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Casos Empresarial III

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Semana 1
Carolina emitiu três cheques nominais, em favor de Móveis Nova Iorque Ltda.. Os títulos foram endossados pelo tomador em favor de Bacuri Fomento Mercantil Ltda. Vinte dias após a emissão dos títulos, a faturizadora apresentou os cheques ao sacado e este informou que havia ordem de sustação promovida pela emitente dentro do prazo de apresentação, fato este que impossibilitava o pagamento. Tentando uma cobrança amigável da devedora, o advogado da faturizadora procurou-a para receber o pagamento ou obter o cancelamento da ordem de sustação. Carolina se recusou a efetuar o pagamento ou cancelar a sustação, argumentando que os cheques foram emitidos em razão da aquisição de móveis, mas como não ficou satisfeita com a qualidade do produto, resolveu sustar o pagamento, sendo tal justificativa eficaz tanto para o endossante quanto para o endossatário. O advogado da faturizadora, insatisfeito com os argumentos da emitente do cheque, prepara petição inicial de ação executiva por título extrajudicial e, nas razões jurídicas da peça, tecerá argumentos para sustentar a legalidade da pretensão de seu cliente com base na teoria e legislação sobre títulos de crédito. Com base na hipótese apresentada, responda: considerando os princípios da cartularidade, literalidade, autonomia e abstração, presentes nos títulos de crédito, qual deles pode ser utilizado pelo advogado para refutar o argumento apresentado por Carolina para o não pagamento dos cheques? Justifique. Ela não poderia ter agido dessa forma, uma vez que ela não pode impor uma insatisfação pessoal com a loja de móveis com a empresa de facturying, de acordo com o princípio da inoponibilidade de exceções pessoais a terceiros de boa fé. 
Semana 2
Pedro emitiu uma nota promissória em favor de Carlos, que circulou através de diversos endossos até chegar ao atual portador, que decidiu executar um dos endossantes, face à inadimplência do devedor original. Uma vez executado, o endossante apresentou exceção de pré-executividade, para demonstrar sua total incapacidade processual, já que que ele teve o título transferido de um incapaz, o que prejudicaria a cadeia de endossos. 
1. A defesa deve ser acolhida pelo Juiz da causa? Não deve ser acolhida em razão da própria autonomia existente entre os negócios jurídicos e as relações de créditos estabelecidas pelo uso do título em questão permanecendo a obrigação de pagar entre os endossantes e o emitente perante o portador de boa-fé.
2. Determine o princípio cambiário aplicável ao caso em tela Princípio da inoponibilidade de exceções pessoais a terceiros de boa-fé este princípio trata-se de um desdobramento do princípio da autonomia art. 7º e 17 da LUG.
Semana 3
Um empresário que trabalha no ramo de venda a varejo pretende utilizar, nas suas operações a crédito, duplicatas ao invés de cheques, em virtude da alta taxa de inadimplência. Procura você para consulta acerca das diferenças básicas entre tais títulos. Responda ao consulente de acordo com as classificações dos títulos de crédito. Varejo não pode pois o título está vinculado a um contrato de compra e venda mercantil ou uma prestação de serviço.
Semana 4
Mário comprou de Fernanda um apartamento no valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) que, com o crédito venda de seu imóvel, também comprou um apartamento, pelo mesmo valor, de seu amigo Carlos. Por ter ouvido falar em um título capaz de vincular todas as partes, Fernanda lhe procura para prestar as seguintes orientações: 
1. É possível a emissão de uma letra de câmbio, a fim de vincular Mário ao pagamento e ainda assim dar garantia a Cardoso? Sim, é possível uma vez que Mario é de vedor de Fernanda, que é devedora da mesma quantia de Carlos. Assim, ao sacar uma letra cambio, envolverá a Mario como sacado no pagamento e dará garantia a Fernanda. Pois se aquele não aceitar ou não pagar a letra, Fernanda como sacadora garante o pagamento, com base no art. 9 da LUG.
2. Por nunca ter visto uma letra de câmbio, questiona acerca dos requisitos necessários para validade do título em tela. Neste aspecto as partes contratantes obrigam-se a adotar dentro do território em um texto original, dentro do nosso idioma, um termo de compromisso dentro do acordo apresentado. Assim o art. 1 e 2 da LUG irá definir esta emissão.
Semana 5
João Garcia emite, em 17/10/2010, uma Letra de Câmbio contra José Amaro, em favor de Maria Cardoso, que a endossa a Pedro Barros. O título não tem data de seu vencimento. Diante do caso apresentado, na condição de advogado, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. a) Pedro poderá exigir o pagamento da letra de câmbio em face da omissão da data do seu vencimento? Sim. A letra de câmbio que não contém data de vencimento é considerada emitida à vista e é pagável contra apresentação. Tendo em vista que já foi ultrapassado o prazo de apresentação do título, que é de um ano, o portador perdeu o direito de ação contra os devedores indiretos.
b) Que efeitos podem ser verificados com a transmissão do título por meio do endosso? Endosso transmite a propriedade e os direitos emergentes do título. Pelo decurso de mais de um ano, não há mais direito à possibilidade de cobrança do endossante, sacador e demais coobrigados.
Semana 6
Em 9 de novembro de 2010, João da Silva adquiriu, de Maria de Souza, uma TV de 32 polegadas usada, mas em perfeito funcionamento, acertando, pelo negócio, o preço de R$ 1.280,00. Sem ter como pagar o valor integral imediatamente, lembrou-se de ser beneficiário de uma Letra de Câmbio, emitida por seu irmão, José da Silva, no valor de R$ 1.000,00, com vencimento para 27 de dezembro do mesmo ano. Desse modo, João ofereceu pagar, no ato e em espécie, o valor de R$ 280,00 a Maria, bem como endossar a aludida cártula, ressalvando que Maria deveria, ainda, na qualidade de endossatária, procurar Mário Sérgio, o sacado, para o aceite do título. Ansiosa para fechar negócio, Maria concordou com as condições oferecidas e, uma semana depois, em 16 de novembro de 2010, dirigiu-se ao domicílio de Mário Sérgio, conforme orientação de João da Silva. Após a vista, porém, Maria ficou aturdida ao constatar que Mário Sérgio só aceitou o pagamento de R$ 750,00, justificando que esse era o valor devido a José. Sem saber como proceder dali em diante, Maria o(a) procura, como advogado(a), com algumas indagações. Com base no cenário acima, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 
a) É válida a limitação do aceite feita por Mário Sérgio ou estará ele obrigado a pagar o valor total da letra de câmbio? É válida a limitação considerando a natureza do aceite que é facultativo portanto a limitação ao valor aceito é admitida na forma do art. 25 LUG respondendo Mário Sérgio na qualidade de aceitante e devedor principal da letra observado o limite do seu aceite qual seja 750,00
b) Qual é o limite da responsabilidade do emitente do título? Responde o emitente José nos limites totais da letra (R$100,00) considerando que com a recusa de Mário houve o chamado vencimento antecipado do título em face do sacador.
c) Quais as condições por lei exigidas para que ele fique obrigado ao pagamento? Considerando a dinâmica do vencimento antecipado hora apresentado na questão exige a lei (art. 44 LUG) que a comprovação da recusa parcial de Mário através da realização do chamado protesto de título.
Semana 7
Alan saca uma letra de câmbio contra Bernardo, tendo como beneficiário Carlos. Antes do vencimento e da apresentação para aceite, Carlos endossa em preto a letra para Eduardo, que, na mesma data, a endossa em preto para Fabiana. De posse do título, Fabiana verifica que na face anterior da letra há a assinatura de Gabriel, sem que seja discriminada a sua responsabilidade cambiária. Com base nessa questão, responda aos itens a seguir. 
A) Gabriel poderá ser considerado devedor cambiário? Sim pois pela dinâmica do aval ele será consideradoavalista do sacador (ver aval em branco) e portanto pode ser considerado como devedor cambiário por ter garantido a dívida com seu próprio patrimônio o que é típico desta figura interveniente.
B) Caso Fabiana venha a cobrar o título de Gabriel e ele lhe pague, poderia este demandar Eduardo em ação cambial regressiva? Responda justificadamente, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. Considerando que Gabriel avaliza Alan (sacador) não faz sentido tampouco é possível que possa cobrar regressivamente de codevedores que lhe sejam posteriores, pois Gabriel ocupa neste momento a mesma posição jurídica do seu avalizado.
Semana 8
Na cidade de Malta, uma nota promissória foi emitida por João em benefício de Maria. A beneficiária, Maria, transfere o título para Pedro, inserindo no endosso a cláusula proibitiva de novo endosso. Em função de acordos empresariais, Pedro realiza novo endosso para Henrique, e este um último endosso, sem garantia, para Júlia. Com base no caso apresentado, responda aos questionamentos a seguir, indicando os fundamentos e dispositivos legais pertinentes. 
A) Júlia poderia ajuizar ação cambial para receber o valor contido na nota promissória? Em caso positivo, quais seriam os legitimados passivos na ação cambial? Sim, porque a cláusula de proibição de novo endosso não impede a circulação ulterior da nota promissória, sendo possível seu endosso a terceiros pelo endossatário, mas afasta a responsabilidade cambiária do endossante que a apos em relação aos portadores subsequentes ao seu endossatário. Dessa forma os endossos realizados por Maria e Pedro são válidos, mas Júlia só poderá cobrar os demais devedores e não poderá realizar este de Maria, pois esta só responderá perante o seu endossatário, no caso Pedro. Júlia não poderá cobrar de Henrique, pois este realizou um endosso sem garantia.
B) Caso Pedro pague o valor da nota promissória a Henrique e receba o título quitado deste, como e de quem Pedro poderá exigir o valor pago? Caso pague a Henrique, Pedro poderá ajuizar ação por falta de pagamento, regressivamente, contra Maria e João.
Semana 9
Lauro emitiu uma nota promissória com vencimento a dia certo em favor da sociedade empresária W Corretora de Imóveis Ltda. Embora o título esteja assinado pelo emitente, nele não constam a data e o lugar de emissão. Há cláusula de juros remuneratórios, com fixação de taxa anual de 12%. Antes do vencimento, o título recebeu aval em branco prestado por Pedro, irmão de Lauro. Sendo certo que os dados omitidos na nota promissória não foram preenchidos pela sociedade empresária antes da cobrança judicial. Analise a questão com base no estudo do Direito Cambiário. A questão apresenta aspectos a serem analisados. Vejamos: Contempla requisitos sanáveis na ordem da conjugação dos arts. 75 e 76 da LUG (“data e lugar de emissão”), observada a sanatória nos termos da súmula 387, STF, contempla a clausula de juros remuneratórios, não exigíveis por ser o vencimento da NP a dia certo, conforme preleciona o art. 5º da LUG, contempla o aval em branco, o qual beneficia o sacador/subscritos (art. 77 c/c art. 31 LUG), lembrando que o avalista, por força da característica da autonomia, somente pode arguir vícios de forma para afastar a sua obrigação de pagar.
Semana 10
João da Silva sacou um cheque no valor de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), em 26 de março de 2012, para pagar a última parcela de um empréstimo feito por seu primo Benedito Souza, beneficiário da cártula. A praça de emissão é a cidade “X”, Estado de Santa Catarina, e a praça de pagamento a cidade “Y”, Estado do Rio Grande do Sul. O beneficiário endossou o cheque para Dilermando de Aguiar, no dia 15 de agosto de 2012, tendo lançado no endosso, além de sua assinatura, a data e a menção de que se tratava de pagamento “pro solvendo”, isto é, sem efeito novativo do negócio que motivou a transferência. No dia 25 de agosto de 2012 o cheque foi apresentado ao sacado, mas o pagamento não foi feito em razão do encerramento da conta do sacador em 20 de agosto de 2012. Considerando os fatos e as informações acima, responda aos seguintes itens. 
A) O endossatário pode promover a execução do cheque em face de João da Silva e de Benedito Souza? Justifique com amparo legal. O endossatário pode promover a execução do cheque em face do sacador João da Silva. Pois cabe ação executiva contra o emitente e seus avalistas, ainda que não apresentado o cheque ao sacado no prazo legal, desde que não prescrita a ação cambiária. Mas lembrando de que o endossatário não pode promover a execução em face de Benedito Souza uma vez que o endosso para Dilermando de Aguiar ocorreu após o prazo de apresentação e, como tal, tem efeito de cessão de crédito, e com isto o endosso posterior à expiração do prazo de apresentação produz apenas os efeitos de cessão.
B) Diante da prova do não pagamento do cheque é possível ao endossatário promover ação fundada no negócio que motivou a transferência do cheque por Benedito Souza? Justifique com amparo legal. Sim, é possível ao endossatário promover ação fundada no negócio que motivou a transferência do cheque por Benedito Souza, uma vez que o endosso foi em caráter “pro solvendo”.
Semana 11
Aragominas Jardinagem e Paisagismo Ltda. EPP sacou duplicata de prestação de serviços à vista em face de Bernardo Sayão no valor de R$ 12.000,00 (doze mil reais). O título foi endossado antes da apresentação a pagamento para o Banco Filadélfia S.A. Na data da apresentação ao sacado, para pagamento, este solicitou prorrogação da apresentação por dois meses, o que foi aceito pelo credor. Foi firmada declaração escrita na duplicata, assinada por mandatário do endossatário com poderes especiais, concedendo a referida prorrogação. O sacado não efetuou o pagamento da duplicata na data acordada. O endossatário exigiu o pagamento do endossante, que se recusou a fazê-lo alegando que não anuiu com a prorrogação do vencimento, fato inconteste. 
A) Sendo certo que o endosso em favor do Banco Filadélfia é translativo e não houve aposição de cláusula sem garantia, é cabível a exceção ao pagamento apresentada? Sim, porque em caso de prorrogação do prazo de vencimento, para manter a coobrigação do endossante é preciso a anuência expressa deste, o que não se verificou.
B) A anuência com a prorrogação do prazo de vencimento da duplicata, firmada por mandatário com poderes especiais, poderia ser invalidada por não ter sido dada pelo próprio credor? Não, porque a declaração autorizando a prorrogação do prazo de vencimento também pode ser firmada pelo representando com poderes especiais do endossatário.

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