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contabilidade publica

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
CONTABILIDADE PÚBLICA
NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE PÚBLICA E RESPECTIVAS APLICAÇÕES
RIO DE JANEIRO-RJ
2017
1 INTRODUÇÃO
As Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (NBCASP) representam uma evolução para a contabilidade publica brasileira, procurando atribuir um caráter científico não ficando relegada apenas por disposições legais. As NBCASP’s tiveram sua origem diante da necessidade, cada vez maior, de se obter informações autenticas dos entes governamentais e devidos ao processo internacional de convergência das praticas contábeis do setor publico. 
A NBCASP 16 que trata do Registro Contábil estabelece critérios para o mesmo, no registro dos atos e fatos que afetam ou possam afetar o patrimônio público, além das formalidades da escrituração contábil. É relevante tanto para a contabilidade, como para a administração pública estas mudanças das NBCASP’s, sendo de melhor compreensão do que se trata da NBCASP 16, que trazem para o setor público. 
2 DE ACORDO COM FUNAMENTAÇÃO TEORICO À NBCASP 
As Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Público foram criadas para facilitar o atendimento da nova regulamentação contábil e que pudessem levar a diante grandes inovações à contabilidade pública, pois tinha como objetivo fazer com que a área pública fosse dotada de normas que pudessem fornecer a orientação contábil, dentro dos Princípios Fundamentais de Contabilidade, e, ao mesmo tempo, que avançassem na consolidação e integração com as Normas Internacionais.
Um dos fatos principais da transição na contabilidade publica é a mudança do enfoque contábil, eminentemente centrado no controle orçamentário, para uma contabilidade publica patrimonial, com adoção do regime de competência para as receitas e despesas.
Conforme autores defendem suas conclusões a respeito da reforma aplicada ao setor publico:
“Acompanhando a tendência internacional de convergência dos padrões contábeis, foram publicadas em 2008 pelo CFC as primeiras normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público (LOPES, 2010, p. 2).”
“As diretrizes de harmonização abrangem também a contabilidade pública, até então afastadas das discussões sobre o tema. A expectativa para a área pública é que no ano de 2012 haja a convergência das normas contábeis brasileiras às Normas internacionais de contabilidade aplicadas ao setor público. Um dos pontos principais da transição na contabilidade pública é a mudança do enfoque contábil, eminentemente centrado no controle orçamentário, para uma contabilidade patrimonial, com a adoção do regime de competência para as receitas e despesas públicas (DARÓS & PEREIRA, p. 1).”
“A NBCT 16.5 dispõe sobre os critérios para o registro dos atos e fatos que afetem ou possam ir afetar o patrimônio das entidades do setor público, apresenta formalidades do registro contábil, trata da segurança da documentação contábil e discorre sobre o reconhecimento, mensuração ou avaliações aplicáveis (LOPES, 2010, p. 11).”
“A NBCT 16.5 dá ênfase à estruturação dos sistemas de informação contábil no momento em cita que este deve possuir plano de conta que contemple: Terminologia das contas e sua adequada codificação, identificação do subsistema a que pertence, a natureza e o grau de desdobramento, de forma que possibilite os registros de valores e a integração dos subsistemas; função e o funcionamento a cada uma das contas (circunstâncias de débito e crédito, inversão ou não dos saldos, se transporta saldo para o exercício seguinte, etc); utilização do método das partidas dobradas em todos os registros dos atos e dos fatos que afetam ou possam vir a afetar o patrimônio das entidades do setor público, de acordo com sua natureza orçamentária, financeira, patrimonial e de compensação nos respectivos subsistemas contábeis; contas específicas que possibilitem a apuração de custos; tabela decodificação de registro que identifique o tipo de transação, as contas envolvidas, a movimentação a débito e a crédito e os subsistemas utilizados (CFC, 2008).”
 “Os atos de gestão pública que provoquem efeitos de caráter econômico e financeiro no patrimônio da entidade devem ser mensurados monetariamente e registrados pela contabilidade, sendo reconhecidas e registradas integralmente no momento em que ocorrem. Quando houver conflito entre dispositivos da legislação e os preceitos das Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor Público, o profissional de contabilidade deve observar, para a elaboração das demonstrações contábeis, a diretrizes estabelecidas nessas normas, e evidenciar em notas explicativas, as disposições conflitadas da legislação específica (SEFAZ/RS, 2010, p. 2).”
A NBCT 16.5 dispõe que: “a entidade do setor público deve aplicar métodos de mensuração ou avaliação dos ativos e dos passivos que possibilitem o reconhecimento dos ganhos e das perdas patrimoniais” (CFC,2008).
3 DAS MUDANÇAS E INOVAÇÕES NA CONTABILIDADE PÚBLICA
As NBCASP foram aprovadas no ano 2008 pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), com o objetivo de renovar a Contabilidade Governamental, dando maior atenção ao Patrimônio Público como objeto da contabilidade. Tirando o foco apenas no orçamento.	
As NBCASP se dividem em 10 categorias das quais são:
NBC T 16.1 – Conceituação, Objeto e Campo de Aplicação;
NBC T 16.2 – Patrimônio e Sistemas Contábeis;
NBC T 16.3 – Planejamento e seus Instrumentos sob o Enfoque Contábil;
NBC T 16.4 – Transações no Setor Público;
NBC T 16.5– Registro Contábil;
NBC T 16.6 – Demonstrações Contábeis;
NBC T 16.7 – Consolidação das Demonstrações Contábeis;
NBC T 16.8 – Controle Interno;
NBC T 16.9 – Depreciação, Amortização e Exaustão;
NBC T 16.10 – Avaliação e Mensuração de Ativos e Passivos em Entidades do Setor Público.
3.1 NBC T 16.1 – Conceituação, Objeto e Campo de Aplicação
Para a NBC T 16.1 “Contabilidade Pública é o ramo da Ciência Contábil que aplica, no processo gerador de informações, os princípios e as normas contábeis direcionados à gestão patrimonial de entidades públicas, oferecendo aos usuários informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do Patrimônio da Entidade e suas mutações, em apoio ao processo de tomada de decisão e à adequada prestação de contas”. Onde a norma determina que o objeto de estudo seja o patrimônio da Entidade Pública.
Também estabelece o campo de aplicação e a unidade contábil. O campo de aplicação é para todos os entes que recebam recursos, guardem, aplicam e movimentam recursos públicos, e a todas as entidades que registram operações orçamentárias e atuem sob cumprimento de projetos e programas. 
A unidade contábil é a organização que possui patrimônio próprio, onde se divide em:
originárias – são as entidades organizacionais que possui em patrimônio próprio.
descentralizadas – aquelas que representam parcelas do patrimônio de uma mesma entidade pública. São exemplos de descentralização: por poder, por órgão, por unidade administrativa, por contas, entre outras;
unificadas – aquelas que representam a soma ou a agregação de elementos patrimoniais de duas ou mais unidades de natureza contábil. São exemplos de unificação: por poder, por órgão, por tipo de administração, por área de responsabilidade, entre outras;
consolidadas – aquelas que representam a soma ou a agregação de duas ou mais entidades públicas. São exemplos de consolidação: por esferas de governo, por natureza jurídica da entidade, entre outras.
A Resolução CFC 1.128/2008 com alterações efetuadas pela Resolução 1.268/2009 é responsável pela aprovação da NBC T 16.1, dando suas diretrizes à nova Contabilidade Pública dando maior ênfase no Patrimônio Público. 
O objetivo da NBC T 16.1 é determinar quais serão os usuários a execução da contabilidade aplicada ao setor público, onde o seu principal objeto é o patrimônio público não com o enfoque principal no orçamento como era. Também com o objetivode facilitar a comparação do controle pela contabilidade, assim evidenciando o grau da administração de cada esfera pelos seus respectivos repensáveis, demonstrando o nível de gestão. 
NBC T 16.2 – Patrimônio e Sistemas Contábeis
A definição de patrimônio público e a classificação dos elementos patrimoniais sob percepção contábil. Para a NBC T 16.2 “é o conjunto de bens e direitos, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados ou mantidos com recursos públicos, integrantes do patrimônio de qualquer entidade pública ou de uso comum, que seja portador ou represente um fluxo de benefícios futuros inerentes à prestação de serviços públicos”.
De acordo com a NBC T 16.2 a aspecto contábil do Patrimônio Público é estruturado da seguinte forma:
o Ativo compreende as disponibilidades, os bens e os direitos que possam gerar benefícios econômicos ou potencial de serviço;
o Passivo compreende as obrigações, as contingências e as provisões;
o Patrimônio Líquido representa a diferença entre o Ativo e o Passivo;
Na NBC T 16.2 o Sistema Contábil Público é contemplado pelas etapas de planejamento, execução, controle e avaliação. Este representa a macroestrutura de informações de todos os atos e fatos da gestão pública, para orientar o processo de decisão e a correta prestação de contas. É dividido em subsistemas contábeis como: de Informações Orçamentárias, de Informações Financeiras, de Informações Patrimoniais, de Custos e de Compensação. Tais subsistemas devem ser integrados a outros subsistemas de informação para gerar a administração pública o desempenho da organização, a avaliação dos resultados obtidos, das metas fiscais estabelecidas, dos riscos e das contingências fiscais.
Esta norma foi aprovada pela Resolução CFC 1.129/2008 com alterações efetuadas pela Resolução 1.268/2009. A NBC T 16.2 busca evidenciar ferramenta para uma melhor gestão dando um suporte maior para a tomada de decisão, para que seja efetuado este objetivo a norma estabelece os meios de controle executados pelos subsistemas da contabilidade.
3.3 NBC T 16.3 – Planejamento e seus Instrumentos sob o enfoque Contábil
Esta norma tem por objetivo evidenciar as diretrizes do controle contábil do planejamento efetuado pelas entidades do setor público. A norma NBC T 16.3 enfatiza o controle das entidades do setor público onde um dos mecanismos é a avaliação de desempenho, quando for demonstrado as diferença entre o que foi planejado e o que foi executado o mesmo deve ser esclarecido por meio das notas explicativas, que de acordo com a norma existem dois níveis de análise:
a coerência entre os planos hierarquicamente interligados nos seus aspectos quantitativos e qualitativos;
a aderência entre os planos hierarquicamente interligados e a sua implementação.
Também das diretrizes de como devem ser elaboradas as informações dos planos hierarquicamente interligados e também quanto a sua avaliação sobre a execução.
Esta norma demonstra a importância de planejamento e avaliação de desempenho se utilizando as ferramentas contábeis para avaliação da gestão, enfatizando a obtenção de informações sobre as decisões tomadas pelos gestores das entidades públicas.
3.4 NBC T 16.4 – Transações no Setor Público
Essa tem o objetivo de estabelecer conceitos, natureza e tipicidades das transações no setor público. As características das transações são descritas da seguinte forma: 
econômico-financeira – corresponde às transações originadas de fatos que afetam o patrimônio público, realizadas, ou não, em decorrência da execução do orçamento público, podendo provocar alterações qualitativas ou quantitativas, efetivas ou potenciais;
administrativa – corresponde às transações originadas de atos praticados pelos gestores públicos no exercício de suas respectivas competências legais, com o objetivo de dar cumprimento às metas programadas e manter em funcionamento as atividades da entidade pública, podendo provocar alterações qualitativas ou quantitativas, efetivas ou potenciais no patrimônio da entidade pública.
A norma também destaca os tipos de variações patrimoniais que são denominado de qualitativas e quantitativo. De acordo com a NBC T 16.4 “Entende-se como variações quantitativas as decorrentes de transações no setor público que aumentam ou diminuem o patrimônio líquido” e “Entende-se como variações qualitativas as decorrentes de transações no setor público que alteram a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido”.
A presente norma busca evidenciar por meio da contabilidade pública quais as ações tomadas pelos gestores e demonstrar quais foram os impactos causados por estes, assim evidenciando o grau de satisfação da sua gestão.
3.5 NBC T 16.5 – Registro Contábil
Esta norma relata sobre os critérios para o registro contábil dos atos e fatos que alteram ou possam alterar o patrimônio público.
De acordo com a NBC T 16.5 as características da informação contábil são:
objetividade;
confiabilidade;
comparabilidade;
compreensibilidade;
uniformidade;
verificabilidade;
visibilidade;
tempestividade;
utilidade;
imparcialidade;
fidedignidade; e
representatividade.
A Resolução do CFC que aprovou esta norma é a 1.132/2008. A NBC T 16.5 demonstra com deve ser efetuado os registros contábeis pela contabilidade pública, utilizando o seu devido plano de contas onde às informações devem ser asseguradas por meio de documentos verdadeiros assim assegurando a idoneidade da informação por meio de mensuração aplicável.
3.6 NBC T 16.6 - DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Objetivo de evidenciar as demonstrações contábeis a serem elaboradas e apresentadas pelo setor público. As demonstrações contábeis definidas no campo de aplicação das entidades do setor público são: Balanço Orçamentário, Balanço Financeiro, Demonstrações das Variações Patrimoniais, Balanço Patrimonial, Demonstração do Fluxo de Caixa e Demonstrações do Resultado Econômico. As Demonstrações Contábeis de cada exercício financeiro devem ser acompanhadas por anexos, outros demonstrativos exigidos por lei e pelas notas explicativas. Ao término de cada exercício financeiro, devem ser publicadas as Demonstrações Contábeis com identificação da entidade pública, com a assinatura da autoridade responsável e do contabilista da entidade devidamente registrado no Conselho Regional de Contabilidade, sendo colocada a disposição da sociedade.
BALANÇO PATRIMONIAL
De acordo com a NBC T 16.6 o balanço deve ser estruturado em Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido, têm por objetivo evidenciar qualitativa e quantitativamente a situação patrimonial da entidade pública. A classificação dos elementos patrimoniais considera a segregação em Circulante e Não-Circulante, com base em seus atributos de conversibilidade, exigibilidade e interesse social.
BALANÇO ORÇAMENTÁRIO
Esta demonstração tem por finalidade evidenciar o orçamento inicial, suas alterações, incorporação de superávit e suas estimativas, confrontando-os individualmente, com a execução da receita e da despesa. É estruturado de forma a evidenciar a integração entre o planejamento e a execução orçamentária.
BALANÇO FINANCEIRO
O balanço financeiro demonstra a movimentação de disponibilidades da entidade no período a que se refere, evidenciando: a receita orçamentária arrecadada, a despesa orçamentária paga, os recebimentos e os pagamentos extra-orçamentários, o saldo inicial e o saldo final das disponibilidades. 
DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
Esta demonstração tem por objetivo apurar o resultado patrimonial e evidenciar as variações patrimoniais qualitativas e quantitativas resultantes e independentes da execução orçamentária. As variações são agrupadas em:
Variações Patrimoniais Ativas: que proporcionam aumento da situação patrimonial da entidade;
Variações Patrimoniais Passivas: que proporcionam redução da situação patrimonial da entidade.
O Resultado Patrimonial do Período é apurado pelo confronto entre as variações patrimoniais ativas e passivas.
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA
A demonstraçãodo fluxo de caixa de acordo com a NBC T 16.6 apresenta a movimentação financeira histórica da entidade pública, programa, projeto, fundo ou outra unidade de acumulação relevante, permitindo ao usuário projetar cenários de fluxos futuros de caixa e elaborar análise sobre eventuais mudanças em torno da capacidade da entidade de manter o regular financiamento dos serviços públicos sob sua responsabilidade. Tal demonstração deve ser elaborada pelos métodos direto ou indireto e deve evidenciar as movimentações em três grandes grupos que são: fluxo de caixa das operações, fluxo de caixa dos investimentos e fluxo de caixa dos financiamentos.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ECONÔMICO
Esta demonstração tem o papel de evidenciar o resultado econômico, em cada nível de prestação de serviços, fornecimento de bens ou produtos pela entidade pública, obtido do confronto entre a receita econômica e os itens de custos e despesas dos serviços, dos bens ou dos produtos, oriundos dos sistemas orçamentários, financeiro e patrimonial em cada período. Deve ser elaborada considerando a interligação sistêmica com o Plano Plurianual e apresentar a seguinte estrutura: receita econômica dos serviços prestados e dos bens ou dos produtos fornecidos, custos e despesas identificados com a execução da ação pública e resultado econômico apurado.A receita econômica é o valor medido a partir dos benefícios futura gerada à sociedade pela ação pública.
NOTAS EXPLICATIVAS
As notas explicativas têm o papel de complementar as informações, cujo àquelas não evidenciadas nas Demonstrações Contábeis. Esta norma foi aprovada pela Resolução CFC 1.133/2008 com alterações efetuadas pela Resolução 1.268/2009. A NBC T 16.6 determina as demonstrações que devem ser utilizadas para verificação do desempenho da entidade pública analisando se os objetivos foram alcançados, e quais decisões foram tomadas pelos seus gestores para atingir os resultados demonstrados.
As notas explicativas são fundamentais para um melhor esclarecimento dos valores evidenciados nas demonstrações contábeis, as notas explicativas são obrigatórias junto às demonstrações contábeis, assim como os anexos obrigatórios por lei para prestar suporte às demonstrações contábeis.
3.7 NBC T 16.7 – Consolidação das Demonstrações Contábeis
As consolidações das demonstrações contábeis ocorreram com a soma dos grupos de contas eliminando as saldos em duplicidade. Os ajustes essenciais para a consolidação das demonstrações contábeis deverá ser executado sem que haja lançamentos contábeis, apenas por meio de documentos auxiliares. As notas explicativas que acompanham as demonstrações consolidadas devem possuir as seguintes características:
a identificação e características das entidades governamentais incluídas na consolidação;
os procedimentos adotados na consolidação;
as razões pelas quais os componentes patrimoniais de uma ou mais entidades governamentais não foram avaliados pelos mesmos critérios, quando for o caso;
a natureza e os montantes dos ajustes efetuados;
os eventos subseqüentes à data de encerramento do exercício que possam ter efeito relevante sobre as demonstrações contábeis consolidadas.
Evidencia os critérios para consolidação das demonstrações contábeis aplicadas ao setor púbico e suas entidades participantes, com o objetivo de identificar o valor agregado aquela entidade junto a suas participantes sejam elas fundo ou entidade da administração direta, autárquica, fundacional e empresa estatal dependente.
6.8 NBC T 16.8 – Controle Interno
Objetivo trata do controle interno da entidade pública com o objetivo assegurar a veracidade dos valores apresentados pela contabilidade pública e visando o cumprimento de sua missão. O controle interno é o conjunto de recursos, métodos e processos adotados pela entidade governamental objetivando garantir razoável grau de eficiência e eficácia do sistema de informação contábil. Tem-se como finalidade comprovar atos e fatos que afetem o patrimônio; garantir a integralidade das informações prestadas. Os procedimentos de prevenção compreendem-se no mapeamento de risco; avaliação de riscos e resposta ao risco. Os procedimentos de detecção compreendem meios de identificação de práticas ineficientes e antieconômicas, erros, fraudes. 
O controle interno das entidades do setor público de acordo com a NBC T 16.8 é classificado como:
operacional - aqueles relacionados aos resultados alcançados pela gestão;
contábil - aqueles relacionados à veracidade e fidedignidade dos registros e das demonstrações contábeis;
de cumprimento legal - aqueles relacionados à observância da legislação e regulamentos pertinentes.
A NBC T 16.8 evidencia como deve ser efetuado o controle por meio da contabilidade para que haja maior confiabilidade das informações apresentadas nos relatórios contábeis, assim evidenciado e avaliado nível de gestão e controle da entidade pública com maior exatidão.
6.9 NBC T 16.9 – Depreciação, Amortização e Exaustão
Estabelece diretrizes para o registro e avaliação de bens e como deve ser realizada a sua depreciação, amortização e exaustão. De acordo com a norma o registro da depreciação, amortização e exaustão devem ser abordadas os seguintes aspectos:
Obrigatoriedade do seu reconhecimento;
variação passiva independente da execução orçamentária;
Circunstâncias que podem influenciar seu registro.
O valor depreciado, amortizado ou exaurido, apurado mensalmente, deve ser reconhecido nas variações patrimoniais do exercício durante sua vida útil econômica. O valor residual e a vida útil econômica de um ativo devem ser revisados, pelo menos, no final de cada exercício; quando as expectativas diferirem das estimativas anteriores, as alterações devem ser efetuadas. A depreciação, amortização e exaustão devem ser reconhecidas até que o valor contábil do ativo seja igual ao valor residual.
Os métodos de depreciação, amortização e exaustão utilizados devem estar compatíveis com a vida útil econômica do ativo e serem aplicados uniformemente.
As Demonstrações Contábeis devem divulgar, para cada classe de imobilizado, em nota explicativa: o método utilizado, a vida útil econômica, a taxa utilizada, valor contábil bruto e a depreciação, amortização e exaustão acumuladas, no início e no fim do período.
Esta norma foi aprovada pela Resolução CFC 1.136/2008. A NBC T 16.09 determina como deve ser registrado e mensurado os ativos das entidades públicas evidenciado a quanto este bem poderá produzir riqueza, assim este bem poderá ser avaliado pelo seu valor de acordo com o seu grau de utilidade e seu tempo de vida útil a trabalho da sociedade.
3.10 NBC T 16.10 – Avaliação e Mensuração dos Ativos e Passivos em Entidades do Setor Público
Tem o objetivo estabelecer critérios de avaliação de ativos e passivos incorporado ao patrimônio das entidades públicas. Estabelece critérios para cada item integrante no patrimônio das entidades públicas, como as disponibilidades, créditos e dívidas, estoques, investimentos permanentes, imobilizado, intangível, diferido, reavaliação e redução ao valor recuperável.
 As disponibilidades em moeda estrangeira são expressas no balanço patrimonial do final do exercício ao câmbio vigente nessa data. Os ajustes e as diferenças de câmbio apurados são contabilizados em contas de resultado.
Os direitos de créditos e as obrigações serão avaliados pelo valor original, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do balanço. Os riscos de recebimentos de dívidas devem ser reconhecidos por meio de uma conta de ajuste, a qual será reduzida ou anulada quando deixarem de existir os motivos que a originaram. Os ajustes e as diferenças de câmbio apuradas são contabilizados em contas de resultado.
Os estoques são mensurados com base no valor de aquisição ou valor de produção ou construção. Os gastos de distribuição, de administração geral e os financeiros não são incorporáveis no valor de produção. O método de custeio das saídas dos estoques adotado é o custo médio ponderado. Quando houverdeterioração física parcial, obsolescência, bem como outros fatores análogos, deverá ser utilizado o preço de mercado. Relativamente às situações previstas nos itens anteriores, as diferenças serão expressas em contas de ajustamento dos estoques em contas de resultado.
As participações no capital de empresas serão mensuradas de acordo com o custo de aquisição, ou, quando relevantes, pelo método da equivalência patrimonial. Os ajustes apurados são contabilizados em contas de resultado.
O ativo imobilizado, incluindo os gastos adicionais ou complementares, deve ser mensurado ao valor de aquisição ou ao valor de produção e construção. Quando os respectivos elementos tiveram vida útil limitada, ficam sujeitos a depreciação, amortização ou exaustão sistemática durante esse período, sem prejuízo das exceções expressamente consignadas. Quando se tratar de ativo imobilizado obtido a título gratuito deverá ser considerado o valor resultante da avaliação obtida com base em procedimento de valorização desses bens devidamente justificada. No caso de transferências de ativos, o valor a atribuir será o valor contábil constante nos registros da entidade de origem, desde que em conformidade com os critérios de avaliação estabelecidos na presente norma, salvo se existir valor diferente fixado no instrumento que autorizou a transferência. 
Os bens de uso comum, que absorvem ou absorveram recursos públicos, serão incluídos no ativo permanente da entidade responsável pela sua administração ou controle, estejam ou não afetos à sua atividade operacional. A valorização dos bens de uso comum será efetuada, sempre que possível, ao valor de aquisição ou ao valor de produção e construção. 
Esta norma foi aprovada pela resolução CFC 1.137/2008. A NBC T 16.10 evidência como deve ser avaliado os diferentes tipos de ativos e passivos das entidades públicas, onde deve ser verificado o seu grau de gerar riqueza, o seu grau de liquidez para pagamento e recebimento, qual é o seu valor no mercado. Esta técnica é utilizada para que quando sejam elaboradas as demonstrações estas informações sejam evidenciadas com precisão para que a tomada de decisão seja tomada com um maior grau de certeza, e também para que os outros usuários da contabilidade pública evidencia o valor real do patrimônio pública da entidade.

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