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Pesquisa do Passo 1 - Desafio 2 do 1º SEMESTRE

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DESAFIO PROFISSIONAL DO 2º BIMESTRE DE 2014 – PASSO 1
PESQUISA:
O QUE É UM CRAS? 
O Centro de Referência de Assistência Social (Cras) é uma unidade pública estatal descentralizada da Política Nacional de Assistência Social (PNAS). 
O Cras atua como a principal porta de entrada do Sistema Único de Assistência Social (Suas), dada sua capilaridade nos territórios e é responsável pela organização e oferta de serviços da Proteção Social Básica nas áreas de vulnerabilidade e risco social.
Além de ofertar serviços e ações de proteção básica, o Cras possui a função de gestão territorial da rede de assistência social básica, promovendo a organização e a articulação das unidades a ele referenciadas e o gerenciamento dos processos nele envolvidos. 
O principal serviço ofertado pelo Cras é o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (Paif), cuja execução é obrigatória e exclusiva. Este consiste em um trabalho de caráter continuado que visa fortalecer a função protetiva das famílias, prevenindo a ruptura de vínculos, promovendo o acesso e usufruto de direitos e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida.
QUAIS SÃO OS PROFISSIONAIS NECESSÁRIOS NO CRAS - CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL?
O CRAS deve contar com uma equipe mínima para a execução dos serviços e ações nele ofertados. 
Se houver ofertas diretas de outros serviços de Proteção Básica – além do PAIF; programas;projetos e benefícios é necessário ampliar a quantidade de profissionais.
As equipes de referência para os CRAS devem contar sempre com um coordenador, cujo perfil é: técnico de nível superior, concursado, com experiência em trabalhos comunitários e gestão de programas, projetos, serviços e benefícios socioassistenciais.
A Equipe de referência do CRAS é aquela formada por servidores efetivos responsáveis pela organização e oferta de serviços, programas, projetos e benefícios de Proteção Social Básica.
A equipe de referência do CRAS deve ser selecionada por meio de concurso público ou processo seletivo, regidos pelos critérios da transparência e impessoalidade. A composição da equipe de referência do CRAS varia de acordo com o porte do município, como prevê a NOB-RH.
 
	Porte do município
	Pequeno Porte I
	Pequeno Porte II
	Porte Médio
	Grande Porte
	Metrópole
	Equipe de referência
	2 técnicos de nível médio e 2 técnicos de nível superior, sendo 1 assistente social e outro preferencialmente psicólogo
	3 técnicos de nível médio e 3 técnicos de nível superior, sendo 2 assistentes sociais e preferencialmente 1 psicólogo.
	4 técnicos de nível médio e 4 técnicos de nível superior, sendo 2 assistentes sociais, 1 psicólogo e 1 profissional que compõe o SUAS.
	
	As equipes de referência do CRAS devem ter um coordenador, de nível superior.
QUAL A ORIENTAÇÃO DA NOB-RH/SUAS QUANTO À COMPOSIÇÃO DA EQUIPE DE REFERÊNCIA DO CRAS?
A orientação é que toda a equipe de referência do CRAS seja composta por servidores públicos efetivos. Isso está fundamentado na necessidade de que a equipe de referência do CRAS tenha uma baixa rotatividade, de modo a garantir a continuidade, eficácia e efetividade dos programas, serviços e projetos ofertados pelo CRAS, bem como permitir o processo de capacitação continuada dos profissionais. A realização de concursos públicos e a garantia dos direitos trabalhistas desses profissionais devem, portanto, constituir prioridade dos órgãos gestores da assistência social nas três esferas de governo.
Recomenda-se que haja uma transição gradativa do quadro de profissionais da equipe de referência dos CRAS que atualmente encontram-se na condição de terceirizados ou com contratos de trabalho precarizados. Recomenda-se também que a seleção desses profissionais se ainda não efetuada por meio de concursos, deve ser realizada em um processo público e transparente, pautado na qualificação dos profissionais e no perfil requerido para o exercício das funções da equipe de referência do CRAS.
QUAIS SÃO AS FUNÇÕES DOS PROFISSIONAIS QUE FAZEM PARTE DA EQUIPE TÉCNICA DO CRAS?
Fazem parte das funções dos profissionais que formam a equipe técnica:
Recepção e acolhimento de famílias, seus membros e indivíduos em situação de vulnerabilidade social;
Oferta de procedimentos profissionais em defesa dos direitos humanos e sociais e daqueles relacionados às demandas de proteção social de Assistência Social;
Vigilância social: produção e sistematização de informações que possibilitem a construção de indicadores e de índices territorializados das situações de vulnerabilidades e riscos que incidem sobre famílias/pessoas nos diferentes ciclos de vida. Conhecimento das famílias referenciadas e as beneficiárias do BPC - Benefício de Prestação Continuada e do Programa Bolsa Família;
Acompanhamento familiar: em grupos de convivência, serviço socioeducativo para famílias ou seus representantes; dos beneficiários do Bolsa Família, em especial das famílias que não estejam cumprindo as condicionalidades; das famílias com beneficiários do BPC;
Proteção pró-ativa por meio de visitas às famílias que estejam em situações de maior vulnerabilidade (como, por exemplo, as famílias que não estão cumprindo as condicionalidades do PBF), ou risco;
Encaminhamento para avaliação e inserção dos potenciais beneficiários do PBF no Cadastro Único e do BPC, na avaliação social e do INSS; das famílias e indivíduos para a aquisição dos documentos civis fundamentais para o exercício da cidadania; encaminhamento (com acompanhamento) da população referenciada no território do CRAS para serviços de Proteção Básica e de Proteção Social Especial, quando for o caso;
Produção e divulgação de informações de modo a oferecer referências para as famílias e indivíduos sobre os programas, projetos e serviços socioassistenciais do SUAS, sobre o Bolsa Família e o BPC, sobre os órgãos de defesa de direitos e demais serviços públicos de âmbito local, municipal, do Distrito Federal, regional, da área metropolitana e ou da micro-região do estado; 
Apoio nas avaliações de revisão dos cadastros do Programa Bolsa Família, BPC e demais benefícios.
QUAIS SÃO AS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELO CRAS?
As ações de proteção social básica, desenvolvidas nos CRAS e em suas áreas de abrangências, compreendem:
Cadastro Único - registro de informações que serve como referência para a participação em programas sociais de concessão de benefícios, tais como: Bolsa Família, PETI, ProJovem, Tarifa Social - Energia Elétrica, Carteira do Idoso - Transporte Interestadual.
Atendimento social - acolhida e entrevistas; visitas domiciliares; concessão de benefícios eventuais como cesta básica, vale-transporte e fotos para documentação; elaboração do plano de ação de cada família; acompanhamento das famílias, com prioridade às beneficiárias dos Programas de Transferência de Renda; busca ativa das famílias prioritárias nos serviços e articulação / encaminhamentos para a rede socioassistencial.
Convivência social e fortalecimento de vínculos familiares e comunitários - para crianças e adolescentes, jovens, adultos e famílias, pessoas idosas e lideranças comunitárias. Acontecem a partir da participação de famílias e ou indivíduos nas atividades de grupos de convivência e de incentivo ao protagonismo.
Qualificação profissional - ações de capacitação para desenvolvimento pessoal e ampliação das oportunidades de geração de trabalho e renda, contribuindo para o alcance do desenvolvimento sustentável de famílias e indivíduos. São cursos oferecidos nos CRAS, nos Centros de Qualificação Profissional - Liceus de Ofícios e em outros locais, que são disponibilizados por parcerias conveniadas.
Outros serviços e projetos complementares
Grupos específicos, como crianças ou jovens, participam de projetos realizados em parceria com órgãos governamentais ou não governamentais, envolvendo a participação da comunidade. Acontecem em diversas áreas e podem ser desenvolvidos em outros locais. 
QUAIS AS TAREFAS DO ASSISTENTE SOCIAL NO CRAS?
Acolhida, oferta de informações e realizaçãode encaminhamentos às famílias usuárias do CRAS;
Mediação dos processos grupais do serviço socioeducativo para famílias;
Realização de atendimento individualizado e visitas domiciliares as famílias referenciadas ao CRAS;
Desenvolvimento de atividades coletivas e comunitárias no território;
Assessoria aos serviços socioeducativos desenvolvidos no território;
Acompanhamento das famílias em descumprimento de condicionalidades;
Alimentação de sistema de informação, registro das ações desenvolvidas e planejamento do trabalho de forma coletiva;
Articulação de ações que potencializem as boas experiências no território de abrangência.
QUAL A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO PARA DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL?
As mudanças no mercado de trabalho em decorrência das tecnologias de informação modificam e reconfiguram o processo de reprodução das forças de trabalho, representado pela dinamicidade desse processo, que como uma avalanche, “engole” aqueles que não se adaptam a essas mudanças. Conforme Colmán Duarte:
 As alterações que o recente desenvolvimento tecnológico provocou nos processos de trabalho dos diversos setores da economia são inegáveis. Caraterizado como revolução informacional, esta onda tecnológica redesenha as profissões, os papéis de grupos profissionais, chegando inclusive a extinguir profissões e criar outras. Os impactos incidem sobre um amplo leque de condições, que vão das modalidades operativas até a alteração de identidades dos sujeitos sociais.
 Com relação ao Serviço Social, as tecnologias de informação apresentam-se como ferramentas que surgem para auxiliar os processos de trabalho do Assistente Social. Na maioria dos casos, o profissional não questiona em quais condições e quais objetivos estão implícitos nessas tecnologias de informação, limitando-se apenas a operá-las. Um exemplo prático é o Sipia – Sistema de Informação para Infância e Adolescência, que é um programa de microcomputador que operacionaliza as medidas de proteção a crianças e adolescentes, aplicadas por Conselheiros Tutelares. O modelo, desenvolvido pelo Ministério da Justiça, obriga aos Conselhos Tutelares do Brasil a utilizarem essa plataforma. Já, aqueles municípios que não implantarem o SIPIA, são ameaçados de ter recursos estaduais e federais cortados.
 No artigo “Serviços Sociais e Tecnologias de Informação” , Souza aborda os aspectos centrais das alterações estruturais ocorridas no Serviço Social com relação as tecnologias de informação, principalmente no que tange a ruptura com o conservadorismo, ainda muito presente na profissão, sem com que o Assistente Social dê respostas à “questão social”. O autor ainda avalia que a utilização das tecnologias de informação podem ampliar as condições políticas e tecnológicas da profissão. O desafio à profissão, de acordo com Souza, é o:
(...) de problematizar, e trazer para debate, as categorias e concepções sobre a natureza e significado da globalização, em termos de políticas públicas e sociais, para um país como o Brasil que se insere de forma subalterna nas relações internacionais. Há que se considerar todos os desdobramentos que desembocam tanto no processo formativo do Assistente Social do futuro, quanto na ação dos profissionais que estão sendo “atropelados” por novas exigências teórico-metodológicas e técnico-operacionais.
 E quando afirmamos que as tecnologias de informação não podem ser compreendidas como instrumentos neutros, mas que existe uma intencionalidade na sua aplicação, privilegiamos uma análise crítica da utilização das tecnologias de informação, sem negá-las. Podemos exemplificar com a assertiva de Colmán Duarte:
A organização dos processos de trabalho dos assistentes sociais não pode, portanto, ser considerada mera modalidade 'técnica". Reflete prioridades políticas e orientações dos centros de poder e/ou resulta das negociações entre os atores sociais em conflito. Esta é a razão pela qual é tão importante que os assistentes sociais se apropriem das tecnologias de informação, pois é montada nestas que, muitas vezes, qual cavalos de Tróia, são orientadas as ações dos assistentes sociais no sentido de favorecer os interesses dos grupos dominantes sem a clara explicitação das finalidades.
 Contudo, as tecnologias de informação não podem ser apenas analisadas a partir de conseqüências negativas expostas em tela. Acreditamos que, deve-se admitir que as tecnologias de informação trouxeram inúmeros benefícios ao processo de trabalho do Assistente Social, como por exemplo, uma manutenção atualizada de banco de dados da população usuária do serviço, a possibilidade da utilização de softwares que cruzam dados de atendimento com indicadores sociais, facilitando e otimizando o processo de gestão de serviços sociais, assim como o planejamento eficiente e eficaz, e ainda um constante processo de monitoramento e avaliação.
 De acordo com Kern, o profissional de Serviço Social tem como uma de suas atribuições a reflexão crítica em relação às tecnologias de informação, pois estas atingem frontalmente os sujeitos atendidos pela política de assistência social. Esses usuários são considerados “excluídos digitais”, mesmo que através de alguns programas de enfrentamento a pobreza, com redistribuição de renda, os usuários recebam o recurso através de cartão bancário magnético, tendo que operar computadores em caixas eletrônicos para sacar o valor do benefício.
 Ainda apoiados em Kern, as tecnologias de informação no Serviço Social podem agilizar processos e garantir troca de informações que possam beneficiar o usuário, sem que necessariamente essa troca tenha que acontecer em um mesmo meio geográfico, utilizando-se do espaço virtual, no caso a Internet, como instrumento indispensável nos dias de hoje.
 A prática profissional, inserida no contexto da Revolução Informacional [1] coloca a profissão em uma conjuntura estratégica de reconfiguração da identidade profissional. O modo de produção capitalista a cada momento, de forma mais intensa, coloca demandas ao Serviço Social, travestidas de “questão social”, e, diante disso, pode parecer que a simples utilização das tecnologias de informação poderia ajudar a “resolver” tais “questões”. Contudo, a “solução” das chamadas questões sociais não é do âmbito tecnológico, mas histórico social. É de fundamental importância que os Assistentes Sociais “tomem de assalto” o desenho e a construção das tecnologias de informação dentro da profissão, e não sejam meramente operadores de sistemas construídos. Conforme Souza:
O Serviço Social precisa se capacitar para este debate e para inovar na sua prática profissional, procurando incorporar os novos produtos e processualidades da Revolução Informacional, traduzindo-os em práxis ídeo-política, enquanto cultura profissional, para não correr o risco de ver-se desqualificado frente às novas exigências histórico-estruturais da chamada “Sociedade da Informação”. O não enfrentamento desse debate, ao nosso ver, impedirá que o Serviço Social dê um passo à frente, em continuidade à necessária crítica ao conservantismo e ao tecnicismo na profissão, propondo nesse novo patamar uma grade operativa vinculada à produção teórico-medológica conseqüente com o movimento hegemônico na profissão.
 Ainda de acordo com o entendimento de Souza, o Serviço Social têm que dar respostas às demandas imediatas que surgem à profissão, porém rompendo com o conservadorismo presente. Por outro lado, deve-se articular o campo da prática teórico-metodológico e da prática interventiva, privilegiando debates e reflexões consistentes, no que tange ao ensino, à pesquisa e à extensão, ampliando os conhecimentos sobre o domínio das tecnologias de informação . O autor relata que:
Atendendo às novas exigências, teóricas e operativas o Serviço Social precisa combater o neo-conservadorismo da profissão que se traduz, por exemplo, no paradigma da Informação Tecnológica. Do ponto de vista teórico, o desafio fundamental parece ser o de problematizar,e trazer para debate, as categorias e concepções sobre a natureza e significado da globalização, em termos de políticas públicas e sociais, para um país como o Brasil que se insere de forma subalterna nas relações internacionais.
 Portanto, após breves reflexões, podemos afirmar que as tecnologias de informação implicam em vantagens e perigos para o exercício profissional dos Assistentes Sociais. A partir da compreensão de trabalho alienado em Marx, acreditamos que o uso dessas tecnologias deve ser apropriado pelos profissionais, porém, sem perder de vista o invólucro alienante em que se nos apresenta. É necessário refletir criticamente o uso de quaisquer aparelhos tecnológicos, que decididamente, não são apenas compostos de plástico e componentes eletrônicos.

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