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HABEAS CORPUS E MANDADO DE SEGURANÇA

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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ – FASE
CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA: DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO
TURMA: 3001
PROFESSOR: FERNANDO MONTEIRO
ALUNA: ELIANE GUIMARÃES FERREIRA
MATRÍCULA: 201601497571
PESQUISA:
HABEAS CORPUS
MANDADO DE SEGURANÇA
QUESTÕES
					Aracaju 2017
				HABEAS CORPUS
“Habeas corpus”. Liberdade de ir e vir
(Artigo 5º, LXVIII, Constituição Federal – conceder-se-á “habeas corpus” sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
Habeas corpus, de origem inglesa, apesar do nome latino, significa “tenhas o corpo”. “tomes o corpo do detido e venhas submeter ao tribunal o homem e o caso.” É um remédio constitucional que garante o direito individual de locomoção, a liberdade de ir, vir e permanecer.
Cabe contra ato ilegal de autoridade. Mas, por exceção, tem-se admitido a impetração também contra arbitrariedades de particulares quando evidente o constrangimento ilegal – a exemplo de internação forçada de pessoa em casa de saúde mental.
O habeas corpus é preventivo no caso de estar o paciente ameaçado de violência ou coação ilegal; e liberativo no caso de violência ou coação já praticada.
O habeas corpus é gratuito ( art. 5º, LXXVII, CF). Pode ser impetrado por qualquer pessoa, com ou sem advogado, em benefício próprio ou alheio, bem como pelo Ministério Público (art. 654, CPP), podendo ser concedido de ofício pelo juiz (art. 654, §2º, CPP).
CONSIDERAÇÕES SOBRE A PEÇA
É regulado pelos artigos 647 à 667 do Código de Processo Penal, pelo que o art. 114, IV, da CF/88 determina a competência da Justiça do Trabalho quando a prisão for efetivada pelo Juiz do Trabalho.
O STF destacou em decisão que a Justiça do Trabalho não seria competente para julgar o habeas corpus quando a prisão for de natureza criminal, como, por exemplo, o crime de desacato ou falso testemunho.
Esta é a nota publicada (www.stf.gov.br) pelo nosso Maior Órgão: “O Plenário do Supremo Tribunal Federal decidiu que a justiça do trabalho não tem competência para julgar ações criminais, ainda que sejam decorrentes de relações de trabalho. A decisão foi tomada por unanimidade nesta quinta feira, primeira sessão do ano do Supremo. A liminar vale até que os ministros julguem o mérito da questão, a rigor da ADI 3.684.
A petição deve conter obrigatoriamente:
A qualificação do paciente, que é a denominação dada ao autor;
O réu: como também ocorre no mandado de segurança, é o juízo que proferiu a prisão;
O pedido;
O requerimento da intimação da autoridade coatora;
O valor da causa
A competência é dada ao Tribunal Regional do Trabalho competente da determinada região, devendo ser endereçada ao Juiz Presidente deste órgão.
Finalmente, quanto a possibilidade de decretação da prisão do depositário infiel, na Justiça do Trabalho, cabe mencionar a súmula Vinculante 25 do STF:”É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito”. 
A pessoa jurídica não pode figurar como paciente de habeas corpus, pois jamais estará em jogo sua liberdade de ir e vir, objeto que essa medida visa proteger. Com base nesse entendimento, a turma do STF, preliminarmente, em votação majoritária, deliberou quanto a exclusão da pessoa jurídica do presente writ (ordem escrita ou mandamento), quer considerada a qualificação como impetrante quer como paciente. Tratava-se, na espécie, de habeas corpus em que os impetrantes pacientes, pessoas físicas e empresa, pleiteavam por falta de justa causa, o trancamento de ação penal instaurada, em desfavor da empresa e dos sócios que a compõem, por suposta infração do artigo 54, §2º, V, da Lei 9.605/98. Sustentavam, para tanto, a ocorrência de bis in idem, ao argumento de que os pacientes teriam sido responsabilizados duplamente pelos mesmos fatos, uma vez que já cumprido integralmente o termo de ajuste de conduta com o Ministério Público Estadual. Alegavam, ainda, a inexistência de prova da ação reputada delituosa e a falta de individualização das condutas atribuídas aos diretores. 
			
MANDADO DE SEGURANÇA
Aspectos Processuais do Mandado de Segurança:
Considerando-se que os atos da Administração Pública são, em regra, atos de autoridade, que muitas vezes causam lesões a direitos subjetivos, o mandado de segurança (artigo 5º, LXIX, Constituição Federal) é o remédio constitucional residual, destinado a amparar o direito líquido e certo. Pode ser considerado o direito líquido e certo o direito passível de ser provado documentalmente, uma vez que a prova documental lhe assegura a existência e extensão. Por esse motivo, o mandado de segurança não admite dilação probatória. É uma ação disciplinada pela Lei 12.016/2009.
Havendo necessidade junção de documento em poder do impetrado ou de repartição pública que o sonegue, o impetrante deverá pedir, na inicial ao juiz, que o requisite por ofício.
De acordo com o artigo 5º da Lei 12.016/2009, não cabe mandado de segurança:
Contra ato que comporte recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução, deve ser esgotada via administrativa;
De decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo – a parte deve interpor recurso cabível;
De decisão judicial transitada em julgado – cabe ação rescisória ou a querela nullitatis insanabilis.
Também não cabe mandado de segurança contra lei ou normas gerais “em tese” (simplesmente para declarar inconstitucionalidade ou ineficácia de uma lei, sem que se comprove a lesão que a norma causa ao impetrante). Contudo, o remédio constitucional é admissível contra decretos específicos e leis de efeitos concretos que causem prejuízos ao impetrante.
A ação mandamental, igualmente, não pode ser usada como simples ação de cobrança. Para se ressarcir dos prejuízos causados por um ato ilegal ou abusivo que já não produza mais efeitos, a parte deve se valer de ação de conhecimento.
Por expressa disposição legal, não cabe mandado de segurança contra os atos de mera gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público.
Finalmente, ressalte-se que o mandado de segurança tem prazo decadencial de cento e vinte dias. Destarte, transcorrido esse prazo da data da ciência do ato impugnado, a via mandamental não será mais cabível.
No mandado de segurança as partes são chamadas de impetrante (autor) e impetrado (réu- autoridade cujo ato se busca impugnar).
O impetrante pode ser pessoa física ou jurídica (artigo 1º da Lei 12.016/2009). O artigo 3º da Lei de regência prevê hipótese de substituição processual, ao dispor que o titular de direito líquido e certo que decorra de outro direito (também líquido e certo) de terceiro poderá impetrar mandado de segurança a favor do direito originário (do terceiro), se o seu titular não o fizer, no prazo de 30 (trinta) dias, quando notificado judicialmente.
O impetrado, por seu turno, deve ser agente público ou particular (pessoa física ou dirigente de pessoa jurídica) exercendo alguma atribuição ou função pública (exclusivamente no que disser respeito à essa atribuição). Exemplo: O diretor de uma escola particular pode ser autoridade impetrada em um mandado de segurança, tendo em vista o caráter público do serviço de educação.
Também são equiparados às autoridades os representantes ou órgãos de partidos políticos e administradores de entidades autárquicas.
A ação é impetrada para combater um ato ilegal ou abusivo. Assim, não se propõe o mandado de segurança “em face da autoridade impetrada”, mas contra o ato por ela perpetrado. Ato ilegal é o que contraria a Lei; ato abusivo, de acordo com a jurisprudência corrente, é tanto aquele cometido com desvio (incompetência qualitativa) quanto o praticado com excesso de poder (incompetência quantitativa).
A ação mandamental se divide em individual ou coletiva. O parágrafo único do artigo 21 a Lei 12.016/2009, repetindo a definição do Código de Defesado Consumidor, conceitua como:
Coletivos os diretos ou interesses transindividuais, de natureza indivisível, de que seja titular do grupo ou categoria de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária pela mesma relação jurídica básica;
Individuais homogêneos, aqueles decorrentes de origem comum e da atividade ou situação específica da totalidade ou de parte dos associados ou membros impetrantes.
A legitimidade para a impetração de mandado de segurança coletivo é exclusiva de:
Partido político com representação no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária;
Organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento, há pelo menos 1 (um) ano, em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade ou de parte dos seus membros ou associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades.
Alguns mandados de segurança são de competência originária dos tribunais. Nesse sentido, os artigos 102,I’d e 105, I’b, Constituição Federal, trazem as hipóteses em que a competência é originária, respectivamente do Supremos Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça. Assim, compete ao Supremos Tribunal Federal julgar os mandados de segurança contra atos do Presidente da República, do Congresso Nacional, do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal. De acordo com o artigo 108, I’c, da Constituição Federal, compete aos Tribunais Regionais Federais julgar originalmente os mandados de segurança contra ato do próprio Tribunal.
Outrossim, cabe ao Superior Tribunal de Justiça julgar os mandados de segurança contra ato do Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, Exercito e Aeronáutica, também do próprio Tribunal. 
A competência originária dos Tribunais de Justiça dos Estados é fixada pelas Constituições Estaduais e respectivas Leis de Organização Judiciária. Pelo princípio da simetria.
O rito do mandado de segurança comporta concessão de medida liminar. Para tanto, o impetrante deve demonstrar a existência de fumaça do bom direito e perigo na demora. O fumus boni iuris é representado pelo próprio direito documentalmente comprovado pelo autor; já o periculum in mora se verifica quando houver risco de dano irreparável ou de difícil reparação ao direito líquido e certo do impetrante se houver demora.
1ª) QUESTÃO:
“A” propôs reclamação trabalhista contra “B”, pleiteando liminar em tutela provisória requerendo sua reintegração ao emprego em razão de ter sido demitida no 3º mês de gestação, pleito este admitido pelo juiz da 45ª Vara de Nova Friburgo/RJ que reintegrou a empregada liminarmente.
Como advogado do empregador, que não poderá aguardar o julgamento final do processo, pois a empregada foi flagrada furtando objetos do almoxarifado da empresa, proponha a medida cabível para revogar a liminar concedida.
Resp.: Como advogado da reclamada, devo entrar com Mandado de Segurança em face do MM. 45ª VARA DO TRABALHO DE NOVA FRIBURGO/RJ. 
2ª) QUESTÃO:
A expressão habeas corpus traduz-se literalmente do latim para o português como “tome o corpo”. Em relação ao habeas corpus no direito brasileiro, é possível afirmar que:
Ministério Público não possui legitimidade para impetrar habeas corpus em favor do réu de um processo.
Habeas corpus profilático é cabível na hipótese de já ter sido consumado o constrangimento ilegal à liberdade.
Coator pode ser tanto uma autoridade quanto um particular.(X)
Pessoa jurídica pode figurar como paciente em habeas corpus.
De acordo com entendimento majoritário na doutrina e na jurisprudência, admite-se que a petição de habeas corpus seja apócrifa.
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