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[Modelo] Ação de alimentos c_c alimentos provisórios

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jusbrasil.com.br
19 de Julho de 2017
[Modelo] Ação de alimentos c/c alimentos provisórios
Autor: Francisco Wilson Lima Filho
Co-Autora: Brena Carvalho Novais
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DE
FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE JUAZEIRO DO NORTE – CE
AÇÃO DE ALIMENTOS C/C ALIMENTOS PROVISÓRIOS
ANA CRISTINA, MARIA IZABEL, CLESSIA, brasileiras, menores impúberes,
documentação em anexo (Registro civil), devidamente representadas por sua genitora,
MARIA LEONETE SANTOS vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência,
por meio da Defensora Pública que ao final subscreve, propor a presente AÇÃO DE
ALIMENTOS C/C ALIMENTOS PROVISÓRIOS contra ANACLETO LOPES,
brasileiro, solteiro, agricultor aposentado, documentação em anexo (RG e CPF),
residente e domiciliado no Sítio, zona rural, Caririaçu pelos fatos e argumentos a
seguir expostos.
DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Requer os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA por ser pobre na forma da Lei, conforme
declara no documento anexo, não podendo arcar com as custas processuais e
honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento e da sua família, nos termos
das Leis n.º 1.060/50 e n.º 7.115/83 e consoante art. 5º, LXXIV, da Constituição
Federal, razão pela qual é(são) assistido (s) pela Defensoria Pública do Estado do
Ceará.
DAS PRERROGATIVAS DA DEFENSORIA PÚBLICA
Por oportuno, é válido esclarecer que, por se tratar de parte (s) representada (s)
judicialmente pela Defensoria Pública Geral do Estado, possui (em) as prerrogativas do
prazo em dobro e da intimação pessoal do Defensor Público afeto à presente Vara,
consoante inteligência do art. 5º, caput, da Lei Complementar Estadual nº 06, de 28 de
maio de 1997.
PUBLICAR CADASTRE-SE ENTRAR
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O parágrafo único do supramencionado dispositivo legal, completa o mandamento
acima esposado, ao dispor que “a Defensoria Pública, por seus Defensores,
representará as partes em juízo e no exercício das funções institucionais
independentemente de procuração, praticando todos os atos do
procedimento e do processo, inclusive os recursais, ressalvados os casos
para os quais a lei exija poderes especiais”. (grifos e aditados nossos).
DOS FATOS
A genitora MARIA LEONETE por volta do ano 1999 contraiu relacionamento amoroso
com o requerido, advindo a primeira filha no ano seguinte no mês de abril, em maio de
2001, veio a segunda filha e em abril de 2007 veio a terceira. Anos depois, por não
terem mais condições de convívio, e a falta de amor, o relacionamento teve fim, onde
passaram a não mais viverem juntos. Passados meses desde a separação, a genitora
contraiu núpcias com outro homem, passando a viver com ele. Sendo que trabalha de
faxineira diarista, recebendo o valor de R$ 60,00 (sessenta reais) por semana, num
total de R$ 240,00 (duzentos e quarenta reais) por mês, se tratando de um trabalho
não fixo, ou seja, nem toda semana a mesma trabalha não tem como honrar todos os
compromissos com as filhas, o alimentante ANACLETO RIBEIRO, é um agricultor
aposentado, com renda de R$ 788,00 (setecentos e oitenta e oito reais), um salário
mínimo, o mesmo vem mantendo a pensão para as filhas, no valor de R$ 200,00
(duzentos reais), sendo que não houve reajustes.
Visando um melhor amparo as filhas, a genitora requer um reajuste, para suprir as
necessidades das menores.
Nesse sentido, fica estabelecido uma abertura de uma conta em nome da genitora, para
que seja depositado o valor mensalmente.
DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
É pacífica e unanimemente compreensível a lógica da assistência familiar que os pais
devem aos filhos, de maneira que o legislador pretendeu preservar a família, por
conseguinte os filhos, sobretudo os menores de idade, reservando-lhe na Carta Magna
um espaço próprio. No bojo do Capítulo VII – Da Família, Da Criança, Do Adolescente,
Do Idoso – extraem-se dois artigos imprescindíveis à demonstração deste pleito:
Art. 227. É dever da família, sociedade e Estado assegurar à criança e ao adolescente,
com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer,
à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência
familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão; (grifo nosso)
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos
maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade;
(grifo nosso)
Mister se faz o destaque acerca da proteção constitucional que ora se ostenta, na
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particular em colocar as crianças a salvo de toda a forma de negligência. Neste
segmento protecionista, o poder-dever familiar não se extingue em face de separação
judicial, entendimento este colacionado nos termos do art. 1.703, do Código Civil,
sobre o qual se transcreve in verbis:
Art. 1.703. Para a manutenção dos filhos, os cônjuges separados judicialmente
contribuirão na proporção de seus recursos.
Não obstante, as evidências legais exploradas até então falarem por si só, merece realce
a nota esclarecedora do renomado jurista Yussef Said Cahali, quando leciona nos
seguintes verbetes:
Existem duas modalidade de encargos legais a que se sujeitam os genitores em relação
aos filhos: o dever de sustento e a obrigação alimentar. [...] O dever de sustento diz
respeito ao filho menor, e vincula-se ao pátrio poder (leia-se: poder familiar). [...] A
obrigação alimentar não se vincula ao pátrio poder, mas a relação de parentesco,
representando uma obrigação mais ampla, que tem como causa jurídica o vínculo
ascendente-descendente[1].
Ante o exposto, depreende-se oportuno o presente pleito de condenação do requerido
ao pagamento de pensão alimentícia para que a menor possa subsistir com o mínimo
de dignidade, assegurando-lhe os direitos oriundos do direito maior, qual seja, o
direito à vida.
DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS
Nesta oportunidade, necessária se faz a fixação da pensão alimentícia devida pelo
demandado, já que não é razoável admitir que as despesas vitais dos filhas sejam
suportadas, exclusivamente, pela genitora, que ora representa as crianças neste pleito.
Os alimentos provisórios pleiteados na presente ação têm como objetivo promover o
sustento dos filhos na pendência da lide. Tal pedido encontra-se previsto no art. 4º da
Lei n.º 5.478/68, que dispõe sobre a ação de alimentos, senão vejamos:
Art. 4º. Ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem
pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita.
No caso sub examine, resta translúcida a necessidade de fixação de tal provisão legal,
face à dificuldade financeira enfrentada pela genitora da menor, o que fatalmente
resvala na manutenção da criança.
Registre-se a precisa lição da atual doutrina de Maria Berenice Dias, que, citando Silvio
Rodrigues e Carlos Alberto Bittar, assim preconiza:
Talvez se possa dizer que o primeiro direito fundamental do ser humano é o de
sobreviver. E este, com certeza, é o maior compromisso do Estado: garantir a vida dos
cidadãos. Assim, é o Estado o primeiro a ter obrigação de prestar alimentos aos seus
cidadãos e aos entes da família, na pessoa de cada um que integra. (…) Mas
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infelizmente o Estado não tem condições de socorrer a todos, por isso transforma a
solidariedade familiar em dever alimentar. Este é um dos efeitos que decorrem da
relação de parentesco[2].
Isto posto, com o objetivo de propiciar à menor requerente proteção jurisdicionalaos
meios à sua mantença digna durante o curso do processo, solicitam-se alimentos
provisórios, nos termos da pensão alimentícia requerida alhures.
DOS PEDIDOS
EX POSITIS, é a presente para requerer a Vossa Excelência que se digne em:
1. Conceder à requerente os benefícios da Justiça Gratuita;
2. Fixar ALIMENTOS PROVISÓRIOS no valor de R$ 300,00 (trezentos reais),
correspondente a 38,07% (trinta e oito vírgula zero sete por cento) do
salário mínimo, de logo, requerendo, que seja entregue a mãe das menores, a ser
pago até o dia 10 de cada mês.
3. A expedição de ofício à instituição bancária oficial para a abertura de conta em nome
da genitora do alimentando, onde será depositada sua pensão;
3. DETERMINAR A CITAÇÃO do alimentante, sob pena de decretação da revelia, para
que tome ciência da ação, assim como da decisão interlocutória de fixação dos
alimentos provisórios, notificando-a, ainda, da audiência de que trata o art. 5º da Lei
5.478/68;
4. DETERMINAR a intimação do Ilustre Representante do Ministério Público para que
acompanhe os atos e procedimentos dessa ação, como também para que se manifeste
sobre os mesmos;
5. JULGAR procedente o feito por sentença, decretando a condenação do demandado a
prestar ALIMENTOS DEFINITIVOS à Requerente, no valor mensal de R$ 300,00
(trezentos reais), correspondente a 38,07% (trinta e oito vírgula zero sete
por cento) do salário mínimo, surtindo a referida decisão seus legais e jurídicos
efeitos, no quantum e na forma aqui pleiteados;
6. DECIDIR pela condenação do demandado no pagamento das verbas de
sucumbência, isto é, custas processuais e honorários advocatícios, estes na base de
20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação, os quais deverão ser revertidos à
DEFENSORIA PÚBLICA – GERAL DO ESTADO DO CEARA (Banco do Brasil –
Agência nº 000-0 – Conta nº 0000000-0); tudo de conformidade com a Lei n.º
1.146/87.
Protesta provar o alegado por todos os meios admitidos em direito, notadamente,
depoimento pessoal do acionado, sob pena de CONFISSÃO, juntada ulterior de
documentos, bem como, quaisquer outras providências que V. Exa. Julgue necessária à
perfeita resolução do feito; ficando tudo de logo requerido.
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Dá à causa o valor de R$ 3.600,00 (três mil e seiscentos reais )
Termos em que,
Pedem Deferimento.
Juazeiro do Norte - CE, 14 de setembro de 2015.
Mônica Alves Ferreira Alexandre e Sousa
Defensora Pública
Mat. DP-CE xxxxxxxxxxx
Brena Carvalho Novais Francisco Wilson Lima Filho
Estagiário NPJ/FAP Estagiário NPJ/FAP
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[1] CAHALI, Yussef Said. DOS ALIMENTOS. 3ª edição. São Paulo: Editora Revistas
dos Tribunais, 1999. P. 684/685.
[2] DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias, 4ª edição, São Paulo:
Revistas dos Tribunais, p. 450.
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Disponível em: http://wilson90.jusbrasil.com.br/modelos-pecas/471221759/modelo-acao-de-alimentos-c-c-alimentos-provisorios
[Modelo] Ação de alimentos c/c alimentos provisórios https://wilson90.jusbrasil.com.br/modelos-pecas/471221759/modelo-a...
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