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O Papel das universidades frente à globalização
O processo de globalização e com ele o de informatização trouxeram mudanças históricas e significativas para a sociedade e esse fenômeno atinge todas as escalas e integra a economia, a sociedade a política.
 Atual contexto de globalização no qual nos encontramos, leva nos crer que devemos estar sempre acompanhando as novas tendências para não ficarmos atrás perante a concorrência.
Com as universidades essa realidade não é diferente, elas tem de estar atentas às novas tecnologias uma vez que os docentes estão cada vez mais exigentes no âmbito ensino aprendizagem. Esse processo de globalização a partir da revolução industrial trouxe muitos benefícios para a sociedade, porém como iremos abordar no presente trabalho, trouxe também uma precarização do ensino e uma exclusão social vinda da fatia da sociedade que é detentora do poder.
Ao falar-se em universidade é notório que a sua influência na sociedade bem como a influência que a sociedade tem sobre ela são fatores essenciais para o crescimento das universidades. Como em tudo que existe a globalização, a tecnologia e os avanços na ciência, influenciam nas explicações e concepções criadas sobre a universidade. Todos esses fatores estão diretamente ligados. Segundo Sobrinho (2005) a universidade não pode ser explicada a partir de uma única idéia ou de um só princípio interno. Pois vários fatores envolvendo a origem dos tempos, a ciência, a cultura, as revoluções, as greves, as reinvindicações, são fatores que traçaram o perfil das IES. Como em qualquer outro ramo da sociedade, não se pode criar uma concepção do novo sem tomar como base as raízes que o formaram, pois não existe presente sem um passado que deu base.
No entanto, este famigerado processo de globalização exerce uma pressão extrema no que diz respeito à universidade, pois as mesmas são muito cobradas e avaliadas a todo tempo sem possuir estrutura para responder a essas questões. A sociedade cobra muito por ter muitas facilidades em outros setores através dessa globalização e a demanda torna-se maior que o que elas podem oferecer.
Todo o processo histórico de formação das universidades também é fator decisivo no perfil histórico das mesmas, esse perfil foi traçado embasado nos acontecimentos históricos, principalmente no que diz respeito às mudanças sociais que aconteceram a partir da revolução industrial.
O processo de globalização e com ele o de informatização trouxeram mudanças históricas e significativas para a sociedade e esse fenômeno atinge todas as escalas e integra a economia, a sociedade a política. Essas mudanças atingiram principalmente as universidades, nesse contexto faz-se necessário que as mesmas participem desse processo sem esquecer as bases que fomentaram sua estruturação, pois para a concretização e o crescimento das universidades vários fatores históricos foram responsáveis como as reivindicações já anteriormente citadas.
Porém, todo esse processo de lutas, conquistas das universidades e consolidação levantou também outra questão: A sociedade torna-se pobre quando enfatiza o capital e esquece o humano, isso é claramente apontado no processo de precarização das práticas docentes, aonde por conta do regime capitalista no qual estamos inseridos os professores são levados a fazer parte deste sistema, para poder ter condições de aperfeiçoar-se com qualidade, e assim poder oferecer aos seus alunos um aprendizado eficaz, sendo capaz de acompanhar às novas tecnologias. Para isso ele se vê frente a diversos empregos para ter como custear tais despesas, que tem acima de tudo a finalidade de qualificação.
Todavia, de outro lado, acompanhar as tendências e estar à frente das novidades também é papel das universidades, pois através de tais tendências ela pode produzir ciência, recursos, tecnologia, trazendo assim progresso para a sociedade. Uma vez que os alunos estão sempre conectados ao novo e irão sem nenhuma sombra de dúvida cobrar do professor que ele acompanhe todo esse processo, ou então irão conseguir driblar os professores com trabalhados copiados da internet, com novas formas de colar nas avaliações enfim como todas as ferramentas que a internet possibilita assim o docente têm de estar ligado às novidades virtuais. E a IES precisa dar suporte para que os docentes se qualifiquem.
Já alguns críticos ao processo de globalização, pois a partir do neoliberalismo o estado passa a ter a finalidade de satisfazer a parte rica da sociedade objetivando a lucratividade, eles a enxergam como um fator que distancia realidades sociais através da concentração de capital nas mãos de poucos, onde apenas uma pequena parte da sociedade detém o poder através de acúmulo de capital, e a grande maioria da sociedade vive com os recursos reduzidos sendo sujeitos às dominações por parte dos ricos. É necessário também avaliar os países as realidades onde não existe educação de nenhuma forma.
Outro fator também de exclusão é o que diz respeito à chamada era digital, como grande parte da população não possui internet, o acesso rápido às informações e as novas tendências, bem como a produção de ciência e tecnologia tornam-se limitados, pois na internet são disponibilizados livros que muitas vezes os acadêmicos não têm acesso a adquirir por conta dos elevados valores, existem também muitos artigos e revistas científicas, enfim um aparato de informações não só nacionais mais também internacionais que permitem um maior intercâmbio entre as culturas.
A partir destes dados podemos observar claramente quem domina e quem é dominado, o primeiro sendo detentor da tecnologia e do conhecimento impõe as regras para o segundo que na sua condição se vê obrigado a assumir este papel diante das suas necessidades e suas condições de vida.
Porém, o que levou a esse quadro de subdesenvolvimento não é totalmente culpa da concentração de capital nas mãos de poucos e sim do não investimento na educação, recursos federais são destinados a programas sociais, a fabricação de armamentos, e a educação? Nem 10% do PIB (Produto Interno Bruto), é destinado a educação.
A ONU (Organizações das Nações Unidas) por sua vez, tenta amenizar toda essa problemática com a criação das metas do milênio, que possuem propostas brilhantes como erradicação da miséria, combate a violência aos conflitos de origens culturais e étnicas e etc. Mais falta aos gestores uma visão de que o investimento na educação é capaz de transformar realidades, de formar profissionais cientes dos seus deveres para com a sociedade, e assim com profissionais qualificados os setores industriais, comercias teriam desenvolvimento bem como irá reduzir o número de violência de despesas com prisioneiros de violência no trânsito aonde são gastos milhões com acidentes de motoqueiros. Enfim com um investimento correto na educação a comunidade estaria preparada para lidar com todas essas adversidades.
Todos os avanços tecnológicos anteriormente citados nos mostram que a globalização os avanços tecnológicos e na ciência, refletem diretamente na educação superior. Embora as universidades nos dias de hoje tenham deixado de lado suas propostas dos anos 60 e 70, dentre elas o papel central na democracia, para assumir o papel de capacitar pessoas para o mercado de trabalho, devido à pressão sofrida pelo avanço tecnológico, pelo avanço da concorrência, pelo advento de IES particulares e pela própria exigência dos discentes. Deixando de lado um fator essencial que deveria ser a base de todas instituição de nível superior que o incentivo ao aluno para participar de projetos de iniciação científica.
O papel das universidades surge como base da competição no mercado de trabalho, ela será produtora de conhecimento e de fontes de riquezas através do capital humano. Todavia apesar do seu papel fundamental e pontual para a sociedade o poder público não investe o que necessário seria para o aperfeiçoamento das IES, os programas de incentivo à graduação e a pesquisa, destinam uma quantidade ínfima de recursos, deixando assim as instituiçõessem verba para oferecer serviços de qualidade e dando margem para as universidades privadas tomarem o mercado e proporcionarem aos alunos conforto, comodidade e aulas sem interrupções, diferente da realidade das instituições públicas onde ainda há um déficit em relação a essa realidade. Esse padrão embora obscuro surge de realidades de países ricos.
A competitividade é um fator presente no mercado de trabalho que define o perfil atual desejado pelas organizações. Segundo Silva (1999) competência é a capacidade que o individuo tem de resolver situações problemáticas. Para isso o profissional tem de estar à frente das novas tecnologias e dotado de saberes que são adquiridos através de uma boa formação acadêmica.
Mais uma vez levanta-se a discussão sobre a mercantilização da educação, o discente em busca de um serviço de qualidade depara-se com uma infinidade de instituições particulares que oferecem acima de tudo qualificação rápida, de qualidade de preço acessível e com garantias de uma boa colocação no mercado de trabalho, e como através do processo de globalização e mercado capitalista o nos quais estamos inseridos é somente isso que interessa aos universitários, uma boa remuneração e colocação adequada no mercado. Todavia questionasse a qualidade desse alunado, se ele está ali apenas por uma visão econômica, aonde encontrar espaço para pesquisa? Essa realidade é presente nos dias de hoje.
A globalização não possui apenas um lado ruim, muito pelo contrário, através dela o acesso à ciência e a pesquisa tornam-se possíveis a nível mundial, através da introdução de novas temáticas nas pesquisas, e difusão dessas pesquisas. Três fatores são avaliados no que tange a globalização:
Quantitativo: aumento nos níveis de conhecimento;
Produção de conhecimento: Aplicação do conhecimento na prática;
Impacto do conhecimento: O que ele traz de benefício para a sociedade.
As universidades têm desempenhado um papel fundamental ao tratar-se de pesquisa, pois através delas os alunos têm a capacidade de ampliar os seus conhecimentos e descobrir ciência e ajudar no desenvolvimento da sociedade, através da produção de novas tecnologias de medicamentos, enfim de tudo o que de alguma forma contribui para esse desenvolvimento. Podemos destacar dentre outros o avanço da ciência no século XX que foi possível através da pesquisa.
Vê-se então a importância das esferas públicas incentivarem as universidades, pois elas são detentoras de indivíduos que possuem conhecimento e são capazes de desenvolver várias atividades que ajudem a comunidade. Os projetos que são elaborados pelos alunos são de extrema relevância. A partir de então surgem vários questionamentos. Segundo SOBRINHO (2005) como conciliar o espírito de reflexão e autonomia pessoal, a liberdade intelectual, com as necessidades práticas da vida cotidiana? O indivíduo se vê a frente de várias problemáticas e mais uma vez as universidades têm de ter um papel fundamental e norteador nessas questões.
Toda a nação necessita de universidades de qualidade, a formação dos jovens se dá através disso e a consciência dessa responsabilidade é fator que deve ser colocado acima e além de outras prioridades. As universidades devem ter a consciência de que o seu papel é de formar cidadãos e acima de tudo valorizar a dignidade humana, pensar no futuro da comunidade com responsabilidade social. E que ela não seja uma propagada de uma globalização que exclui as pessoas e sim responsável por inclusão social.

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