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Design Thinking: Inovação e Criatividade

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Universidade Estácio de Sá
MBA em Consultoria Empresarial
Fichamento de Estudo de Caso
Priscila Santos Leite
Trabalho da disciplina: Design Thinking
Tutor: Regina Lucia Napolitano Felicio Felix Batista
Rio de Janeiro
2017
Design Thinking: Pronto para o Horário Nobre – David Kelley
David Kelley inspirou seu pensamento na lendária empresa de design que fundou mais de 20 anos atrás, criando milhares de invenções inovadoras e um crescente apetite pelo Design Thinking.
Em janeiro de 2013, o Design Thinking atingiu um marco quando o programa 60 Minutes apresentou “um dos pensadores mais inovadores do nosso tempo; um homem que teve um enorme impacto na nossa vida cotidiana, ” possivelmente muitos espectadores não tinham ouvido falar deste visionário; mas para os nossos leitores, seu nome era familiar. Segue um trecho adaptado do segmento, o que indica o quão longe o Design Thinking chegou em apenas poucos anos.
David Kelley é o fundador da firma de design global do Vale do Silício IDEO. Sua empresa criou milhares de invenções inovadoras, inclusive o primeiro mouse para computadores Apple, o tubo de pasta de dentes vertical e um Pringle melhor para a Procter & Gamble. A IDEO talvez seja a mais influente empresa de design de produto do mundo.
David Kelley é o pioneiro em Design Thinking, que é uma abordagem inovadora que incorpora o comportamento humano ao design. Permite olhar para a ponta antes de inovar, por isso é muito utilizado na área de desenvolvimento de produtos e em outras diversas áreas empresariais de todos os segmentos. O Design Thinking permite que as pessoas construam sobre as ideias dos outros, isto é, em vez de ter apenas uma linha, você pensa sobre isso e vem com uma ideia, então outra pessoa através dessa ideia faz com que ela pense que poderiam tentar fazer outra coisa, e você acaba chegando a um lugar onde jamais conseguiria chegar com uma mente só.
Se você o seguir pela IDEO, poderá ver como David Kelley inspirou o pensamento na firma que ele fundou em Palo Alto mais de 20 anos atrás. Ideias inovadores acontecem aqui todos os dias, e a chave para desbloquear a criatividade na IDEO pode ser a sua abordagem pouco ortodoxa para resolução de problemas.
A desobediência é uma virtude necessária à criatividade, porque a liberdade subversiva de apontar para o desconhecido, de trilhar um caminho nunca antes desbravado, de buscar materializar o que ninguém jamais deu vida, essa inquietude de alma e coração típica das mentes inventivas é condição para aflorar a capacidade criativa do ser humano na solução de problemas.
Basicamente colocam um monte de pessoas com experiências de vida diferentes juntas em uma sala juntamente a um especialista de negócios, um engenheiro aeroespacial, um engenheiro de software e um jornalista. No outro dia pode incluir médicos, cantores de ópera e antropólogos, mas essa diversidade de pensamento exige uma certa cultura corporativa, é claro. A parte mais difícil é o aspecto cultural, pois é preciso criar um ambiente onde o grupo diversificado de pessoas possa trabalhar em conjunto, e fazer com que elas fiquem boas em construir sobre as ideias uns dos outros. Um desafio enfrentado pelos profissionais em suas carreiras, nos dias de hoje, é suportar a pressão por resultados cada vez mais imediatos, para optar por caminhos mais seguros e de menos riscos.
Observar a experiência de um usuário pode informar em que os inovadores precisam focar. É preciso encorajar ideias extravagantes e visualizar soluções através da construção de protótipos, mas primeiramente é preciso ter a empatia pelo consumidor vendo o que os seres humanos realmente querem e precisam através de um olhar para eles. A experiência do usuário pode informar em que os inovadores precisam focar, esse conceito foi criado em 1978 quando David Kelley e alguns amigos de Stanford chegaram à noção de misturar o comportamento humano e design e abriram a empresa que acabaria por se tornar a IDEO. Um dos seus primeiros clientes foi o dono de uma fábrica de computadores pessoais em rápido processo de expansão chamado Steve Jobs.
Steve Jobs basicamente fez a IDEO porque ele era um cliente muito bom. A empresa considera que fez os melhores trabalhos para ele, e com isso se tornaram amigos, e Steve Jobs ligava para David Kelley até no meio da noite. A empresa de David Kelley
Meu páy ajudou a projetar dezenas de produtos para a Apple, incluindo o Apple III, Lisa e o primeiro mouse da Apple, um descendente do que ainda está em uso hoje em dia. A criação desse mouse foi um desafio até perceber que não fazia diferença, porque o cérebro está envolvido e em sintonia. Mesmo depois de resolvido o problema monumental, Steve Jobs não estava satisfeito, não gostou de como a bola que ficava dentro do mouse soava pela mesa, então tiveram que revesti-la com borracha.
Desde então, o Design Thinking levou a milhares de inovações, desde redesenhar utensílios de cozinha Zyllis para que se tornassem mais fáceis de usar até criar um desfibrilador cardíaco que conversa com você durante uma emergência. A IDEO também criou o botão de “polegar para cima, polegar para baixo” da TiVo o que basicamente deixa sua TV mais inteligente porque ela aprende o que você gosta e o que você não gosta. É por isso que a Steelcase, uma empresa que vem construindo móveis a 10 anos, procurou a IDEO para reinventar um produto clássico: a tradicional carteira de sala de aula. Pois os estudantes precisam de um lugar para colocar sua mochila e como são inquietos e gostam de se movimentar adicionamos rodas para que elas possam se mover um pouco, tudo era questão de empatia, isto é, tentar entender o que os jovens estudantes valorizam.
Hoje em dia a IDEO está trabalhando com clientes em todo o mundo, usando esse mesmo ponto de vista intuitivo humano para melhorar o acesso à água potável na Índia e na África, redesenhar os sistemas escolares no Peru e ajudar a The North Face a expandir sua marca na China. Na verdade David Kelly sempre foi bom em arrumar soluções engenhosas para problemas cotidianos, seu primeiro emprego foi na Boeing, onde projetou as lâmpadas em torno das janelas de passageiros do avião juntamente com sua equipe, também projetou o sinal de banheiro ocupado que foi um marco na história da aviação. Ele também cita que quem ele é hoje datam de sua infância em Barberton, Ohio, a capital dos pneus para veículos ligeiros do mundo.
David Kelley estava com seus 20 anos, trabalhava feliz como engenheiro, quando ouviu falar sobre o programa para design de produtos da Universidade de Stanford, o que aprendeu lá iria transformar sua vida. Aquele lugar é o paraíso, era a síntese de arte e engenharia, e era maravilhoso.
Depois disso que Steve Jobs entrou em cena. Por mais de 30 anos eles trabalhavam juntos e foram amigos íntimos. No que o Steve Jobs errava de acordo com David Kelley, é que ele seria malicioso, gostava de ser mau com as pessoas. David Kelley dizia que ele não era, só tentava fazer as coisas direito, e você tinha que aprender a reagir a isso. David Kalley foi diagnosticado em 2007 com câncer de garganta e foi dado uma chance de 40 por cento de sobrevivência. Steve Jobs já sofria de seu próprio câncer mortal, deu a ele alguns conselhos para não pensar em nenhuma das coisas alternativas e sim ir direto para a medicina oriental. Como os dois tiveram câncer ao mesmo tempo ficaram muito próximos.
No dia seguinte ao lançamento do iPhone, Steve Jobs presenteou o David Kalley com um iPhone em mãos. Tentou conectar o telefone à linha para ele, então ele ligou para AT&T, mas não deu certo. Quando soube que estava doente Steve Jobs focou-se mais em seus filhos do que qualquer outra coisa, e acabou por ensinar a David Kalley.
David Kalley decidiu comprometer-se com algo maior, abordou a Universidade de Stanford e um cliente abastado chamado Hasso Plattner com a ideia de criar uma escola dedicada ao design centrado no ser humano. Hasso Plattner achou uma ótima ideia e disse que ia me ajudar, e acaboupor financiar a coisa toda.
David Kalley agora administra o inovador e extremamente popular Hasso Plattner Institute of Design em Stanford, que é reconhecida como a escola d.’, o primeiro programa de seu tipo dedicado ao ensino de Design Thinking como uma ferramenta para a inovação. Só não existe diploma, Steve Jobs convenceu a não fazer.
Hoje em dia o Câncer de David Kalley está em remissão e com isso ele passa mais tempo fazendo as coisas as quais ele mais gosta, incluindo construir. O grande projeto de ambos é fazer uma impressora 3D, nós a chamamos de “printerbot”, e é uma pequena máquina que faz objetos tridimensionais da mesma forma que uma impressora coloca tinta em uma página.
Quando se trata de design, um tamanho não serve para todos. Não é um processo passo-a-passo definitivo para design e sim ser visto como uma receita de onde se pode aprender algumas coisas.
Fase 1: Compreensão. Para se desenvolver algo novo em uma determinada área, é necessário começar a falar com pessoas que conhecem aquela área. E assim você será impulsionado mesmo em uma área altamente técnica.
Fase 2: Observação. Você pode aprender muitas coisas entrevistando pessoas, mas se aprende muito mais observando as pessoas, isto é, como elas agem. Por isso é importante observar para descobrirmos se vai ter algum tipo de inovação, pois ela geralmente ocorre neste ponto da necessidade de melhoria e aperfeiçoamento, tendo insights (compreensão e intuições) pelas pessoas. Ter vários tipos diferentes de olhos fazendo observação faz com que cada um percebam coisas diferentes.
Fase3: Visualização. Agora que já se sabe os problemas, você sabe o que é preciso consertar, e já obteve algumas grandes ideias na fase de observação. Agora é preciso visualizar algumas soluções possíveis, desenvolvendo um ponto de vista, para sempre ser mais eficiente e melhor.
Fase 4: Iteração. Agora é hora de começar a mostrar o protótipo por aí. Na fase de visualização você não se preocupou se estava errado, e nem foi cuidadoso demais com a coisa toda. Levantou-se protótipos ou vídeos possíveis de um futuro melhor. Ao invés de ter reuniões e planejar incessantemente, rapidamente você inventa algo, mostra-o para alguns usuários, recebe seus feedback e faz tudo de novo, repetidas as vezes.
Conclusão
O conceito de Design Thinking veio para revolucionar a maneira de encontrar soluções inovadoras para os problemas, soluções criativas focadas nas necessidades reais do mercado e não em pressuposições estatísticas. Design Thinking não é uma metodologia, e sim uma abordagem que visa a soluções de problemas de forma coletiva e colaborativa, em uma perspectiva de empatia máxima com seus stakeholders, isto é, interessados.
O processo consiste em mapear e mesclar a experiência cultural, a visão de mundo e os processos inseridos na vida dos indivíduos, no intuito de obter uma visão mais completa na solução de problemas, dessa forma, melhor identificar as barreiras e gerar alternativas viáveis para transpô-las. Levantando as reais necessidades de seu consumidor, trata-se de uma abordagem preponderantemente humana e que pode ser usada em qualquer área de negócio. A razão de sua existência é a satisfação do cliente (interno ou externo), dádiva que só pode ser alcançada quando conhecemos em profundidade suas necessidades, desejos e percepções de mundo.
Estudo de Caso: Design Thinking
Referência: Design Thinking: Pronto para o Horário Nobre – Charlie Rose

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