que a presente ação foi proposta em 20/01/17 e a alegada coação cessou em abril de 2012 , nesse sentido deve ser acolhida a preliminar e o feito deve ser extinto aos moldes do artigo 487,II CPC V- DO MÉRITO Em que pese a alegação do vício apontado os fatos narrados pela autora não se alinham na direção da tese da alegada coação porquanto não comprovado o temor referencial ou dano eminente a prejudicar a autora em relação a ré em auferir quaisquer vantagens com a concretização da doação de modo que o vício inquinado da coação não é forte o suficiente para anulação da pleiteada . A autora tem condições de discernimento tanto é que é uma profissional de projeção , sabendo-se que a coação é uma ameaça ou preção exercida sobre o indivíduo para força-lo contra a sua vontade a praticar qualquer ato jurídico . A pressão psicológica é o que caracteriza a coação , nem toda ameaça configura a coação alguns são mais sensíveis ou sucetíveis que as outras pessoas razão pela qual o artigo 152 cc diz textualmente que será considerado pelo julgador o gênero , os estado de saúde , a idade , o temperamento da pessoa , e algumas circunstâncias que possam mascarar a vontade . O ato de doar nos remete ao altruísmos do sujeito é a solidariedade humana é o que levou a autora a negociar da forma como descrita . Inexistindo o vício da coação válido é o negocio jurídico de sorte que não há como o judiciário agasalhar tão pleito VI- DA DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA VII- DOS REQUERIMENTOS FINAIS: Ante o exposto, requer a ré que sejam acolhidas as preliminares arguidas, e no mérito seja julgado totalmente improcedente o pedido , com a condenação da autora no pagamento das custas processuais e honorários advocatícios. finalmente Protesta pela produção de todas as provas em direito admitidas,na amplitude do artigo 369 cpc , tais como, prova documental, testemunhal e depoimento pessoal da autora, sob pena de confissão. Nestes termos, pede deferimento. Local e data Advogado OAB
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