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LAUDO PSICOLÓGICO 1. Identificação Nome: R. Sexo: masculino Idade: 8 anos Data de nascimento: 16 de agosto de 2002 Escolaridade: cursando o 2° ano do ensino fundamental 2. Descrição da demanda Paciente encaminhado pelo médico neurologista e pela escola do R., para uma avaliação psicodiagnóstico, em função das dificuldades de aprendizagem. Os pais relatam que o rendimento escolar do filho se encontra prejudicado, demonstrando funcionar de forma mais lenta quando compara com os outros alunos da sala. O R. apresenta dificuldade na aquisição da leitura e nas habilidades de escrita. O exame neurológico não apontou nenhum aspecto que possa explicar as dificuldades mencionadas. Segundo os pais a família funciona de uma maneira rígida, principalmente em questões de organização na casa, com horário e em relação a limpeza. R. relaciona bem com os pais e com os amigos na escola. Sendo que convidado para festas, só vai com os pais. 3. Procedimento Foram realizados entrevistas e aplicações de testes psicológicos. Foram feitos entrevista lúdica, desenho livre, desenho de figura humana, aplicação dos testes: Matrizes progressivas coloridas, escala especial; WISC-III (Escala de Inteligência Wechsier para Crianças); Teste Figuras Complexas de Rey- memoria; Teste das Fábulas, forma pictórica. 4. Analise R. é uma criança simpática, estabeleceu um rápido vinculo. Apresentou disponível para trabalha, respondendo as tarefas propostas e atendendo as solicitações. Porem diante de demandas interpretadas por ele como difícil, demonstrou ansiedade e certo desconfortos desconcentrando e manifestando desejo de brincar com os materiais lúdicos. No Teste Matrizes Progressivas Coloridas, obteve um nível intelectual como superior à média das crianças de sua idade, tendo como tarefa estabelecer inferências sobre relações existentes entre itens abstratos. O resultado permite constatar uma boa capacidade de exatidão e clareza de raciocino logico com adequado poder de discriminação. Os resultados obtidos por R. no WISC-III, indicou um desempenho intelectual também, acima da média para a sua idade. Tendo uma discrepância ente os resultados na área verbal e os resultados na área de execução de 7 pontos, mas não chega a ser estatisticamente significativo, considerando que está dentro da normalidade. De maneira geral, em termos de funções cognitivas, é possível constatar capacidade de raciocínio logico, de lidar tanto com situações concretas como com símbolos abstratos, diferenciando aspectos essenciais dos não essências, capacidade de análise-síntese e habilidades para o aprendizado. Em relação aos aspectos de memória, R. obteve no Teste de Rey pontuação média inferior na fase da cópia e media na evocação tardia, indicando uma razoável capacidade de precisão e reprodução. Neste teste é necessário fazer o uso de lápis e papel, o que em relação ao R. provocou uma certa resistência para o manejo desses materiais, desconcentrando e o desmotivando. Nos testes gráficos, de maneira geral, observam-se desenhos pouco elaborados que sugerem funcionamento visomotor similar de uma criança mais nova, indicando a presença de alguns aspectos emocionais como imaturidade, insegurança, retraimento e falta de confiança. Estes aspectos mencionados, assim como a discrepância no teste WISC-III e o menor rendimentos em alguns dos subteste, possivelmente se podem explicar por efeitos de aspectos emocionais como falta de tolerância a frustação e perda de interesse na tarefa e não por fatores associados a déficits cognitivos. Frente ao Teste das Fabulas, a proposta de contar ou dar um final para histórias infantis é possível observar que R. escolhe personagens que, ao encararem situações e problemas optam por saídas de enfrentamento que suscitam ansiedade, não conseguindo fazer uso dos recursos internos, de forma autônoma, percebendo o ambiente como um tanto ameaçador. As fantasias expressadas giram em torno das temáticas de perda, abandono, impotência e dependência. As ações são inseguras e a confiança é identificada em fontes externas de ajuda. 5. Conclusão Apesar de R. apresentar dificuldades na escola, não foram identificadas evidencias de problemas cognitivos. Podem ser consideradas, que as dificuldades de R. esta associadas a aspectos psicológicos que denotam imaturidade emocional. Cabe mencionar que não foi identificado nenhum comprometimento emocional sério, mas torna-se necessário a estimulação de comportamentos que possibilita a aquisição de habilidades sociais, independência, confiança, autoestima que possam contribuir, positivamente, com os anseios de ascensão pessoal que possibilitem atender as exigências internas e externas. Estimulando R. em relação as atividades da escola. 6. Encaminhamento Oriento ao pais levar R. para uma psicoterapia afim de conhecer as demandas do R. auxiliando em suas dificuldades emocionais. FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE GOIÁS CURSO DE PSICOLOGIA BRENNDA DOMINIKY JULIO BELGIA HELEN KEZIA TATIELY GONÇALVES DE OLIVEIRA PSICODIAGNÓSTICO Goiânia Junho/2017
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