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APS Taylorismo Revisado

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1 - Fundamentação Teórica - Revisão Conceitual - Fundamentos (perspectiva histórica, principal representante, conceitos fundamentais, elementos essenciais, princípis na busca da gestão eficiente do trabalho).
·	Administração Científica (TAYLOR)
Frederick Winslow Taylor nasceu em 20 de março de 1856, em Germantown, na Pensilvânia nos Estados Unidos. Seu pai se chamava Franklin Taylor e sua mãe Emily Annete Winslow. Seu pai era um grande advogado que foi formado na Universidade de Princeton e sua mãe uma feminista e abolicionista. A família Taylor era um importante membro dos Quakers – fundação de cunho religioso e tradição protestante que foi criada em 1652 pelo inglês George Fox com objetivos pacifistas e abolicionistas, aproveitando de certa influência na sociedade local. 
Taylor desde muito cedo, foi educado por sua mãe, estudou na França e na Alemanha e também viajou pela Europa. Em 1872, ingressa na Academia Phillips Exeter em New Hampshire com o objetivo de se preparar para a universidade. Ao se formar, é aceito no curso de Direito em Harvard, porém ele decide tomar outro rumo e seguir outra carreira.
Taylor tinha como fundamento básico a preocupação em aumentar a eficiência da indústria através inicialmente da racionalidade do trabalho operário, e mais tarde generalizou suas conclusões para a administração científica.
Aos poucos, Taylor começa a trabalhar como aprendiz na indústria Enterprise Hydraulic Works, onde acaba permanecendo até 1878, no momento em que vai para a Midvale Steel Works, que é especializada na construção de máquinas. Taylor começou como operário, mas rapidamente passou para escriturário, maquinista, contramestre (gerente) e finalmente engenheiro-chefe.
Quando chega aos 27 anos, Taylor se forma no Instituto de Tecnologia de New Jersey no curso de engenharia mecânica. Foi exatamente nessa época em que desenvolveu uma série de dispositivos para o corte de metais. Ao decorrer do ano seguinte, em 3 de maio de 1884, acaba se casando com Louise Spooner.
Durante três anos, Taylor trabalha como gerente-geral e engenheiro-consultor na Manufacturing Investment Company (1890-1893), onde teve a oportunidade que precisava para testar as suas determinadas teorias. Ainda em 1893, Taylor acaba deixando a companhia para abrir o seu próprio negócio como consultor independente. Em 1898, entra na Bethlehem Steel, onde, junto com Maunsel White e um time de assistentes, desenvolve o “high speed steel”, HSS ou aço rápido, um material usado até hoje para a fabricação de ferramentas de corte. Taylor reestrutura uma tarefa de carregar lingote modificando a seleção, treinamento e turnos de trabalho e descanso para que o trabalhador pudesse movimentar 47,5 toneladas por dia – antes a média de carga transportada era de 12,5 toneladas. Taylor projetou também uma grande série de pás para carregar diferentes tipos de materiais, em que ele cujo estudo atribuiu o título de “A Ciência da Pá” ou “The Science of Shoveling”.
Já bastante conhecido, em 1901, Taylor deixa a Bethlehem Steel devido a alguns problemas e desavenças com outros gerentes da empresa. Frederick e sua esposa decidem adotar três filhos: Kempton, Robert e Elizabeth. No ano de 1903, publica o seu primeiro livro sobre o que mais tarde chamaríamos de administração científica, no qual se trata pela primeira vez de suas ideias sobre a racionalização do trabalho.
Três anos depois, em 1906, publica "A Arte de Cortar Metais", é eleito presidente da Associação Americana dos Engenheiros Mecânicos e recebe o título de "Doutor em Ciência" pela Universidade da Pensilvânia. 
Os anos se passavam, e Taylor não parava de crescer. Em 1911 publica sua obra praticamente mais importante, revelando enfim de vez os princípios da administração científica que com o decorrer do tempo se tornariam a base da Teoria Geral da Administração.
Em 21 de maio de 1915, acabou contraindo uma pneumonia e por fim foi-se a falecer.
A administração científica surgiu como uma reação aos péssimos métodos de organização vigentes no processo produtivo industrial das indústrias americanas do fim do século XIX e início do XX. Os donos de fábricas forneciam apenas a estrutura física para a produção que no caso eram apenas o local, a energia, matéria-prima, as ferramentas, o maquinário, etc, e contratavam feitores que se portavam como subempreiteros para organizar o trabalho. A administração ficava preocupada apenas com o produto final, preços, prazo de entrega e lucro, pois tinham uma noção geral da produtividade e tratavam o trabalho com descaso.
As condições de trabalho eram muito ruins, os salários eram baixos nas indústrias, e poderiam ser oferecidos alguns incentivos aos trabalhadores, em geral na forma de bônus salariais, para assim sugerir melhorias. Era imprescindível para o industrial conseguir um bom profissional para organizar os trabalhadores e assim obter lucro com a produção
Na época, havia um exército de trabalhadores que apresentavam um baixo rendimento e não tinham qualificação para com o trabalho. Apesar dos salários baixos, a relação custo-rendimento desses trabalhadores era ineficiente, pois a morosidade da produção e a baixa qualidade dos produtos levavam o industrial a contratar um grande número de indivíduos. 
Taylor notou que havia muito prejuízo com esse estilo de organização, de incentivo e de iniciativa, pois o sistema era aberto à corrupção e à exploração dos trabalhadores, sendo rotineiros os casos de propinas aos supervisores e assédio sexual às trabalhadoras e também ninguém era diretamente responsável pela produtividade da empresa.
Além disso, Taylor deixou a preocupação com a padronização de ferramentas e instrumentos, planejamento das tarefas e cargos, utilização da régua de cálculo, fichas de instrução de serviços, idéia de tarefas associada a prêmios de produção pela sua execusão eficiente, sistemas para classificação dos produtos e do material utilizados na manufatura, e também o de delineamento da rotina de trabalho.
Até então, muito pouco era feito, não havia métodos de avaliação da eficiência dos procedimentos realizados diariamente nas indústrias, era difícil para promover melhores formas de se realizar o trabalho ou sistemas de organização do processo produtivo. 
A administração da empresa, por desconhecer a forma como as tarefas básicas eram desempenhadas, tendo apenas uma visão geral do todo, era ineficiente para reconhecer falhas do processo produtivo e conseguir aumentar a produtividade. Os trabalhadores se resignavam a realizar suas atividades e não contribuíam com sugestões de melhorias no processo produtivo, ou por total desconhecimento do que poderia ser feito ou por falta de vontade de contribuir com mudanças que poderiam aumentar os lucros da empresa, mas não se converteriam em benefícios ou melhores condições de trabalho.
A administração científica, preconizada por Taylor em sua principal obra, “Princípios da Administração Científica”, fundamenta-se na aplicação de métodos científicos para administrar o trabalho, tirando o poder de controle do trabalhador sobre suas ações e escolhas e transferindo-o para o setor administrativo. 
As teorias de Taylor eram fundamentadas sobre algumas idéias, sendo uma delas a de que existe um meio mais eficiente e rápido para realizar cada tarefa, em que a eficiência seria extremamente máxima. Ele analisou obstinadamente e sistemáticamente as tarefas na indústria, atentando aos movimentos e o tempo necessário para sua realização, e fragmentou-as até a sua maior simplicidade. Toda e qualquer tarefa, por menor que seja, é relevante e necessita ser estudada para que se projete um melhor método para sua realização segundo o autor.
O trabalhador passava então a realizar rigorosamente com o tempo tarefas específicas com controle. Era importante o treinamento, pois com instruções adequadas e sistemáticas a cada função seria possível fazer o funcionário produzir muito mais e também com maior qualidade. Nesse sistema, deve haver um forte controle para verificar se o trabalho está sendoexecutado da maneira adequada, no tempo predeterminado para não haver desperdício operacional e na sequência correta.
A idéia do homem econômico é outro fator do taylorismo, que afirma que o único geito motivador para o trabalhador concretizar o seu trabalho de maneira mais dedicada é prender-se o seu pagamento à sua produtividade, sendo assim estabelecidas metas a serem cumpridas. Segundo a visão de Taylor, por meio de pagamentos o trabalhador se sentiria estimulado a trabalhar mais, cooperando e ajudando a empresa para o ganho de lucros, o que reverteria para o bem de todos. O trabalhador ideal era aquele sem questionar e da maneira mais eficiente possível, executava as tarefas da maneira planejada pela administração.
Os quatro princípios da administração científica são:
1. Princípio de planejamento: Subtitui no critério individual do operário, a improvisação e a atuação empírico-prática, pelos métodos baseados em processos científicos. Substituir a improvisação pela ciência, através do planejamento.
2. Princípio de preparo: selecionar os operários de acordo com as suas aptidões e então prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado para que atinjam a meta estabelecida.
3. Princípio de controle: controlar o trabalho para se certificar de que o mesmo está sendo executado de acordo com os métodos estabelecidos
4. Princípio da execução: Consiste em distribuir distintamente as atribuições e as responsabilidades para que a execução do trabalho seja o mais disciplinado possível.
De acordo com o próprio autor, a administração científica constituía-se na melhor forma de organização e gerenciamento, e não optar pela melhor forma seria simplesmente irracional. Por essa razão, as implementações posteriores ao taylorismo acabaram sendo chamadas de racionalização.
- Contribuições da administração Científica para as empresas/organizações.
O tempo se passou e os pontos evidenciados por Taylor ainda são muito presentes nas organizações, principalmente nas empresas produtivas. Pode-se dizer que por mais que o modelo taylorista tenha sido bastante criticado, ele está muito vivo e se faz necessário para o crescimento das empresas, sejam elas, produtivas ou não.
A influência dos seus estudos não foi somente nas indústrias, mas na vida pública e privada de todas as empresas. Suas idéias partiram do chão de fábrica das indústrias, mas acabaram por alçar vôo e extrapolar o mundo dessas empresas e penetrar em diversos aspectos de vários tipos de organização. Sempre enfatizou a busca pela eficiência na produtividade dando ênfase às tarefas. Portanto, tudo o que tem a ver com a maximização de recursos, uniformidade e padronização, trabalho em menor tempo e sem desperdício, aprende-se com Taylor.
O fato é que embora as críticas à administração científica de Taylor tenham surgido, ele continua atual e ainda não foi encontrado um modelo que substitua seus métodos. O que se tem é uma camuflagem, uma forma romântica de se cobrar resultados. Adotam-se, portanto, as chamadas novas abordagens como a reengenharia de processos, a melhoria contínua, a qualidade total, organizações que aprendem, dawsizing, pré e pós-venda para agregação de valor, entre outros que buscam a minimização de custos e a maximização dos lucros. Ainda não se descobriu uma forma de superar Taylor. A padronização das técnicas, os tempos e movimentos são estudados, o comportamento dos trabalhadores e até mesmo o sorriso às vezes é mecanizado, conforme estabelecido pelo patrão.
As contribuições de Taylor estão muito presente na vida das empresas, afinal. O que dizer então dos robôs de linha de montagem informatizados hoje? Não seria isso a busca pela maior produtividade em um menor tempo e porque não dizer com um melhor aproveitamento sem desperdício? No momento em que estamos vivendo, Taylor é, continua e continuará atual.
Observa-se então que, a organização racional do trabalho, não surgiu apenas como mais uma teoria, mas como uma forma de executar melhor as tarefas do trabalho tendo como referência a observação no chão de fábrica.

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