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Livro Metodologia da Pesquisa Científica

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1ª Edição
Sobral/2017
Adílio Moreira de Moraes
João José Saraiva da Fonseca
Metodologia da Pesquisa 
Científica
Metodologia da Pesquisa Científica 5
INTA - Instituto Superior de Teologia Aplicada
PRODIPE - Pró-Diretoria de Inovação Pedagógica
Diretor-Presidente das Faculdades INTA 
Dr. Oscar Rodrigues Júnior 
Pró-Diretor de Inovação Pedagógica 
Prof. PHD João José Saraiva da Fonseca 
Coordenadora Pedagógica e de Avaliação 
Profª. Sonia Henrique Pereira da Fonseca 
Professores Conteudistas
Adílio Moreira de Moraes
João José Saraiva da Fonseca 
Assessoria Pedagógica 
Sonia Henrique Pereira da Fonseca 
Transposição Didática
Adriana Pinto Martins
Evaneide Dourado Martins 
Design Instrucional
Sonia Henrique Pereira da Fonseca
Revisora de Português 
Neudiane Moreira Félix
Revisora Crítica/Analista de Qualidade 
Anaisa Alves de Moura
Diagramadores
Fernando Estevam Leal
Anacléa de Araújo Bernardo
Diagramador Web 
Eryberto da Silva Pontes
Produção Audiovisual
Francisco Sidney Souza de Almeida (Editor)
Operador de Câmera 
José Antônio Castro Braga
Pesquisadora Infográfica
Anacléa de Araújo Bernardo 
Sumário
1
2
3
Palavra dos Professores autores ........................................................................... 09
Sobre os autores ..................................................................................................... 11
Ambientação ........................................................................................................... 13
Trocando ideias com os autores ........................................................................... 15
Problematizando ... ................................................................................................ 19
APROXIMAÇÃO COM O CONHECIMENTO CIENTÍFICO
Ciência /Conhecimento Comum X Senso Comum/ Métodos Científicos....................20
FATORES DETERMINANTES PARA ESCRITA CIENTÍFICA
Leitura .....................................................................................................................................................31
Escrita .....................................................................................................................................................34
Fichamento ...........................................................................................................................................38
Seminário ..............................................................................................................................................40
Banner ....................................................................................................................................................42
ASPECTOS ESTRUTURAIS DE UMA PESQUISA CIENTÍFICA
Escolha tema/título ...........................................................................................................................47
Estrutura de um trabalho científico (elementos pré/textuais/pós) ................................52
Normas da ABNT ...............................................................................................................................53
Monografia ...........................................................................................................................................53
Estrutura ................................................................................................................................................54
Artigo Científico..................................................................................................................................68
4
5
6
7
CITAÇÃO E REFERÊNCIA
Tipos de Citações Bibliográficas ...................................................................................................77
Elementos da Referência .................................................................................................................81
Ordem dos Elementos da Referência .........................................................................................84
INTRODUÇÃO E OBJETIVO DE UMA PESQUISA CIENTÍFICA
Pergunta Problema ............................................................................................................................90
Contextualização do Tema .............................................................................................................92
Justificativa ...........................................................................................................................................93
Relevância .............................................................................................................................................97
Objetivos gerais e específicos .......................................................................................................98
TRAJETÓRIA METODOLÓGICA
Tipos de Pesquisa Científica..........................................................................................................102
Técnicas de Pesquisa (Coleta de Informações).....................................................................104
Busca em Banco de Dados.........................................................................................................109
Descritores/Palavras-Chave.................................................................................................111
Local do Estudo................................................................................................................................116
Participantes/Fonte de Coleta das Informações/Período da Coleta...............................116
Fases da Pesquisa............................................................................................................................117
Análise das Informações...............................................................................................................126
Análise Quantitativa.........................................................................................................................126
Análise Qualitativa............................................................................................................................126
ASPECTOS ÉTICOS DA PESQUISA COM SERES HUMANOS
Resolução 466/2012.......................................................................................................................130
Atribuições:.................................................................................................................................144
Das Competências:...........................................................................................................................147
Resolução 510/2016........................................................................................................................152
Dos Termos e Definições..............................................................................................................154
Dos Princípios Éticos das Pesquisas em Ciências Humanas e Sociais.......................158
Do Processo de Consentimento e do Assentimento Livre e Esclarecido...................159
Dos Riscos..........................................................................................................................................163
Metodologia da Pesquisa Científica 9
Do Procedimento de Análise Ética no Sistema CEP/CONEP........................................164
Do Pesquisador Responsável.....................................................................................................165
Das Disposições Transitórias......................................................................................................166
Das Disposições Finais...................................................................................................................166
Plataforma Brasil..............................................................................................................................168Comitê de Ética em Pesquisa...................................................................................................170
Termo de Compromisso de Utilização de Dados (TCUD)...............................................174
Termo de Compromisso de Utilização de Dados (TCUD) - Modelo...........................175
Leitura Obrigatória........................................................................................178
Revisando..........................................................................................................182
Autoavaliação...................................................................................................186 
Bibliografia.......................................................................................................188
Bibliografia Web.............................................................................................100
Metodologia da Pesquisa Científica10
Palavra do Professor
Olá estudantes!
Um dos grandes desafios que se apresenta atualmente no mundo acadêmico 
consiste na elaboração correta de sínteses, memoriais, relatórios, projetos, artigos 
científicos, monografias, dentre outras estruturas. Esse Manual se destina aos 
principiantes, isto é, aos que estão se iniciando no estudo da Metodologia da 
Pesquisa Científica. E seu objetivo é promover o aperfeiçoamento e servir de roteiro 
para ajudar os estudantes a acompanharem as explicações e outras orientações 
dadas pelo professor.
Este trabalho aborda a importância da Metodologia da Pesquisa Científica 
como ferramenta essencial no desenvolvimento de produções científicas pelos 
estudantes que ingressam nas Universidades e ao longo do curso são estimulados a 
desenvolver pesquisas científicas como parte dos requisitos de avaliação. 
Deve ser permanentemente lembrado pelo leitor o caráter introdutório desse 
nosso estudo e que está lidando com noções elementares, cuja finalidade é serem 
ultrapassadas pela reflexão e experiência, em busca de maior profundidade.
Essas dificuldades podem ser a causa de uma grande ansiedade nos estudantes 
de graduação, na medida em que as exigências mudam em profundidade a forma 
usual da escrita, incorporando diversos elementos, até então desconhecidos, 
podendo, no limite, levar ao desânimo e, até mesmo, a desistência do curso.
Por esse fato, o manual de Metodologia da Pesquisa Científica direciona 
na formação universitária do estudante para a escrita científica, facilitando sua 
construção, apresentando de forma descomplicada os meandros das regras que 
permeiam os trabalhos científicos, guiando passo a passo na sua trajetória acadêmica.
Procure tirar o melhor proveito de seus esforços. Tenha uma boa leitura!
Os autores!
Metodologia da Pesquisa Científica 11
Sobre os Autores
Adílio Moreira de Moraes possui doutorado em Ciências da 
Educação pela Universidade San Carlos. Tem seu mestrado chancelado 
em Educação Física pela Universidade Federal da Paraíba. Especialista em 
Gestão Escolar pelas Faculdades INTA. Na Universidade Estadual Vale do 
Acaraú, concluiu o Curso de Graduação em Educação Física em Sobral/
CE. Pós-graduou-se como, sua segunda Especialização em Docência do 
Ensino Superior pela Faculdade KURIUS, sua terceira Especialização foi em 
Treinamento Desportivo pelas Faculdades Instituto Superior de Teologia 
Aplicada - INTA e sua quarta Especialização foi em Fisiologia Humana e 
Biomecânica do Movimento pela mesma instituição. Fez sua segunda 
Graduação em Pedagogia pelo Instituto de Educação e Tecnologias (IET). 
 
João José Saraiva da Fonseca, é Pós-Doutor em Educação pela 
Universidade de Aveiro em Portugal, Doutor em Educação pela Universidade 
Federal do Rio Grande do Norte (2008), Mestre em Ciências da Educação 
pela Universidade Católica Portuguesa - Lisboa (1999) (validado no Brasil 
pela Universidade Federal do Ceará), Especialista em Educação Multicultural 
pela Universidade Católica Portuguesa - Lisboa (1994). 
Graduou-se em Ensino de Matemática e Ciências pela Escola Superior 
de Educação de Lisboa (validado no Brasil pela Universidade Estadual do 
Ceará). É pesquisador na área da produção de conteúdo para educação a 
distância. Atualmente desempenha a função de Pró-Diretor de Inovação 
Pedagógica das Faculdades INTA - Sobral CE.
aAMBIENTAÇÃO À DISCIPLINAEste ícone indica que você deverá ler o texto para ter uma visão panorâmica sobre o conteúdo da disciplina.
Metodologia da Pesquisa Científica 13
Olá, estudantes!
A disciplina de Metodologia da Pesquisa Científica é fundamental para o 
desenvolvimento dos trabalhos científicos dos estudantes que ingressam no ensino 
superior. 
A proposta é mostrar as principais normas envolvidas na elaboração de um 
texto, tais como: estrutura de um trabalho científico, padrões de estrutura, inserção 
de citações diretas e indiretas, tipos de pesquisas e melhorar a qualidade das 
produções dos estudantes.
No entanto, sugerimos que você faça uma leitura da 
obra “Metodologia do Trabalho Científico, SEVERINO, 
J.A.”, elaborada especialmente para estudantes em nível 
de graduação e pós-graduação, cuja proposta é auxiliar e 
direcionar esclarecimentos sobre a elaboração de trabalhos 
científicos, monografias, dissertações e teses.
tiTROCANDO IDEIAS COM OS AUTORES A intenção é que seja feita a leitura das obras indicadas pelos(as) professores(as) autores(as), numa tentativa de dialogar com os teóricos sobre o assunto. 
Metodologia da Pesquisa Científica 15
GUIA DE ESTUDO
Caro estudantes, sugerimos a leitura do livro 
“Fundamentos de Metodologia Científica” as 
autoras apresentam uma introdução da Metodologia 
do Trabalho Científico, enfocam aspectos de 
conhecimento científico, a diferença de conhecimento 
científico e conhecimento popular, técnicas de 
pesquisas e colocam em evidencia a estrutura da 
comunicação científica.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de 
Andrade. Fundamentos de Metodologia Científica. 
7ª Ed. São Paulo: Atlas, 2010.
Propomos também a leitura da obra Introdução 
à Metodologia do Trabalho Científico de Maria 
Margarida de Andrade, a autora destaca a leitura 
muito importante para quem deseja realizar trabalhos 
acadêmicos, aborda normas de redação, técnicas de 
pesquisa, técnicas para pesquisa bibliográfica, de 
campo e relatórios de pesquisas. 
ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução a 
Metodologia do Trabalho Científico. 10ª Ed. São 
Paulo: Atlas, 2010.
Após a leitura dos livros, escolha um e faça uma resenha crítica.
PLPROBLEMATIZANDOÉ apresentada uma situação problema onde será feito um texto expondo uma solução para o problema abordado, articulando a teoria e a prática profissional.
Metodologia da Pesquisa Científica 17
A motivação do pesquisador deve ser as experiências que o levam à identificação 
do problema a ser estudado. O título deve ser escolhido de forma cuidadosa e 
a pesquisa científica deve ter início com a formulação de um problema e com o 
objetivo de procurar solucioná-lo com clareza e delimitado a uma variável.
Vamos pensar num determinado caso, uma estudante pretende pesquisar 
sobre estudantes de Educação de Jovens e Adultos. Sua pesquisa está voltada na 
seguinte questão: Qual a receptividade desta modalidade de ensino dentro da rede 
pública?
Portanto, a referida estudante antes de iniciar a pesquisa deve elaborar perguntas 
tais como: O que pesquisar? Por quê? (Justificando a escolha do problema), Para 
que? Qual o objetivo? Como pesquisar? Qual a metodologia? Quando pesquisar? 
Onde pesquisar? Com que recursos?
GUIA DE ESTUDO
Se fosse fazer uma pesquisa sobre o assunto mencionado, como você responderia 
tais questionamentos? Reflita e comente com seus colegas na sala virtual. 
ApAPRENDENDO A PENSARO estudante deverá analisar o tema da disciplina em estudo a partir das ideias organizadas pelos professoresautores do material didático.
Metodologia da Pesquisa Científica 19
1
APROXIMAÇÃO COM O 
CONHECIMENTO CIENTÍFICO
CONHECIMENTOS
Conhecer a ciência enquanto processo crítico de reconstrução do saber, bem como 
a sua natureza, os métodos e os processos de investigação.
HABILIDADES
Reconhecer o conhecimento em geral e assinalar seus pressupostos;
Identificar os diferentes tipos de conhecimento e suas formas de validação;
Reconhecer os aspectos cognitivos e sociais presentes na elaboração do 
conhecimento pela humanidade.
ATITUDE
Aplicar as características próprias do conhecimento científico e seus pressupostos.
Metodologia da Pesquisa Científica20
Ciência/conhecimento comum x senso comum/ Métodos 
científicos
No cotidiano da vida, as coisas se apresentem de maneira desordenada 
e acontecendo tal como a natureza se encarregou de brindar ao ser humano as 
dádivas da criação. Com o tempo, o homem tem procurado estruturar tudo que 
existe no mundo para que não haja perda de tempo e das matérias-primas que são 
utilizadas nas transformações feitas pelos homens e com as coisas. 
A ciência atua objetivando clareza dos fatos e proporcionar lógica aos 
acontecimentos que dizem respeito às mudanças que a humanidade necessita, pois 
o que acontece no transcorrer da história, no que concerne aos avanços tecnológicos, 
é mão do homem, cientificamente, tentando conseguir respostas para as suas 
indagações fantasiosas, pois somente a ciência é que consegue desvendar alguns 
mistérios que, aparentemente, um ser comum não teria condições de desvendá-los 
à luz de sua simples experiência pragmática e desordenada, como se diz: faz-se 
aqui, esquece-se mais na frente.
Com este intuito, pergunta-se: o que é na verdade científica? Por que ela 
avançou tanto no mundo moderno? Quais as suas preocupações maiores no 
desenvolvimento da atualidade? As estas questões existem diversas maneiras de 
respondê-las, justamente considerando o aspecto científico de quem quer avançar 
nas criações da humanidade. Como acumulação de conhecimentos sistemáticos, 
pode-se ver a ciência, segundo (GOODE; HATT, 1960; FERRARI, 1982). 
Para Bunge ainda em Ferrari (1982), a ciência é um conjunto de atividades 
racionais, dirigido ao sistemático conhecimento com objetivo limitado, capaz de 
ser submetido à verificação. Na verdade, ciência é uma estruturação do que se quer 
estudar e sistematicamente avançar, aprimorando os conhecimentos com uma 
agregação constante aos epistemes já existentes de maneira lógica, coerente e 
consistente, buscando sempre, o bem da humanidade como princípio, se bem que 
este pensamento não é condição necessária e suficiente.
A ciência não é simplesmente a junção de ideias com o objetivo de fazer 
grandes escritores, criadores práticos ou artesãos despreparados. Ela se preocupa 
justamente com estes homens que a desprezo do lógico, do sistemático, não buscam 
aperfeiçoar suas técnicas para proporcionar às suas criações, uma maior consistência 
lógica e melhor percepção a quem vai admirar, estudar ou somatizar.
Metodologia da Pesquisa Científica 21
 A ciência deve ser compreensiva, sobretudo ter uma metodologia para poder 
facilitar a admiração e o entendimento do objeto estudado. Para tanto, necessita-se 
de uma: a) descrição; b) interpretação; c) explicação para poder facilitar o raciocínio 
e melhor interferir nos fenômenos investigados da realidade. 
A ciência prima, como objetivo número um, aumentar conhecimento; em 
segundo lugar, fazer novas descobertas; em terceiro, fazer aproveitamento abstrato 
e material e, por último, estabelecer controle nos estudos. 
Dado que se está num ambiente doxológico, é necessário que se procure 
uma maneira para que exista uma facilidade na percepção dos conhecimentos que 
se encontram soltos no senso comum, para que não se enverede pelo lado ultra-
empirista ou também pelo radicalismo dos aprioristas-extremos. 
Desta forma, pode-se interpolar que a gnose do ser humano pode ser 
dividida em: a) cientifica; b) popular; c) religiosa, d) ideológica, pois, nesta gama 
de conhecimentos, a mistura de ideias dificulta um direcionamento para quem faz 
ciência, conseqüentemente, os avanços facilmente são tragados pela incoerência e 
pela falta de lógica em um trabalho científico.
A ciência deve ter um objeto ou tema de investigação, ou o que se vai 
trabalhar; os objetivos a serem perseguidos e uma metodologia a ser utilizada, para 
se conseguir os objetivos propostos na coerência da lógica metodológica, todavia, 
sem caminhos bem traçados, a multiplicidade de conhecimentos, não facilitará 
conseguir boas conclusões como resultado final.
No mundo moderno, as multicriatividades que se conseguiram, foram devido 
justamente ao avanço do método científico. A ida do homem à lua, o surgimento da 
televisão, do rádio, dos aviões, de remédio que retardam a morte, o uso intensivo da 
eletricidade e muitas e muitas invenções que se presenciam nos tempos hodiernos, 
não existiriam, se não fosse o aprimoramento da ciência, dos grandes filósofos do 
passado.
Graças ao processo epistemológico, a ciência de hoje tem conseguido avançar 
numa velocidade que espanta até os ortodoxos do método científico, pois os avanços 
do mundo moderno superam milhares e milhares de anos dedicados aos aspectos 
científico da formação da humanidade, no que respeita à organização e evolução 
das coisas materiais e imateriais existentes na face da terra. O mais importante disto 
tudo, é que esses avanços decorrem porque a ciência é mutável, ela avança e se ela 
não avançasse não se constituiria ciência, seria uma lei.
Metodologia da Pesquisa Científica22
Desta feita, far-se-á mais uma pergunta de suma importância no estudo da 
ciência, qual seja: qual é o condutor principal de um trabalho científico? É fácil 
detectar que a mola mestra de um trabalho científico é o método da atividade. Por 
isso, conceituar-se-á método como o fez Ferrari (1982), quando disse que o método 
é um procedimento racional arbitrário de como atingir determinados resultados.
Descartes (1969) estruturou o método, destinando os seguintes passos 
que se deveriam seguir, quais sejam: a evidência, a análise, a ordem dos fatos e 
a enumeração. Entretanto, foi imediatamente criticado por Leibniz (in Bochenski, 
1958), mostrando-se contrário ao pensamento de Descartes (1637). Mas, na verdade, 
quais são os tipos de métodos que existem? Podem-se enumerar aqui diversos tipos 
de métodos muitos utilizados nas ciências e que serviram para o progresso que o 
mundo tem conseguido ao longo da história, tanto do lado técnico, quanto do lado 
humanístico.
Segundo Bochenski (1958) os tipos de métodos para uma análise de qualquer 
problema, podem-se citar os seguintes: o fenomenológico, o semiótico, o dedutivo 
e o redutivo, mas Ferrari (1982) lembra ainda que existem os observacionais, os 
experimentais, os clínicos, os estatísticos e o comparativo. Com estes métodos, 
têm-se condições de fazer qualquer análise científica, e, por conseguinte, tirarem-se 
conclusões coerentes da realidade que se está estudando.
A propósito, qualquer trabalho que se desenvolva nesta lógica metodológica, 
certamente contribuirá para o avanço das ciências, de tal maneira que a lógica 
acompanhará a coerência e a consistência de um trabalho científico e se tenha, na 
verdade, o empirismo, juntando-se ao lógico, no intuito de se obterem progressos, 
tanto no que respeita às ciências exatas, como nas ciências humanas, pois nenhuma 
sobrevive isoladamente, mas as mudanças só acontecem no conjunto do sistema 
epistemológico.
O método fenomenológico diz respeito à semântica da palavra, quer dizer, 
significa o que está claro na percepção de quem observa, é de maneira mais evidente, 
que aparece, isto é, refere-se ao aspecto intelectual do estudioso e a maneira como 
aparece à intuição. Quem primeiro introduziuesta palavra no campo das ciências 
foi Husserl (1951), por entender que o pesquisador ao começar o seu trabalho, a 
primeira coisa que ele observa é o objeto, o fenômeno. 
Husserl (1951) indica os passos principais da fenomenologia que são os 
seguintes: a) intuição eidética; b) na pesquisa deve orientar-se o pensamento 
exclusivamente para o objeto com exclusão total do subjetivo e c) a indagação deve 
Metodologia da Pesquisa Científica 23
ser dirigida para as coisas mesmas, com a qual postula não somente a redução de 
atitudes subjetivas, mas também do objetivo em si, que não está dado diretamente 
com o objeto considerado.
Para o método semiótico, o seu campo de análise restringe-se à manifestação 
mental que por consequência emprega os sinais para compreender o que está 
estudando. O seu primeiro utilizador foi Charles Morris (1946) que utilizando sinais, 
tentou mostrar a importância das ciências na aplicação de semiosis, pois sem a 
interpretação dos sinais não se poderá avançar no campo científico.
O campo de ação da semiótica pode ser dividido em três: a) a sintética; b) 
a semântica; e c) a pragmática. A primeira trata da combinação de símbolos, por 
exemplo: eu e você. A segunda trata do significado da palavra, por exemplo: uma 
pedra, simboliza algo concreto. E, finalmente, a terceira diz respeito à prática dos 
dois primeiros, quer dizer, os símbolos, formam frases que é a pragmática, é o 
resultado entre os símbolos e a união correspondente de alguns sinais com outros, 
formando frases que são facilmente decifráveis.
Já o método dedutivo que a ciência deve ter o caminho ideal de como chegar 
às conclusões fidedignas e só a dedução dará melhor lógica de se conseguirem 
os objetivos de um método mais eficiente. Este método vem desde a época de 
Aristóteles (384 a. C) com seu prestígio que proporciona ao pesquisador a maior 
eficiência nos caminhos propostos em pesquisa, para se conseguir avançar na 
ciência.
O método dedutivo tem um ponto de partida que pressupõe uma premissa 
antecedente que tem valor universal e um ponto final ou a chegada que nada mais 
é do que a consequência, daí poder-se definir um método dedutivo como sendo 
aquele que parte do geral para uma situação particular. O mais importante neste 
método é a abordagem lógica que perdura nos passos que são tomados para se 
chegar às conclusões que dentro de uma visão apriorística, extraem-se conclusões 
lógicas de um sistema de silogismo preestabelecido.
Finalmente, o método redutivo versa sobre uma pesquisa que utiliza com 
um dos métodos de análises a abordagem indutiva. Não é propriamente indutiva 
como pregam alguns teóricos, devido a simplicidade deste processo, mas os passos 
são quase semelhantes, se bem que no método redutivo o processo é muito mais 
abrangente por abarcar uma realidade maior.
Os protagonistas do método redutivo mais expressivos são Lukasiewicz e 
Bochenski citados por Ferrari (1982) que enunciaram o método da seguinte maneira: 
Metodologia da Pesquisa Científica24
se A então B. Ora B, logo A, quer dizer, uma proposição condicional e uma premissa 
menor gera a premissa maior como conclusão. O método redutivo está apoiado 
no processo indutivo, dedutivo e cronológico de tal maneira que a resposta a 
uma questão abarca um objeto muito maior e o processo de indução é mais um 
instrumento para auxiliar na busca de se conseguirem conclusões coerentes de uma 
realidade em processo de investigação. As propriedades do método redutivo são 
a regressão que trata da explicação das premissas e progressão que avança com a 
verificação.
Vale salientar que além dos métodos já focados, outros eficientes são 
necessários na aplicação de outras ciências que precisam de uma metodologia para 
avançar nas pesquisas pertinentes a cada área, estes são os métodos discretos. Os 
mais comuns no mundo da ciência são os seguintes: a) os observacionais; b) os 
experimentais; c) os clínicos; d) os estatísticos; e) os comparativos.
Esses métodos que se desenvolvem através do empirismo são muito difíceis, 
tendo em vista que não é simples a observação, os resultados experimentais, o 
acompanhamento clínico ou a comparação que vai fazer o pesquisador, ser um bom 
cientista, mas as técnicas preestabelecidas é que burilarão ou nortearão os rumos 
para que os resultados tornem-se científicos. Somente a delimitação do problema 
vai fazer com que sejam bem estruturados os objetivos que em paralelo com a 
metodologia, a ciência avança para o bem da humanidade.
O método é um dos pontos importantes de qualquer trabalho científico, pois 
sem ele não se pode fazer uma sequência que conduza a resultados coerentes e que 
levem ao progresso da ciência, tal como tem acontecido com as grandes descobertas 
que se têm presenciado nos tempos modernos. Graças aos estudos sobre a ciência, 
é que se tem avançado, tanto pelo lado da técnica, como pelos estudos na área 
das ciências humanas, como é o caso da economia, psicologia, história, filosofia e 
muitas outras que dão suportes ao desenvolvimento dos instrumentos tecnológicos 
já dirigidos para as diversas classes sociais.
A importância das ciências é de um valor incomensurável no meio do sistema 
epistemológico, bem como da estrutura doxológica como um todo, tendo em vista 
que é no mundo cotidiano, que a teoria do conhecimento tem dado o seu passo 
mais produtivo, na busca de soluções para os difíceis problemas que a humanidade 
enfrenta hoje em dia.
Depois de conhecidos todos os aspectos formais e informais da ciência, resta 
uma estruturação mais completa de como se fazer, na verdade científica, quer 
Metodologia da Pesquisa Científica 25
dizer, como partir de uma doxologia se chegar a um avanço nos conhecimentos 
da humanidade. Para fazer ciência é preciso partir de um mundo real, complexo, 
desorganizado e com uma estrutura científica, tentar progredir com novas criações 
e novos conhecimentos, preparando simplificações da realidade para dentro de um 
sequencial lógico, tentar tirar conclusões lógicas e objetivas para o progresso da 
ciência.
Os passos formais que se devem observar num trabalho científico são os 
seguintes: a) simplificar o mundo real; b) delimitar o problema; c) estruturar os 
objetivos do trabalho; d) criar hipótese a ser testada; e) delinear a metodologia 
a se seguida; f) fazer as verificações necessárias para saber se aceita ou não, a 
hipótese levantada. No caso da aceitabilidade da hipótese, esta se torna teoria e 
automaticamente incorporada à ciência.
A primeira etapa de um trabalho científico é um levantamento do mundo 
real, significa dizer, é implementar um estudo doxológico do meio ambiente a ser 
investigado e tentar conscientização em tudo que o cerca através de levantamento 
bibliográfico e observações reais sobre a evolução do mundo onde está sendo 
processado a atividade.
Para Tal, a busca da bibliografia é de fundamental importância para se 
conhecer a realidade que almeja trabalhar, bem como entrevistar historiadores e 
até mesmo leigos que tenham participado da vida histórica do objeto que está 
sendo investigado. Levantar o máximo possível de informações sobre o problema 
é relevante, tendo em vista que qualquer método exige que as provas sejam claras 
e objetivas para que os resultados finais não incorram em erros clamorosos e o 
poder de previsão tenha o máximo de garantia de sua eficiência no que concerne às 
probabilidades de poder explicativo.
Depois destes levantamentos bibliográficos e de reconhecimento sobre o 
mundo real, o próximo passo é delimitar o objeto de trabalho ou com outras palavras, 
estruturar o problema a ser investigado nesta atividade científica. A estruturação do 
problema envolve um burilar de todos os conhecimentos adquiridos, num protótipo 
constituinte e de algo que tem defeito e que precisa de solução para se integrar ao 
mundo da ciência.
Isto significa argumentar,que esse problema constitui o objeto de investigação, 
como por exemplo: a marginalização é um problema geral, que para se avançar no 
campo da ciência é preciso que o delimite, que tipo de marginalização se quer atacar, 
como é o caso talvez dos crimes, da prostituição, do menor abandonado e muitos 
Metodologia da Pesquisa Científica26
outros específicos dentro da patologia social. Assim, isto constitui a delimitação 
do problema ou mais claramente, a formalização do objeto de estudo para ser 
implementado no transcorrer da pesquisa.
Diante do objeto delimitado, ou o problema escolhido é fundamental uma 
justificativa de porque se está escolhendo aquele problema para o trabalho. Esta 
justificativa decorre simplesmente da importância que este trabalho tem, ou vai 
ter para a satisfação pessoal do pesquisador ou a contribuição que esta pesquisa 
deverá proporcionar a comunidade, tanto civil como a científica, pois somente a 
aprovação da comunidade científica é que esta investigação se tornará ciência e 
participará do desenvolvimento social.
Somente a justificativa é quem iniciará a apresentação de quão é importante a 
escolha daquele objeto para ser estudado que, em primeira instância, significa uma 
questão que vai implementar os conhecimentos da sociedade. Um trabalho bem 
justificado já leva bons princípios para conclusões satisfatórias, quando se for para a 
verificação dos resultados conseguidos frente às hipóteses levantadas.
Plenamente justificado o problema, ou delimitado o objeto de estudo, passa-
se aos objetivos a que se propõe o trabalho, isto é, seqüenciam-se os pontos a que 
se deve atingir no desenrolar da investigação. Os objetivos são os elos principais 
entre o problema e a hipótese que foi levantada para se verificar a sua aceitabilidade 
ou não. Normalmente, pode-se dividir os objetivos em geral e específicos são os 
detalhes ou os passos que o pesquisador deve seguir para chegar a resultados 
lógicos e plenamente satisfatórios, para se obterem progressos na ciência que está 
trabalhando. É verdade que os objetivos podem ser mudados durante o processo de 
investigação, mas essas mudanças serão pequenas quando o projeto inicial for bem 
estruturado e delimitado por quem o fez.
Em um trabalho científico geralmente se acompanha uma hipótese ou um 
conjunto de hipóteses para nortear o problema que está está sendo estudado, no 
intuito de torná-lo, pois a hipótese orienta melhor o desenrolar de um trabalho que 
caminha estritamente pelo lado científico da investigação.
Para Dino Fontoura (1964), a palavra hipótese vem “do grego hypothesis = 
‘suposição’, em sentido lato consiste em se supor conhecida a verdade procurada. 
Depois de observados, os fatos precisam de explicação e o cientista para encontrá-
la deve recorrer a uma hipótese, que, em se tratando das ciências experimentais, 
pode ser definida ‘explicação provisória dos fatos’”.
A hipótese é uma verdade antecipada dos fenômenos, pois sem esta pré-
Metodologia da Pesquisa Científica 27
convicção do que estar estudando, muitas dificuldades se apresentarão e dificultarão 
uma melhor coerência nos resultados finais, podendo ser aceita ou rejeitada, 
dependendo unicamente do teste da teoria com a realidade.
O aspecto metodológico de qualquer trabalho científico é de fundamental 
importância. A metodologia deve ser encarada por dois ângulos, em primeira 
instância, o aspecto técnico e numa segunda, o aspecto da impostação da ciência, 
pois além do aspecto dos passos a serem seguidos, o arcabouço científico é de 
suma importância.
O essencial, é que se pode conceituar a metodologia como sendo “o estudo 
dos caminhos, dos instrumentos usados para se fazer ciências” nas expressões de 
Pedro Demo (1981). De acordo com este autor, já se nota uma seqüencialidade e seu 
aspecto técnico, tendo em vista a metodologia ser mais abrangente e envolve uma 
ciência dentro da própria ciência. Somente com uma tecnologia bem estruturada é 
que se poderá avançar na busca dos objetivos propostos e na obediência às metas 
preestabelecidas para o andamento dos passos que serão perseguidos pelo cientista.
Apesar de muito parecidos, os objetivos são diferentes das metas, porque os 
objetivos dizem respeito ao que se quer chegar, entretanto, as metas versam sobre 
as etapas que devem ser alcançadas dentro inclusive dos objetos preestabelecidos 
no anteprojeto da investigação que foi proposta. Sem estes itens que foram 
colocados como linha mestra de um trabalho científico, fica muito difícil uma melhor 
objetividade na seqüência lógica do estudo que esteja naquela visão, de que o 
trabalho deve ter objetividade, clareza, lógica e avanço nos postulados e axioma 
que formam o arcabouço silogístico.
O desenrolar científico é fundamental, não só no instituto de alto nível de 
intelectualidade, mas em toda atividade empírica ou filosófica que exija uma certa 
estruturação na execução lógica dos fatos que estão sendo estudados e que poderão 
se integrar ao acervo científico da humanidade.
É inegável que um trabalho científico possua diversos caminhos por onde 
trilhar, para se conseguir seus objetivos, indo desde uma metodologia estritamente 
empirista, ou como se pode dizer extremamente prática, ou a um outro caminho 
estritamente filosófico, como é o caso dos aprioristas extremos que têm plena 
aversão aos experimentos observacionais.
Outras metodologias tentaram mesclar o prático com o filósofo e neste 
casamento, proporcionar um pouco de teoria com a preocupação de ser testada 
na realidade viva, em que está estabelecido. Em verdade, as teorias não significam 
Metodologia da Pesquisa Científica28
mostrar a realidade que se passa no cotidiano de cada pessoa, no entanto, busca 
dar respostas ao comportamento do mundo prático, pois uma teoria nasce da 
formação de uma hipótese que ao ser verificada sua aceitabilidade ou não, passará 
de imediato a ser uma teoria ou não, para em seguida, dependendo de seu “modus 
vivendi”, até mesmo se constituir lei.
As técnicas utilizadas num trabalho científico ou não, são os instrumentos de 
captação dos dados que servirão para explicações sobre o mundo real com a teoria 
que foi bastante estudada na pesquisa bibliográfica que é o início do trabalho de 
investigação. No cotidiano, as técnicas são as seguintes: o uso de entrevista dirigida 
às pessoas que participaram do universo da pesquisa; a aplicação de questionário 
a estas mesmas pessoas da amostra; a ida aos arquivos previamente identificados, 
tais como: cartórios, câmara municipal e muitos outros ambientes que tratam 
de arquivar fatos sobre cidade, estado ou nação; discussões com pessoas que 
participaram da história e finalmente anotações “in loco”, sobre o objeto que está 
sendo pesquisado. A este último item, conceitua-se normalmente como pesquisa de 
campo ou investigação primária.
A pesquisa bibliográfica não deve ser confundida com a documental, tendo 
em vista que a primeira diz respeito a um levantamento de bibliografia existente, 
quer dizer, é uma busca aos livros, “papers” e revistas especializadas sobre o assunto 
em estudo e a segunda versão sobre documentação histórica, demandando nos 
arquivos públicos, ou particulares, qualquer escrito sobre o objeto que está sendo 
pesquisado.
Tanto para a pesquisa de bibliografia como a documental é necessário que 
se faça sempre resumos, numa espécie de fichário, contendo a fonte, o autor, a 
página onde se encontra localizada a transcrição ao que se faz interessante para 
dar fidedignidade ao que for extraído da pesquisa. Já a pesquisa de campo é a 
coleta direta de informação, indo ao próprio local onde ocorre o fato, que deve 
ser comparado com a teoria estudada no levantamento bibliográfico no início da 
investigação proposta.
Quando o problema envolve um campo muito grande e de difícil análise, 
parte-se para as técnicas de amostragem, quer dizer,diminui-se o campo de ação, 
acolhendo-se o sujeito de trabalho de maneira aleatória, onde na verdade, aquele 
novo campo significa o todo sem perda de representatividade. Isto constitui a criação 
de uma amostra extraída do universo para serem tiradas conclusões fidedignas 
sobre o real e certamente ter poder de explicação do fato que está sendo explicado.
Metodologia da Pesquisa Científica 29
A amostra de qualquer trabalho pode ser aleatória, sistemática, estratificada 
e conglomerada. Isto vai depender unicamente dos tipos de métodos para o 
tratamento dos dados que está demandando, entretanto, as técnicas são muitas e é 
preciso ter muito cuidado na escolha da técnica, tendo em vista os tipos de dados 
que estão no mundo real e precisarem de técnicas diferentes, pois cada caso é um 
caso e a cientificidade exige muita atenção na busca de informação que se precisa.
Em resumo, não há muita dificuldade da pesquisa científica quando se trabalha 
com o intuito de se fazer ciência e são poucos os que na realidade se aventuram 
na busca de resultados científicos, o que querem, em verdade, é se locupletar com 
textos sem fundamentos lógicos apenas espelhando o ideologismo partidário de 
qualquer agremiação que está em demanda ao poder.
A ciência se faz com muita atenção, abnegação e perseverança para se 
conseguirem os resultados que vão participar do acervo epistemológico da teoria 
do conhecimento humano, de tal maneira que se faça o progresso da ciência. Fazer 
ciência só é fácil quando o pesquisador se envereda pelos caminhos das técnicas 
estabelecidas, para se chegar a conclusões lógicas, quer no campo de confecção 
de textos didáticos, quer na demanda de tecnologia de alto nível, que não chegam 
diretamente à comunidade civil, mas contribui de maneira indireta para a evolução 
da humanidade como um todo.
Fonte: www.eumed.net/rev/cccss/14/lgs.html. Acesso: 21 nov. 2016. 
Metodologia da Pesquisa Científica30
2
FATORES DETERMINANTES PARA 
ESCRITA CIENTÍFICA
CONHECIMENTOS
Conhecer os fatores determinantes para escrita científica.
HABILIDADES
Identificar de forma clara e concisa as normas condizentes da pesquisa científica
ATITUDE
Aplicar a escrita de acordo com as normas estabelecidas para a elaboração de 
trabalhos científicos.
Metodologia da Pesquisa Científica 31
Leitura
Cada texto, por mais simples que seja, cumpre uma finalidade comunicativa, 
por isso a leitura de um texto científico é norteada por aspectos específicos.
Todas as vezes em que nos propomos à leitura de um determinando texto, 
assim o procedemos tendo a consciência de que todo ato comunicativo se perfaz 
de uma intenção, de uma finalidade. Tal pressuposto reafirma a condição de a 
própria linguagem cumprir significativamente seu papel social, ou seja, sempre 
haverá um “outro” assumindo o papel de interlocutor, para que a mensagem seja 
realmente entendida, compreendida. Trocando em “miúdos”, nunca escrevemos 
para nós mesmos, mas sim para que o outro se interaja mediante os discursos que 
produzimos.
É então, partindo desse pressuposto, que se materializam as diversas situações 
comunicativas as quais compartilhamos cotidianamente, sendo que esse materializar 
procura (ou pelo menos deveria procurar) responder a alguns fatores básicos, estando 
eles pautados sob os seguintes pilares: O que escrever? Para quem escrever? Por 
que escrever? Como dizer? (talvez resida nesse ponto o essencial de tudo). Dessa 
forma, tomando como “gancho” principal para nossa discussão, sobretudo dando 
ênfase a esse último quesito, ao tratarmos acerca do texto científico, tão depressa 
precisamos compreender que ele se delineia por traços específicos que justamente 
o constituem como tal. Nesse sentido, diante da incumbência de estabelecermos 
familiaridade com essa modalidade, cumpre ressaltar acerca de alguns pontos 
norteadores, estando eles demarcados por:
• Um dos passos, concebidos numa primeira instância, diz respeito a uma 
leitura integral do texto em referência, justamente para identificarmos alguns 
aspectos relevantes;
• De forma sequencial ao que foi expresso anteriormente, cabe frisar que tais 
aspectos se encontram relacionados ao tipo de texto, ou seja, trata-se de um capítulo 
somente ou de um artigo científico, propriamente dito? Dando sequência, outros 
elementos se revelam também como elementares, tais como: a autoria; o suporte no 
qual foi publicado: se é livro, jornal ou periódico; data em que foi produzido, editora 
e lugar de publicação; extensão e número de páginas, entre outros aspectos.
• Cumpridos esses passos, observar o assunto e, por meio dele, identificar a 
forma pela qual o autor se utilizou para organizar o texto;
Metodologia da Pesquisa Científica32
• Como se trata de um texto cuja modalidade se volta para o aspecto científico, 
torna-se importante observar a relação que se estabelece entre as ilustrações, tabelas, 
gráficos, entre outros elementos, bem como se esses estabelecem a pertinência 
necessária ao assunto tratado no texto lido;
• Ainda contextualizando a modalidade do ramo científico, relevante é fazer a 
observância quanto ao uso de termos técnicos, quanto à consistência dos dados e, 
para não deixar em segundo plano, quanto à coerência empregada em relação aos 
argumentos elencados.
Em face de todos os pressupostos aqui eleitos, certamente que poderemos 
chegar à conclusão de que todos eles, uma vez checados, podem perfeitamente 
criar condições para que você adquira habilidades para avaliar os argumentos 
apresentados no texto, bem como avaliar a coerência (como antes citado) mantida 
por meio desses mesmos posicionamentos; transformar, por meio de palavras de 
sua própria autoria, todo o conteúdo do texto, procurando manter a mesma linha de 
pensamento do autor (a) em questão. Não nos esquecendo, também, de que uma 
última avaliação, sobretudo uma das mais importantes, refere-se àquela voltada 
para o grau de contribuição dos conhecimentos adquiridos mediante a leitura do 
texto para a formação profissional de quem quer que seja o interlocutor: você ou 
qualquer outra pessoa.
Fonte: http://monografias.brasilescola.uol.com.br/regras-abnt/leitura-um-
texto-cientifico.htm. Acesso: 21 nov. 2016.
Pensamento Crítico
O pensamento crítico consiste em analisar e avaliar a consistência dos 
raciocínios, em especial as afirmações que a sociedade considera verdadeiras no 
contexto da vida cotidiana.
Essa avaliação pode realizar-se através da observação, da experiência, do 
raciocínio ou do método científico. O pensamento crítico exige clareza, precisão, 
equidade e evidências, já que visa evitar as impressões particulares. Neste sentido, 
está relacionado com o cepticismo e com a detecção de falácias.
Através do processo que implica o pensamento crítico, recorre-se ao 
conhecimento e à inteligência para alcançar uma posição razoável e justificada 
Metodologia da Pesquisa Científica 33
sobre um determinado tema ou assunto. Entre os passos a seguir, os especialistas 
registram que é necessário adaptar a atitude de um pensador crítico; reconhecer e 
evitar os preconceitos cognitivos; identificar e caracterizar argumentos; avaliar as 
fontes de informação; e finalmente, avaliar os argumentos.
Cabe destacar que o pensamento crítico não implica pensar de forma negativa 
nem com predisposição para encontrar defeitos e falhas. Muito menos consiste 
em tentar mudar a forma de pensar das pessoas ou substituir os sentimentos e as 
emoções.
O objetivo do pensamento crítico é evitar as pressões sociais que levam à 
estandardização e ao conformismo. O pensador crítico procura entender como 
reconhecer e mitigar ou evitar os diferentes enganos ou erros a que é submetido no 
dia-a-dia. Por essa mesma razão, desconfia das fontes de informação, tais como os 
meios de comunicação, pelo fato de estes terem tendência a distorcera realidade. 
A premissa do pensamento crítico é duvidar de tudo aquilo que se lê ou ouve e 
aproximar-se dos dados objetivos com maior precisão.
Como Desenvolver o Pensamento Crítico?
Para que você comece a desenvolver o seu pensamento crítico é importante 
investir em três diferentes aspectos. Porém, é importante lembrar que, acima 
dessas qualidades, o pensamento crítico é um exercício que deve ser praticado 
constantemente até atingir a perfeição. 
1 – Curiosidade
Fazer perguntas, não se satisfazer com as soluções fáceis e buscar mais 
conhecimento são o tripé das pessoas curiosas. Deixe a aceitação de lado e invista 
na curiosidade. 
 2 – Compreensão
Entender o cenário completo de um problema é importante para se tornar um 
pensador crítico. Se você foca somente em um pequeno aspecto, é possível que não 
consiga ponderar sobre ela de maneira eficaz. 
 3 – Lógica
Metodologia da Pesquisa Científica34
Comece a estimular seu raciocínio lógico com exercícios que desafiam a 
mente. Faça Sudoku, palavras cruzadas e desafios que envolvam o raciocínio. A 
partir do momento que você trabalha essas três características, é possível que o 
pensamento crítico venha mais facilmente à sua mente. Mas, nunca esqueça que 
pensar de forma crítica é um exercício demorado e requer dedicação. Coloque as 
suas crenças de lado e aprenda a analisar as situações da melhor forma possível. 
Boa sorte!
F o n t e : h t t p : / / n o t i c i a s . u n i v e r s i a . c o m . b r / d e s t a q u e / 
noticia/2014/03/19/1088980/pensamento-critico-saiba-e-e-como-desenvolve 
html. Acesso: 21 nov. 2016.
Escrita
Cientistas precisam se comunicar com a sociedade, o que se dá principalmente 
através de artigos científicos, e em alguns casos de divulgação. Estes últimos 
podem ser mais difíceis de produzir, pois o cientista precisa manter a precisão da 
informação ao mesmo tempo em que tem que tornar o texto acessível a um público 
não especializado.
 A escrita de um artigo científico, em particular, deve obedecer a critérios 
semelhantes àqueles do método científico, uma vez que a publicação só é 
justificável se houver contribuições relevantes. Ou seja, o artigo deve ser resultado 
de um trabalho de pesquisa sistemático, criteriosamente planejado para resolver 
problemas científico-tecnológicos que tragam avanços significativos ao campo de 
pesquisa. O conhecimento da literatura e o domínio da metodologia apropriada são 
essenciais para atingir tal objetivo.
Um artigo científico deve conter novas ideias, conceitos, interpretações, 
modelos teóricos, e não apenas um relato de resultados. Obviamente que em áreas 
como a física, não se concebe publicação de ideias que não sejam consubstanciadas 
por resultados, experimentais ou teóricos. Entretanto, o que deve ser enfatizado 
são os conceitos, as ideias inovadoras; os resultados servem para comprovar essas 
ideias e conceitos.
O estudo e a aprendizagem da escrita científica são hoje baseados numa área 
denominada linguística de corpus, em que fenômenos linguísticos são estudados a 
partir da análise de grande volume de textos. Um corpus é uma coleção de textos – 
Metodologia da Pesquisa Científica 35
falados ou escritos – organizados ou indexados para um propósito específico. São 
exemplos os corpus com textos traduzidos de uma língua para outra usados no 
desenvolvimento de tradutores automáticos.
A aplicação de metodologias de linguística de corpus levou a observações 
importantes. O texto científico é altamente estereotipado, e um artigo tem uma 
estrutura praticamente fixa. Deve conter as seguintes seções: Título, Resumo, 
Introdução, Materiais e Métodos, Resultados, Discussão, Considerações Finais, 
Agradecimentos e Referências, nessa ordem. Há áreas com alguma variação, por 
exemplo incluindo uma seção para destacar trabalhos relacionados na literatura 
ou detalhamento de uma teoria. Mas a estrutura principal é mantida. Além disso, o 
fluxo de texto num artigo científico deve obedecer a um movimento bem definido. 
A Introdução começa do tema mais geral, e afunila para mencionar a contribuição 
do artigo, num movimento do geral para o específico. As Considerações Finais, ao 
contrário, deve ter o movimento oposto, iniciando-se com o retomar dos principais 
resultados do artigo e terminar com as implicações das contribuições para uma área 
mais geral ou mesmo para a sociedade, dependendo do tipo de trabalho.
O Resumo é o componente mais importante do artigo, por vários motivos. 
Em muitas bases de dados científicas, apenas o título e resumos são fornecidos, 
de forma que um artigo só será lido se o leitor julgar relevante a partir do resumo. 
Este deve trazer a síntese das ideias e concepções inovadoras do trabalho. Há dois 
estilos principais de resumo: os descritivos e os informativos. Para um artigo que 
traz resultados originais, o resumo deve ser obrigatoriamente informativo, e conter 
as principais contribuições do trabalho.
 Sua estrutura também é relativamente fixa, tendo como componentes: 
Contextualização, Lacuna, Propósito, Metodologia, Resultados e Discussão, 
e Conclusão e Perspectivas. Quando a revista limita o tamanho do Resumo, 
normalmente os dois primeiros componentes são eliminados, iniciando-se com o 
Propósito.
Na Contextualização, menciona-se o tópico geral de que trata o artigo, 
particularizando para a pesquisa em questão. Limitações ou restrições da área são 
mencionadas na Lacuna, que será preenchida com o trabalho cujo Propósito vem 
logo a seguir. Este último é obrigatório, pois informa os objetivos principais da 
pesquisa. Os meios para atingir esses objetivos constituem a Metodologia, podendo 
incluir procedimentos experimentais, análises teóricas ou estatísticas. As principais 
contribuições do trabalho devem estar contidas no componente Resultados e 
Metodologia da Pesquisa Científica36
Discussão, inclusive com dados quantitativos se for o caso, e com a interpretação dos 
resultados mais relevantes. Ressalte-se que o resumo, assim como o artigo científico, 
deve ter o material organizado de forma lógica, privilegiando a transformação dos 
resultados em ideias e conceitos. A ordem lógica pode não coincidir com a cronológica 
em que a pesquisa foi realizada. O componente Conclusões e Perspectivas encerra 
o resumo, colocando-se as principais contribuições do artigo no contexto mais 
abrangente do tópico de pesquisa e apontando-se suas implicações.
Os resumos descritivos são úteis para sumarizar o conteúdo de livros, capítulos 
de livros e artigos de revisão da literatura, pois nestes casos as contribuições mais 
relevantes podem não ser originais ou mesmo estar contidas em trabalhos de outros 
autores, discutidos no texto. O resumo tem o papel de descrever como o tópico em 
questão será abordado. Para os resumos descritivos, a estrutura é menos fixa do que 
nos informativos, mas o leitor precisa ser informado de que se trata de revisão da 
literatura ou dissertação sobre determinado assunto.
Quanto ao texto do artigo propriamente dito, deve se buscar concisão e 
precisão na informação. Precisão é essencial, pois muitos termos têm significados 
específicos em física (ou em ciência), que podem diferir de seu uso corriqueiro. 
Por exemplo, a palavra “interferência” é muito empregada em linguagem coloquial 
para uma diversidade de situações. Mas em física tem significado específico, no 
fenômeno de interferência de ondas. A busca por concisão, por outro lado, deve ser 
incansável, especialmente porque autores tendem a exagerar no uso de clichês e em 
palavras desnecessárias. Há várias recomendações para ganhar concisão: reduzir ao 
mínimo o número de adjetivos e advérbios, particularmente evitando aqueles que 
não trazem precisão para a informação.
 Em física, palavras como grande, pequeno, amplamente, extensamente, 
extremamente não contribuem para transmitir informação precisa.O mesmo se 
aplica a expressões como sendo assim, quase sempre dispensável.
Como se pode depreender, os conceitos relevantes da escrita científica são 
independentes da língua em que o artigo é escrito. Entretanto, como hoje é o 
inglês a língua franca para a ciência, tecnologia, comércio, turismo e quase qualquer 
área da atividade humana, existe o desafio adicional de escrever bem numa língua 
estrangeira para cerca de 90% da população mundial. Para os brasileiros, em 
particular, apesar de o português e o inglês compartilharem muitas características, 
as estruturas gramaticais e o uso de coligações podem ser bastante distintos. A 
propósito, a influência da língua materna é uma das maiores limitações para a 
Metodologia da Pesquisa Científica 37
escrita de qualidade numa língua estrangeira. Não é incomum que um aprendiz, 
conhecedor do vocabulário e gramática de uma segunda língua, escreva sentenças 
gramaticalmente corretas que soam estranhas para um nativo da língua.
Uma possível solução para esta dificuldade em escrever textos com o padrão 
próximo daquele produzido por escritores nativos e experientes também pode 
ser encontrada na linguística de corpus. Trata-se de uma estratégia, delineada 
detalhadamente num livro recente, que consiste em aprender por exemplos a partir 
de um corpus montado pelo próprio aprendiz. Inclui treinamento intensivo com 
leitura de textos científicos em inglês, publicados preferencialmente por nativos da 
língua, e anotação da função de expressões e sentenças. Para montar o corpus, o 
pesquisador deve ler cuidadosamente grande quantidade de textos, e anotar como 
expressões transmitem conceitos e ideias. De fato, é correta a percepção de que 
para escrever bem é preciso ler muito. Porém, não se trata de leitura qualquer; deve 
ser sistemática e meticulosa, concentrando-se mais na forma do que no conteúdo 
do texto.
O estudo sistemático pode ser facilitado se os textos compilados para o corpus 
forem classificados de acordo com as seções e componentes de um artigo, e se 
forem anotadas as funções retóricas das expressões. É útil para qualquer escritor em 
língua estrangeira saber executar funções retóricas como “descrever”, “contrastar”, 
“definir”, “concluir”, etc, para que possa se expressar com a mesma proficiência 
que o faz na língua materna. Mencione-se que esse trabalho de identificação de 
subcomponentes e funções já constitui ótimo exercício de aprendizado em escrita 
científica, independentemente da língua.
A estratégia inspirada em linguística de corpus só é bem-sucedida se o aprendiz 
já tiver um conhecimento mínimo de inglês, pois caso contrário não será capaz 
de identificar as expressões e funções relevantes. Além disso, a tarefa de aprender 
escrita científica em inglês, a partir de um corpus que precisa ser construído, não 
é simples e nem rápida. Exige dedicação e tempo, pois não há fórmulas mágicas 
para aprender escrita científica com pouco esforço, como também não as há para 
aprender física.
F o n t e : h t t p : / / w w w . s c i e l o . b r / s c i e l o . p h p ? s c r i p t = s c i _
arttext&pid=S1806-11172015000200001. Acesso: 21 nov. 2016.
Fichamento
Metodologia da Pesquisa Científica38
É um procedimento utilizado na elaboração de fichas de leitura onde 
constam informações relevantes sobre um texto lido. É um tipo de resumo no qual 
o leitor tem a liberdade de escrever com as próprias palavras as ideias fundamentais 
extraídas de um livro, um artigo etc.
O fichamento possibilita uma melhor organização das notas, constituindo 
um instrumento muito útil para posteriores consultas. Um ponto importante no 
fichamento - e que deve ser registrado logo no início - é a referência bibliográfica. 
Consiste no conjunto de elementos essenciais que identificam uma obra, sendo eles: 
nome do(s) autor(es), título da obra, edição, editora, local e ano de publicação.
Para os textos lidos em jornais, revistas ou artigos na internet, o endereço do 
site e a data de consulta são elementos obrigatórios.
Na elaboração do fichamento é importante que o leitor faça uma primeira 
leitura. Na segunda leitura deverá então começar a registrar as ideias chave 
transmitidas pelo autor. Deve certificar-se de que compreendeu muito bem aquilo 
que leu, pois, uma escrita clara e objetiva irá facilitar o estudo.
Caso seja feita uma cópia literal (exatamente como se lê) de um trecho do 
texto, este deve ser colocado entre aspas, acrescentando o número da página de 
onde foi retirado. Assim o leitor saberá de imediato que aquele trecho não está 
escrito com palavras suas.
Fichamento e ABNT
Para elaborar qualquer tipo de fichamento deve ser utilizada a norma ABNT/
NBR 6023, pois é o correto uso em textos científicos e para treino ao elaborar outros 
tipos de trabalhos acadêmicos.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o órgão responsável pela 
normalização técnica no país, providenciando uma base para o desenvolvimento 
tecnológico no Brasil. Esta entidade é responsável pelas normas específicas para 
formatação de trabalhos acadêmicos, artigos científicos impressos, citações, 
referências quanto à informação e documentação e ainda normas de apresentação 
do sumário e abstract.
Metodologia da Pesquisa Científica 39
Como Fazer ?
Veja aqui algumas dicas que serão importantes para auxiliá-lo na sua vida 
acadêmica. 
É uma das fases da Pesquisa Bibliográfica, seu objetivo é facilitar o 
desenvolvimento das atividades acadêmicas e profissionais. Pode ser utilizado para:
• Identificar as obras;
• Conhecer seu conteúdo;
• Fazer citações;
• Analisar o material;
• Elaborar a crítica;
• Auxiliar e embasar a produção de textos;
Classificação de Fichamento:
Fichamento Textual - é o que capta a estrutura do texto, percorrendo a 
seqüência do pensamento do autor e destacando: ideias principais e secundárias; 
argumentos, justificações, exemplos, fatos etc., ligados às ideias principais. Traz, de 
forma racionalmente visualizável - em itens e de preferência incluindo esquemas, 
diagramas ou quadro sinóptico - uma espécie de “radiografia” do texto.
Fichamento Temático - reúne elementos relevantes (conceitos, fatos, ideias, 
informações) do conteúdo de um tema ou de uma área de estudo, com título e 
subtítulos destacados. Consiste na transcrição de trechos de texto estudado ou no 
seu resumo, ou, ainda, no registro de ideias, segundo a visão do leitor. As transcrições 
literais devem vir entre aspas e com indicação completa da fonte (autor, título da 
obra, cidade, editora, data, página). As que contêm apenas uma síntese das ideias 
dispensam as aspas, mas exigem a indicação completa da fonte. As que trazem 
simplesmente ideias pessoais não exigem qualquer indicação.
Fichamento Bibliográfico - consiste em resenha ou comentário que dê idéia 
do que trata a obra, sempre com indicação completa da fonte. Pode ser feito também 
a respeito de artigos ou capítulos isolados, a arquivado segundo o tema ou a área 
de estudo. O Fichamento bibliográfico completa a documentação textual e temática 
Metodologia da Pesquisa Científica40
e representa um importante auxiliar do trabalho de estudantes e professores.
Fonte: http://www.fichamento.com.br/cadastro.php. Acesso: 21 nov. 2016
Seminário
É um procedimento metodológico, que supõe o uso de técnicas (uma dinâmica 
de grupo) para o estudo e pesquisa em grupo sobre um assunto predeterminado.
O seminário pode assumir diversas formas, mas o objetivo é um só: leitura, 
análise e interpretação de textos dados sobre apresentação de fenômenos e/
ou dados quantitativos vistos sob o ângulo das expressões científicas-positivas, 
experimentais e humanas.
De qualquer maneira, um grupo que se propõe a desenvolver um seminário 
precisa estar ciente da necessidade de cumprir alguns passos:
•	 Determinar um problema a ser trabalhado;
•	 Definir aorigem do problema e da hipótese;
•	 Estabelecer o tema;
•	 Compreender e explicitar o tema- problema;
•	 Dedicar- se à elaboração de um plano de investigação (pesquisa );
•	 Definir fontes bibliográficas, observando alguns critérios;
•	 Documentação e crítica bibliográficas:
•	 Realização da pesquisa;
•	 Elaboração de um texto, roteiro, didático, bibliográfico ou interpretativo.
Para a montagem e a realização de um seminário há alguns procedimentos 
básicos:
1º O professor ou o coordenador geral fornece aos participantes um texto 
roteiro apostilado, ou marca um tema de estudo que deve ser lido antes por todos, 
a fim de possibilitar a reflexão e a discussão;
Metodologia da Pesquisa Científica 41
2º Procede-se à leitura e discussão do texto-roteiro em pequenos grupos.
Cada grupo terá um coordenador para dirigir a discussão e um relator para 
anotar as conclusões particulares a que o grupo chegar;
3º Cada grupo é designado para fazer:
1. Exposição temática do assunto, valendo-se para isso das mais variadas 
estratégias: exposição oral, quadro-negro, slides, cartazes, filmes etc.
Trata-se de uma visão global do assunto e ao mesmo tempo aprofunda-
se o tema em estudo;
2. Contextualizar o tema ou unidade de estudo na obra de onde foi 
retirado do texto, ou pensamento e contexto histórico-filosófico-
cultural do autor;
3. Apresentar os principais conceitos, ideias e doutrinas e os momentos 
lógicos essenciais do texto (temática resumida, valendo-se também de 
outras fontes que não o texto em estudo);
4. Levantar os problemas sugeridos pelo texto e apresentar os mesmos 
para discussão;
5. Fornecer bibliografia especializada sobre o assunto e se possível 
comentá-la;
4º Plenário é a apresentação das conclusões dos grupos restantes. Cada grupo, 
através de seu coordenador ou relator, apresenta as conclusões tiradas pelo grupo.
O coordenador geral ou o professor faz a avaliação sobre os trabalhos dos 
grupos, especialmente do que atuou na apresentação, bem como uma síntese das 
conclusões.
Outros métodos e técnicas de desenvolvimento de um seminário podem ser 
acatados, desde que seja respeitado o plano de prontidão para a aprendizagem.
Finalizando, apontamos que todo tema de um seminário precisa conter em 
termos de roteiro as seguintes partes: introdução ao tema; desenvolvimento e 
conclusão.
Fonte: http://www.coladaweb.com/como-fazer/seminario. Acesso: 21 nov. 
2014
Metodologia da Pesquisa Científica42
Banner
Se você tem algum produto ou quer oferecer e divulgar algum serviço, um dos 
meios mais recomendáveis, por seu baixo custo, é a internet. Existem vários modelos 
de banner e diversas especificações para cada um deles. Há, também, a utilização 
de banners impressos para divulgar alguma informação nos estabelecimentos ou 
apresentar trabalhos na escola ou faculdade, por exemplo.
Neste post, primeiramente vamos explicar os modelos para banner na internet 
e, em seguida, apresentaremos um passo a passo para a elaboração do banner 
impresso. Para cada público, um banner diferente.
Antes de falarmos sobre os modelos de banner, vamos destacar um ponto 
fundamental para qualquer campanha. Na comunicação, não há sentido uma 
empresa fazer uma ação se ela não souber ao certo para quem está fazendo. Falava-
se muito em público-alvo, aquela categorização das pessoas de acordo com suas 
características mais básicas: sexo, idade, classe social, local onde mora, etc. Acontece 
que, com o crescimento do marketing digital e a possibilidade de utilização de outras 
informações que as pessoas compartilham na internet, a segmentação do público 
para a publicidade se tornou diferente.
Atualmente, é utilizado um conceito conhecido como persona, que inclui na 
caracterização do público-alvo da campanha características psicológicas também, e 
não apenas as mais objetivas. Isso inclui: hábitos de consumo, hobbies, profissão, 
o que pensa sobre a vida, o trabalho e o mercado, medos, anseios e desejos, entre 
outros.
Isso significa que a segmentação de público na comunicação atual é muito 
mais ampla e mais exata, o que permite com que os anunciantes sejam muito mais 
assertivos em suas ações. O que queremos dizer com isso? Que antes de você 
investir na confecção do banner e no planejamento da campanha, é fundamental 
que você entenda quem é sua persona alvo, que linguagem deve ser utilizada, tanto 
no formato quanto no conteúdo do banner, e também de que forma você pretende 
impactar essas pessoas.
Dessa forma, suas campanhas serão muito mais assertivas, pois você saberá 
qual o formato que mais impacta essas pessoas, e ainda qual a linguagem que mais 
faz sentido para que sua campanha seja mais persuasiva e eficiente. 
Nos próximos tópicos, você irá conhecer os diversos modelos de banner. 
Metodologia da Pesquisa Científica 43
Chegou a hora: vamos ver como fazer um banner? 
Banner Estático
É composto de imagens fixas e foi o primeiro modelo de banner a ser utilizado 
na internet. São fáceis de serem criados, mas, com todas as inovações utilizadas, 
podem parecer envelhecidos, entediantes e ultrapassados. Por isso, geram um 
número inferior de respostas quando comparado aos animados e interativos. Por 
serem os primeiros, estes são os banners que carregam a natureza da publicidade 
offline adaptada para a internet, e muitas vezes é por isso que parecem entediantes 
e ultrapassados.
A publicidade digital, assim como a tradicional, trabalha para chamar a atenção 
das pessoas e, por este motivo, o desafio do anunciante é bem maior no caso de 
um banner estático. Por não ter movimento, um banner como esse precisa inovar no 
formato e na estilização da peça para que a campanha faça sentido.
Assim, é válido buscar cores e elementos gráficos diferentes e uma mensagem 
bastante chamativa. Mas lembre-se: não exagere na união desses fatores pois um 
pode se sobressair ao outro.
Banner Animado
Possui algum tipo de ação, tendo mais quadros (frames) e consegue veicular 
muito mais informação e impacto visual do que um banner estático. Gera um número 
maior de acessos do que os modelos de banner estáticos.
Esses são os modelos que nasceram a partir da opção estática e, normalmente, 
constroem a mensagem contando uma história com um roteiro definido. Ele é 
um meio termo entre o banner estático e os anúncios em vídeo, já que o banner 
animado não possui som, e nada mais é do que uma junção de imagens estáticas, 
não permitindo a mesma interação que a opção em vídeo.
Por serem animados, eles costumam chamar um pouco mais de atenção que 
os estáticos, pois a animação pode ser feita de diversas formas, sempre buscando 
Metodologia da Pesquisa Científica44
atrair o olhar do usuário.
Banner Interativo
Falando sobre a atenção do usuário, uma das melhores formas de garantir 
que o banner seja visto pela maior quantidade de pessoas é o formato interativo. 
Normalmente, eles são banners que envolvem o internauta e, de alguma forma, 
fazem com que haja uma interação direta.
A variação aqui costuma ser maior no formato, já que uma parte da mensagem 
não fica claramente evidente e necessita da interação do usuário para que a informação 
esteja completa. Ex.: preencher um formulário, responder a uma pergunta, abrir uma 
mensagem, etc.
Veja este exemplo de banner interativo:
Programa para fazer banner.
Para que você possa personalizar seu banner, de acordo com preferências 
ou especificações pré-definidas, é importante que tenha acesso a um programa 
que possibilite diferentes alterações. Assim, você poderá idealizar um modelo para 
banners e criá-lo do seu jeito! Para isso, indicamos o download do programa Banner 
Maker Pro, totalmente gratuito, para você desenvolver o projeto que quiser da 
forma que preferir. Olha só:
Modelos de banner para download:
Modelos prontos são também sempre uma opção para quemnão sabe por 
onde começar e, por isso, se você preferir se basear em modelos normalmente 
utilizados.
Banner científico
Durante a faculdade, surgem inúmeros trabalhos e, muitas vezes, alguns deles 
necessitam de apresentação ao público. Se você participa de projetos de pesquisa, já 
deve ter se deparado com o fato de ter que elaborar um banner para a apresentação 
da pesquisa científica em feiras ou mostras de ciências.
Listamos aqui algumas dicas para facilitar o desenvolvimento do banner, com 
as especificações técnicas e modelos produzidos para diferentes áreas.
Metodologia da Pesquisa Científica 45
O que deve ter em bons modelos de banner científico:
o Principal função do banner: sintetizar informações e dados relevantes da 
pesquisa;
o Elementos de um banner: instituição, autor(es), orientador(es), conteúdo 
(introdução, desenvolvimento do tema, considerações finais), referências 
(somente as principais, ou seja, aquelas citadas no texto e em tamanho de 
letra menor. Seguir as normas da ABNT);
o Elementos básicos: textos, dados (tabelas, gráficos, diagramas, estatísticas) 
e imagens (desenhos, fotografias, ilustrações);
o Texto: nem muito, nem pouco (somente o necessário para a compreensão 
do leitor); separado em colunas (dependerá da quantidade de texto). 
Sugestão: no máximo 3 colunas, alinhadas e com texto justificado;
o Fonte: de preferência aquelas maiores e mais visíveis (ex: Arial);
o Tamanho da fonte: depende da quantidade de texto e do tamanho do 
banner (no mínimo, fonte 20 para o texto). Sugestão: Título = Arial 60, 
Autores e instituição = Arial 36 (itálico), Texto = Arial 24, Bibliografia = 
Arial 16. Usar caixa alta somente para os títulos dos itens (Introdução, 
Metodologia, Resultados e Discussão, etc.);
o Espaçamento entre as linhas: dependerá da quantidade de texto, mas a 
sugestão padrão é de 1,5;
o Figuras de fundo: cuidado com o uso das figuras, devido ao contraste 
(dificulta a leitura). A sugestão é usar marca d’água ou desbotado. Conferir 
a resolução das figuras, fotos, etc;
o Cores: nem em excesso ou falta, pois pode tornar a leitura cansativa;
o Programas indicados para montar um banner: Power Point, Corel Draw, 
Photoshop;
o O que se vê na tela não é o que se vê impresso: faça sempre uma cópia 
impressa para conferir melhor o aspecto do banner, antes de levá-lo à 
gráfica.
Fonte: http://blog.wedologos.com.br/modelos-de-banner-exemplos/. 
Acesso: 21 nov. 2016
Metodologia da Pesquisa Científica46
3
ASPECTOS ESTRUTURAIS DE UMA 
PESQUISA CIENTÍFICA
CONHECIMENTOS
Conhecer as estruturas dos trabalhos acadêmicos. 
HABILIDADES
Reconhecer as diferenças e similitude estruturais dos trabalhos científicos. 
ATITUDE
Aplicar corretamente as estruturas e normas para desenvolvimento do trabalho 
acadêmico. 
Metodologia da Pesquisa Científica 47
Escolha Tema/Título
Escolher um tema de pesquisa não é uma tarefa fácil. Seja para um trabalho de 
conclusão de curso, para uma dissertação ou apenas para aquele experimento que 
vale nota na disciplina, de repente, parece que tudo o que era realmente importante 
em qualquer campo do conhecimento já foi estudado ou descrito.
De modo geral, o cientista inicia o processo de pesquisa pela escolha de um 
tema, que por si só não constitui um problema de pesquisa (VIANNA, 2001).
O tema é o assunto que se deseja estudar e pesquisar. Sua escolha deve levar 
em conta possibilidades, aptidões e tendências de quem irá elaborar a pesquisa (em 
conjunto com seu orientador).
Ao formular perguntas sobre o tema, provoca-se sua problematização (SANTOS 
2015). 
Note que existe diferença entre tema e problema de pesquisa. Do tema 
de pesquisa procede o problema a ser investigado. Desta forma, um tema pode 
resultar em vários problemas de pesquisa (LAKATOS; MARCONI, 2010).
O tema de pesquisa tem, portanto, caráter mais geral e mais abrangente que 
o problema de pesquisa. Infelizmente, não existe uma regra ou uma receita pronta 
para se definir um tema de pesquisa.
É um trabalho árduo, que irá demandar bastante tempo, mas existem alguns 
pontos que podem lhe ajudar a cortar caminhos, otimizar o seu tempo e evitar 
problemas que podem ocorrer durante a escolha do tema de pesquisa.
A seguir, você encontrará sete dicas para delimitar um tema de pesquisa:
Escolha uma área de pesquisa que você goste e se identifique
Uma pesquisa científica exige dedicação, horas de trabalho e ainda mais horas 
de reflexão. E sua empolgação com a pesquisa pode variar muito ao longo desse 
processo.
E quando temos afinidade com um campo do conhecimento, quando realmente 
estamos curiosos para encontrar a resposta, a motivação é maior.
Além disso, escolher uma área que você sente prazer em estudar vai te dar 
ânimo extra para quando for necessário, por exemplo, fazer aquela coleta de 
dados às 4h de uma madrugada de sábado, ou passar aquela noite de sexta-feira 
Metodologia da Pesquisa Científica48
trabalhando.
Leia muito e questione mais ainda
Um excelente ponto de partida para delimitar um tema de pesquisa é a 
bibliografia básica (ANDRADE, 2014). Comece pelos livros clássicos, que são 
referência na área, para compreender os conceitos básicos.
A partir de uma base de conhecimento sólida, adote a postura de uma criança 
que está aprendendo algo novo e pensando em todas as possibilidades, sob ângulos 
diferentes.
Procure pensar em novas formas de aplicação para determinado conceito, ou 
como uma informação poderia ser utilizada para resolver um problema ainda sem 
solução.
Procure conhecer as fronteiras do conhecimento nessa área
Os congressos científicos específicos de cada área são uma ótima oportunidade 
para conhecer os rumos da pesquisa em determinado campo do conhecimento e 
conhecer novas abordagens.
Procure descobrir os principais periódicos científicos da área que você possui 
maior afinidade, e observe os temas dos artigos publicados. Em muitos artigos, o 
último parágrafo do autor é uma sugestão sobre como a pesquisa naquele tema 
poderia ser levada adiante.
Essa revisão de literatura também irá auxiliar a não pesquisar algo que já se 
possui um consenso, contribuindo para a originalidade do seu trabalho.
Tenha em mente as linhas de pesquisa do programa e do seu 
orientador
Além da orientação propriamente dita, você provavelmente irá precisar de 
recursos para realizar sua pesquisa.
O apoio, o respaldo e as contribuições, tanto técnicas quanto científicas, 
provavelmente serão maiores em pesquisas alinhadas ao pensamento do seu 
orientador e do seu programa de pós-graduação. Tenha certeza que isso faz muita 
diferença.
Metodologia da Pesquisa Científica 49
Cuidado com sua ambição: seja prático e objetivo
Temas de pesquisa muito abrangentes podem demorar décadas para se obter 
uma resposta satisfatória. Certifique-se que a sua pesquisa possa ser concluída dentro 
do prazo para a conclusão do curso. Verifique também os recursos necessários para 
a realização da pesquisa e a facilidade para obtê-los.
Em tempos de cortes nos orçamentos, é preciso ter cautela na escolha do tema 
de pesquisa.
Por isso, limite seu tema de pesquisa de maneira que seja possível encontrar 
a resposta dentro do prazo e das condições de infraestrutura disponíveis (BARROS; 
LEHFELD, 2007).
Reflita sobre a relevância do seu tema de pesquisa
Este é o ponto em que muitos temas de pesquisa são descartados.
Afinal, para solicitar um financiamento, defender a pesquisa perante a banca 
ou para publicar os resultados da pesquisa em uma revista é preciso que a pesquisa 
tenha mérito científico.
Reflita sobre as aplicações e, principalmente, sobre como essa pesquisa 
contribuiria pra o avanço do conhecimento em determinado campo.
Lembre-se que você não precisa “inventar a roda”. A tarefa não é tanto ver 
aquilo que ninguém viu, mas também

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