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PETIÇÃO DE ALIMENTOS 1

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Prévia do material em texto

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ª Vara de Família da Comarca de Fortaleza, Ceará.
AÇÃO DE ALIMENTOS
MARIA EDUARDA MAIA FURTADO, brasileira, menor impúbere, representada neste ato por sua genitora e representante legal ÉRICA MAIA, nacionalidade, estado civil, secretária, portadora da cédula de identidade n°, inscrita no CPF sob o n°, residente e domiciliada na Rua, nº, bairro, município, Estado, CEP, vem à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu procurador, mandato incluso (doc. 1), com endereço profissional na Rua, nº, bairro, município, Estado, CEP, onde recebe intimações e notificações, propor AÇÃO DE ALIMENTOS em face de ROBERTO FURTADO, nacionalidade, estado civil, representante comercial, portador da cédula de identidade n°, inscrito no CPF sob o n°, residente e domiciliado na Rua, nº, bairro, município, Estado, CEP, com fundamentos nos fatos a seguir expostos para, ao final, requerer:
DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA:
É de bom alvitre ressaltar que a autora é pobre na forma da lei (doc. II), não possuindo condições de arcar com as custas processuais e com os honorários advocatícios, sem prejuízo do sustento próprio e da família, pelo que requer a concessão dos benefícios da gratuidade da justiça, com fulcro no artigo 5º da Constituição Federal, em seu inciso LXXIV, bem como no artigo 4º da Lei n° 1.060/50.
DOS FATOS
A autora, com idade atual de 02 (anos) anos, é filha de Roberto Furtado e de Maria Eduarda Maia Furtado, consoante a certidão de nascimento em anexo (doc. III). A demandante é registrada no nome do genitor, contudo este não vem satisfazendo as necessidades da menor, cujo sustento ficou exclusivamente as expensas da genitora.
O demandado trabalha como representante comercial, na empresa Medley, inscrita no CNPJ sob o n°, sediada na Rua, nº, bairro, Município, Estado, CEP percebendo a remuneração mensal de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), conforme comprovante de pagamento anexo (doc. IV). 
sabe-se que a autora necessita da prestação alimentícia, tendo em vista os gastos mensais com sua manutenção, principalmente com alimentação, vestuário, plano de saúde, remédios, higiene, moradia, creche, entre outras despesas que devem ser custeadas pelos genitores.
A mãe da autora, não obstante exerça atualmente a função de secretária, não tem condições financeiras para arcar sozinha com a mantença da infante, tendo em vista que percebe apenas um salário-mínimo ao mês, conforme comprovante de pagamento em anexo (doc. V), motivos pelos quais se faz necessário o apoio financeiro por parte do demandado.
Além disso, em virtude dos parcos recursos da mãe da autora, são os avós maternos que vêm ajudando nas despesas da criança, pagando seu plano de saúde, creche Comprovantes de rendimentos da genitora e aluguel.
DO DIREITO
O direito a prestação alimentícia é dever dos pais e tem guarida na nossa Lei Maior, devendo ser visto em seu sentido amplo, capaz de assegurar ao alimentante o direito à vida, saúde, lazer e ao desenvolvimento educacional, cultural e profissional. É o que reza o artigo 227 da Constituição Federal de 1988:
“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.”
O artigo 229 da mesma Carta Política também põe em relevo o dever dos pais a assistência dos filhos menores, o que denota a preocupação do constituinte com o tema. 
“Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e ofilhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade”.
O Código Civil de 2002 também tutela o direito a alimentos, resguardando a prerrogativa de “pedir” aos parentes tudo que for necessário para sua manutenção e educação. É o que podemos extrair da leitura do artigo 1.694 de nosso diploma civilístico:
“Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitarem para viver de forma compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação. § 1o Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.”.
A Lei n° 5.478/68, denominada Lei de Alimentos, em seu artigo 4° determina: “Ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita”.
A Lei nº 8.069/1990, que instituiu o Estatuto da Criança e do Adolescente, também menciona a obrigação legal dos pais sustentarem os filhos menores, conforme podemos extrair da leitura de seu artigo 22:
“aos pais incube o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais”. 
Dessa forma, Maria Berenice Dias faz referência aos ensinamentos de João Baptista Villela citando que “o pai não deve alimentos ao filho menor- deve sustento…” (Maria Berenice Dias – Manual de Direito das Famílias- 5ª edição 2009 página 477). A autora ainda afirma que “não só a separação, mas também o divórcio e a anulação do casamento, bem como a dissolução da união estável mantêm inalterado o dever de sustento com relação aos filhos" (Maria Berenice Dias – Manual de Direito das Famílias- 5ª edição 2009, página 479).
O ilustre mestre Yussef Said Cahali, em sua obra Dos Alimentos confirma o mandamento enunciado no artigo 1.694 do Código Civil brasileiro em que a fixação dos alimentos deve estar baseada nas necessidades dos filhos e nas possibilidades financeiras que o pai possui para arcar com essa prestação:
“na fixação de pensão alimentícia devida pelo pai a filhos, deve-se levar em conta a natureza aleatória e variável dos rendimentos do obrigado, e despesas próprias da pessoa a quem deve satisfazer…” (TJSP,4ª. Câm. Cív., 28.10.1971, RT 435/114 APUD Yussef Said Cahali, Dos Alimentos, 6ª edição).
Sílvio de Salvo Venosa, traz uma importante conceituação para a palavra alimentos que nos possibilita uma melhor compreensão da importância dos pais proverem alimentos aos filhos menores. E assim, nos dizeres desse autor: 
 “… alimentos, na linguagem jurídica, possuem significado bem mais amplo do que o sentido comum, compreendendo, além da alimentação, também o que for necessário para moradia, vestuário, assistência médica e instrução. Os alimentos, assim, traduzem-se em prestações periódicas fornecidas a alguém para suprir essas necessidades e assegurar sua subsistência. (Sílvio de Salvo Venosa- Direito civil, direito de Família, décima edição, volume 6, página 356). 
Também podemos encontrar a obrigação alimentar albergada na jurisprudência de nossos principais tribunais. O progressista Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul demonstra que na fixação dos alimentos deve ser levado em consideração as necessidades do alimentante, orientando-se pelo binômio necessidade possibilidade, conforme exposto a seguir: 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE ALIMENTOS. FILHA MENOR. ALIMENTOS QUE DEVEM ATENDER AS NECESSIDADES DA CRIANÇA, CONSIDERANDO, TAMBÉM, A POSSIBILIDADE DO ALIMENTANTE. RECURSO PROVIDO EM PARTE. (Agravo de Instrumento Nº 70052979838, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Liselena Schifino Robles Ribeiro, Julgado em 24/01/2013)
	
A jurisprudência do Tribunal de Minas Gerais também põe a salvo a obrigação dos pais prestarem alimentos aos filhos menores, inclusive corroborando com o dever de fixação de alimentos provisórios:
AGRAVO DE INSTRUMENTO - FAMÍLIA - ALIMENTOS PROVISÓRIOS - FIXAÇÃO - OBEDIÊNCIA AO BINÔMIO NECESSIDADE/DISPONIBILIDADE ENTRE ALIMENTANDOE ALIMENTANTE -DECISÃO MANTIDA. 
Por se tratar de alimentos provisórios, não se deve afastar a cautela em sua fixação, tomando por base os elementos e circunstâncias que se apresentem em obediência ao princípio maior contido no binômio necessidade/disponibilidade, respectivamente, entre alimentando e alimentante. Não presente, pois, neste momento processual inicial da ação, prova a convencer sobre a impossibilidade do alimentante em arcar com os alimentos provisórios fixados, impõe-se a manutenção da decisão hostilizada. (Agravo de Instrumeno Nº 1.071301.12.006493-4/0, Primeira Câmara Cível, Tribunal de Justiça de MG, Relator Geraldo Augusto, julgado em 29/01/2013)
Ainda no ilustre Tribunal de Justiça mineiro, podemos encontrar julgado que sintetiza o dever dos genitores em sustentar os filhos, prestando-lhes alimentos, de modo a atender suas necessidades com alimentação, habitação, educação, saúde, lazer, entres outras carências: 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. PRELIMINARES. REJEIÇÃO. AÇÃO REVISIONAL DE ALIMENTOS. BINÔMIO POSSIBILIDADE/NECESSIDADE. OBSERVÂNCIA. REDEFINIÇÃO DO "QUANTUM" FIXADO. POSSIBILIDADE. RECURSO NÃO PROVIDO. 
I. Consoante entendimento já sumulado pelo STJ (súmula nº 235) a conexão não determina a reunião dos processos, se um deles já foi julgado. 
II. Alimentos são prestações devidas em observância ao dever de sustento imposto por lei. Em síntese, compreendem vestimenta, habitação, educação, alimentação e assistência à saúde. Desta forma, quem os recebe poderá subsistir, com dignidade, conservando a vida tanto no aspecto físico quanto no moral e social. 
III. Sabe-se que nos termos do §1º do art. 1.694, do CC, os alimentos devem ser fixados em atenção ao binômio possibilidade/necessidade, sendo de ambos os pais o dever de sustento dos filhos. 
IV. Podem as partes, a qualquer tempo, requerer a revisão da decisão que fixou alimentos, em havendo modificação na situação financeira de um deles. (Agravo de Instrumeno Nº 1.0024.12.169514-2/001, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça de MG, Relator Washington Ferreira, julgado em 05/02/2013)
Conforme se percebe, os pais têm obrigação de prestar alimentos aos filhos menores, visto ser esse direito essencial para que esses filhos possam ter uma vida digna. Assim sendo, Maria Berenice Dias ainda demonstra em sua obra Manual de Direito das Famílias, a possibilidade dessa obrigação alimentar persistir mesmo depois de os filhos atingirem a maioridade: “a obrigação alimentar dos pais vai além dos deveres decorrentes do poder familiar, prosseguindo até depois de o filho atingir a maioridade. Enquanto estiver estudando persiste a obrigação”. (Maria Berenice Dias, Manual de Direito das Famílias 5ª edição, página 479).
DO PEDIDO
Diante do exposto, requer que Vossa Excelência se digne em:
CONCEDER os benefícios da Justiça Gratuita, à autora da ação de alimentos, pois conforme exposto ela não possui condições de arcar com as despesas do processo. Tendo esse pedido fundamento no inciso LXXIV, artigo 5° da Constituição Federal de 1988, bem como no artigo 4° da Lei 1.060/50 referente a gratuidade judiciária;
FIXAR, em caráter de urgência, alimentos provisórios, com esteio no artigo 4º da Lei n° 5.478 no valor mensal de R$ 1.500,00 (hum mil e quinhentos) sendo esse valor correspondente a 30% da remuneração mensal do demandado, que é na ordem atual de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Devendo ser depositado na conta corrente de Érika Maia (representante legal da autora da Ação de Alimentos), no Banco, agência n°, conta corrente n°, devendo esse valor ser depositado até o quinto dia útil de cada mês;
CITAR o requerido ROBERTO FURTADO, residente e domiciliado na Rua, nº, bairro, município, Estado, CEP, para responder o presente feito, dentro do prazo legal de contestação, sob pena de ser declarada a revelia do demandado conforme preceituam os artigos 285 e 319 do Código de Processo Civil.
INTIMAR o Membro do Ministério Público para que possa intervir nesse processo conforme entendimento do inciso I, artigo 82 do Código de Processo Civil, bem como acompanhar o feito até o final, zelando pelos interesses da menor autora dessa ação.
JULGAR PROCEDENTE a presente ação, condenando o requerido ao pagamento da pensão alimentícia no valor de R$ 1.500,00 (hum mil e quinhentos) mensais, sendo essa quantia referente a 30% de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), convertendo esses alimentos provisórios em definitivo, sendo reajustado o valor mensal de acordo com a remuneração total percebida pelo demandado, incidindo sobre esse valor mensal ainda as verbas indenizatórias, férias, 13° salário, FGTS, assim como os demais benefícios legais percebidos a título de remuneração ou salário percebido pelo réu. 
CONDENAR o réu ao pagamento das verbas sucumbenciais, de acordo com determinação do artigo 20 do Código de Processo Civil, sendo os honorários advocatícios fixados em 20% sobre o valor da condenação, fixados em favor do advogado da demandante.
Protesta provar o alegado por todos os meios e de prova admitidos em direito, tudo para o bom desempenho e fiel deslinde da questão e para o bom andamento do processo. 
Dá-se a causa o valor de R$ 48.960,00 (quarenta e oito mil e novecentos e sessenta reais), levando-se em consideração o que determina o inciso VI do artigo 259 do Código de Processo Civil.
Nesses Termos
Pede e aguarda deferimento.
Fortaleza, 10 de fevereiro de 2013.
_____________________________________________
 Advogado
OAB
ROL DE DOCUMENTOS
Mandado do Advogado;
Declaração de Hipossuficiência da autora;
Registro de Nascimento da Menor;
Comprovantes de rendimentos do genitor;
Comprovantes de rendimentos da genitora;
Cópia do CPF e RG da genitora;

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