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MOBILIZACAO NEURAL TEORIA

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Mobilização Neural. Parte 1.
A mobilização do sistema nervoso surgiu recentemente como uma ajuda na determinação e tratamento das síndromes da dor. Um aspecto importante desta abordagem é que a mecânica saudável do sistema nervoso permite a postura sem dor e o movimento a ser alcançado. Contudo na presença de fatores patológicos mecânicos (restrição do movimento) dos tecidos neurais, os sintomas podem ser provocados durante as atividades físicas.
Essa técnica tem se tornado recentemente um meio popular de tratamento físico da dor neurogênica. Parece haver um enorme potencial para este método, pois, em circunstâncias apropriadas, proporciona uma forma de direcionar a terapia mecânica especificamente para os nervos, mais que para outras estruturas. Embora o tratamento neuromecânico exista desde 1880 , sua utilização inicial foi agressiva e violenta demais para oferecer algum benefício. O ‘alongamento neural’ era realizado tão vigorosamente que ruídos de ruptura podiam ser ouvidos como se o perineuro tivesse partido. O procedimento freqüentemente lesava axônios e vasos sangüíneos intraneurais, ocasionando ao paciente paralisia como a única alternativa para a dor. Como exemplo de realização de uma técnica segura, era sugerido que a força a qual o nervo ciático era submetido deveria limitar-se à metade do peso corporal da pessoa . Não é surpreendente que o tratamento mecânico dos nervos caiu em desuso.
Curiosamente, fisioterapeutas continuaram utilizando o termo ‘alongamento neural’ para descrever o seu tratamento para os nervos. O nervo seria sensível a um alongamento se fosse afetado por uma tensão mecânica adversa. Nervos são estruturas viscoelásticas e, portanto, podem responder a procedimentos de mobilização. Porém, alongamento implica em aumento permanente do comprimento, e ainda permanece inexplicado se isto pode ser benéfico.
Em contraste com a época de 1880, os últimos quinze anos têm apresentado considerável desenvolvimento na aplicação clínica da mobilização neural. Isto porque a abordagem vem sendo relacionada a um conhecimento mais avançado de neuroanatomia e neurobiomecânica. No entanto, o método ainda carece de desenvolvimento mais aprofundado, pois há problemas com sua aplicação. O primeiro problema está no raciocínio clínico, e o segundo é a ênfase colocada sobre a mecânica do nervo, em detrimento da fisiologia.
Terapeutas têm chegado a conclusões baseados no conceito que os testes neurodinâmicos (tensão neural) refletem com acurácia a função mecânica das estruturas neurais. Um exemplo do raciocínio cotidiano é o seguinte: ‘Um teste de tensão neural normal (negativo) significa que as estruturas neurais estão se movendo corretamente, e um teste anormal (positivo) significa que isto não está ocorrendo’. Deduções como esta envolvem somente fatores mecânicos, e serão, algumas vezes, imprecisas e predisporão a um tratamento inapropriado. Há situações nas quais os testes neurodinâmicos não irão refletir precisamente a função mecânica dos nervos, em parte devido à contribuição da fisiologia na produção dos sintomas. Estruturas neurais inflamadas se tornam hipersensíveis e dolorosas, mas a origem do problema não será exclusivamente mecânica, em vez disso pode haver um processo fisiopatológico meramente desencadeado pelos eventos mecânicos. Neste caso, poderá haver um movimento neural adequado, embora haja uma resposta adversa ao teste. Apesar disso, o tratamento mecânico pode reduzir a fisiopatologia e a dor, mesmo que a mecânica do nervo não tenha sido alterada significativamente.
A fisiologia é o caminho através do qual os nervos geram dor, e muito do que é observado no paciente é uma expressão das alterações fisiopatológicas. Clínicos que desejam mobilizar o tecido neural devem incluir habitualmente a fisiologia em seu raciocínio. Isto deve levá-los a uma compreensão mais precisa das desordens neurais e seu mecanismo de tratamento.
Os testes normalmente usados, que mobilizam as estruturas neurais incluem: 
– Teste de Elevação da perna estendida (TEPE/ Lasègue); 
– Flexão cervical; 
– Flexão do joelho em prono; 
– O teste Global (Slump test); 
– Tensão dos Membros Superiores; 
– Testes para o Ulnar, Radial e Meridiano 
EFEITOS FISIOLÓGICOS:
Aumento da mobilidade neural; 
 Aumento do fluxo sanguíneo; 
Aumento do fluxo axoplasmático;
 Aumento da mobilidade neural;
 Aumento do fluxo sanguíneo; 
 Aumento do fluxo axoplasmático; 
 Aumento da condução neural; 
-Aumento da eficiências do trânsito de endofirnas ; 
-Aumento a nutrição do nervo; 
-Diminui a DOR!
- O Exame Físico:
- Palpação trasversal do trajeto neural;
- Verificar a presença de dor durante as testagens;
- Testar reflexos e força muscular.

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