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CASOS CONCRETOS DE PRÁTICA CÍVEL

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Caso concreto 2 
 
Antônia Moreira Soares, portuguesa, médica, é casada há 30 anos com Pedro Soares, 
brasileiro, dentista. Na constância do matrimônio tiveram dois filhos, Joaquim e Maria das 
Dores, ambos maiores e capazes, também constituíram um vasto patrimônio, fruto do esforço 
comum do casal. Ocorre que Antônia descobriu que Pedro está com um relacionamento 
extraconjugal, razão pela qual resolveu se divorciar. Pedro, após saber da vontade da mulher 
em não manter o casamento deseja doar seus dois automóveis, marca Toyota, modelos SW4 e 
Corolla, para sua irmã, Isabel Soares, assim como passou a proferir sucessivos saques em 
uma das contas conjuntas do casal. Antonia, após ouvir a conversa de Pedro com Isabel, 
comprova junto ao banco ao qual possuem conta os saques de Pedro. Diante da hipótese, 
como advogado de Antônia, elabore a peça processual cabível a defesa dos seus interesses, 
ciente que esta desconhece todos os bens a que tem direito. 
 
Resposta: 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA 
COMARCA DE... 
 
 
 
 
 
 ANTONIA MOREIRA SOARES, portuguesa ,casada, médica, 
portadora da identidade n°, CPF n°, residente no endereço, endereço completo, vem por seu 
advogado, com endereço profissional, endereço completo ,conforme o artigo 77, V do CPC, 
com procuração em anexo, com fundamento nos artigos 300 a 310 e 731 a 734, ambos do 
CPC, propor: 
 
 
 AÇÃO DE DIVÓRCIO COM PEDIDO DE TUTELA CAUTELAR ANTECEDENTE 
 
Em face de PEDRO SOARES, brasileiro casado dentista, portador da identidade n°, CPF n°, 
residente e domiciliado no endereço, endereço completo, pelos fundamentos e fatos de direito 
seguintes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 DOS FATOS 
 
A requerente é casada com o requerido há 30 anos. Na constância do matrimônio tiveram 
dois filhos, Joaquim e Maria das Dores, ambos maiores e capazes.As partes constituíram um 
grande patrimônio. 
 
Ocorre que a requerida descobriu que seu cônjuge está com um relacionamento 
extraconjugal, motivo pelo qual resolveu se divorciar. 
 
O requerido logo após saber da vontade da requerente de se divorciar, deseja doar ses dois 
automóveis, ambos da marca toyota, modelos SW4 e corolla, para sua irmã, Isabel soares, 
além de já ter realizado saques em conta conjunta do casal. Tudo devidamente comprovado 
pelos comprovantes bancários 
 
Para a requerente não ver seu patrimônio dilapidado pelo requerido, vem com a intervenção 
jurisdicional de Vossa Excelência 
 
 
 DOS FUNDAMENTOS 
 
Fica evidente que o requerido está se desfazendo do patrimônio que também cabe a 
requerente, pois ela é meeira do seu marido. A Requerente quer que seja desfeita a sociedade 
conjugal, conforme dispõe lei 6515/77, em seu artigo, IV e parágrafo único. 
 
O artigo 300 do CPC outorgou poderes aos magistrados para antecipar totalmente ou 
parcialmente, os efeitos pretendidos no pedido inicial, na medida em que estejam presentes às 
provas inequívocas do direito e que haja fundado receio de dano irreparável. Portanto é 
perfeitamente cabível a aplicação desta norma no caso concreto. 
 
A luz do artigo 301 do CPC, venho requerer a devida proteção dos bens aqui mencionados. 
 
O “fumus boni iuris” está evidente nos extratos bancário da conta conjunta da requerente, 
onde constam os saques realizados. 
 
Já o “ Periculum in mora” se evidencia pelo fato de o requerido deseja realizar doações de 2 
(dois) automóveis comum ao casal, para sua irmã Isabel Soares, a fim de extraviar o 
patrimônio do casal. Caso não seja concedido a medida cautelar, poderá, a requerente, acabar 
sem patrimônio. 
Diante disso, entende a requerida, com base nas provas demonstradas, que deve ter seu 
direito deferido. 
 
JURISPRUDÊNCIA 
 
AGRAVO INTERNO NA PETIÇÃO DE 
TUTELA PROVISÓRIA - AÇÃO DE 
DIVÓRCIO C/C ALIMENTOS PROVISÓRIOS 
- 
 DECISÃO MONOCRÁTICA QUE 
INDEFERIU O PLEITO DE CONCESSÃO DE 
EFEITO SUSPENSIVO A RECURSO 
ESPECIAL INADMITIDO NA ORIGEM. 
 
INSURGÊNCIA DO REQUERENTE. 1. À 
concessão do efeito suspensivo aos recursos 
extraordinários, por meio de ​tutela de 
provisória de urgência​, faz-se necessária a 
presença concomitante dos requisitos do​ fumus 
boni iuris​ e ​periculum in mora​: o primeiro 
relativo à plausibilidade, aferida em juízo 
sumário, da pretensão recursal veiculada no 
apelo extremo (sua probabilidade de êxito) e o 
segundo consubstanciado no risco de dano 
irreparável que, em uma análise objetiva, 
revele-se concreto e real. 
2. Na hipótese, não restou demonstrada a 
presença concomitante dos requisitos referidos, 
porquanto além de o reclamo ter sido inadmitido 
na origem, a controvérsia a respeito da 
ocorrência de citação do agravado em virtude da 
propositura de demandas conexas não foi objeto 
de apreciação do acórdão recorrido e tampouco 
foram opostos embargos de declaração na 
origem, de modo que o reclamo provavelmente 
não preencherá o requisito constitucional do 
prequestionamento. 
3. Agravo interno desprovido. 
 
(AgInt no TP 956/MS, Rel. Ministro MARCO 
BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em 
12/12/2017, DJe 01/02/2018) 
 
DOUTRINA 
 
Tutela cautelar: representa medida assecuratória, de caráter 
substancialmente temporário, transitório e urgente, tem como escopo o 
conhecimento superficial do direito, ou seja, tem natureza acautelatória desse 
direito, assegura a eficácia prática da decisão judicial posterior garantindo o 
resultado prático do processo de conhecimento ou de execução, impedindo o 
perecimento de determinado bem ou direito, de forma a criar condições que 
garantam a futura execução. Sua concessão se dá mediante a existência do fumus bani júris e 
do periculum in mora 
 
 
Revista Jurídica Cesumar – v.4, n. 1 - 2004 
Roseli Borin Ramadan Ahmad* 
Advogada em Maringá/Pr. Especialista em Direito Civil (Família e Sucessões) e Processo 
Civil pelo Cesumar - Centro Universitário de Maringá .Aluna do Curso de Mestrado em 
Direito 
pela UEM - (não regular). Membro do Projeto de Pesquisa "O Direito de Família como 
elemento 
harmonizador das relações familiares e do acesso à justiça". 
SOARES, R.A.M. op. cit.;p.161. 
 
 
 
 
 
 
 DO PEDIDO 
 
Diante do exposto requer: 
 
1) A intimação do réu para a ciência da decisão 
2) Que seja concedida a liminar inaudita altera parte, para arrolar os bens do casal 
3) Que o réu seja citado para contestar a demanda, sob pena de revelia 
4) Que o parquet seja chamado ao processo 
5) Julgar procedente o pedido para decretar divórcio das partes com a consequente 
partilha de bens. 
6) Condenação do réu ao pagamento das custas judiciais e honorários advocatícios 
 
 
 
 DAS PROVAS 
 
Requer a produção de todos os meios de provas, em direito admitido, em especial, 
documental, na amplitude do artigo 369 do CPC 
 
 DO VALOR DA CAUSA 
 
Dá-se à causa o valor de … 
 
 Nestes termos 
 Pede deferimento 
 Local e data 
 Advogado/OAB 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caso concreto 06 
 
 
 Oséas, como locatário de veículo por contrato firmado com a locadora Carro e Automóveis 
Ltda., por prazo de doze meses iniciado no mês passado, recebe, logo no terceiro mês de 
vigência do contrato, notificação judicial da pessoa física Leontino Silveira, o qual, 
dizendo-se adquirente do veículo locado e exibindo contrato de compra e venda firmado com 
a locadora originária, notifica o locatário para, doravante, pagar a ele adquirente os alugueres 
mensais. Tendo Oséas buscado esclarecimento junto à locadora originária, disse ela 
desconhecer o contrato. Você, diante da dúvida de Oséias a quem pagar o aluguel que se 
vencerá dentro de quatro dias e os futuros até findo ocontrato, é por ele procurado para 
adotar as providências cabíveis. Redija a peça processual cabível. 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA .... VARA CÍVEL DA 
COMARCA DE... 
 
 
 
 ​OSÉAS, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da identidade 
n°, CPF n °, residente e domiciliado, endereço completo, vem por seu advogado, com 
endereço profissional, endereço completo,​conforme o artigo 77, V do CPC, com procuração 
em anexo, com fundamento nos artigos 300 a 310 e 731 a 734, ambos do CPC, propor: 
 
 
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO 
 
pelo rito especial , em face de​ ​LEONTINO SILVEIRA​ ​(1◦ Réu), nacionalidade, estado civil, 
empresário, portador da carteira de identidade n°..., inscrito no CPF n °..., domiciliado ..., 
residente (endereço completo) e LOCADORA DE CARROS E AUTOMÓVEIS LTDA (2º 
Réu), inscrita no CNPJ n °..., com sede (endereço completo), pelos fatos e fundamentos a 
seguir: 
 
 
 
 
 
 
DOS FATOS 
 
 O Autor firmou contrato de locação de um automóvel com o 2º Réu, pelo prazo de 12 
meses. Ocorre que quando completou o terceiro mês de vigência do contrato, o 1◦ Réu entrou 
em contato com o Autor, através de notificação judicial, alegando que comprou do 2º Réu, o 
veículo objeto do contrato de locação, e por consequência pleiteia o recebimento dos 
referidos aluguéis mensais. 
O Autor buscou esclarecimentos com o 2º Réu, aquele com quem efetivamente firmou 
o contrato, e o mesmo informou desconhecer sobre o Contrato de Compra e Venda firmado 
com o 1◦ Réu. Desta forma, diante da dúvida do Autor, sobre a quem pagar o aluguel, que 
vencerá dentro de quatro dias e os futuros até findo o contrato, não restou outra alternativa se 
não procurar as medidas judiciais cabíveis. 
 
 FUNDAMENTOS 
 
No caso presente, ficou caracterizada a dúvida sobre o legítimo credor dos aluguéis 
referentes à locação do veículo objeto do contrato, conforme prevê o art. 335, IV do CC. 
Desta forma, para que não incorra em mora e outros ônus, em razão da inadimplência, 
ou o pagamento equivocado à terceiros ao contrato, o Autor de forma prudente preferiu 
ajuizar a presente, para depositar os valores devidos, se desincumbindo de qualquer 
responsabilidade e obrigação, de acordo com o art.334 do CC, até que a questão judicial entre 
os Réus seja sanada, como consta no art. 345 do CC. 
 
 
 
JURISPRUDÊNCIA 
 
Prestação de serviços. Ação de consignação em 
pagamento julgada procedente. Sentença 
mantida. 1. Não há carência de ação, quando 
devidamente comprovado nos autos que o credor 
recusa-se a dar a quitação devida, insistindo na 
alegação de que a numeração sofrera alteração, 
porém sem comprovar o alegado. Preliminar 
rejeitada. 2. A ação de consignação em 
pagamento, prevista no artigo 890 do Código de 
Processo Civil, consiste em meio liberatório do 
devedor do pagamento de dívida, em face da 
injusta recusa do credor de recebê-la. 3. Cabia à 
ré o ônus de demonstrar a veracidade das 
alegações de que o lote de propriedade do autor, 
inicialmente identificado pelo nº 26, sofrerá 
alteração numérica, passando a obter o nº 27 
após o processo de regularização, conforme 
artigos 302 e 333, II, ambos do Código de 
Processo Civil. 4. Rejeitaram a preliminar e 
negaram provimento ao recurso. 
(TJ-SP - APL: 10257736320148260576 SP 
1025773-63.2014.8.26.0576, Relator: Vanderci 
Álvares, Data de Julgamento: 24/09/2015, 25ª 
Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 
25/09/2015) 
 
DOUTRINA 
 
O termo “consignar” é proveniente do latim ​consignatio​, do verbo ​consignare​, que 
significa registrar por escrito, depositar uma soma em dinheiro, assinalar, marcar. Possui 
como essência o sentido de prova escrita, documento assinado, ou depósito feito. 
A consignação em pagamento tem origem no​ ​Direito Romano​ e era utilizada 
pelo devedor quando o credor não podia ou se recusava a receber o que lhe era devido. 
Promovia, assim, o devedor o depósito da quantia em um local designado pela autoridade 
competente. No contexto atual, a consignação em pagamento é tida como forma de extinção 
da obrigação, como pagamento indireto da prestação, sendo uma faculdade do devedor, e não 
um dever. O Novo Código Civil, em seu artigo 335, admite cinco possibilidades de 
pagamento em consignação, que podem ocorrer através de depósito judicial ou em 
estabelecimento bancário. 
A primeira hipótese está em, se o credor não puder, ou, sem justa causa recusar 
receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma (art.335, I). Nesta situação o devedor 
não incorre em mora, eis que não se caracteriza sua culpa pelo não pagamento. Contudo, a 
Lei Civil permite que o devedor demonstre seu ​animus solvendi​ e a mora​ accipiendi​ do 
credor. A segunda hipótese, prevista no inciso II, trata de dívida quérable, na qual cabe ao 
credor buscar a prestação no lugar, tempo e condições acordados entre as partes. Portanto, na 
inércia do credor, pode o devedor valer-se do pagamento em consignação. O inciso III do 
https://jus.com.br/tudo/direito-romano
https://jus.com.br/tudo/direito-romano
mesmo artigo prevê outra hipótese de consignação em pagamento: se o credor for incapaz de 
receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso 
perigoso ou difícil. 
Havendo dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento, 
também poderá o devedor consignar o que for devido, com fundamento no artigo 335, IV, 
do CC, evitando, assim, que efetue o pagamento a quem não possui legitimidade para 
recebê-lo. Por fim, o inciso V estabelece que, se pender litígio sobre o objeto do pagamento, 
caberá a sua consignação. Ressalte-se que o litígio não envolve o credor e o devedor, mas sim 
o credor e um terceiro, devendo o devedor, para se exonerar de sua obrigação, efetuar a 
consignação, sem aguardar que o credor e o terceiro resolvam a pendência que envolve o bem 
objeto do pagamento. Neste caso, deverão integrar o polo passivo da ação de consignação 
em pagamento todos aqueles que disputam o crédito. 
Ocorrendo o pagamento a qualquer dos pretendidos credores e, tendo o devedor 
conhecimento do litígio, assume este o risco do pagamento, conforme dispõe o artigo 344 do 
CC, o que poderá acarretar sua não exoneração da obrigação, caso efetue o pagamento a 
quem não for legitimado para recebê-lo. 
BRASIL. Código Civil. Lei n° 10406, de 10 de janeiro de 2002. 
BRASIL. Lei 11.232, de 22 de dezembro de 2.005. Altera a Lei no 5.869, de 11 de 
janeiro de 1973 - Código de Processo Civil, para estabelecer a fase de cumprimento das 
sentenças no processo de conhecimento e revogar dispositivos relativos à execução fundada 
em título judicial, e dá outras providências. 
 
JUNIOR, Humberto Theodoro. Curso de​ ​Direito Processual Civil​ -​ ​Procedimentos 
Especiais​, Rio de Janeiro, Editora Forense, 2007. 
https://jus.com.br/tudo/direito-processual-civil
https://jus.com.br/tudo/direito-processual-civil
https://jus.com.br/tudo/procedimentos-especiais
https://jus.com.br/tudo/procedimentos-especiais
https://jus.com.br/tudo/procedimentos-especiais
GONÇALVES, Marcus Vinícius R. Direito Processual Civil Esquematizado, 4ª ed. 
Editora Saraiva, 2014. 
NERY JUNIOR, Nelson. NERY, Rosa Maria de Andrade. Código de processo civil 
comentado e legislação extravagante. 9 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2006 
 
 
 DOS PEDIDOS 
 
Diante do exposto, requer: 
 
1- A expedição de guia para depósito no valor de R$... 
2- A citação dos Réus 
3- A procedência do pedido com a extinção do débito. 
4​- A condenação ao ônus da sucumbência. 
 
 DAS PROVAS 
 
Protesto por todos os meios de provas em direito admitidos, na amplitude do artigo 369. Em 
especial documental. 
 
 DO VALOR DA CAUSA 
 
Dá-se à causa o valor de R$... 
 
Nestes Termos, 
Pede deferimento 
 Local e data. 
Advogado/OAB 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caso concreto 09 
 
 Paulo Castroe Sílvia Brandão mantiveram união estável entre janeiro de 2007 e dezembro 
de 2014, quando decidiram separar-se. O período de convivência não foi antecedido de 
qualquer convenção sobre o regime de bens dos companheiros. Como não haviam adquirido 
quaisquer bens durante aquele período, e como Sílvia, ao tempo da separação, se achava 
desempregada, Paulo anuiu à permanência de Sílvia, por tempo indeterminado, no imóvel 
que até então servira de residência aos companheiros, situado no Rio de Janeiro. Tal imóvel 
fora adquirido por Paulo, mediante pagamento integral do preço, no ano de 1997. Paulo 
retirou-se do imóvel, passando a morar em outro, tomado por ele em locação. Passados mais 
de dois anos do fim da união estável, Paulo promoveu a notificação extrajudicial de sua 
ex-companheira, exigindo-lhe a desocupação, no prazo de quinze dias, do imóvel situado no 
Rio de Janeiro. A notificação foi efetivamente recebida por Sílvia e o prazo concedido na 
notificação extrajudicial já se expirou, sem que Sílvia tenha deixado o imóvel. Diante do 
narrado, Paulo deseja propor a ação judicial cabível para reaver o bem. Na qualidade de 
advogado constituído por Paulo, redija a petição inicial da ação a ser ajuizada pelo seu cliente 
 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA… VARA CÍVEL DA 
COMARCA DO RIO DE JANEIRO 
 
 
 
PAULO CASTRO, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade n°, CPF n°, residente e 
domiciliado no endereço, endereço completo, vem por seu advogado, com endereço 
profissional, endereço completo, conforme o artigo 77, V do CPC, com procuração em 
anexo, com fundamento nos artigos 300 a 310 e 731 a 734, ambos do CPC, propor: 
 
AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE 
 
Pelo rito especial, em face de SILVIA BRANDÃO, nacionalidade, estado civil, profissão, 
identidade n°, CPF n°, residente e domiciliada no endereço, endereço completo, pelos fatos e 
fundamentos a seguir expostos: 
 
 
 
DOS FATOS 
 
Paulo Castro e Sílvia Brandão mantiveram união estável entre janeiro de 2007 e dezembro de 
2014, quando decidiram separar-se.. Como não haviam adquirido quaisquer bens durante 
aquele período, e como Sílvia, ao tempo da separação, se achava desempregada, Paulo anuiu 
à permanência de Sílvia, por tempo indeterminado, no imóvel que até então servira de 
residência aos companheiros, situado no Rio de Janeiro.. Passados mais de dois anos do fim 
da união estável, Paulo promoveu a notificação extrajudicial de sua ex-companheira, 
exigindo-lhe a desocupação, no prazo de quinze dias, do imóvel situado no Rio de Janeiro. A 
notificação foi efetivamente recebida por Sílvia e o prazo concedido na notificação 
extrajudicial já se expirou, sem que Sílvia tenha deixado o imóvel. 
 
DOS FUNDAMENTOS 
 
O código civil garante ao possuidor o direito de restituição de bem que lhe seja esbulhado, 
em concordância com o artigo 1210 do CC. 
 
A legislação processual civil também resguarda o direito do possuidor de reaver sua posse em 
caso de esbulho, de acordo com o artigo 560 e 561 do CC, imculbindo ao altor a ação de 
reintegração de sua posse. 
 
O esbulho praticado pela ré restou consubstanciado pelo termo de união estável e sua 
anulação, também anexo a esta peça processual, asseverando-se que o autor vive em locação 
conforme contrato de locação e seus comprovantes. 
 
Ressalte-se que houve uma tentativa de composição extrajudicial da lide, com o envio de 
notificação a ré, solicitando a desocupação do local, conforme consta do A.R em anexo. 
 
DA LIMINAR POSSESSÓRIA 
 
Disciplina o artigo 562, caput, do CPC que é cabível a concessão de liminar em manutenção e 
reintegração de posse. Restou comprovado a necessidade de o autor da presente ação, ter seu 
direito deferido antes mesmo da conclusão desta lide, para que não sofra o risco iminente da 
perda total do seu único imóvel. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JURISPRUDÊNCIA 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE 
REINTEGRAÇÃO DE POSSE DE IMÓVEL 
DADO EM COMODATO COM PEDIDO DE 
LIMINAR. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA 
QUE DEFERIU A MEDIDA LIMINAR 
PRETENDIDA. NOTIFICAÇÃO PARA 
DEVOLUÇÃO DO BEM. RECUSA DO 
DEMANDADO. POSSE JUSTA 
TRANSMUDADA PARA INJUSTA. 
REQUISITOS DA PROTEÇÃO 
POSSESSÓRIA PREENCHIDOS. "A posse 
daquele que utiliza bem móvel por mera 
permissão do proprietário, a título de comodato 
verbal, transmuda-se em injusta a partir da 
inação na devolução notificada" (AI n. 
2014.074694-1, Des. Fernando Carioni). 
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. 
(TJ-SC - AI: 40180819020178240000 
Concórdia 4018081-90.2017.8.24.0000, Relator: 
José Agenor de Aragão, Data de Julgamento: 
21/11/2019, Quarta Câmara de Direito Civil) 
 
 
 
 
DOUTRINA 
 
O esbulho consiste no ato pelo qual o possuidor se vê privado da posse mediante violência, 
clandestinidade ou abuso de confiança. Acarreta, pois, a perda da posse contra a vontade do 
possuidor. 
Segundo MANUEL RODRIGUES, “há esbulho sempre que alguém for privado do exercício 
da retenção ou fruição do objeto possuído, ou da possibilidade de o continuar” 291. 
Quer a perda resulte de violência, quer de qualquer outro vício, como a clandestinidade ou a 
precariedade, cabe ao possuidor a ação de reintegração de posse, a fim de ser restituído na 
posse da coisa (CC, art. 1.210). Corresponde tal ação ao interdito unde vi ou recuperandae 
possessionis, do direito romano. 
O esbulho é a mais grave das ofensas, porque despoja da posse o esbulhado, retirando- lhe 
por inteiro o poder de fato que exercia sobre a coisa e tornando assim impossível a 
continuação do respectivo exercício. Em suma: o esbulhado perde a posse. A ação de 
reintegração objetiva restaurar o desapossado na situação fática anterior, desfeita pelo 
esbulho. 
 
 
Gonçalves, Carlos Roberto 
Direito civil brasileiro, volume 5 : direito das coisas / Carlos Roberto Gonçalves. – 12. ed. – 
São Paulo : Saraiva, 2017. 
1. Direito civil 2. Direito civil Brasil I. Título. 16-0948 CDU347( 81) 
 
 
 
DOS PEDIDOS 
 
Ante o exposto, requer: 
 
a) A concessão da liminar de reintegração, inaudita altera pars, expedindo o respectivo 
mandado, conferindo a reintegração de posse ao imóvel. 
 
b) subsidiariamente, caso Vossa Excelência entenda necessária a audiência de justificação 
nos termos da segunda parte do artigo 562 do Novo Código de Processo Civil, requer o autor 
digne-se Vossa Excelência de considerar suficiente (art. 563 do Novo CPC), com a 
consequente expedição de mandado de reintegração de posse; 
 
c) Que seja condenado o réu, em sentença, à reintegração definitiva do imóvel a parte autora; 
 
d) decidir pela condenação do réu ao pagamento dos ônus da sucumbência, isto é, honorários 
advocatícios, estes na base de 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação; 
 
e) que, ao final, seja julgada totalmente procedente a demanda, para que acolha em definitivo 
o pleiteado na tutela de urgência; 
 
f) requer-se a citação do réu para, querendo, contestar a ação no prazo conforme artigo 564 
do Novo CPC, oferecendo a defesa que tiver sob pena de confissão e efeitos da revelia (art. 
344 do Novo CPC), bem como comparecer à audiência de justificação, nos termos do artigo 
562, segunda parte, do Novo Código de Processo Civil. 
 
 
 
 
 
 
 DAS PROVAS 
Protesto por todos os meios de provas em direito admitidos, na amplitude do artigo 369 do 
CPC. 
 
 DA AUDIÊNCIA PRÉVIA DE CONCILIAÇÃO 
Pretende a autora participar da audiência de conciliação/mediação a ser designada por V. Exa. 
 
DO VALOR DA CAUSA 
Dá-se a presente causa o valor de R$ 
 
Termos pede deferimento. 
Local / data 
Advogado / OAB

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