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Capital Resumo 6

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A metamorfose das mercadorias
M - D - M
M - D: Primeira metamorfose da mercadoria ou venda.
Para que o possuidor de uma mercadoria aliene o produto do seu trabalho por sua figura geral (dinheiro), é necessário que essa mercadoria possua valor de uso para o possuidor do dinheiro, ou seja, que o trabalho despendido em sua produção tenha sido despendido de forma socialmente útil (lembrar do caráter social do trabalho). Por exemplo, a produção de varas de linho é produção de valor de uso, mas se, por algum motivo a necessidade social dessa mercadoria estiver saturada, todo o trabalho despendido em sua produção será inútil.
Obs.: A divisão social do trabalho transforma o produto do trabalho humano em mercadoria, tornando, com isso, necessária sua transformação em dinheiro.
Na venda: A um dos possuidores de mercadoria o ouro substitui a sua mercadoria e ao outro a mercadoria substitui seu ouro. É nessa relação de troca que se expressa o intercâmbio das mercadorias.	
"A realização do preço ou da forma valor meramente ideal da mercadoria (transformação da mercadoria em dinheiro) é inversa e simultânea à realização do valor de uso somente ideal do dinheiro (transformação do dinheiro em mercadoria)". 
*Valor ideal = valor imaginário 
Ex.1: Uma caneca = 10 reais (uma caneca vale 10 reais), 10 reais é o valor ideal da mercadoria.
Ex.2: Uma nota de 10 reais = 10 reais (uma nota de 10 reais vale 10 reais), 10 reais é o valor ideal do dinheiro.
D - M: Metamorfose segunda ou final da mercadoria
(D-M), a compra é ao mesmo tempo venda (M-D); a última metamorfose de uma mercadoria é, por isso, simultaneamente, a primeira metamorfose de outra mercadoria. A metamorfose final de uma mercadoria constitui, assim, uma soma de primeiras metamorfoses de outras mercadorias. 
A metamorfose global de uma mercadoria implica na existência de três agentes: na primeira metamorfose temos o possuidor da mercadoria e o possuidor do dinheiro; na segunda metamorfose temos o novo possuidor do dinheiro (aquele que antes era o possuidor da mercadoria) e um novo possuidor de mercadoria.
Obs.: Notemos que o dinheiro é o ponto final da primeira metamorfose, enquanto ele também é o ponto inicial da segunda.
 "As duas metamorfoses que formam o ciclo de uma mercadoria constituem, ao mesmo tempo, as metamorfoses parciais inversas de duas outras mercadorias". Por exemplo: um produtor de linho vende sua mercadoria e com o dinheiro adquirido ele compra 1 casaco (metamorfose global). Quando o produtor de linho compra do produtor de casacos (M-D), o produtor de casaco recebe dinheiro (D-M), ou seja, o término da metamorfose da mercadoria linho acontece simultaneamente com o inicio da metamorfose da mercadoria casaco.
Intercâmbio direto x intercâmbio de mercadorias
Se compararmos o intercâmbio direto entre produtos com o intercâmbio de mercadorias, podemos perceber que o intercâmbio de mercadorias é mais eficiente, pois ele não só rompe as limitações individuais e locais do intercâmbio (ex.: exigência da duplicidade de interesses), mas também desenvolve todo um círculo de vínculos naturais de caráter social, incontrolável pelos agentes atuantes; sendo assim, o processo de circulação não se extingue.
O dinheiro como meio circulante
No intercâmbio das mercadorias, o dinheiro assume a função de meio circulante, já que ele passa a ser o mediador da circulação das mercadorias. 
"O dinheiro afasta as mercadorias constantemente da esfera de circulação, ao colocar-se continuamente em seus lugares na circulação e, com isso, distanciando-se do seu próprio ponto de partida. Ebora o movimento do dinheiro seja, portanto, apenas a expressão da circulação de mercadorias, a circulação de mercadorias, aparece, ao contrário, apenas como o resultado do movimento do dinheiro".
A quantidade de dinheiro em circulação depende de 2 fatores:
- Pela soma de preços do mundo das mercadorias: supomos que esteja disponível à venda: 1 casaco; 20 varas de linho; 2 libras de chá e 1 quarter de trigo, ambos os quatro no valor de duas libras esterlinas. O montante de dinheiro que deverá entrar em circulação para que as transações de fato ocorram é de 8 libras esterlinas.
- Pelo número de transações que a mesma mercadoria monetária realiza: suponhamos agora, no exemplo anterior, que o casaco foi comprado por 2 libras esterlinas e que o vendedor do casaco utilize esse mesmo dinheiro para comprar as varas de linho e assim sucessivamente até a última transação. Como a mesma mercadoria monetária foi utilizada em todas as transações, o montante de dinheiro que DE FATO entrou em circulação é de 2 libras esterlinas. 
Soma dos preços do mundo das mercadorias = Montante de dinheiro em circulação
Nº de transações que a mesma moeda realiza

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