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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CIVEL DA REGIONAL DA LEOPOLDINA-RJ. DAVYD ITALO MENDONÇA ARAÚJO, brasileiro, casado, militar, identidade nº 9638, expedida pela PMERJ, inscrito no CPF nº 118.759. 817-80, residente e domiciliado na Rua Cardoso de Morais, nº465, ap 301, CEP: 21032-000, Ramos, Rio de Janeiro, vem à V.Exª por meio de seu advogado, com instrumento procuratório em anexo, ajuizar à presente: AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS CUMULADA COM REPETIÇÃO DO INDÉBITO EM DOBRO . Em face do BANCO PANAMERICANO, com endereço na Av: Paulista, nº 2240, An 2, CEP: 01310-300, inscrita no CNPJ nº 59.285.411/0001-13, São Paulo-SP, pelos fatos e fundamentos à seguir: DOS FATOS O requerente, desde setembro de 2013 vem sofrendo descontos indevido sem seu soldo pela ré, valores que variam entre R$ 15,00 ( quinze reais ) e R$ 18,00 ( dezoito reais ), a um total de R$ 575,00 ( quinhentos e setenta e cinco reais ), até o mês de janeiro de 2017. Valores que segundo a ré, seria fruto de um contrato, ocorre que o requerente nunca fez qualquer tipo de contrato com a ré. Vale ressaltar que desde o inicio dos descontos, o autor sempre tentou saber o porque dos descontos e também cancelar, mas sempre tinha como resposta dos operadores que “ não sabiam como cancelar ” , o que se tornou insuportável para o autor, pois os descontos indevidos em seu soldo a cada ano que passa vem aumentando sem uma solução. Desta forma, sem uma solução amigável, e insatisfeito com os descontos indevidos, o autor vem ao poder judiciário para que se faça a devida justiça! PRELIMINARMENTE: Requer à V.Exª a gratuidade no tramite processual, uma vez que o autor não tem condições financeiras de arcar com as despesas deste processo. Desta forma, invoca o artigo 4º e seguintes da Lei 1.060/50 c/c artigo 5º inciso LXXIV. Informa ainda que está ciente das sanções cível, administrativa e penal, caso suas afirmações não forem verdadeiras. DO DIREITO Certo que o autor está amparado pelo Código consumerista em seu artigo 42 parágrafo único, onde aduz que: “O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável ”. Desta maneira, não houve contrato, simplesmente a ré sem maiores explicações começou a efetuar descontos na folha de pagamento do autor sem explicações somando cada vez mais valores em seu soldo. Como é do saber de todos o Estado do Rio de Janeiro passa por grandes dificuldades financeiras, como se não bastasse, o autor que recebe do Estado vem sofrendo prejuízos desnecessários em seu soldo, sem uma solução até o presente momento para o caso concreto. Vale ressaltar que a ré viola o disposto no artigo 51 do Código de defesa do consumidor que estabelece que: “ São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que: IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade; DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA Tendo em vista a verossimilhança das alegações, conforme documentos acostados à presente inicial, bem como a inegável hipossuficiência técnica e a vulnerabilidade do consumidor, mister se faz que Vossa Excelência se digne em decretar a inversão do ônus da prova, exonerando a parte autora de provar os fatos constitutivos de seu direito, com fulcro na norma posto no inciso VIII, do artigo 6.º, do Diploma Consumerista. DO DANO MORAL Em decorrência deste incidente, o requerente está sendo submetido a um constrangimento ilegal, angustiante, no que tange ao DANO MORAL, este é aquele que no mais íntimo de seu ser, padece quem tenha sido magoado em suas afeições legítimas, traduzidas em dores e padecimentos pessoais. O dano é moral, porque os bens hostilizados, agredidos, são imateriais, pois atentam contra um direito de personalidade moral ou espiritual como a liberdade, dignidade, respeitabilidade, decoro, honra e reputação social , com fulcro na norma posto no inciso: Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. § 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais: I - o modo de seu fornecimento; II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam; Assim, considerando que a Lei n.º 9.099, de 26 de setembro de 1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais, em seu art. 3º, inc. I, estabeleceu que a maior indenização será de até quarenta vezes o salário mínimo, acosta-se o requerente ao parâmetro desta lei. DO PEDIDO:� Do exposto, requer: a) a concessão do benefício da gratuidade de justiça; b) A inversão do ônus da prova, determinando à requerida que traga aos autos os documentos relativos ao presente feito, em especial todas os boletos e documentos da requerida ao autor, sob pena de revelia e confissão ficta quanto à matéria de fato; c) A TOTAL PROCEDÊNCIA da ação, para o fim de condenar a Demandada ao pagamento: I - de indenização por danos morais, no valor de R$ 10.000,00, considerando a situação apresentada na presente peça processual que confirmam a responsabilidade da Demandada e o direito do Demandante em ser indenizado; II – em dobro dos valores cobrados indevidamente pela Demandada, haja vista que o Demandante não deve nada, conforme documentos em anexo, e não pode ser responsabilizada por erros da Demandada; d) a declaração de inexistência de débito das cobranças até então feitas pela requerida (em anexo) e também das que por ventura vierem posteriormente ao ajuizamento da presente ação, julgando totalmente procedente a ação. f) a citação da requerida para querendo apresentar contestação no prazo legal, sob pena de revelia; g) provar o alegado através de todos os meios de provas admitidos em direito, em especial depoimento pessoal do requerente e prova documental; h) Por fim, a condenação da Demandada em honorários advocatícios de sucumbência, fixados em 20% do valor total da condenação, na hipótese do caso ser decididoem fase recursal. Dá-se à causa o valor R$ 20.000,00. NESTES TERMOS PEDE DEFERIMENTO Dr. Robert Oliveira de Lima OAB/RJ N. 7664
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