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ArtegráficadeG.B.Martin o horas6 LHll.l ~ Gônadas Figura3 1. Localizaçãodosneurôniosde GnRHe padrãosecretóriode GnRHe dasgonadotrofinasPOA, áreapré- ótica; AHA, área hipotalômicaanterior;MBH, corpo mamilar hipotalômico. freqüênciadospulsosdeLH (GnRH) devido ainteraçãocombaixasconcentraçõesdeme- latoninapresentes.Emfêmeasciclando,du- ranteafasefolicular,naausênciadeproges- terona,oestradiolaumentaafreqüênciados pulsosdeLH e diminuisuaamplitude,de- sencadeandoopicodeLH. Na faseluteínica precoce,aprogesteronaagesinergisticamen- te comestradiolno controleda freqüência dospulsosdeLH, enquantoque,posterior- mente,nafaseluteínicamédia/tardiaapro- gesteronasozinhaé capazderegulara fre- qüênciadospulsosdeLH. A secreçãodeGnRH éreguladapeloses- teróidesgonadais,progesteronaeestradiol, quealteramascaracterísticasdessasecreção nocicloestralenasdiferentescondiçõeses- tacionais.Entretanto,essesesteróidesnão podemexercersuaaçãodiretamentenos neurôniosdeGnRH.Essaaçãodeveserme- diadaporoutrossistemasneuraisesteróide- sensitivoscomoporexemploo queenvolve o ácidogamaaminobutírico(GABA).Os neurôniosGABAcontêmreceptoresparaos esteróidesefazemsinapsescomosneurô- niosdeGnRH.Temsidodemonstradoque asconcentraçõesdeGABAestãodiminuídas quandoasecreçãodeGnRHestásendoesti- muladaporestradiolduranteoperíodopré- pico(fasefolicular)e asconcentraçõesde 31 GABAestãoaumentadasquandoaprogeste- ronaestádeprimindoa secreçãodeGnRH. Esseneurotransmissortambémpodeserim- portantenasaçõesdefeedbacknegativode estradiol.Durantea estaçãodeanestrodas ovelhas,quandooestradioléumpotenteini- bidordasecreçãodeGnRH, antagonistases- pecíficosparao receptorde GABA podem estimulara liberaçãodeneurormônio,ação essaquenãoéobservadaduranteaestação reprodutiva,quandoosestrógenossãomui- tomenospotentes(Robinson,1995). A ovelhaéumanimalpoliéstricoestacio- naicaracterizadopor períodosdeatividade sexualduranteos diascurtos(outonoe in- verno)comciclosregulares.Duranteosdias longos(primavera-verão),aatividadesexual diminuicomosanimaisapresentandodesde completoanestroatéirregularidadedosci- clos.A vaca,porsuavez,nãoétãoinfluencia- dapelofotoperíodo,apresentandociclosdu- rantetodoo ano.Dequalquermaneira,em ambasas espécies,o crescimentofolicular ocorreemintervalosregularesdurantetodo o ano.O cicloestral(Figura3.2) naovelha n cio i~t;ITprogesterona O estradiol I tUlação , .~ ~ :~ ~ :~:~' :~:~ ,.<~ dura17diasenquantoquenavacaaduração éde21dias,como diaOsendodesignado comoo diadoiníciodoestroeaovulação comoocorrendonodia1.O cicloédividido nafaseluteínicaquevaidaovulaçãoatéa luteóliseporvoltadodia14naovelhaedo dia17navaca,enafasefolicularquecom- preendeoperíodoquevaidaluteóliseatéa ovulação(Baird& Mcneilly,1981). A faseluteínicaé caracterizadaporum ováriocontendoumcorpolúteo(CL), que resultoudorompimentodofolículoovulató- rio.A medidaquea faselúteaprogride,o CL produzumvolumecrescentedeproges- teronaatéquechegueaumplatôqueinicia porvoltadodia6esemantématéaluteólise (Pantetal.,1977).A secreçãodeLH noiní- ciodafaselúteaconsisteempulsoscomalta freqüênciaebaixaamplitude(aproximada- menteumpulso/hora;Campbelletal.,1990a) quevãoaumentandodeamplitudeà medi- daqueafreqüênciadiminuiparaumpulso acada2-4horassobainfluênciadoaumento dasconcentraçõesplasmáticasdeproges- teronaproduzidapeloCloA freqüênciados Figura 3.2. Esquemada variaçãodasconcentraçõeshormonaisduranteo cicloestral. 32 pulsosdeLH duranteafasedeplatôdapro- gesteronaconsisteempulsosdebaixafre- qüência(1cada4-6horas)ealtaamplitu- de(Bairdetai.,1976).A secreçãodeFSH nãoéafetadapelaprogesterona(Martinet ai.,1988;Mannetai.,1992)maséregulada peloestradioleinibinaproduzidospelosfo- lículosquematuram(dominantes)durante essafasedociclo(Adamsetai.,1998;Sou- zaetai.,1998). ApósopicodeLH todososfolículosan- traisgrandesquenãoovularamsetornam atrésicos(Turnbulletal.,1977)eemconse- qüência,asecreçf\odehormôniosovarianos esteróidese protéicosestánasmaisbaixas concentraçõesobservadasduranteo ciclo (Bairdetal.,1981;Souzaetal.,1998).No dia 0.00 o O <li Q.... I: ~ .. ~ o 3 6 9 DiasdoCiclo 12 15 18 21 1,asbaixasconcentraçõesdeestradioleini- binaestãoassociadascomumrápidoaumento nasconcentraçõesdeFSH (segundopicode FSH) queé seguidopor um aumentonas concentraçõesdeestradioleinibinaquepor suavezinibinea secreçãodeFSH (Bairdet ai.,1991).Essepadrãodeaumentonascon- centraçõesdeFSH, seleçãodofolículodomi- nante,atividadedofolículodominante(secre- çãodeestradioleinibina),inibiçãodasecre- çãodeFSH, regressãodo folículodominan- te (baixadeestradioleinibina)econseqüen- teaumentodosníveisdeFSH, ocorrevárias vezesdurantea faseluteínicano fenômeno conhecidocomoondasdecrescimentofolicu- lar.O cicloestraldeumavacacomduasondas folicularesestárepresentadonafigura3.3. .~ 8 Folículo resgatado 8Folículo em atresia .Folículodominante. 8 Folículoovulatório e Luteinização.CorpoLúteoematividade .Folículodominanteematresia Q DesenvolvimentodoCorpoLúteo .)Luteólise Figuro 3.3. Eventosem um ciclo estralcom duas ondas folicularesem uma fêmea bovino. 33 A presençadealtasconcentraçõesdepro- gesteronadurantea faseluteínicamantéma freqüênciadasecreçãodeLH baixa,reduzin- doa secreçãodeandrostenedionapelateca e,consequentemente,adeestradiolpelagra- nulosadosfolículosdominantes.Comore- sultado,os folículosdominantespresentes duranteestafasenãoovulamdevidoà con- centraçãodeestradiolinsuficienteparaindu- ziropicodeLH. Entretanto,osfolículosdo- minantespresentesnoovário,nesteperíodo, têmcapacidadedeovularsesuplementação artificialdeLH for administrada(aplicação dehCG ou GnRH). A quedadosníveisdeprogesteronaplas- máticaapósa luteólisedeixao estradiolso- zinhoincapacitadodeinibirafreqüênciados pulsosdeLH (Goodmanetal.,1981).Dentro de24horasdodeclíniodaconcentraçãoperi- féricadeprogesterona,ointervaloentrepulsos deLH ficaemtornodeumporhora(Baird, 1978;Bairdetal., 1981).Esseaumentona freqüênciadepulsos,pelasecreçãodeGnRH, éacompanhadoporumareduçãonaampli- tudedospulsosqueémediadapelaaçãodo estradiolmodulandoa respostadahipófise aoGnRH (BairdetaI.,1981;Thiery& Mar- tin,1991).A despeitodabaixaamplitudedos pulsosdeLH, o ovário(folículos)responde a cadaum dessespulsoscomumpulsode androstenedionae estradiol(Baird, 1978; Campbelletal.,1990b).À medidaqueafre- qüênciadospulsosaumenta,háumaumento dasconcentraçõesmédiasdeLH eumcor- respondenteaumentonasecreçãodeesterói- desovarianos(BairdetaI.,197Gb;Campbell etal.,1990).O aumentodeestradioldurante afasefolicularresultanaquedadasconcen- traçõesdeFSH (CampbelletaI.,1990),pre- venindoo crescimentoematuraçãodefolí- culosadicionais.Eventualmente,asecreção de estradiolaumentaa um nívelsuficiente parainduzirocomportamentodeestro(Sca- ramuzzi,1975;Fabre-Nys& Martin, 1991) 34 e desencadearo picodeLH. O picodeLH écaracterizadoporumrápidoaumentodos níveisbasaisparaumaconcentraçãode20- 100ng/rnldentrode4-8horas,comascon- centraçõesretomandoaosníveisbasais10 horasdepois,resultandonumpicocomapro- ximadamente10-18horasdeduração(Thiery & Martin,1991;LandetaI.,1973).Na ove- lha,opicodeLH ocorredentrode4-8 horas do iníciodoestroeaovulaçãoaproximada- mente24horasapóso iníciodopicodeLH ouemtornode32horasapóso iniciodo es- tro (SouzaetaI., 1994). O anestroestacionaldaovelhaéresultado deumamudançanomecanismodefeedback por estradiol,mediadopelofotoperíodo,de umamaneiraquesomenteoestradiolécapaz desuprimirasecreçãodeLH. Asmudançasde fotoperíodo(horasdeluz/horasdeescuridão) sãopercebidaspelaretina,traduzidasemsi- naisnervososetransmitidasaglândulapineal. A pinealrespondecomasecreçãodemelato- ninaqueiniciaimediatamenteapóso início doperíododeescuridãoe semantématéo começodoperíododeluz,criandoumritmo circadianodesecreçãohormonal(Karschet aI.,1984).Duranteosdiascurtos(altamela- tonina),oestradiolcontrolaaamplitudedos pulsosdeLH, mastempoucoefeitonafre-qüênciadospulsos.Numambientedebaixa melatonina(diaslongos),o estradiolé um potentesupressordafreqüênciadepulsosde LH, umaaçãoexercidadiretamentenohipo- tálamo.Tomadasdeamostrasdesanguepor- ta-hipofisiáriodemonstraramquedurantea estaçãoreprodutiva,oestradiolnãotemefei- tonafreqüênciadospulsosdeGnRH, situa- çãoestaqueseinverteduranteoanestrocau- sandoumaprofundasupressãonospulsos deGnRH (Karschetal., 1993). A regulaçãoda secreçãode FSH nãoé influenciadapeloanestro,sendocontrolada pelosníveisde estradiole inibina(Bister& Paquay,1983).Na maioriadasraçasdeovi- nos,asconcentraçõesdeFSH sãosuficientes parapromoverdesenvolvimentofolicularde folículosdominantes(Smeaton& Robert- son,1971;Cahill& Mauléon,1980;Webb & Gould,1985;SouzaetaI.,1996).Essesfo- lículospodemserinduzidosaovularemres- postaainjeçõesrepetidas(pulsátil)deGnRH (McLeodetal.,1982)ouLH (McNeillyetal., 1982;McNattyetal.,1984)ouaindaporuma injeçãodehCG (WebbetaI., 1992).Raças comestacionalidademenosmarcadacomoa Merinaesuascruzaspodemserinduzidasa ovularporaumentoendógenodafreqüência depulsosdeLH, desencadeadapelaexposi- çãoacarneiros(Signoret,1990). Definição ou Conceito da Biotécnica A sincronizaçãodeestrosemovinosebo- vinoséumabiotécnicareprodutivaquepermi- teaconcentraçãodainseminaçãoedapari- çãoemépocasdesejáveisdentrodossistemas deprodução(Evans& Maxwell,1987).Em termospráticos,éimportantediferenciarsin- cronizaçãodeinduçãodeestros.A sincroni- zaçãoconsisteemencurtarouprolongaroci- cloestralatravésdautilizaçãodehormônios ouassociaçõeshormonaisqueinduzama lu- teóliseouprolonguemavidadocorpolúteo, demaneiraqueumgrupodevacasentreem estroe/ouovuleduranteumcurtoperíodode tempoou,atémesmo,numúnicodia.Aocon- trário,ainduçãodeestrosconsisteeminduzir oestroemvacasqueestejamemanestro,atra- vésdautilizaçãodehormôniosoupráticasde manejo.Assimsendo,asincronizaçãoeain- duçãodeestrossãoprocessosdistintoseapli- cáveisa diferentescategoriasdeanimais. Métodos de Sincronização de Estros em Ovinos A sincronizaçãodeestrosemovinoséim- portanteeatéindispensávelquandosãoem- pregadossistemasintensivosdereprodução, taiscomo,pariçõesemblocos,outrêspartos acadadoisanos.Antesdedescreverasprin- cipaismetodologiasdisponíveis,deveser consideradaa estacionalidadereprodutiva dosovinos,umavezque,dependendodaépo- cado ano,serápeculiara técnicaaserem- pregada.Nas condiçõesdecriaçãodo Rio GrandedoSul,aincidênciamensaldeestro na presençademachosvasectomizadosfoi descritaparaasraçasCorriedale,Merinoe RomneyMarsh(MiesFilho& Ramos,1960). A estaçãoreprodutivapreferencialdasove- lhasna regiãoestádefinidaentreosmeses defevereiroajulho (Figura3.4), sendoum aspectoimportanteaseraveriguadoemou- trasregiõesdo País.Basicamente,existem doisconjuntosdemétodosdemanipulação do cicloestralemovinos,um natural,que empregao chamadoefeitomacho,e outro queincluimétodosartificiais,queempregam progestágenoseasprostaglandinas. EFeitoMacho Duranteaestaçãoreprodutivaoupróxi- moaoseuinício,emumadeterminadaraça épossívelempregarapenasométodonatural queéochamadoefeitomachoouefeitocar- neiro(pararevisão,MartinetaI.,1986).As ovelhasapresentamum padrãosemelhante de incidênciadeestrosseestãosempreem contatocomoscarneirosousemantidasiso- ladasdesses.Apósaseparaçãodeovelhasem anestroporcercade15dias,quandoosma- chossãonovamenteintroduzidosno reba- nho,asfêmeasovulamemum períodode 24a60horas.Esseprocedimentoédemui- ta utilidadequandose desejaantecipara manifestaçãode estrode um rebanhoem tornodeummêsantesdo inícioefetivoda estaçãoreprodutiva,já queemmomentos deanestromaisprofundos(p.ex.mesesde setembroeoutubronoRio Grandedo Sul) opercentualdeovelhasquerespondemcom manifestaçãodeestroébaixo.Na figura3.5 sãoapresentadosresultadosclássicos,indi- 35 100 80 60 . Corriedale OMerino '# I ~ Romney , IJ Média ~ o 40 20 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Meses do Ano Figura3.4. Incidênciamensalde ciosemovelhasno RioGrandedo Sul. 12 10 .2 u 8 E C1) ~ :5 !;!6 O ~ . comrufião a sem rufião 10 11 12 13 Dias de Inseminação Figura3.5. Incidênciadiáriade ciosemovelhasIdealsubmetidasou nãoa exposiçãode rufiões30 diasantesdo inícioda inseminaçãoartificial. 36 candoautilidadedaintroduçãodemachos vasectomizadosquinzediasantesdo início efetivodascobrições. O mecanismoédesencadeadopelaação doschamadosferomôniosqueatravésdool- fatoatingemotálamo,hipotálamoedetermi- namaliberaçãodeLH pelahipófiseanterior e por estímulosvisuaisrelacionadosà pre- sençafísicadosmachos.A modificaçãonos níveisdeLH setraduzpeloincrementono númerodepulsosenosníveisdeLH dema- nutenção.Pelomenos,duaspossibilidades podemserconstatadasnaatuaçãodomeca- nismodo efeitoIVacho.A primeiradiz res- peitoà induçãodo pico deLH e formação deum corpolúteocomatividadenormale manifestaçãodeestrocercade 19a21 dias apósa exposiçãoaoscarneiros;a segunda, maisfreqüente,apósopicodeLH, háindu- çãodeumcorpolúteohipofuncional(devi- dacurta)quedeterminanovopico de LH emsetedias,resultandonamanifestaçãode estro27diasapósaexposiçãoaosmachos. Oscicloscurtospodemserevitadospelaas- sociaçãodeum progestágenopreviamente àexposiçãoaosmachos,dessaforma,pode serobtidoopicodeLH noterceirodiaema- nifestaçãoseqüencialde estrocom possi- bilidadederetornodentrode21dias(Mies Filho, 1975). r AlternativasHormonaisparaSincronização de Estrosna EstaçãoReprodutiva ~ Progestágenos O desenvolvimentodasincronizaçãode estroscomanálogossintéticosdaprogestero- nadatadosanos60 (Robinson,1967),cons- tituindo-senoexemplododesenvolvimento datecnologia,denominadaa"técnicadases- ponjas".Deumamaneiragenérica,ospessá- riossãoconfeccionadoscomesponjadealta densidade(#33)comumcordãode15cen- tímetrosdecomprimentoatadoemcruzde formaafacilitarsuaretirada.A doseconven- cionaldeprogestágenoéde50mgdeacetato demedroxi-progesterona(MAP) ou40 mg deacetatodefluorogestona(FGA).Diversos ensaiostêmdemonstradoresultadosseme- lhantesemtermosdesincronizaçãodeestros entreosdoisprodutos,apenastemsidodes- critaalgumavantagemquandoa insemina- çãoéprocedidaemtempopré-fixado,em- pregando30mgdeFGA, o queindicapro- vavelmenteumamaiorsincroniadasovula- çõesdecorrentesdousodesseprogestágeno (Cognié,1993). O procedimentopara a sincronização comasesponjasésimples,háqueserplanifi- cadoomomentodasinseminaçõeseproce- deracolocaçãodasesponjascomantecedên- ciade11a 14dias.Nafigura3.6estáilustra- Períododerepouso 1 15 255 ~ r Controledecioseinseminaçõesou Controledeciosere-inseminações cobriçõescom10%decarneiros Figura 3.6. Representaçãoesquemáticada sincronizaçãocomprogestágenosemovinosdurantea estaçãoreprodutiva. 37 InserçãodopessárioRemoçãodopessário r Dia -11 O dooprocedimentodométododesincroniza- çãodeestroscoma utilizaçãodeesponjas impregnadascomprogestágeno. Na colocaçãodospessários,oscuidados quedevemserefetuadosdizemrespeitoahi- gienedo material(espéculo)e a aplicação deantibióticosempó,taiscomoapenicilina eaestreptomicinaparareduzirocrescimento dafaunasaprófitavaginal,queresultanum odorbastanteforteeproduçãodemucotur- voabundante.Esseprocedimentocontribui paraqueo criadornãofiquepreocupadoe imaginealgumarelaçãoentreo aspectoe odordomucocomproblemasdefertilidade apósinseminação.Cercade90%dasovelhas que recebemo progestágenomanifestam estroematé4diasapósaretiradadasespon- jase,nocasodenãoteremsidofecundadas noprimeiroserviço,apresentamnovoestro após16-20dias. Essatécnica,aplicadanaestaçãoreprodu- tiva,ouumpoucoantesdeseuinício,apre- sentaumexcelenteníveldesincronizaçãocom umaboataxamédiadefertilidadedoprimeiro estro(60-65%),permitindoque90%dasove- lhasdorebanhofiquemgestantesemdoisser- viçosquepodemserefetuadosnumperíodo de21dias.Alémdisso,háqueseconsiderar apossibilidadedequeoinseminadornãopre- cisadedicaçãoexcIusivaao serviçoentreos dias5e15apósaretiradadospessários,per- mitindoumaapreciávelreduçãonasdespesascommãodeobraetambémreduçãonotem- podemanejocomosanimais,o quediminui osriscosdesurtosdeenfermidadesinfeccio- sasefacilitaaalocaçãodosanimaisnospotrei- ros.Há necessidadedeconsiderarqueo uso dasincronizaçãodeestros,nagrandemaioria doscasosdeveestaracopladoaIA. Emalgu- massituaçõespeculiaresemquesedesejesin- cronizarestroseusarcomométododeaca- salamentoamontanatural,énecessárioem- pregar10%decarneiros,semcolocá-Iosno rebanhonasprimeiras30 horas. 38 ~ Prostaglandinas Um fatorlimitanteparao usodasprosta- glandinaséqueasovelhasestejamcicIando eapresentemum corpolúteofuncionalnos seusovários,ouseja,estejamentreosdias5 a 14docicIo(Hoppe& Slyter,1989),reite- ra-senessecontexto,queé umatecnologia queapenaspodeserempregadadurantea estaçãoreprodutiva.Alémdisso,o uso das prostaglandinasou ficana dependênciade um minuciosocontroledo dia do estroou deduasaplicaçõesseqüenciais.Um aspecto quesempredeveserconsideradono usode sincronizaçãodeestroséoobjetivodospro- dutorese quala duraçãoprevistaparasua temporadadereprodução.Casonãohajain- teresseemmaioresconcentraçõesnospar- tos,essametodologianãodeveserutilizada, poisestarásendodepoucautilidade,já que, seo rebanhoestivercicIando,em42 diasé possíveloferecerduasoportunidadesde IA paracadaovelha. A efetividadedo uso deumadose30% inferiora recomendadaparaosovinosjá foi demonstradanumaúnicaaplicaçãonoquin- to diado cicIo (Douglas& Ghinter,1973). A reveliadadoseempregada,o quesedes- creveráa seguiréumsistemaeficientepara sincronizaçãodeestroscomprostaglandina, administrandouma única injeçãode uma terçaparteda dosena submucosavulvar, buscandoum sistemaalternativomaiseco- nômico.Em trêsexperimentosseqüenciais foievidenciadoqueépossívelautilizaçãode umaterçapartedadoseusual,numsistema denovediascomaaplicaçãonosextodiade serviço(Chagasetal.,1994).Na figura3.7, éapresentadaafreqüênciadeovelhasemes- trosubmetidasa injeçãodecloprostenolem diferentesdosagensno dia 6 apóso início do serviçode IA. Evidentementequetodas asovelhasdetectadasemestronosprimeiros seisdiasdeserviçosãoinseminadasnormal- mente,oquepermitequecomo sistemapro- 100 90 r~. 125~ [ j[J 62,5mg~31,3mgLJII~"'~"'" -8000 70~ tU !: 's 60 1;1 .$ 50 00 (Ij :5 ~ 40 O ;f. 30 20 10 o día6 día7 día8 día9 Diasde ServiçodeIA Figura3.7- FreqüênciaacumuladadeovelhasinseminadasapósinieçõodePGnosextodiadeserviço. posto,sejaminseminadascercade70%das ovelhasconcentradasem9dias,aspectoesse quetrazasvantagensacimamencionadas. AlternativasHormonaisparaSincronização/ InduçãodeEstrosForadaEstaçãoReprodutiva .,. Progestágenose gonadotrofinasérica eqüina Conformejá salientadoemtópicoante- rior,duranteoanestroestacionalparaasin- cronização/induçãode estrosé necessário queo progestágenosejaacompanhadode eCG (gonadotrofinacoriônicaeqüina),tam- bémchamadodePMSG. Esseprocedimento (MAP+eCG) permitecobriçõesou insemi- naçõesnoperíododeanestro,onde80e90% dasovelhasovulamentre48 e 80 h apósa retiradadospessários,comconcentraçãodas ovulaçõesentre60 e 64h. O momentodas ovulaçõesfoiestudadonascondiçõesdeRio Grandedo Sul, associadoou nãoao efeito macho,indicandoumaantecipaçãonomo- mentomodaldasovulações,sendoemtorno de65horasnapresençaderufiõesede74 horasnaausênciadesses(Souzaetal.,1995). As distribuiçõesamplasdesde48até120 horasapósainjeçãodeeCG,paraaocorrên- ciadasovulações,justificamosbaixosíndices defertilidadequandoseusainseminações comsêmencongelado(Figura3.8). Nafigura3.9,estáilustradocomodeve serprocedidaasincronizaçãodeestroscom MAP+eCGe comopodeserefetuadoum sistemadeindução/sincronizaçãodeestros foradaestaçãoreprodutiva.Outrosaspectos quedevemsersalientadossão:ataxadeovu- laçãoqueseapresentaaumentada,levando aumpercentualdepartosgemelaresnaor- demde20a60%;e,quenagrandemaioria doscasos,quandoo sistemaé empregado duranteosperíodosdeanestromaisprofun- do,nãosedeveesperarqueasovelhasque 39 52 56 60 64 68 72 !'orasapósainjeçãodeeCG 76 80 80-120 Figura 3.8. Momento de ovulação em ovelhas Corriedale submetidasa tratamentocom MAP+eCG na presença ou não de rufiões 1 Remoçãodopessário, injeçãode500VI eCG r Inserçãodopessário Dia -11 o 2-3 D r Controledecioseinseminaçõesa partirdas48horascomsêmen frescoedas60horascomsêmen congelado Figura 3.9. Representaçãoesquemóticada sincronizaçãocom progestógenosem ovinosfora da estação reprodutiva. 40 20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 O 48 nãotenhamficadogestantesnoprimeiroser- viço,retornemao estro. Comparaçãode Despesas e ResultadosEsperados Com freqüência,o ovinocultorreavalia seusistemadetrabalhoesequestionasobre ométodoquevemempregandoparaoacasa- lamentodesuasovelhas.Essadefinição,apa- rentementesimples,requeralgumasrefle- xõese depende:do númerode ovelhasno rebanhoedo(s)objetivo(s)do produtor.O métodoaserescolhidopodeterumae/oua combinaçãodasseguintescaracterísticas: 1.sero maissim~es; 2. sero maiseconômico; 3. ser o que permitamaior aproveita- mentodeum dadoreprodutor; 4. sero maisrápido. O métodomaissimples,evidentemente consistenautilizaçãodamontanatural,onde os carneirossãoadquiridose utilizadosna reproduçãodurantedoisoutrêsanossegui- dos.Essapráticaqueenvolvebaixautilização das tecnologiasdisponíveis,normalmente nãoincluindoumaavaliaçãopréviadafertili- dadedoscarneiros,nemummaiorcontrole dosacasalamentosqueseprocessamporpe- ríodosde 6 a 9 semanascomcercade3% decarneiros.Essemétodopodesermelhora- docomaexecuçãodeexamesandrológicos noscarneiros,montacontroladaeemprego decoletesmarcadoresparacontroledoaca- salamento,pariçãoe descartedasovelhas. Deummodogeral,amontanaturalébastan- teeficaze seuemprego,normalmente,não incluiresultadosnegativos.No entanto,cabe ressaltarquea montanatural,nemsempre éométodomaiseconômicoouadequadoao objetivodo produtor.A idéiaé quesempre antesdequesejatomadaumadecisãosobre qualmétododereproduçãodeveseradotado, sejafeitaumaanálisedasvantagensedesvan- tagensdecadaum,concomitantementecom os objetivosdo produtor,almejandomaxi- mizaçãodaprodução. O intensomanejodosrebanhosnainse- minaçãoartificialconvencionalduranteseis semanas,sobcertascondiçõesdeclima,dis- ponibilidadealimentar,infra-estruturafísica paramanejoedeficiênciadepessoaldevida- mentequalificado,podedeterminarsérios comprometimentosnaeficáciadessabiotéc- nica,levandoa baixosíndicesdegestação, emdecorrênciade surtosde enfermidades infecciosas(porexemplo,manqueiraeque- ratite)ouemfunçãodaqualidadedoserviço executado.Emcontraste,deveserconsidera- doqueautilizaçãodequalquersistemadesin- cronizaçãodeestrosdeterminaaumentosnas despesascoma reproduçãoempercentuais de 10%a 120%(Souza& Moraes,1998). Na comparaçãoespecíficadasdespesas comasbiotécnicasreprodutivas,queincluem sincronizaçãodeestroseaconvencionalpor 42 dias,astécnicasqueutilizamosproges- tágenos(MAP,esponjasvaginaisdurante11- 14dias)ouinjeçõesdeprostaglandina(PG, dosereduzidavia submucosavulvar)mos- tram-secomoas alternativasmaisrápidas paraaspráticasreprodutivase,emcompara- çãocoma inseminaçãoartificialconvencio- nal,podemreduzirosriscoscomenfermida- deseperdadepesodosanimaispelomanejo intensivoeapresentamumainteressanteva- riaçãonoscustos,emfunçãodonúmerode ovelhasa seremacasaladas. O criadorquejáusainseminaçãoartificial etemumrebanhopequeno(emtornode100 ovelhas),mantémos custossincronizando compessáriosdeprogestágenoe,consegue reduziroscustosemtornode 10%,empre- gandodosereduzidadeprostaglandina.Para rebanhoscom250e500fêmeas,asdespesas sãomaiores,considerandoos insumosne- cessáriosparaa sincronização.Particular- mente,o usodePG podecontribuirparaa efetivaçãodetemporadasreprodutivascom despesasreduzidas. 41 Métodos de Sincronização de Estros em Bovinos A eficiênciadossistemasdeproduçãode bovinosdecorteédependentedataxadeter- neirosnascidosedesmamados.A aplicação dosresultadosdeumestudosobrecustosdeprodução,indicouqueo intervalomáximo entreopartoeaconcepçãosejade100dias, paraqueumavacatome-seeconomicamente viávelemumapropriedade,o quesignifica umataxadefertilidademédiade90%.Para quesejapossívelaobtençãodessesíndices, éimprescindívelquesejautilizadaumaesta- çãodemontanãosuperiora 60dias.Nesse contexto,asincronizaçãodeestroséimpor- tante,permitindoumaboaconcentraçãodos partosdasnovilhasnosmomentomaisade- quadosdoanoemfunçãodeumorçamento forrageiroprévio.Emcontrastecomasove- lhas,as vacaspodemapresentarestroem qualquerépocadoano;no entanto,ospro- dutoresnormalmenteconcentramastempo- radasdereproduçãoemfunçãodascondi- çõesclimáticas.No Rio Grandedo Sul, co- mo exemplo,essaconcentraçãoé nosme- sesdefinaldeprimavera/verãoenooutono (Moraes,1994). Embovinosdeleiteoudecorteconfina- dos,aidentificaçãodeestroséumdosgran- desproblemasdo processodeinseminação artificial.Nessessistemasdecriação,a sin- cronizaçãodeestros,associadaaprocessos de inseminaçãocom horáriopré-fIXado,é um importanteinstrumentoparafecundar vacassemobservaçãodeestrose,comisso, incrementarosíndicesdegestação,reduzir o intervaloparto-concepçãoediminuironú- meromédiodedosesdesêmenporvacain- seminada.Damesmaformaqueemovinos, osdoisgrandesgruposdeprodutosparasin- cronizaçãodeestrossão:os progestágenos easprostaglandinas.Associaçõeshormonais sãotambémutilizadas,sendoasmaiscomuns: progestágenocomestrógeno;progestágeno, 42 estrógenoe prostaglandina;progestágeno, estrógeno,prostaglandinaeGnRHouhCG; prostaglandinaeGnRHouhCG. ControledoCicloEstralcomProgesterona e Progestágenos A utilizaçãodeprogestágenosnasincro- nizaçãodeestrosembovinosdatadosanos 50,inicialmentesendoadministradasporum períodode11a 14diasa semelhançados sistemasdesenvolvidosparaosovinos.Poste- riormente,emdecorrênciadebaixosíndices defertilidadeapóssincronização,operíodo deadministraçãopassoupara7-9dias,com incretpentonosíndicesdegestação(Gordon, 1996).Osprogestágenosnasincronização deestrossãoutilizadosparaaumentaravida útildocorpolúteo,permitindoqueasvacas apresentemregressãodocorpolúteo,econ- seqüenteestro,emummesmoperíodo. Osmétodosdeadministraçãoatéagora empregadosparapromovera liberaçãolen- tasão: 1.injeçãoemóleo; 2.administraçãonoalimento; 3.implantessubcutâneos; 4.esponjasintra-vaginais; 5.dispositivodeespiraldeplásticoinjeta- doparausointra-vaginal,PRID ("pro- gesteronereleasinginternaldevice"); 6.aparatodeplásticoinjetadoemforma deY parausointra-vaginal,CIDR ("con- trolledinternaldrugreleasedevice"). Ossistemasilustradosnafigura3.10,que incluemaadministraçãonoalimentodopro- gestágenoMGA (acetatode melengestrol) durante14dias,proporcionam85%dees- trosemnovilhasnaprimeirasemanaapóso tratamento,sendoquecercade80%ficam gestantesnoprimeiromês.Essapráticapode serútil emsistemasintensivosondeosani- maissãoracionadosindividualmenteouem grupospequenose uniformes,viabilizando consumoadequadodogestágeno.Em con- seqüênciadasdificuldadesdeadministração, osprogestágenosviaoralforamsubstituídos poraparatosintravaginaiseimplantessubcu- tâneos.Os produtoscomercializadoseseus sistemasdeutilizaçãoestãosumarizadosna tabela3.1(Gordon,1996).Deummodoge- ralconstata-seamanifestaçãodeestroentre 2-3 diasapósa remoçãodaprogesterona/ progestágenoefertilidadenormalaoprimei- ro serviço. Tabela3.1 - Sistemasparaa sincronizaçãode estIosem bovinosempregandoprogestógenos. -14 o 17 19 287. .8 9 10... 1211- ~ Iiliíií!.Select Synch Select Synch + .. ~ "«1Norgestomet MGA+GnRH+PG MGA+PG P4+PG+GnRH . 11 m~ mIill!fu .. P4+BE 11. . GnRH 111 P4, progesterona iJI PG 11 Benzoatodeestradiol(BE) ~ Norgestomet O lnseminaçõescomcontroledecios 111MGA . lnseminaçõescomtempofIXo Figura 3.10. Sistemasmistosde sincronização de cios, incluindo indução de cios e controleda ovulação. As associaçõeshormonaisutilizadasna sincronizaçãodeestroscomprogestágenos (Figura 3.10)temoobjetivodeinduziralu- teólise,sincronizarasondasfolicularese/ou sincronizara ovulação.O estrógenopode estimularou inibir a liberaçãode gonado- trofinas,dependendodadoseedasconcen- traçõessanguíneasde progesterona.Em dosesfisiológicasebaixasconcentraçõesde progesterona,o estrógenoestimulaalibera- çãodeLH paraqueocorraaovulação.Ao contrário,elevadasdosesdeestrógenos,na 43 Método Princípioativo Luteolítico Duroção PRID Progesterona 10mgbenzoatodeesfTadiol(cópsulo) 9-12dias Implantessubcutâneos Norgestomet 5mgdevalerotodeesfTadiol(injetóvel) 9-1Odias Esponjasvaginais Acetatademedroxi-progesterona 5 mgbenzoatadeesfTadiol(injetóvel) 7-9dias CIDR Progesterona 10mgdebenzoatodeesfTadial(cópsula) 9-12dias presençadeelevadasconcentraçõesdepro- gesterona,bloqueiamasgonadotrofinas,ini- bindo,principalmente,a expressãodogene quecodificaparaasubunidadebetadoFSH, atravésdareduçãodatranscriçãoedaesta- bilidadedo mRNA (para revisãoRoche, 1996).Alémdisso,oestrógenoéfundamen- talparaaexpressãodereceptoresparaoxito- cinanoendométrio,oqueéfundamentalno processodeliberaçãodePGFp. pararegres- sãodocorpolúteo.Depossedessesconheci- mentosfisiológicos,oestrógenotemsidouti- lizadotantoparasincronizaçãodasondasfo- licularescomoluteolítico.A aplicaçãodees- trógenopodesernodiadaaplicaçãodepro- gesteronaquandoa finalidadeé apenasre- gressãodocorpolúteo.No entanto,quando sepretenderegrediro folículodominantee reiniciarumanovaondafolicular,provocan- doumasincronizaçãodasondasfoliculares, associadaàluteólise,aaplicaçãodoestróge- notemqueseremcápsulaouno diaposte- rior àcolocaçãodoaparatovaginalimpreg- nadocomprogestágeno.A aplicaçãoinjetável deprogesteronaéumoutroprocedimentoque temsidorealizadoparaatingirrapidamente os níveisde progesterona,possibilitandoa aplicaçãodeestrógenonomesmodiadaco- locaçãododispositivoimpregnadocompro- gesterona,sejaelesubcutâneoou intravagi- naI.Osmelhoresresultadosdesincronização deestrostêmsidoobtidocomassociaçõesde progesterona,estrógenoe prostaglandina. Porém,sãosistemasonerososque,namaio- ria dossistemasde produçãono Brasil,se tornainviável.Nessesprocedimentos,apro- gesteronaé mantidapor 7 dias,estradiolé aplicadono momentoou no diaseguintea colocaçãodaprogesteronae PGFil éapli- cadanodiaanterior(dia6)àretiradadapro- gesterona.Com esseprotocolo,ocorresin- cronizaçãodasondasfolicularese asvacas quenãotiverama regressãodo corpolúteo poraçãodoestrógeno,terãopelaPGFp, o 44 queresultaráemsincronizaçãodoestroeovu- lação.O estroocorreemtornode48horas apósaretiradadaprogesterona. Controledo Ciclo Estralcom Prostaglandinas Duranteadécadade70,foi acumulado umgrandevolumedeinformaçõessobreas prostaglandinasesuasações.Asprostaglan- dinasforaminicialmentedetectadasnolíqui- doseminaldecarneiros,possivelmentesecre- tadaspelapróstata,daí a denominaçãode prostaglandinas.Asprostaglandinassãosin- tetizadaseminúmerascélulasquandorequi- sitadas,nãosãoarmazenadasetêmmeiavida biológicamuitocurta.Osanálogossintéticos (cIoprostenol,dinoprost,entreoutros)&ãomais potentesqueas prostaglandinasnaturaise funcionamcomoagentesluteolíticosemva- casqueestãocicIandonormalmente,deter- minandoaquedadosníveisdeprogesterona, desenvolvimentofolicularepicodeLH den- tro detrêsdias. Existeminúmerasalternativasparauso dasprostaglandinas.Natabela3.2,sãoapre- sentadasalgumaspossibilidadesdeusodas PGs. É interessantesalientara importância daaplicaçãodaPG duranteo diestro,daías distintaspossibilidades.As metodologiades- critasapresentamvantagensedesvantagens etêmsidoadaptadasemodificadasnosúlti- mosanosemfunçãodasnecessidadesdeuso emcadasistema.Um outroaspectoimpor- tanteparaserenfocadoéa facilidadeeeco- nomicidadede cadasistema,umavez que muitasvezesrequeremexperiêncianaavalia- çãoginecológicaparaadetecçãodeumava- cacicIandoe!oucomCL nosováriosparaa tomadadedecisãona injeçãodaPG. É necessáriorealizaralgumasconsidera- çõesgeraisarespeitodessessistemasdesin- cronizaçãode estroscom prostaglandinas descritosnatabela3.2.AsPGs provocama regressãodocorpolúteosomenteentreo 5° eo 16°diadociclo,conformediscutidoante- Tabela3.2. Resumodosviasdeinjeçãoe sistemasde administraçãodasprostaglandinas. Sistema . Duasinjeçõescomintervalode 11 dias. - Injetartadosasvacase inseminor;re-injetarasquenõoresponderamem 11 dios. .Inseminornormalmentepor5 a 7 diose injetaros remonescentes,continuondoo inseminoçãopormois5 dios. . Avaliaçãoginecológicae injetaroscomcorpolúteo -Injetarvacascomprogesterono,noplosmo,superioro 1 nglml ou, noleite,superiora 5 ng/m!. - Avalioçãoporultr~ome injetarascomcorpolúteo. MomentadaIA Préfixadoopós72 e 96 ou80 horas Após defecção de estro Após defecção de estro Após defecção de estro Após defecção de estro Após detecção de estro Gordon,1996 riormente,ouseja,napresençadeumcorpo lúteofuncional,causandomanifestaçãode estroeovulaçãoemumperíodoentre2 a 5 diasapóssuaadmini~tração.O momento exatoentreaadministraçãodePG eamani- festaçãodeestrovaidependerdapopulação defolículosno ovário.Por exemplo,vacas quenãoapresentamumfolículodominante entrarãoemestroapósaquelascomumfolí- culodominanteemfasefinaldedesenvolvi- mento.Poressarazão,osanimaisapresenta- rão estroem diferentesmomentosapósa aplicaçãodePG. Assimsendo,osresultados deinseminaçãoartificialcomhoráriopré-fi- xado,apóssincronizaçãocomPG, sãorelati- vamentebaixos,nãoultrapassandoos 20 a 40%degestação.Alémdisso,antesdo co- nhecimentodasondasfoliculares,preconiza- vam-seduasaplicaçõescomintervalode 11 dias.No entanto,considerandoa emergên- cia da onda folicular, melhor sincroniaé obtidacomduasaplicaçõescomintervalode 14dias(FolmanetaI., 1990). O primeiroprocedimentopararealizar umasincronizaçãodeestrosédeterminarse osanimaisestãocicIando.A determinaçãoda presençadeestruturasovarianasparadeter- minarseumanimalestácicIandoéextrema- mentefalho.As ondasfolicularesiniciamem torno de 10 diaspós-parto,resultandona possibilidadedefolículosdominantesdesen- volvidosemvacasemanestro.Poroutrolado, odiagnósticodapresençadecorpolúteopor palpaçãoretalémuitopoucopreciso,consi- derandoqueumapercentagemsignificativa sedesenvolveno interiordoovário.A verifi- caçãodacontratilidadeuterina,associadaà estruturaovariana,aumentaas chancesde umadeterminaçãomaiscorretadociclo.Va- casemfaseestrogênicaapresentamo útero comcontratilidadeuterinaacentuada,emfa- seprogesterônica,comcontratilidadeuterina médiae,emanestro,contratilidadeuterinare- laxada.No entanto,ométodoidealparadeter- minarseosanimaisestãocicIandoécontrolar o estrodurantecincodiasantesde iniciaro procedimentodesincronizaçãodeestros.Se umapercentagemde,aproximadamente,5% dosanimaisapresentaremestropordia,deter- mina-sequeoloteestácicIando.É importante salientarque,emsistemaslongosdesincro- nizaçãodeestros,osanimaispodempararde cicIar.Considerandoessefato,o sistemade 10dias(inseminandonormalmentepor5dias, injetandoPG nasremanescentes,no5°dia,e continuandoa inseminaçãopormais5 dias) temavantagemdedeterminarseosanimais estãocicIandoantesdaaplicaçãodePG. Se menosde20 a25%dasvacasnãoapresen- taremestronoscincoprimeirosdias,signifi- ca queasvacasnãoestãocicIandoemsua maioriaequeo sistemadesincronizaçãode estrosnãodeveserrealizado. Comoilustraçãodeumsistema,serádes- critoemmaioresdetalhesodesenvolvidopor SufiéetaI. (1985).O sistemainclui10dias 45 deinseminação,cominjeçãodePG nasque nãomanifestaramestroatéo quintodiade serviçoe inseminaçãopor maiscincodias, empregandoumquintodadosedePG (mi- ni-dosedePG) nasubmucosavulvar(Figura 3.11).A despeitodeinúmerasdiscussõesso- brea possibilidadeda reduçãodadoseser efetivamentedecorrentedaviadeaplicação, foidemonstradaediversasvezesrepetidano Brasilautilidadedessesistema.O mesmogru- podepesquisadoresquedesenvolveuesse protocoloempregouessesistemaemmais de60.000vacasemdiversaspropriedades, obtendoumaamplitudede70%a 95%de vacasemestroeumapercentagemmédiade 75%devacasemestroduranteos 10dias deserviço.Éimportanteressaltarqueamini- dosenãoépreconizadaparaoutrosistema quenãoode10diase,evidentemente,éum processoparaacasalamentodenovilhase vacasvaziasdecorteciclandoenãoparaser usadonopreparodevacasdoadorase!oure- ceptorasemprogramasdetransferênciade embriões.Essaconclusãoécorroboradapor ensaiossobreo comportamentodevacas comestrosincronizado,cujasevidênciassão dequehámodificaçãodomomentoprevis- toparaavisualizaçãodossinaisdeestroem funçãodotamanhodapopulaçãoenúmero devacasemestro(Medranoetal.,1996,Hom etal.,2001). Nessesistemade10dias,asvacassãoexa- minadasnodiaOcomo objetivodeeliminar vacascomproblemasclínicosdereprodução e,aquelas,eventualmente,já gestantes.Du- ranteesseexame,jáépossívelseterumaopi- niãogeralsobreo estadodeciclicidadedos animais.Emumconjunto,animaisembaixas condiçõesnutricionais,ováriospequenose afuncionais,úterorelaxado,indicamcondi- çõesevidentesdeanestro.No diaO,asvacas queestiverememestronoturnodamanhã, ou seja,aquelesanimaisquenãotemosco- nhecimentodo início do estro,nãodevem serinseminadose devemingressarno pro- grama.As vacasemestropelapartedama- nhãdevemserinseminadasnapartedatarde e,asvacasemestroà tarde,devemserinse- minadasnopróximodiapelamanhã,assim, sucessivamente.No dia5demanhã,umtotal deaproximadamente25%dasvacasdevem tersidoinseminadas.Seumapercentagem J I ObservaçãodecioeInseminaçãoArtificial 1 5Dia O 1 Po;necológicoeiníciodas Mini dosede inseminações 25%dosanimaisdevemser inseminados 10 Figura3.11.Sistemade 10dias,com1/5 dadosedePGF2<xnasubmucosavulvar(mini-dose),parainseminação artificial(IA)devacase novilhasde corteciciando. 46 menorque15-20%dosanimaisdemonstrar estro,oprocessodevesersuspenso,poisisso demonstraqueumagrandepartedos ani- maisnãoestácicIando.Asvacasquenãoen- trarememestronodia5devemreceberuma mini-dosedePG nasubmucosavulvar.A PG deveseraplicadanasubmucosavulvarcom agulhas25/7 (parausohumanoemaplica- çãointramuscular)paraquenãoocorrare- fluxo.No 8° dia,ocorreum pico deestro, sendoobservadoemtornode20%deestro, dototaldasvacassubmetidasaoprograma. Assim,seforemsubmetidas300vacascicIan- do,aproximadamente,60vacasestarãoem estrono 8°dia,distribuindo-seemtornode 30 vacasemcadaturno:Esseé o número máximodevacasqueuminseminador,com umajudante,podeinseminarsemqueosín- dicessoframprejuízos.Seonúmerodevacas formaiorque300,deve-serealizarumaapli- caçãodePGF2<xem50%dasvacasquenão entraramemestroatéo 5° diae,no 6°dia, realizaraaplicaçãonasdemaisvacasquenão receberama PGF2<Xe não demonstraram estro.Nessecaso,oprotocolodeveserpror- rogadoatéo 11°dia.Dessamaneira,nãoha- veráumacúmulodevacasasereminsemina- dasemummesmodia.É importantemanter 5 diasapósa aplicaçãodeprostaglandina, ouseja,seforaplicadono 5°,6°ou 7°dia,a identificaçãodeestroeinseminaçãoartificial deveestender-seatéo tO°, 11°ou 12°dia, respectivamente. Uma outrapossibilidadequepode ser consideradaéqueoexameginecológicoseja efetivadonoquintodiajuntamenteainjeção daPG, essaalternativapodeserútil,visando reduzirumavisitaà propriedade,aliadaao fato,queo próprioprodutorpodeabortaro iníciodoserviçocasoonúmerodevacasem estrosejasignificativamentemenorqueoes- peradoteórico.Ou seja,menosde 15-20% emcomparaçãoaosesperados25%(Souza & Moraes,1998). ComparaçãodeDespesase Resultados Esperados Os diversossistemasdisponíveisparaa sincronização,quetêmsidodesenvolvidos, sãoúteisparasolucionarproblemasespecí- ficosdeumaregiãoe/outipodeexploração. Nemtodossãoaplicáveisdeformauniversal e semprequesãofeitascomparaçõescom baseshipotéticas,incorre-seemaltaproba- bilidadedeerro,pois,cadasistematemsuas vantagense desvantagens,dependendodo custodosinsumosa seremempregadosna- quelemomentoedisponibilidadederecursos humanose materiais.As comparaçõesque têmsidoexercitadasemoutraspublicações, efetivamente,objetivamreiteraranecessidade deumaamplaavaliaçãoantesdatomadade decisãodequalbiotécnicareprodutivadeve sermaisrecomendávelaoprodutor,naquelemomento,visandonãofrustrarsuasexpecta- tivas,pois,essasbiotécnicas,diretamentenão aumentama fertilidadecomoeleimaginae deseja(Souza& Moraes,1998). Controledo CicloEstralcomSincronização da Ovulação A sincronizaçãodaovulação,comoobje- tivodeinseminaçãoartificialemhoráriopré- fIXado,é umaferramentaimportantepara inúmerassituaçõesdemanejo,possibilitando ainseminaçãodosanimaisemumúnicodia. Um dosmétodosmaisutilizadoscomessa finalidadeé o Ovsynch(Figura3.tO). Esse protocoloutilizaumaseqüênciadeGnRH, PGF2<xeGnRH paraIA emhorário pré-fIXa- do (ThatcheretaI., 1989;PursleyetaI., 1995).O princípiodesseprotocoloconsiste emprovocara ovulaçãoeformaçãodeum corpolúteoouluteinizaçãodofolículodomi- nante,paraposteriorluteólisecomaaplica- çãode PGF2<x.A segundaaplicaçãode GnRH tema finalidadededesencadearo processoovulatórioe,comisso,aovulação sincronizada.O GnRHdeveseraplicadoem 47 umadosede 50 f..lga 100f..lg.FrickeetaI. (1998)aocompararemessasduasdoses,não observaramreduçãosignificativanosíndices degestação,reduzindoconsideravelmenteo custodo protocolo,como empregodame- nor dose.A primeiraaplicaçãodeGnRH é realizadaaleatoriamenteemrelaçãoao dia docicloestraI.Essaaplicaçãoresultaemcor- poslúteosouluteinizaçãode, aproximada- mente,85%dosmaioresfolículos.Apóssete dias,éaplicadaPGF/1.emtodososanimais doprogramae,36-48horasapós,éaplica- da a segundadosede 50 f..lga 100f..lgde GnRH. A inseminaçãoartificialdeveserrea- lizada12a 18horasapósa segundaaplica- çãodeGnRH (Figura3.10).A percentagem degestaçãocomessemétodoéemtomode 30-45%degestação,caracterizandoa pro- blemáticada fertilidadedavacaHolandesa dealtaprodução,relativosadetecçãodees- tro e fecundaçãopós-parto(Frickeet aI., 1998,LynchetaI.,1999).Diversosensaios utilizandoprogesteronae/ouprogestágenos associadosa estradioltêmsidodesenvolvi- dos na últimadécada,visandofacilitara identificaçãodeestroouresolveroproblema doanestroanovulatóriodevacasemlactação (McMillanetaI., 1995;Xu etaI., 1995). Recentemente,foi descritoumprotocolo parasincronizaçãodaovulaçãocompercenta- gemdegestação,aproximadamente,de60%, utilizandoprogesterona,benzoatodeestradiol (BE)ePGF/1.paraIA comhoráriopré-fixa- do (Bridgesetal., 1999).Nesseprotocolo, progesteronaintravaginalé mantidapor 7 dias,sendoaplicadaumainjeçãode2mgI.M. deBE nomomentodacolocaçãododisposi- tivointravaginal.No momentodaretiradada progesterona,éaplicadaPGF2cx,seguindoa aplicaçãode1mgdeBE I.M. 30horasapós. A IA deveserrealizada28a 30horasapósa segundaaplicaçãodeBE (Figura3.10). O custohormonaldecadasistemapode serfacilmentecalculadoe variadeacordo 48 como produtocomerciala serutilizadono mesmoou entreprotocolos.Fornecendo subsídiosparacalcularocustodasincroniza- çãodaovulaçãoparaIA emhoráriopré-fixa- do emrelaçãoao sistemaconvencionalde sincronizaçãodeestros,éimportantesalien- tarqueaprincipaldiferençaentreosproces- sosestáno custodo sêmen,emfunçãode queo númerodedosesdesêmenporvaca inseminadasempreémaiornaIA comhorá- riopré-fixadodoquenaIA comobservação deestro.Evidentemente,essefatoestáem decorrênciadaeficáciadoprotocoloedane- cessidadede inseminarvacasquenãoovu- IamnaIA pré-fixada.Osprotocolosdeindu- çãoda d'vulaçãoparaIA com horáriopré- fIXadopodemfornecerresultadossimilares aossistemasdesincronizaçãodeestroscon- vencionais,com vantagensde eliminara observaçãodeestrosepermitirqueopróprio Médico Veterináriorealizea inseminação artificial,alémdeváriasvantagensintrínsecas aoprocessodeinseminartodasasvacasem horáriopré-determinado.Na Figura3.12,é apresentadoum desenhoesquemáticoque ilustraasduaspossibilidadesdesincroniza- ção,comobservaçãovisualdeestrosdurante cincodiasecominseminaçãoà tempofIXO, emambososcasos,éilustradaapenasapos- sibilidadedereinseminaçãocomobservação deestros,considerandovacasciciando,oque permitepelomenomenosduasoportunida- desparacadavacafecundaremperíodosde 16e 20 diasdeserviçoefetivo.Uma outra possibilidadequepodeserconsideradaé o empregodeumnovoprotocolodeindução deovulação,paravacasquenãotenhamsido inseminadas. ConsideraçõesFinais A sincronizaçãodeestrosedaovulação sãoinstrumentosparafacilitareincremen- tara fertilidadenossistemasdeprodução animal.Essesprotocolosnãopodemseruti- Sistema com observaçãode estros -7 -I 4 I> :~ 19 28 Sistema com inseminação a tempo f"1xo Sincronização da ovulação -7 t 4 ',~ -I ~ Re-sincronização sedesejado 19 t 28 . Periododesuplementaçãocomo gestágeno ~ Inseminação56h apósa remoçãodospessários ~ Observaçãodeestrose re-inseminações D Observaçãovisualdeestrose inseminações U Periododerepouso Figura3.12. Protocolosde sincronizaçãode estrocomobservaçãovisuale à tempofixo. lizadosindiscriminadamente,nãosendore- comendadosparatodosossistemasdepro- duçãobovinae ovina.Antesdeoptarpor empregaressessistemasnaIA,énecessário realizarumaavaliaçãodetalhadadarelação custo/benefícioàscondiçõesdaempresa ruralqueiráabsorveressatecnologia.Alguns fatoresimportantesnasincronizaçãodees- trospodemserdestacados.Primeiramente, ossistemasdesincronizaçãodeestrossão utilizadosemvacassolteirasenovilhas,ten- doemvistaqueossistemasdeinduçãode estroséquesãoosapropriadosparavacas comcriaaopé.Comosprotocoloshormo- naisatualmentedisponíveis,osresultados esperadossãodecercade70a80%deva- casinseminadasemumprimeiroserviço.Se nãoforrealizadoumrepassecomIA,opro- dutorteráemtornode50a60%deternei- rosdeIA nasvacassolteirasenovilhas,sen- doosdemaisfilhosdostourosderepasse. Essesresultadossãoextremamentebaixos quandocomparadosaos90%obtidosnasIA convencionaisporumperíodode45dias. No entanto,osresultadosseaproximamse forrealizadoumrepassecomvacassincro- nizadas,quealternativamentepodeserfeito atravésdecontroledeestrosere-insemina- çãodurantequinzediasourepetindoopro- tocolodesincronizaçãoem25-60%dasva- cas,o queaumentaconsideravelmenteo custoporvacagestante. Um outrofatorimportanteéo número devacasinseminadasemumdiaporum inseminador.Efetivamente,esteproblema dependeda infraestruturadapropriedade paraa execuçãodosserviços,visandonão excedero quejá foi comentado:umúnico inseminador,comumajudante,nãodeverá inseminarmaisdoque,aproximadamente, 49 30vacasporturno.O importanteéquetodo oprocessodesdeodescongelamentodo sê- menatésuadeposiçãonotratodavaca,não sejaprejudicadopelonúmerodevacasase- reminseminadas.Alémdisso,o percentual de gestaçãoestádiretamenterelacionado coma qualidadedo sêmene a experiência doinseminador.À medidaquesãointroduzi- dasmaistecnologias,maioresdeverãoseros cuidadosaseremtomadoscomtodosospro- cedimentosenvolvidos,osquaisestãodireta- menterelacionadoscomosíndicesobtidos. Por isso,édegrandeimportânciarealizara IA comsêmendeótimaqualidadefecundan- tepor inseminadoresbemtreinados. Na prática,os maioreserrosobservados naaplicaçãodeprotocolosdesincronização de estrospodemestarrelacionadoscom a identificaçãodecorpolúteoporpalpaçãore- taleaplicaçãodePGF2a.O erronaidentifi- caçãodecorpolúteo,geralmente,resultaem índicesmuitoaquémdosesperadosemter- mosdevacasemestroduranteo períodode sincronização.Osprotocolosqueconsideram apopulaçãodevacasateroestrosincronizado sãosuperioresaosquerealizama aplicação apósdetecçãodecorpolúteopor palpação retalouapóstestesdepro~esteronano leite (HeuwieseretaI.,1997).E importantecon- siderarquenoprocessodesincronizaçãode estrosdevemosconsiderara populaçãode' animaise nuncacasosindividuais,comoa identificaçãodo corpolúteo.Seos animais estãocicIando,o protocolodeveconsiderar essefato,propiciandosistemasquerespeitem aatuaçãohormonal,enãoaestruturaovari- ananomomentodaaplicaçãodohormônio. Finalmente,atécnicadesincronizaçãode estrostemdiversasvantagens,asquaispo- demserexemplificadaspelomenorperíodo de inseminação,o qualpodevariarde 1 a 12dias;comconcentraçãodenascimentos epadronizaçãodosterneirosparacomercia- lização;antecipaçãodegestaçãoereflexona 50 temporadaseguinteparaavacaficargestantenovamenteemumperíododeumano;utili- zaçãodeépocasdoanoótimasemtermos dedisponibilidadedepastagem;otimização depotreirosediminuiçãodeatividadesrela- cionadascoma IA naempresarural.Esses benefíciosdevemserponderadoscomoin- crementodocustoporterneironascidoem algunsprotocolosereduçãoemoutros,con- siderandoaaquisiçãodetourosequalidade dosterneirosnascidos.Noentanto,deveser cristalinoo fatodequequalquerprotocolo desincronizaçãodeestrosnadamaisé do queaantecipaçãodoestroqueocorrerianor- malmenteemtodososanimaisemumperío- domédio-de21dias.Assim,o protocolode sincronizaçãodeestrosnãodeveseestender porumperíodomuitolongo,seaproximan- doaos21dias,emdecorrênciadoseucusto intrínseco,pormenorqueeleseja,podein- viabilizartotalmenteo sistemadeIA. 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