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Flávia Helena da Silva 2017 Coração → distribuição de sangue e líquidos no organismo; Fluxo laminar; Maiores causas de morte súbita; A elasticidade das artérias produzem 3 forças: Compressão radial/distensão; Extensão longitudinal; Cisalhamento (reduz o atrito com a parede vascular); Corpo → coração: centrípeta (venosa). Coração → corpo: centrífuga (arterial). Nos capilares ocorre a perfusão sincronizada da microcirculação, ou seja, quando a metarteríola abre, as arteríolas médias e inferiores se fecham. Local onde ocorre a regulação do fluxo sanguíneo para os tecidos. O controle da microcirculação é feita pela regulação: nervosa, endotelial, hormonal e metabólica. Nervosa: inervação simpática; Hormonal: Vasopressina e Angiotensina I e II; histamina, bradicinina, prostaglandina; Endotelial: Óxido nítrico (NO) e prostaciclina (PGI²) (vasoconstritores); Metabólica: diferentes produtos de metabolismo, para manter um fluxo sanguíneo adequado. ↑ da quantidade de sangue intravascular em um órgão ou tecido. Ativa x Passiva x Mista Mista: Hiperfluxo associado a dificuldade de retorno venoso como nas inflamações. Provocada por dilatação arteriolar, ↑ fluxo de sanguíneo local; Causada por estimulação de vasodilatadores neurogênicos, metabólicos e por mediadores inflamatórios. Cor vermelho vivo (↑ grau de O²). Fisiológica x Patológica Fisiológica: Adaptação e necessidade de irrigação. Ex: m. esquelético (exercício físico) ; mucosa GI (pós prandial); face (raiva, vergonha); Patológica: Inflamações aguda; Ocorre saída de leucócito e plasma para o interstício para que ocorra o processo inflamatório. Inicialmente a inflamação tem uma hiperemia ativa, mas rapidamente ela se torna passiva e consequentemente mista. Decorrente da redução da drenagem venosa pela do retorno venoso em consequência de bloqueio obstrutivo ou compressão de veias por causas variadas. Por do retorno venoso sistêmico ou pulmonar como na IC. Cor vermelho-escura/azulada, devido a ↑ [] de hemoglobina desoxigenada. Fatores: Localizada x Generalizada Localizada: Retorno reduzido por bloqueio venoso obstrutivo e localizado; Ex: trombose, varizes, tumores, hematomas. Generalizada: Redução do retorno venoso sistêmico ou pulmonar, ↑ sistêmico da pressão venosa na Insuficiência Cardíaca (IC). Ex: edema, hemorragia por diapedese, degenerações (hipóxia), necrose, trombose venosa. ICD súbita: acomete o fígado que se torna tumefeito (noz moscada) → hepatomegalia → hemorragia por diapedese + hemossiderina. ICE: acomete os pulmões → edema pulmonar intersticial + hemorragia por diapedese com hemossiderina. Hipertensão porta leva a hiperemia passiva esplâncnica crônica. Retenção de sangue ↑ volume do órgão → esplenomegalia. Plaquetopenia, neutropenia, anemia = hiperesplenismo. O parênquima esplênico pode apresentar nódulos fibróticos endurecidos carregados de hemossiderina com áreas de calcificação e focos de hemorragia antiga devido a pequeno infartos esplênicos (nódulos de Gandy-Gamna). Resulta da insuficiência venosa por deficiência valvular das veias e da bomba venosa das pernas. A estase sanguínea provoca inicialmente edema que melhora quando o individuo está deitado. Ao longo dos meses/anos forma-se hemorragia por diapedese resultando em pigmentação hemossiderótica da pele provocando escurecimento (perna e pé). O retorno venoso é lento e pode levar a formação de trombose venosa profunda → embolia pulmonar. Pode formar úlceras cutâneas progressivas de difícil tratamento. Saída de sangue do espaço vascular ou vasos do coração para o meio externo (interstício ou cavidades). Interna x Externa A extensão do sangramento define o tipo de hemorragia (terminologia) do mecanismo envolvido. Petéquias Púrpura Equimose - traumatismos Hematoma - traumatismos Hemartro; sangramento articular Hemopericardio, hemotórax, hemoperitônio; Hemossalpinge, hematométrio, hematocolpo; Hemobilia; sangramento ducto biliar Epistaxe; sangramento nasal Hemoptise;sangramento na saliva ou tosse (TB pulmonar) Hematêmese – sangue pela boca (vômito) Melena; fezes borra de café – sangue digerido; Hematoquezia; fezes cor sangue vivo – sangue não digerido; Otorragia; Hematúria; Metrorragia, menorragia/hipermenorréia, polimenorréia; Podem ser causadas por: Alteração na integridade da parede vascular; Alterações nos mecanismo de coagulação; Alterações quantitativas plaquetárias; Mecanismo complexo e mal definido. Hemorragia por rexe; Sangramento pela ruptura da parede vascular/coração, com saída de sangue em jato. Causas: Defeitos na resistência vascular ou na coagulação; traumatismos, HAS →(AVC), enfraquecimento da parede (aneurismas arteriais), arteriosclerose; Hemorragia por diapedese; Saída de sangue através de espaços formados pelo afastamento das células endoteliais. Pode ocorrer saída de sangue de capilares ou vênulas quando existe congestão passiva, pois se devido ao ↑ pressão intravascular → ↑ afrouxamento basal. Hemorragia espontânea Causas: Deficiência congênita de fatores plasmáticos na coagulação; Ex: hemofilia A (deficiência fator VIII). Hemofilia B (deficiência no fator IX), deficiência do fator Von Willebrand. – cortes que sangram por muito tempo,sangramento mestrual prolongado, hemorragia dentária. Deficiência adquirida de fatores plasmáticos na coagulação; Ex: Carência de vit K; doenças hepáticas; carência na proteína C. Excesso de anticoagulantes endógenos ou exógenos; Inibidores dos fatores de coagulação; fibrinólise exagerada; heparinização; Hemorragia digestiva: Saída de sangue pela boca ou pelo ânus (sangue + fezes). Pode ser alta ou baixa; Gravidade: redução da síntese de prostaglandina E² que reduz a ação protetora desses autacoides na mucosa gástrica. ALTA: Hematêmese : ruptura de varizes no esôfago, provocando vômitos com presença de sangue. Melena: Sangue digerido com fezes, sai em forma de vômito. BAIXA: Sangue vivo nas fezes. Trombocitopenia x Trombocitopatia Causas: Neoplasia, metaplasia, medicamentos (metildopa, sulfadiazínicos). Aparecem em forma de petéquias e púrpuras; Petéquias Manchas arroxeadas/avermelhadas com menos de 1mm; aparecem em vários pontos no corpo (puntiforme). Púrpuras Lesões planas maiores que 1mm e menores que 1cm; aparecem em vários pontos no corpo. Evolução Hemácias extravadas → sofrem lise ou são fagocitadas por macrófagos → hemoglobina → heme + globina → heme → biliverdina → bilirrubina. Ferro → hemossiderina → alteração na cor da lesão hemorrágica Pode ser aguda ou crônica, depende da quantidade de sangue perdido, velocidade da perda e do local afetado. Aguda: ↑ sangue em tempo curto → choque hipovolêmico (20% do volume de sangue corporal). Crônica: ↑ou↓ de sangue em tempo longo. Ex: anemia Asfixia: Hemorragia pulmonar Choque cardiogênico: tamponamento cardíaco após ruptura ventricular. Hemorragia intracraniana: traumatismo; HA; ruptura de aneurisma → morte cerebral. Hemorragia espaço subaracnóide: vasoconstrição arteriolar prolongada – infarto tecido nervoso. Obstrução de um vasopor um corpo sólido, líquido ou gasoso que não se mistura com sangue. Este corpo é denominado êmbolo. Causa frequente e importante de mortalidade, em especial a embolia pulmonar. 90% dos casos originam-se de trombos venosos (tromboembolia), mas podem ter origem também em placas ateromatosas, vesículas lipídicas e bolhas de gases. Presente nos pulmões, originando-se de trombos nas veias profundas dos mmii (íleo- femorais e da panturrilha). Êmbolos volumosos, Obstruem tronco das aa.pulmonares → bloqueio mecânico do leito arterial → ↓ anatômica e funcional do leito vascular pulmonar → ↑ pressão pulmonar → sobrecarga VD → choque → morte rápida. Sinais e sintomas: dispneia, tosse, precordialgia, hipotensão arterial. Êmbolos médios Indivíduos normais → êmbolos → ramos pulmonares de médio calibre → irrigação das aa. brônquicas → evita a necrose local. Indivíduos com IC → ↓ pressão aa. brônquicas não é suficiente para superar o ↑ da pressão na vv. pulmonares → fluxo lento → necrose hemorrágica → infarto (trombo de cela). Sinais e sintomas: fraqueza, dispneia, arritmia, dor pleural, hemoptise. Êmbolos de pequeno volume Menos prejudiciais Oclusão da circulação pulmonar → oclusão + de 30% do leito pulmonar → hipertensão pulmonar. Quando êmbolos pequenos obstruem ramos da a.pulmonar nos pulmões com hiperemia passiva, a consequência é um infarto vermelho. Origem: trombos formados nas grandes artérias, originadas de infarto do miocárdio, fibrilação atrial, Doença de Chagas, aneurismas, placas ateromatosas. Sedes da obstrução vascular: encéfalo gerando AVC isquêmico, aa. mesentéricas, baço, rins, mmii. Liquido amniótico Origem: Entrada de líquido amniótico na circulação materna antes ou no decorrer do parto, devido as contrações uterinas que rompem a membrana da placenta permitindo a entrada do líquido. Composição: Prostaglandina F2 (PGF²) + componentes fetais → ↑ atividade pró coagulante → coagulação intravascular disseminada (CID) → agrava a resistência vascular pulmonar → óbito. Sinais e sintomas: dispneia, cianose, hipertensão arterial, convulsões, hemorragias associadas a coagulopatia de consumo. Gordurosa Presença de gotículas de lipídeos na circulação sanguínea. Origem: Infusão inadequada de substâncias oleosas (injeções oleosas=silicone); esmagamento de tecido adiposo (traumatismo extenso); fratura de osso longo com medula óssea amarela; diabete melito, pancreatite, necrose hepática aguda. Sinais e sintomas: trombocitopenia, petéquias, dispneia, IC, morte. Presença de bolhas de gás obstruindo vasos sanguíneos. Pode venosa ou arterial; AR + sangue → ativa a coagulação sanguínea gerando fibrina e agregação plaquetária. Venosa: vv acima do nível do coração ou durante a inspiração (↑ retorno venoso). Ex: punções, catéteres, traumatismos, cirurgia cerebral, pescoço, tórax, parto, aborto. Arterial: circulação arterial sistêmica → capilares pulmonares e defeitos cardíacos congênitos (comunicação interatrial e interventricular) → doença da descompressão (mergulhadores). Doença da Descompressão Indivíduos submetidos a ↓ brusca de pressão atmosférica → expansão gasosa no sangue e tecido adiposo → microbolhas gasosas (especialmente nitrogênio) → obstrução capilar → formação fibrina +agregação plaquetária+ ativação leucocitária + complemento. Sinais e sintomas: hipotensão arterial, arritmias cardíacas, infarto do miocárdio, alterações neurológicas, edema cerebral. Redução ou cessação do fluxo sanguíneo para um órgão ou estrutura do organismo. Aporte insuficiente de sangue para manter as necessidade metabólicas dos tecidos. Suprimento de sangue é muito maior do que a demanda sanguínea. Causa: obstrução parcial ou total de artérias, veias ou capilares. Hipotensão arterial e venosa → choque → ↓ pressão arterial → isquemia quase generalizada. Hipertensão venosa → ↓ gradiente venoso → isquemia local + estase venosa. Obstrução da luz vascular Causa mais frequente e importante. Obstrução anatômica Espasmos vasculares A região isquêmica arterial é mais pálida, se a região for venosa, o quadro é mais cianótico. Obstrução anatômica (Obstrução arterial): Compressão dos vasos por tumores, hematomas. Espessamento da parede arterial (aterosclerose) Bloqueio intraluminal (embolia, trombose). Espasmos vasculares: Disfunção ou lesão epitelial →↓ síntese de NO e PGI² → trombos → disfunção crônica (DM, HAS ou hipercolesterolêmica, tabagismo, bacteremia). ↓ fluxo → via anaeróbia → ↓ quantidade energética molécula de glicose → ↑ íons fosfato + adenosina → terminações nervosas da dor → angina. Isquemia indolor → ↓ sensibilidade dolorosa → beta- endorfinas. ↓ ATP → ultrapassa nível necessário das funções vitais → disfunção celular → ↓fluxo sanguíneo → degeneração → morte celular. Consequências: Dependem: 1- extensão e localização da área isquêmica; 2- velocidade de instalação (súbita ou lenta); 3- existência de circulação colateral; 4- sensibilidade dos tecidos atingidos à hipóxia ou anóxia. Isquemia relativa temporária: Obstrução parcial do vaso quando há aumento metabólico. ( Esforço físico ou emoção); Isquemia absoluta temporária: Interrupção passageira do suprimento sanguíneo.(Parada cardíaca com ressuscitação bem sucedida). Isquemia persistente: Bloqueio total ou subtotal da irrigação por tempo prolongado. É uma área localizada de necrose isquêmica, onde houve parada de suprimento sanguíneo. Dividido em: Infarto Branco; Infarto Vermelho; BRANCO: A região afetada fica mais clara. É causada por obstrução arterial em territórios sem ou com escassa circulação colateral. Ex: coração, encéfalo, rim, baço. VERMELHO: A região comprometida adquire coloração vermelha devido a hemorragia. A obstrução pode ser tanto arterial como venosa e ocorre por afrouxamento do estroma ou por circulação dupla com rica rede de vasos colaterais. Depende da sua extensão e do órgão acometido. Podem ser fatais, como no miocárdio; Podem passar despercebidos como nos infartos esplênicos e renais. Os infartos evoluem para cura com cicatrização que pode ser completa ou incompleta. É o acúmulo excessivo de líquido no interstício ou em cavidades do organismo. É chamado de líquido intersticial, originado da filtração do sangue arterial. Sua causa é devido a redução da pressão oncótica. A circulação desse líquido depende das forças de Starling: pressão hidrostática do sangue; pressão oncótica do sangue; pressão hidrostática e oncótica da MEC; pressão oncótica do plasma. O líquido pode ser de dois tipos: Transudato: água + eletrólitos; Ocorre edema por desequilíbrio das forças. A palpação é mais fácil e macia, há sinal do cacifo presente e é muito comum no MMII, pessoas com IC ou HAS. Exsudato: proteínas+células inflamatórias; Ocorre edema quando a permeabilidade vascular está aumentada (inflamação, traumatismo, neoplasias). Consistência firme devido ao depósito de fibrina e é menos compressível. Resulta de causas locais que interferem nas forças e no sistema linfático. Edema por permeabilidade vascular: Ocorre em inflamações agudas com o líquido exsudato.Há extravasamento dos espaços intracelulares endoteliais devido aos mediadores inflamatórios. Edema por da pressão hidrostática sanguínea: Ocorre devido a pressão obtida pela obstrução de veias por trombos ou insuficiência valvar. Há hiperemia passiva e edema com líquido transudato. Ocorre edema clássico em MMII devido a gravidade e dificuldade do retorno venoso quando paciente fica muito tempo sentado ou em pé. Edema por da drenagem linfática: O edema formado é mais duro devido ao acúmulo de proteína na MEC (exsudato), podendo surgir fibrose se for edema crônico. Causas podem ser: erisipela, neoplasias, retirada de linfonodos. Se o edema for crônico ele é denominado elefantíase. Em casos de neoplasias que apresentam a pele com aspecto de casca de laranja, está ocorrendo obstrução linfática pela infiltração neoplásica. Edema no sistema nervoso central: Acúmulo de líquido nas células. Ocorre em traumatismos em torno de lesão tumoral, área hemorrágica, encefalopatia hipertensiva, hidrocefalia. Há aumento do volume do encéfalo com achatamento do sulco e estreitamento do giro. Edema pulmonar: Início súbito quando há da pressão venosa pulmonar ou da permeabilidade vascular. Ocorre quando há falência cardíaca aguda (infarto) lesões valvares, que levam o transudato para os alvéolos. Edema pulmonar crônico acompanha ICE. Sintomas: Insuficiência respiratória, dispneia, eliminação de fluido róseo pela boca com sangue. Ascite na hipertensão porta: Obstáculo ao fluxo sanguíneo na veia porta que aumenta a pressão hidrostática. Pode ocorrer devido a esplenomegalia e hiperemia passiva. Causas de hipertensão porta: trombose venosa hepática; cirrose hepática; fibrose hepática na esquistossomose; obstrução da veia porta por trombose. É um distúrbio hemodinâmico agudo e sistêmico caracterizado pela incapacidade do sistema circulatório de manter a pressão arterial em nível suficiente, resultando em hipóxia generalizada. A hipovolemia leva a diminuição da pressão. A manutenção da PA e da PS depende: Bomba cardíaca (impulsionar o sangue); Volume sanguíneo circulante; Compartimento vascular. Causas do choque: Falência da bomba cardíaca (choque cardiogênico) comum após IAM. Redução da volemia (choque hipovolêmico); Aumento do compartimento vascular (choque distributivo); Falência no enchimento do VE (choque obstrutivo) comum em tromboembolia e hipertensão pulmonar; Surge por ICA especialmente no VE que resulta na incapacidade de bombeamento do sangue para a periferia. Principais causas são: IAM; Miocardites agudas; Rupturas valvares cardíacas; Causado por redução aguda e intensa de volume circulante, por perda de líquidos (sangue ou plasma) para o meio externo. Hemorragia grave; Vômito; Diarreia; Perda cutânea; Traumatismo; Cirurgias; Ruptura de vasos; Queimadura; Desidratação; Deve-se a vasodilatação arteriolar periférica que resulta em queda da resistência periférica. Exemplos típicos: Choque anafilático; Aumenta a quantidade de histamina e alarmina que induz a resposta inflamatória, diminuindo a PA. Choque séptico; Há um sequestro de sangue para a microcirculação, induzida por resposta inflamatória sistêmica que inicia distúrbio hemodinâmico. Restrição do enchimento das câmaras cardíacas esquerdas de instalação súbita. Causas: Embolia pulmonar; Hidro ou hemipericardio agudo; Progressão do choque Estágio inicial (reversível) Estágio progressivo (irreversível). Fase compensatória: Fase hemodinâmica. Hipotensão arterial modifica a circulação reduzindo o fluxo sanguíneo esplâncnico para redistribuí-lo aos órgão vitais (coração e encéfalo) de modo a aumentar à perfusão destes órgãos. Fase inicial: Fase hiperdinâmica. Taquicardia, sudorese, oligúria são resultados da menor perfusão renal devido a hipotensão arterial. Com isso o sistema renina-angiotensina-aldosterona serão ativadas para que haja a retenção de sódio e aumento dos vasoconstritores das arteríolas, induzindo um acúmulo de água que aumenta a volemia. No choque distributivo, essa fase é chamada de FASE QUENTE, devido a existência de uma vasodilatação periférica. Com a progressão do choque, o quadro entra em fase de descompensação. Os mecanismos de retroalimentação negativa que são ativos para contrabalançar a hipotensão e a hipovolemia, podem induzir a retroalimentação positiva, surgindo estímulos que pioram o distúrbio hemodinâmico. Essa fase associa-se com a redução da função miocárdica e com a acidose metabólica. A acidose piora o quadro hemodinâmico, pois deprime o miocárdio, além de vários mediadores inflamatórios serem liberados pelos tecidos aumentando a permeabilidade vascular e a vasodilatação, o que reduz o retorno venoso. Fase final: Fase hipodinâmica. Ocorre a falência múltipla de órgãos. A pele fica com aspecto cianótico e fria, há ocorrência de necrose isquêmica em alguns órgãos, há necrose tubular renal aguda, há infartos subendocárdicos, necrose nos espaços intra- arteriais cerebrais.
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