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João celebrou contrato de locação residencial, por escrito, com Miguel, relativamente ao imóvel situado na Av. Ataulfo de Paiva, 10.000 – Leblon/RJ, ficando ajustado o valor para pagamento do aluguel mensal em R$5.000,00. Por serem velhos amigos, João dispensou Miguel de apresentar um fiador ou qualquer outra garantia da locação. Sucede que, decorridos 10 meses de vigência do contrato, Miguel passou a não mais honrar sua obrigação quanto ao pagamento dos aluguéis e acessórios.
Com base em tal situação, responda aos itens a seguir, utilizando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso.
O nível de dificuldade dessa questão é mediano, não achei difícil. Esse tema faz algum tempo que não era cobrado na prova, e trata de contratos de locação.
a) Caso João venha a ajuizar a ação de despejo por falta de pagamento, qual deverá ser o valor atribuído à causa?
Não adianta só colocar o valor, precisa fundamentar. Segundo o artigo 58, III, da Lei de Locações (Lei nº .245/91) o valor da causa corresponderá a doze meses de aluguel, ou, na hipótese do inciso II do art. 47, a três salários vigentes por ocasião do ajuizamento;
Diante disso, e sendo o valor do aluguel de R$5.000,00, multiplicamos esse valor por 12, e obtemos o valor da causa que seria de R$ 60.000,00.
b) O que poderá João pleitear em tal situação a fim de que Miguel desocupe imediatamente o imóvel?
A situação admite o despejo liminar, com desocupação do imóvel, no prazo de 15 dias. Porém é necessário prestar caução no valor correspondente a três meses de aluguel, de acordo com o artigo 59, §1º, IX, da Lei nº 8.245/91, que dispõem:
§ 1º Conceder – se – á liminar para desocupação em quinze dias, independentemente da audiência da parte contrária e desde que prestada a caução no valor equivalente a três meses de aluguel, nas ações que tiverem por fundamento exclusivo:
IX – a falta de pagamento de aluguel e acessórios da locação no vencimento, estando o contrato desprovido de qualquer das garantias previstas no art. 37, por não ter sido contratada ou em caso de extinção ou pedido de exoneração dela, independentemente de motivo.
c) Indique os procedimentos que Miguel deverá adotar para evitar a rescisão do contrato. Pontos chaves da resposta: Miguel (a 10 meses do contrato ) passa a não pagar mais o aluguel
Para evitar a rescisão do contrato, Miguel poderá contestar a liminar de desocupação se, dentro dos 15 dias concedidos para a desocupação do imóvel ele realizar o depósito dos valores previstos, de acordo com o artigo 59, §3° da Lei de Locações e respeitando o limite do Artigo 60, parágrafo único da mesma Lei, que determina:
Parágrafo único: Não se admitirá a emenda da mora se o locatário já houver utilizado essa faculdade por duas vezes nos doze meses imediatamente anteriores à propositura da ação.
2ª QUESTÃO)
Julieta possui dois filhos, Pedro e Miguel. Ao longo da vida, amealhou patrimônio no valor de R$1.000.000,00 (um milhão de reais). Diante da idade avançada, Julieta resolveu doar ao seu filho Pedro – o qual sempre foi mais atencioso com a mãe – a quantia de R$600.000,00. Miguel, indignado, procura você na qualidade de advogado, solicitando providências.
Diante do caso narrado, responda às seguintes indagações, fundamentadamente:
Essa segunda questão é a mais elaborada da prova, e trata de contrato de doação e de algumas pontos de direito de família e direito de sucessão. Um observação deve ser feita com relação a existência de herdeiros necessários antes de começarmos a resolução da questão. Sempre que existir herdeiros necessários, teremos legítima, e ela corresponde a 30 por cento da legitima (porque são dois descendentes).
a) É válido o contrato de doação?
O contrato de doação é válido. Haverá nulidade parcial com relação a parte que excedeu o valor que poderia ter sido doado. Seria a Doação Inoficiosa, onde o valor da doação ultrapassa a metade disponível. O valor, portanto deverá ser reduzido para R$500.000,00. Vejamos o artigo Art. 549:
Nula é também a doação quanto à parte que exceder à de que o doador, no momento da liberalidade, poderia dispor em testamento.
b) Qual medida judicial poderá Miguel propor e com que finalidade?
Ação de conhecimento, de rito ordinário, propondo a redução da doação de 600mil para 500 mil, para obter a nulidade parcial do contrato de doação. O valor que excedeu a parte disponível, ou seja, o valor de R$100.000,00 que integram a legítima.
3 Cristian alugou imóvel residencial urbano por prazo determinado a Leandra, contendo cláusulas expressas de vigência, de preferência e de renúncia à indenização e retenção pelas benfeitorias úteis e necessárias. O contrato não foi averbado no Cartório em que está registrado o imóvel. Durante a vigência do contrato, Cristian vendeu o imóvel a Tereza, que notificou Leandra para que ela se retirasse do imóvel em 90 dias. 
Considerando as normas que regulam a locação de imóveis urbanos, responda JUSTIFICADA E FUNDAMENTADAMENTE:
 
A) É válida a cláusula de renúncia à indenização pelas benfeitorias necessárias e úteis?
Resposta: Sim, conforme disposição contida no art. 35 da Lei 8.245/91
 
B) Leandra pode opor a cláusula de vigência a Tereza para permanecer como locatária do imóvel?
Resposta: Não. O art. 8º da Lei 8.245/91 determina que a eficácia da cláusula de vigência está condicionada à averbação do contrato no RI.
 
C) O que pode fazer Leandra em razão do descumprimento do direito de preferência?
Resposta: Subsiste-lhe apenas o direito de indenização pelas perdas e danos em face do alienante, eis que a eficácia erga omnes da preferência é obtida somente com a averbação. Importante mencionar que parcela da doutrina (e.g. Maria Helena Diniz) entende que não há que se falar sequer em indenização se não tiver sido realizada a averbação no RI.
(OAB 2009/3) 30 No que se refere aos contratos, assinale a opção correta.
A) O mandato escrito é materializado por meio da procuração, como ocorre com o mandato judicial que o advogado recebe de seu cliente.
B) Dono de hotel, por não ser considerado depositário, não responde por roubo de bagagem dos hóspedes efetuado pelos empregados dentro do estabelecimento.
C) Somente é lícito às partes estipular contratos tipificados no Código Civil.
D) O tutor pode dar em comodato, sem autorização especial, as coisas confiadas à sua guarda, desde que o faça para atender às necessidades do tutelado.(Impossível = art.580 C.C, salvo com autorização judicial, e isso porque o comodato é contrato gratuito, o significa que, em regra, ele não vai gerar proveito econômico para o tutelado)
 Resposta: alternativa A
João, ao celebrar um contrato de seguro, omitiu intencionalmente que era portador de moléstia grave para assegurar a celebração do negócio jurídico, que não teria sido realizado não fosse a omissão do fato.
Na situação hipotética apresentada, a conduta de João caracteriza
a)	dolo positivo.
b)	dolo negativo. 
c)	lesão absoluta. 
d)	lesão relativa.
Sobre o tratamento que o Código Civil dá ao tema Seguros, marque a afirmativa INCORRETA .
a) No seguro de pessoas, a apólice ou o bilhete não pode ser ao portador.
b) O segurado perderá o direito à garantia se agravar intencionalmente o risco objeto do contrato.
c) O fato de se não ter verificado o risco, em previsão do qual se faz o seguro, exime o segurado de pagar o prêmio.
d) Nulo será o contrato para garantia de risco proveniente de ato doloso do segurado, do beneficiário, do representante de um ou de outro.
e) O contrato de seguro prova - se com a exibição da apólice ou do bilhete do seguro, e, na falta deles, por documento comprobatório do pagamento do respectivo prêmio.
“Art. 760. A apólice ou o bilhete de seguro serão nominativos, à ordem ou ao portador, e mencionarão os riscos assumidos, o início e o fim de sua validade, o limite da garantia e o prêmio devido e, quando for o caso, o nome do segurado e o do beneficiário.
Parágrafo único. No seguro de
pessoas, a apólice ou o bilhete não podem ser ao portador.”[18]
*Salvo disposição em contrário, a diminuição do risco no curso do contrato não acarreta a redução do prêmio estipulado; mas, se a redução do risco for considerável, o segurado poderá exigir a revisão do prêmio, ou a resolução do contrato. 
* Nos seguros de responsabilidade legalmente obrigatórios, a indenização por sinistro será paga pelo segurador diretamente ao terceiro prejudicado.
De acordo com o Código Civil, o segurado é obrigado a comunicar ao segurador, logo que saiba, todo incidente suscetível de agravar consideravelmente o risco coberto, sob pena de perder o direito à garantia, se provar que silenciou de má - fé. O segurador, desde que o faça nos _______ dias seguintes ao recebimento do aviso da agravação do risco sem culpa do segurado, poderá dar-lhe ciência, por escrito, de sua decisão de resolver o contrato. A resolução só será eficaz _______ dias após a notificação, devendo ser restituída pelo segurador a diferença do prêmio. Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior.
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Sobre o seguro de pessoas e o tratamento que o Código Civil lhe dá, marque a alternativa correta.
a) É nula, no seguro de pessoa, qualquer transação para pagamento reduzido do capital segurado.
b) Se ao tempo do contrato o segurado era separado de fato, será inválida a instituição do companheiro como beneficiário.
c) Nos seguros de pessoas, o segurador pode sub - rogar - se nos direitos e ações do segurado, ou do beneficiário, contra o causador do sinistro.
d) O seguro de pessoas não pode ser estipulado por pessoa natural ou jurídica em proveito de grupo que a ela, de qualquer modo, se vincule.
e) Mesmo que o seguro tenha como causa declarada a garantia de alguma obrigação, é lícita a substituição do beneficiário, por ato entre vivos ou de última vontade.
Quanto ao contrato de seguro, assinale a alternativa que apresenta informação incorreta.
Resposta errada	a) A apólice ou o bilhete de seguro serão nominativos, à ordem ou ao portador, e mencionarão os riscos assumi- dos, o início e o fim de sua validade, o limite da garantia e o prêmio devido.
Resposta correta	b) Pelo contrato de seguro, o segurador se obriga, mediante o pagamento da indenização, a garantir interesse legítimo de segurado, contra riscos pretederminados. Art. 757. Pelo contrato de seguro, o segurador se obriga, mediante o pagamento do PRÊMIO, a garantir interesse legítimo do segurado, relativo a pessoa ou a coisa, contra riscos predeterminados.
Resposta errada	c) O segurador, desde que o faça nos 15 (quinze) dias seguintes ao recebimento do aviso de agravação do risco sem culpa do segurado, poderá dar-lhe ciência, por escrito, de sua decisão de resolver o contrato.
Resposta errada	d) Somente pode ser parte no contrato de seguro, como segurador, entidade legalmente autorizada.
No que se refere aos contratos de SEGURO, assinale a alternativa correta:
a) No seguro de pessoas, a apólice ou bilhete podem ser ao portador.
b) Os agentes autorizados do segurador, presumem-se seus representantes para todos os atos
relativos aos contratos que agenciarem.
c) No seguro de responsabilidade civil, o segurador não garante o pagamento de perdas e danos
devidos pelo segurado a terceiros.
d) A instituição de companheiro como beneficiário não é válida, se o segurado era apenas
separado de fato na época da instituição.
No que se refere aos contratos, assinale a opção correta. 
A) Somente é lícito às partes estipular contratos tipificados no Código Civil. 
B) O tutor pode dar em comodato, sem autorização especial, as coisas confiadas à sua guarda, desde que o faça para atender às necessidades do tutelado. 
C) O mandato escrito é materializado por meio da procuração, como ocorre com o mandato judicial que o advogado recebe de seu cliente.
D) Dono de hotel, por não ser considerado depositário, não responde por roubo de bagagem dos hóspedes efetuado pelos empregados dentro do estabelecimento.inep enem
JUSTIFICATIVAS A) Opção incorreta. Conforme art. 425 do Código Civil, “é lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código”. B) Opção incorreta. Os tutores só podem dar em comodato as coisas do tutelado mediante autorização especial, seja do dono, pessoa capaz, ou do magistrado, se incapaz. C) Opção correta. O mandato é o contrato consensual e não se exige forma especial para sua celebração, podendo ser escrito ou verbal. No caso, o mandato escrito materializa-se por meio de procuração (Código Civil, art. 653; vide também, César Fiuza. Direito Civil – curso completo. 12.ª ed., p. 568-9). D) Opção incorreta. O hospedeiro é responsável pela bagagem do hóspede, por força do depósito necessário, sendo considerado depositário das bagagens, conforme arts. 647, inciso I, 648 e 649 do Código Civil.inep enem
Joaquim, simplório lavrador, celebrou com Geraldo, seu vizinho, contrato de compra e venda de algumas glebas de terras, pagando em dinheiro, mediante um simples recibo de quitação. Não cuidou, entretanto, de lavrar o ato em instrumento público, nem muito menos, levá-lo a registro, na forma da legislação em vigor (art. 1245 C.C.). Pergunta-se: O negócio existe? Em caso afirmativo, tem validade? Justifique.
 
SUGESTÃO DE GABARITO:
O negócio existe, pois, foram cumpridos todos os requisitos de existência (agente, objeto e forma), entretanto, é nulo em razão de ter ferido um dos requisitos de validade, qual seja, a forma prescrita em lei, quando Joaquim não registrou a compra no RGI, conforme determinação legal.
Claudete, proprietária de imóvel que está locado a Francismar, almejando obter recursos, vende o bem a Jeferson. O locatário quando tem ciência do fato, faz contato com a, até então, locadora, questionando sua conduta, e esta diz que satisfação não lhe deve, posto que, na qualidade de proprietária, tem liberdade de destinar seu bem como melhor entender. A partir da análise do dispositivo legal abaixo, pergunta-se: Qual a natureza jurídica do direito de Francismar com relação à preferência para a aquisição do imóvel locado?
 
Lei nº 8245/91 – Lei do Inquilinato
Art. 27. No caso de venda, promessa de venda, cessão ou promessa de cessão de direitos ou dação em pagamento, o locatário tem preferência para adquirir o imóvel locado, em igualdade de condições com terceiros, devendo o locador dar-lhe conhecimento do negócio mediante notificação judicial, extrajudicial ou outro meio de ciência inequívoca.
...
 
SUGESTÃO DE GABARITO:
Possui o locatário direito de preferência sobre a venda do bem que ocupa, ou seja, o locador em desejando vender o bem deverá oferecer em primeiro lugar ao locatário para que este diga se pretende ou não adquiri-lo, dando-lhe prazo para a manifestação; este direito configura-se potestativo, o que, permite que determinadas pessoas possam influir, sobre determinadas situações jurídicas de outras, a estas cabendo, tão somente sujeição. Portanto, desde que o locatário ofereça pela compra o mesmo valor que o terceiro, poderá sim, dentro do prazo determinado pela lei, adquirir o bem.
Lucas ajuizou ação com pedido de indenização em face de Maria, pelos danos causados ao seu carro em um acidente de trânsito. Para representá-lo durante o referido processo escolheu o advogado Clóvis Coutinho, para quem estabeleceu uma procuração com os poderes específicos necessários à atuação deste profissional. O direito de Lucas de desconstituir o seu advogado, revogando a procuração outorgada, é:
a)       Direito subjetivo.
b)       Direito potestativo constitutivo.
c)       Direito potestativo extintivo.
d)       Direito potestativo modificativo.
e)       Expectativa de direito.
José Carlos decide doar bens imóveis de sua propriedade para Júlio e determina que tais bens sejam utilizados em atividades de ensino para crianças com necessidades especiais. Júlio assume o compromisso de cumprir tal destinação. Pouco tempo depois, os bens recebidos por ele
são utilizados para a implantação de uma rede de padarias. 
1)       A doação feita para Júlio possuí algum elemento acidental? Em caso positivo, justifique e conceitue. Em caso negativo, justifique.
No caso, a doação é feita com encargo. O encargo ou modo pode ser conceituado como sendo o ônus ou obrigação de realizar determinado ato ou atividade pelo beneficiário da transferência de bens ou vantagens. Tal ato ou atividade pode ser realizado em favor do próprio transmissor, de terceiros ou da sociedade. 
2)Pode haver revogação do contrato celebrado? Fundamente a resposta.
Inexistindo o cumprimento do avençado cabe a revogação da doação por inexecução do encargo ( artigo 555 do CC )
3) Aplica-se na hipótese, a regra do artigo 125 do CC? Esclareça.
Não. Só se o encargo fosse estabelecido na qualidade de condição suspensiva. ( 125 c/c 136 do CC )
Tomás, um grande amigo de família, solteiro, sem descendentes e ascendentes, deseja realizar uma doação a um de seus sobrinhos. Todavia, não quer que o negócio surta efeitos imediatamente, mas sim no futuro. Sabedor que você é estudante de Direito, ele o consulta, solicitando explicação de cunho jurídico acerca da diferença prática – além da incerteza da condição e da certeza do termo – entre inserir uma condição suspensiva ou um termo inicial em seu contrato de doação. Pesquise e responda a indagação de Tomás. 
 
Sugestão de gabarito : A diferença prática entre condição suspensiva e o termo inicial encontra-se no fato de que aquela configura uma mera expectativa de direito, enquanto este configura um direito adquirido, conforme preceituam os arts. 125 e 131 do Código Civil. Assim, se uma nova lei proibir a doação ao sobrinho após a assinatura de contrato sob termo inicial, o contrato estará garantido, pois o direito adquirido está a salvo de alterações legais.
Requisitos de validade do negócio jurídico. 
O Código Civil exige, para a validade do ato jurídico, que o agente seja capaz. Tal disposição legal configura a exigência de que o agente: 
A) tenha capacidade de gozo, a capacidade de direito, a capacidade de aquisição.
B) tenha capacidade de fato, a capacidade de ação, a capacidade de exercício.
C) pessoa física, seja dotado de personalidade jurídica.
D) tenha sempre mais de 18 anos de idade. 
E) nenhuma das respostas anteriores está correta. 
Ana Elisa empresta R$ 15.000,00 (quinze mil reais) a seu amigo, Luiz Gustavo. No vencimento da obrigação, Luiz Gustavo não paga o empréstimo. Ana Elisa, dispondo de título executivo, ingressa com a ação de execução. Nenhum bem de Luiz Gustavo é encontrado para ser penhorado. Ana Elisa, porém, descobre que Luiz Gustavo, após vencido o débito, havia vendido para seu irmão Otacílio o único imóvel de que era titular, mais precisamente, uma sala comercial avaliada em R$ 95.000,00 (noventa e cinco mil reais).
 
Pergunta-se:
 
1) É válida a venda entre Luiz Gustavo e Otacílio?
 
A venda entre Luiz Gustavo e Otacílio é anulável em razão da fraude contra credores.
 
2) A situação seria diferente caso, ao invés de venda, tivesse havido uma doação?
 
Quando o devedor insolvente doa um bem ou se torna insolvente por causa da doação, o negócio jurídico é sempre anulável, estando também presente a figura da fraude contra credores. 
Ramon Lopez, argentino, proprietário no Brasil de dois imóveis, alienou um deles por escritura particular e o segundo por escritura pública. O primeiro teve seu registro negado, sob argumento de falta de observância da forma legal determinada. Já o segundo, entrou em exigência, porque não constava do instrumento do negócio jurídico a outorga da mulher de Ramon Lopez, que não compareceu no ato da escritura, pois fora presa no aeroporto de Assunção, envolvida com excesso de bagagem e pequenos recuerdos considerados destinados para comercialização, pelos agentes alfandegários. A assinatura da mulher, pelo regime matrimonial, se considera indispensável para perfeita elaboração do negócio. 
1) Tendo em conta,  em ambas as hipóteses, a existência, validade e eficácia dos negócios jurídicos, responda:
a)Na primeira hipótese – da escritura particular –, quais destes elementos estão presentes? 
Sugestão de gabarito: Na primeira hipótese, ausente o elemento forma, que atinge a validade do negócio jurídico como compra e venda de bem imóvel. Quanto à produção de efeitos específicos, podemos assinalar que no plano da eficácia, o negócio não produz efeitos de compra e venda de imóvel para terceiros, contudo, para as partes envolvidas poderá produzir efeitos obrigacionais, ainda que não seja o efeito desejado por ambas ou por uma delas. (analisar os aspectos de formalidade ad probationem ou ad substantia).
b) No que se refere à segunda hipótese, da mesma forma, analise-a, tendo em mente que o registro, para ambos os casos, se impõe como complementar necessidade para constituição plena da propriedade.
Sugestão de gabarito: Na segunda hipótese, ausente o elemento vontade vinculado à pessoa da esposa, que não a emitiu no documento translativo, que atinge a validade do negócio jurídico, não podendo o instrumento produzir efeitos de compra e venda de imóvel para terceiros, nem para as partes.
Antônio comparece ao seu escritório e formula a seguinte consulta: Ele outorgou procuração para a Administradora KXM LTDA., para que esta locasse um imóvel de sua propriedade. Constava neste documento os poderes de praxe para contratar, distratar, fixar valores e demais condições do contrato, receber os aluguéis e os acessórios da locação, bem como para dar quitação. Na carta que encaminhou o instrumento de mandato à Administradora, Antônio recomendou, por escrito, que o imóvel não fosse locado para órgãos públicos, para escolas e para hospitais. Estipulou, ainda, que o aluguel mínimo mensal deveria ser de R$ 10.000,00. Duas semanas depois, recebeu em sua casa uma cópia do contrato de locação recém-assinado pela Administradora, como sua procuradora, no qual figurava como locatária a Secretaria de Segurança Pública do Estado. O aluguel mensal fora fixado em R$ 7.500,00. 
1) Antônio pode anular o contrato de locação ? Por quê?
Sugestão de gabarito: Não há como anular o contrato (porque não há nenhum vício de consentimento e porque o procurador tinha poderes para contratar a locação e fixar o valor do aluguel). As instruções escritas não constaram da procuração, razão pela qual a única medida a ser tomada é de natureza indenizatória contra Administradora, desde que o mandante demonstre ter sofrido prejuízo em razão do não cumprimento das suas determinações.
João, ao celebrar um contrato de seguro, omitiu intencionalmente que era portador de moléstia grave para assegurar a celebração do negócio jurídico, que não teria sido realizado não fosse a omissão do fato. Na situação hipotética apresentada, a conduta de João caracteriza
Dolo negativo
João, tendo locado um imóvel em ruínas, obteve do proprietário autorização para demolí-lo, construindo um prédio de dois andares no local do antigo. Vencido o contrato, o proprietário entrou com pedido de retomada na justiça, fundamentando a desnecessidade de indenizar o réu uma vez que o contrato de locação vedava o direito de retenção por benfeitorias. João não se conformando o procura como advogado, recebendo de sua parte a seguinte orientação:
(a) Diante do que estabelece o contrato e o princípio de pacta sunt servanda João não terá direito a indenização;
(b) João terá direito a indenização, vez que não se trata de simples benfeitoria e sim de verdadeira acessão, edificada com autorização do proprietário;
(c) João está agindo de má-fé, pois tinha ciência que as benfeitorias não seriam indenizáveis;
(d) João terá direito de permanecer no imóvel compensando-se em aluguéis os gastos que efetuou com o imóvel.
Francisco doou ao seu sobrinho Luís, imóvel residencial (doação pura), fazendo constar da escritura que abria mão do direito de revogar a doação por ingratidão. Posteriormente, Luís foi condenado por crime de difamação contra seu tio. 
Pergunta-se:
a) É válida a cláusula de renúncia? 
Resposta: não, em razão do art. 556, CC.
b) Pode a doação ser revogada na hipótese? 
Resposta: Não. A interpretação das hipóteses de ingratidão é restritiva, e o art. 557, III apenas prevê injúria grave ou calúnia. 
A doação de um bem feita por A a B, com o dever de este continuar a viver em companhia de uma pessoa doente, é considerada:
a) remuneratória.
b) condicional.
c) conjuntiva.
d) onerosa.
e) sob a forma de subvenção periódica.
Resposta: alternativa D (com encargo).
Marque a alternativa CORRETA:
a) A doação é contrato de forma livre.
b) O nascituro, por não ter personalidade jurídica, não pode receber doação.
c) A doação de ascendentes a descendentes importa em adiantamento da legítima.
d) A doação onerosa jamais poderá ser revogada.
e) Por implicar em restrição de direitos, a ingratidão que justifique a revogação da doação apenas poderá recair sobre o doador.
Resposta: alternativa C. 
A respeito das luvas no contrato de locação empresarial, é correto afirmar:
A) A Lei da Usura revogou todas as disposições da Lei de Locações relativas à cobrança de luvas.
B) A Lei 12.112/2009, que alterou vários dispositivos da Lei 8.245/91, considerou ilícita a cobrança de luvas nos contratos de locação empresarial.
C) A cobrança de luvas é permitida em qualquer situação, desde que não ultrapasse o valor de 5 alugueres.
D) De acordo com a jurisprudência do STJ, não há ilegalidade na cobrança de luvas em contrato inicial de locação, conforme a inteligência dos arts. 43, I, e 456 da Lei 8.245/91.
E) Atualmente a cobrança de luvas está restrita aos contratos de locação em shopping centers.
Resposta: alternativa D.
Marque a alternativa correta a respeito das introduções feitas pela Lei 12.112/2009 ao regime jurídico das locações:
A) Durante o prazo estipulado para a duração do contrato, poderá o locador reaver o imóvel alugado nas mesmas hipóteses que o locatário.
B) Em casos de separação de fato, separação judicial, divórcio ou dissolução da união estável, a locação residencial prosseguirá automaticamente com o cônjuge ou companheiro que permanecer no imóvel.
C) Salvo disposição contratual em contrário, qualquer das garantias da locação não se estende até a efetiva devolução do imóvel, sempre que prorrogada a locação por prazo indeterminado.
D) Julgada procedente a ação de despejo, o juiz determinará a expedição de mandado de despejo, que conterá o prazo de 120 dias para a desocupação voluntária.
E) A ação revisional de aluguel terá sempre o rito ordinário.
 Resposta: alternativa B.
Mévio realiza, com a instituição financeira K e K S/A, contrato de mútuo no valor de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais), sendo que Túlio figura como fiador, pela quantia total ajustada. O devedor possuía vasto patrimônio à época do negócio jurídico referido. Posteriormente, faltando o pagamento de dez prestações, o devedor tem sua insolvência decretada, fato que foi comunicado ao fiador e à instituição financeira. Após isso, a instituição financeira pretende cobrar a dívida do fiador. Túlio não renunciou ao beneficio de ordem.
Diante do narrado, analise as afirmativas a seguir.
 
I. O fiador poderá requerer, antes de ser cobrado, que o credor busque bens do devedor para satisfazer o seu crédito.
II. O credor pode optar por cobrar do devedor ou do fiador ou, ainda, de ambos, a dívida.
III. O benefício de ordem cede diante da declaração de insolvência do devedor afiançado.
IV. O patrimônio do fiador está protegido diante da inexistência de renúncia ao beneficio de ordem.
V. O fiador, ao pagar a dívida do afiançado, sub-roga-se nos direitos do credor.
 
Assinale:
(A) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(B) se somente as afirmativas I, II e IV estiverem corretas.
(C) se somente as afirmativas II, III e V estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas I, II e III estiverem corretas.
(E) se somente as afirmativas II, III, IV e V estiverem corretas.
Resposta: alternativa C.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Na locação de coisas, uma das partes se obriga a ceder à outra, por tempo determinado ou não, o uso e gozo de coisa fungível, mediante certa retribuição.
b) A fiança prestada sem autorização de um dos cônjuges implica a
ineficácia total da garantia.
c) O fiador na locação responde por obrigações resultantes de aditamento, ainda que não tenha anuído .
d) A locação por tempo determinado cessa de findo o prazo estipulado, mas depende de notificação ou aviso.
Resposta: alternativa B.
Assinalar a alternativa INCORRETA. Quanto à classificação dos contratos, pode-se dizer que:
a) o contrato de compra e venda é consensual e comutativo, entre outras classificações possíveis.
b) o contrato de comodato é real e principal, dentre outras classificações possíveis.
c) o contrato de fiança é principal e sinalagmático, entre outras classificações possíveis.
d) o contrato de locação de imóveis urbanos é principal, solene e sinalagmático, entre outras classificações possíveis.
Resposta: alternativa C.
A empresa Pinte Bem LTDA efetuou contrato de empreitada de material e de mão-de-obra com a Construções LTDA para pinturas em geral no estabelecimento do Banco X, agência matriz. Após a realização do serviço, a Construções LTDA não efetuou o pagamento previsto no contrato, ficando inadimplente na última parcela. Dessa maneira, considerando que o Banco X contratou a Construções LTDA para reforma da agência matriz, e que a Construções LTDA terceirizou, por conta própria, o serviço de pintura, responda se é possível que o Banco X responda solidariamente pelo débito da Construções LTDA junto à Pinte Bem LTDA.
Resposta: Não, pois o Banco X não era parte da relação jurídica travada entre a Pinte Bem e a Construções LTDA, pelo que o vínculo jurídico decorrente do contrato de empreitada não recai sobre o Banco. Além disso, a solidariedade não se presume.
Sobre a questão de retrovenda q o vendedor em 1ano quis recomprar o imovel que tinha vendido e o comprador não quis vender...
Se o direito de retrato for exercido e a escritura de retrovenda for concluída, e o imóvel não for devolvido, tem o retrocomprador ação de reivindicação contra o retrovendedor, retrovenda é clausula acessoria, não pode estar em outro contrato de forma autonoma
Sobre a questão do seguro de vida incluindo a esposa...depois inclui um possível filho...diferença entre prole eventual e nascituro...dias antes de morrer acrescentou a sogra no seguro sem notificação, ela teria direito ao beneficio?
A) contrato de estipulação de terceiro
B) sim, a mulher teria direito de requerer o beneficio por ter sido estipulada no contrato
c) sim, seria beneficiado. O nascituro é um ente já concebido, mas não é pessoa porque ainda não nasceu com vida. Já prole eventual consiste no(s) ente(s) humano(s) que pode(m) vir a ser (em) concebido(s), ou seja, é a prole futura de determinada(s) pessoa(s). [8]
d) 
Tal premissa, a qual se extrai do preceito legal retro mencionado, revela-se importante para se afastar qualquer confusão entre a figura do agente autorizado do segurador e a figura jurídica do corretor de seguros, o qual não é um representante do segurador e atua em uma relação de intermediação entre o proponente e a seguradora. Nesse sentido, o artigo 18 da Lei nº 4594/64, o qual delimita, perfeitamente, a atuação do corretor de seguros na alínea "a" e, concomitantemente, delimita a relação direta entre proponente e seguradora ou respectivo representante (agente de seguros, por exemplo)
"Art . 18. As sociedades de seguros, por suas matrizes, filiais, sucursais, agências ou representantes, só poderão receber proposta de contrato de seguros:
a) por intermédio de corretor de seguros devidamente habilitado;
b) diretamente dos proponentes ou seus legítimos representantes."
As apólices ao portador não são admissíveis nos seguros de vida.
Devem estar consignados na apólice: os riscos assumidos, o valor do objeto e o prêmio a que se obriga o segurado, além do tempo
de vigência do contrato. O segurado será sempre uma pessoa física.
Resuminho de contrato de seguO contrato de seguro tem por objeto o risco a que está exposto o segurado. São condições para que este risco seja segurável, que: seja futuro; seja incerto quanto ao momento de sua verificação; independa da vontade dos interessados; seja um acontecimento normal; e por fim, ameace um significativo número de pessoas. No caso de inexistência de risco o contrato será nulo por falta de objeto. o beneficiário pode ser estipulado no momento da formação do contrato ou posteriormente; na falta de estipulação e por determinação da lei, o seguro será pago a mulher e aos filhos do segurado ou na falta de um ou de ambos a quem o reclamar alegando que com a morte do segurado ficou privado dos meios necessários a sua subsistência; é facultado ao segurado a substituição do beneficiário, desde que o seguro não tenha sido feito em garantia de alguma obrigação; não pode ser admitido como beneficiário pessoa legalmente proibida de receber liberalidades do segurado e em se configurando tal hipótese, desconsidera-se a estipulação feita e faz-se a entrega do seguro a mulher do segurado e aos seus herdeiros; caso o beneficiário pratique atos que importem ingratidão ao segurado, decairá do direito ao benefício. Fica o segurador exonerado do pagamento do valor estipulado no contrato caso o segurado faleça de morte voluntária, como a decorrente de suicídio premeditado. Alguns contratos tem essa clausula outros não: -> ao dar entrada no seguro para minha sogra (beneficiaria do seguro) a caixa economica INDEFERIU dizendo que seguro tinha carência de 12 meses para morte natural ( causa da morte do segurado). pois o contrato de seguro é de adesão, o que significa que o proponente, ao propor o seguro à Seguradora, aderiu prévia e incontestemente todas as cláusulas do contrato de seguro, pelo menos em tese. 
O contrato de seguro prova-se com a exibição da apólice ou do bilhete do seguro, e, na falta deles, por documento comprobatório do pagamento do respectivo prêmio. Salvo disposição especial, o fato de se não ter verificado o risco, em previsão do qual se faz o seguro, não exime o segurado de pagar o prêmio.

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