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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 06° VARA CÍVIL DA COMARCA DE SÃO PAULO 
Ref.: Autos nº XXXXX
Marcelo, devidamente qualificado nos autos do processo de Ação de cobrança de cotas condominiais, que lhe move o Condomínio do Edifício Bandeirantes, vem por seu advogado, ao final assinado (procuração em anexo), com endereço onde recebe citações e intimações, com base no artigo 297 e seguintes do CPC, à presença de Vossa Excelência oferecer
CONTESTAÇÃO
1.	PRELIMINARES
A)	Da ilegitimidade da parte demandada.
A parte chamada ao processo é ilegítima, por não ser devedora do valor cobrado e muito menos proprietária do bem em litigio. O réu cedeu através do contrato de compra e venda, conforme prova a escritura publica o imóvel em meados de julho de 2012, hipótese em que o novo proprietário tomou posse, tudo ocorrido na ciência do sindico. Sendo assim que seja suprida tal legitimidade assim como reza o artigo 338, para fazer-se presente o verdadeiro proprietário do imóvel e devedor. Nesse sentido se tem a jurisprudência do Tribunal de São Paulo que diz:
Tribunal de Justiça de São Paulo. “Ação de Cobrança. Despesas condominiais. Existência de Instrumento Particular de Cessão de Direitos não registrados. Ciência inequívoca do condomínio autor quanto à posse do cessionário à época da propositura da ação evidenciada pela emissão dos boletos de cobrança em seu nome. Ilegitimidade passiva ad causam dos cedentes declarada com acerto. Vinculação do cessionário à integralidade das despesas condominiais vencidas e não pagas. (…). Recurso do réu Raphael desprovido, provido em parte o apelo do condomínio autor”(Apelação 0121978-28.2006.8.26.0100 – Relator: Airton Pinheiro de Castro – 32ª Câmara de Direito Privado – j. em 23.01.2014).
Ademais a ilegitimidade é causa de extinção do processo como reza o artigo 330 e 337 do CPC. 
B) Ausência de divida.
O Código Civil em seu artigo 1.345 é claro quando se fala das obrigações propter rem, ou seja, por trata-se de uma obrigação ambulatória ela persegue a coisa onde quer que esteja. Maria Helena Diniz afirma que “o titular do direito real é obrigado, devido a sua condição, a satisfazer certa prestação”. Nesse sentir que a jurisprudência do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul diz que:
CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL. DESPESAS DE CONDOMÍNIO. OBRIGAÇÃO PROPTER REM. RESPONSABILIDADE DO PROPRIETÁRIO. DANOS MATERIAIS E MORAIS AFASTADOS. A ilegitimidade passiva da ré Vila Rica é de ser mantida, porquanto é mera mandatária do condomínio, atuando na administração deste. A incompetência do Juizado Especial Cível em razão do valor do contrato não prospera, posto que a discussão cinge-se às despesas de condomínio. No mérito, sendo as despesas de condomínio obrigações propter rem, descabe a declaração de inexigibilidade. Com efeito, celebrado o contrato de compra e venda em 22.05.2012, os débitos posteriores a esta data são de responsabilidade do adquirente (proprietário). Assim, sendo cobradas despesas de condomínio a partir do mês de junho de 2012, o autor deve adimplir a dívida, pois é sua como proprietário da unidade, independente de ter recebido as chaves posteriormente. Por fim, no que pertine aos danos morais, não se vislumbra no caso em tela, porquanto eventual descumprimento contratual enseja a fixação de indenização apenas de forma excepcional. Não vindo aos autos a excepcionalidade, inexiste pressuposto para a reparação moral. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. (Recurso Cível Nº 71004571188, Primeira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Lucas Maltez Kachny, Julgado em 24/06/2014).
E no mesmo sentido o Tribunal de justiça de minas Gerais diz:
AÇÃO DE COBRANÇA DE TAXAS DE MANUTENÇÃO DE CONDOMÍNIO. OBRIGAÇÃO PROPTER REM. RESPONSABILIDADE DO PROPRIETÁRIO DO IMÓVEL. SENTENÇA MANTIDA. 1 - A responsabilidade pelo pagamento das taxas condominiais, por tratar-se de obrigação propter rem, deve recair sobre aquele em cujo nome se encontra registrado o bem. 2 - Agravo Retido Improvido. Apelo Improvido.
Portanto não há que se falar em divida já que a propriedade e posse de tal imóvel são inexistentes, fazendo-se necessário o chamamento da parte verdadeiramente legitima deste litigio.
II – Pedido
Pelo exposto, requer que o réu seja acolhido as preliminares de extinção do processo e, se assim não entender Vossa Excelência, que seja a presente ação julgada totalmente improcedente, ou, se procedente parcialmente, que o seja chamada a parte legitima, nos termos do pedido sucessivo abaixo, condenado o autor no pagamento de custas e honorários advocatícios que Vossa Excelência houver por bem arbitrar, assim como demais ônus da sucumbência.
Aclarando o pedido, requer-se:
a) declaração de ilegitimidade passiva do réu, em face do artigo 485, VI, do CPC;
b) condenação do autor nos ônus de sucumbência, custas e honorários de advogado que Vossa Excelência houver por bem arbitrar.
c) vencidas as preliminares e a prejudicial, que no mérito seja julgado improcedente o pedido autoral;
d) seja julgado procedente o pedido contraposto condenando-se o autor ao pagamento de R$ 3.000,00 (cinco mil reais) a título de compensação pelos danos morais experimentados pelo réu;
g) Alternativamente, caso Vossa Excelência não acolha os pedidos anteriores, a improcedência do pedido, nos termos da fundamentação.
Termos em que,
Pede deferimento.

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