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MODELO PETIÇÃO INICIAL COBRANÇA INDEVIDA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ___________
Marília de Souza Castro, solteira, professora, RG, CPF: 123.456.789-10, residente e domiciliada na Rua 1, n° 571, Campo Grande, Rio de Janeiro, RJ, CEP: 23.052-000, endereço eletrônico:, vem, respeitosamente, a presença de Vossa Excelência, pelos fatos e fundamentos expostos a seguir, propor a presente ação:
AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS E MATERIAIS POR NEGATIVAÇÃO INDEVIDA com pedido liminar
Em face de XYZ TELEFONIA, CNPJ, Santa Catarina, CEP:.
I- DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Inicialmente, afirma a representante judicial do requerente, nos termos da lei nº 1.060/50, ser pessoa carente na acepção jurídica, não podendo arcar com as despesas processuais sem prejuízo de seu próprio sustento e de sua família, razão pela qual requer a concessão da justiça gratuita.
II- DOS FATOS:
Em 05/04/2021 a autora desta ação se deslocou até uma concessionária financiar o seu primeiro automóvel depois de tanto planejamento, tomando ciência através de uma amiga que a concessionária estava oferecendo uma ótima oferta para quem quisesse adquirir seu veículo, exclusivamente nesse respectivo dia, automóvel esse que seria para auxiliar Marília em seu deslocamento para o seu trabalho, no ato em que apresentou toda a documentação necessária para aquisição, foi informada pela concessionária de que seu crédito foi negado proveniente de uma restrição de crédito no valor de R$522,53 (quinhentos e vinte dois e cinquenta e três centavos). A autora foi procurar saber de que se tratava tal débito informado, já que a autora não tinha conhecimento dessa dívida, pois nunca chegou cartas de cobranças em seu domicílio. Em seguida, descobre-se que a restrição de seu nome foi provocada através de uma contratação de um plano pós-pago de telefonia móvel da empresa ré. Contrato que a autora não adquiriu e desconhece sua existência, pois no dia 05/12/2020 a empresa ofertou o respectivo plano através de um telefonema, porém a autora recusou pelo fato de já ter um que ela o considera mais benéfico para seu uso. 
Portanto, não lhe resta outra alternativa a não ser socorrer-se ao Poder Judiciário, a fim de que obtenha a tutela jurisdicional necessária à resolução de sua demanda.
III- DO PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA 
A concessão da tutela de urgência está condicionada a comprovação de elementos que evidenciem a probabilidade do direito da requerente e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Assim dispõe o art. 300 d0 CPC: “A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo,”
O perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo também é evidente, porquanto a parte autora tem seu nome mantido junto aos órgãos de proteção ao crédito, em razão de cobrança manifestamente ilícita, não conseguindo lograr seu necessário financiamento para seu veículo.
Portanto, a exclusão ou abstenção de inclusão da parte requerente nos cadastros de proteção ao crédito, mesmo que liminarmente, é medida que se impõe, por tratar-se de questão de verdadeira subsistência da parte requerente.
Pelo exposto, uma vez comprovados os requisitos autorizadores, requer-se a concessão de tutela de urgência para que seja determinada a imediata exclusão da parte autora dos órgãos de proteção ao crédito, no (SPC, SERASA etc.) s termos do art. 300 e ssss. do CPC.
IV- DA PRÁTICA ABUSIVA
É nítida a prática abusiva praticada pela empresa ré, que na ganância de auferir lucro chega ao ponto de invadir o patrimônio da autora para creditar contratos que esta não solicitou.
O CDC veda expressamente a conduta que a ré utilizou, considerando tal prática como cláusula abusiva, conforme dispõe o art. 39, III daquele diploma legal.
Art. 39 do CDC. “Práticas Abusivas” “é vedado ao fornecedor de produtos ou de serviços, dentre outras práticas abusivas: I (…) II (…) III – enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto ou fornecer qualquer serviço;” (grifei)
As práticas abusivas lesionam as esferas patrimonial e não-patrimonial do sujeito. O fato de a empresa de telefonia ter creditado indevidamente o autor um débito de valor de R$ 522,53, decorrentes de faturas em aberto de um plano não solicitado, a prejudicou materialmente posto que, a autora teve seu nome inscrito nos cadastros restritivos de crédito, ao que a impossibilitou de adquirir seu automóvel. Prejudicou moralmente e materialmente o autor deste processo.
V- DO DIREITO
4.1- DO PRINCÍPIO DA BOA FÉ COMO NORTEADOR PARA AS RELAÇÕES NEGOCIAIS.
O artigo 422 do Código Civil estabelece o princípio da boa-fé como norte nas relações contratuais. Nesse sentido, pode-se observar que o Autor foi grandemente lesado e que a Ré “NÃO PODE TER A APARENTE CREDIBILIDADE E BOA FÉ QUE CARREGA EM SEU BOJO”!
Entende Judith Martins Costa:
"Contemporaneamente, modificado tal panorama, a autonomia contratual baseia-se na tutela da confiança como garantia do equilíbrio da relação contratual e não é mais vista como um fetiche impeditivo da função de adequação dos casos concretos aos princípios substanciais contidos na Constituição e às novas funções que lhe são reconhecidas. Por esta razão desloca-se o eixo da relação contratual da tutela subjetiva da vontade à tutela objetiva da confiança, diretriz indispensável para a concretização, entre outros, dos princípios da superioridade do interesse comum sobre o particular, da igualdade e da boa-fé, em sua feição objetiva.
(...) a boa-fé objetiva deve ser entendida como um modelo de conduta social, arquétipo ou standard jurídico segundo o qual cada pessoa deve ajustar a sua própria conduta a este arquétipo obrando como obraria um homem reto: com honestidade, lealdade, probidade.
Assim, no substrato da matéria contratual está a compreensão das inúmeras virtualidades do princípio da boa-fé objetiva como limite à liberdade de dar cláusulas, de fixar o conteúdo do contrato, de aproveitar injustamente uma situação de superioridade, de agir contraditoriamente (...)" (in"Diretrizes Teóricas do Novo Código Civil Brasileiro", Ed. Saraiva, 2002, pag. 198).
O que, infelizmente não pode ser observado nessa absurda conduta da Ré!
Importante mencionar o art. 113 do CC, que assim estabelece:
“Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa fé e os usos do seu lugar de celebração” – ou seja: SEQUER HOUVE NEGÓCIO JURÍDICO! ABSURDO COMPLETO!
 VI- DOS DANOS MORAIS
Todos os pagamentos indevidos devem ser ressarcidos ao autor em dobro, como dispõe o § Único do art. 42 do Código de Defesa do Consumidor:
Art. 42 (...)
§ Único: O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável.
A doutrina e a Jurisprudência, por sua vez, vêm garantindo a aplicação do artigo 42, vejamos:
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL EM APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS – DEMONSTRAÇÃO PELA PARTE AUTORA DA COBRANÇA INDEVIDA DE VALORES NÃO CONTRATADOS – REPETIÇÃO EM DOBRO DOS VALORES– DEVIDA – ART. 42, PARÁGRAFO ÚNICO DO CDC –VALORDA INDENIZAÇÃO – JUSTA COMPENSAÇÃO – CARÁTER PEDAGÓGICO – MAJORAÇÃO DEVIDA – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – MAJORADOS – AUSÊNCIA DE ARGUMENTO CAPAZ DE INFIRMAR A DECISÃO RECORRIDA – DECISÃO MANTIDA – RECURSO IMPROVIDO De acordo com o parágrafo único, do art. 42, do Código de Defesa do Consumidor, "o consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável". (...)
(TJ-MS - AGR: 08023417220148120031 MS 0802341-72.2014.8.12.0031, Relator: Des. Claudionor Miguel Abss Duarte, Data de Julgamento: 17/02/2016, 4ª Câmara Cível, Data de Publicação: 18/02/2016).
VII - DOS DANOS MATERIAIS
Os danos materiais consistem naqueles danosque afetam o patrimônio do individuo, podendo ser configurados em razão de uma despesa gerada por ação ou omissão indevida de terceiros.
Para a efetiva reparação de tais danos, é necessário que haja nexo de causalidade entre a conduta indevida Da Ré e o prejuízo patrimonial suportado pela autora. Nesse sentido, não há que discutir! A autora não assinou qualquer contrato com a Ré, portanto esse débito é completamente injusto e mentiroso, ENRRIQUECIMENTO ILÍCITO DA RÉ!
É inegável o dano moral sofrido pela autora, posto que sofreu um grande constrangimento ao se deslocar até uma concessionária e ter seu crédito negado por conta de um débito inexistente que a ré impôs sobre a autora.
A empresa ré não pode simplesmente creditar um valor de um plano sem sua autorização, sem seu conhecimento, fazendo com que seu nome seja inscrito nos cadastros restritivos de crédito.
VIII - DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
No contexto da presente demanda, há possibilidades claras de inversão do ônus da prova ante a verossimilhança das alegações, conforme disposto no artigo 6º do Código de Defesa do Consumidor.
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: VIII – a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, seguindo as regras ordinárias de expectativas.
Desse modo, cabe ao requerido demonstrar provas em contrário ao que foi exposto pelo autor. Assim, as demais provas que se acharem necessárias para resolução da lide, deverão ser observadas o exposto na citação acima, pois se trata de princípios básicos do consumidor.
IX- DO DEVER DE INDENIZAR
Logo de início, é importante considerar que a reparação, na qual se convertem em pecúnia os danos morais, devem ter caráter dúplice, ou seja, o que penaliza o ofensor, sancionando-o para que não volte a praticar o ato ilícito, bem como o compensatório, para que o ofendido, recebendo determinada soma pecuniária, possa amenizar os efeitos decorrentes do ato que foi vítima.
Ante esse raciocínio, deve-se sopesar, em cada caso concreto, todas as circunstâncias que possam influenciar na fixação do "quantum" indenizatório, levando em consideração que o dano moral abrange, além das perdas valorativas internas, as exteriorizadas no relacionamento diário pessoal, familiar, profissional e social do ofendido.
Deve-se lembrar ainda, por outro ângulo, que a indenização por danos morais deve ser fixada num montante que sirva de aviso à ré e à sociedade, como um todo, de que o nosso direito não tolera aquela conduta danosa impunemente, devendo a condenação atingir efetivamente, o patrimônio da causadora do dano, para que assim o Estado possa demonstrar que as leis existem para ser cumpridas.
Lamentavelmente, a autora da ação sofreu grande desgosto, sentiu-se desamparada, foi prejudicada conforme já demonstrado. Nesse sentido, é merecedor de indenização por danos morais. Maria Helena Diniz explica que dano moral “é a dor, angústia, o desgosto, a aflição espiritual, a humilhação, o complexo que sofre a vítima de evento danoso, pois estes estados de espírito constituem o conteúdo, ou melhor, a consequência do dano”.
Mais adiante: “o direito não repara qualquer padecimento, dor ou aflição, mas aqueles que forem decorrentes da privação de um bem jurídico sobre o qual a vítima teria interesse reconhecido juridicamente” (Curso de Direito Civil – Reponsabilidade Civil, Ed. Saraiva, 18ª ed., 7ºv., c.3.1, p.92).
Assim, é inegável a responsabilidade do fornecedor, pois os danos morais são também aplicados como forma coercitiva, ou melhor, de modo a reprimir a conduta praticada pela parte ré, que de fato prejudicou a autora da ação.
X - DO QUANTUM INDENIZATÓRIO
A jurisprudência fornece elucidativos precedentes sobre a utilização dos critérios de mensuração do valor reparatório:
A indenização do dano moral deve ser fixada em termos razoáveis, não se justificando que a reparação venha a constituir-se em enriquecimento sem causa, com manifestos abusos e exageros, devendo o arbitramento operar-se com moderação, proporcionalmente ao grau de culpa e ao porte econômico das partes, orientando-se o juiz pelos critérios sugeridos pela doutrina e pela jurisprudência, com razoabilidade, valendo-se de sua experiência, e do bom-senso, atendo à realidade da vida e às peculiaridades de cada caso. Ademais, deve ela contribuir para desestimular o ofensor repetir o ato, inibindo sua conduta antijurídica (RSTJ 137/486 e STJ-RT 775/211).
Assim, o montante não inferior a R$10.000,00 (dez mil reais) equivale a uma justa indenização por danos morais e materiais no presente caso, tendo em vista que, não enriquece a parte autora e adverte a parte ré. Ademais, requer o pagamento duplicado do valor injustamente creditado no nome da autora, tal seja, o valor de R$ 522,53 (quinhentos e vinte e dois reais e cinquenta e três centavos) atualizados de juros e correção monetária.
XI - DOS PEDIDOS
Antes o exposto, requer:
a) Sejam concedidos os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, nos termos da Lei nº 1.060/50, sendo certo que o autor não possui condições financeiras de arcar com despesas processuais e demais cominações de lei sem prejuízo do seu próprio sustento e dos seus dependentes, conforme declaração anexa;
b) A Citação Da empresa ré, para que, querendo, ofereça resposta no prazo legal, sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia;
c) Reconhecimento da relação de consumo e inversão do ônus da prova, nos termos do art. 6º, VIII e 42, § único do Código de Defesa de Consumidor;
d) Condenação da parte ré a pagar os danos morais e materiais no montante justo não inferior a R$10.000,00 (dez mil reais);
e) Que condene a empresa ré a realizar a devolução em dobro de todo montante pago indevidamente pela requerente, acrescidos de juros e correções.
f) A procedência da presente ação, e ainda a condenação da promovida, em caso de recurso, ao pagamento das custas e honorários advocatícios no percentual de 20% sobre o valor da causa devidamente corrigido e com incidência de juros legais.
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, inclusive com depoimento pessoal do promovente e juntada de documentos.
Dá-se a causa o valor de R$10.o00,00 (dez mil reais)
Termos em que,
Pede deferimento.
Local e data
_________________________________
ADVOGADO
OAB

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