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DESAFIO PROFISSIONAL 5

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CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
POLO DE JUAZEIRO (BA)
CIÊNCIAS CONTÁBEIS
ALUNOS:
HÉRCULES FERREIRA DA SILVA	RA: 1709133366
MARCELO BRUNO SILVA SALES	RA: 9918000950
TATHIANE MENEZES BRANDÃO	RA: 1026331324
ANA PAULA GOMES DOS REIS 	RA: 3288418157
MIRIAM BRITO DOS SANTOS 		RA: 1600329876
DESAFIO PROFISSIONAL DE ANÁLISE DE INVESTIMENTO, ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA, ESTRUTURA E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, CONTABILIDADE DE CUSTOS, DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO.
JUAZEIRO – BA
2017
SUMÁRIO
	1
	Introdução...................................................................................................
	03
	2
	Referencial teórico.....................................................................................
	05
	2.1
	Negócio e Mercado.................................................................................... 
	05
	2.1.1
	Relacionamento com Stakeholds.............................................................
	05
	2.1.2
	Estratégias utilizadas no negócio.............................................................
	06
	2.1.3
	Gerenciamento de Riscos..........................................................................
	07
	2.1.4
	Aspectos sustentáveis...............................................................................
	08
	2.1.5
	Partes Relacionadas...................................................................................
	08
	2.1.6
	Participação no PIB....................................................................................
	08
	2.1.6.1
	A DVA como instrumento de Análise.......................................................
	09
	3
	Demonstrações Financeiras – Pomifrutas S/A........................................
	12
	3.1
	Indicadores Financeiros............................................................................
	15
	3.1.1
	Indicadores de Endividamento..................................................................
	15
	3.1.1.1
	Análise do Endividamento.........................................................................
	16
	3.1.2
	Indicadores de Liquidez.............................................................................
	16
	3.1.2.1
	Análise da Liquidez....................................................................................
	18
	3.1.3
	Indicadores de Rentabilidade....................................................................
	18
	3.1.3.1
	Análise da Rentabilidade...........................................................................
	20
	3.1.4
	Termômetro de Insolvência.......................................................................
	20
	3.1.5
	Ciclo Econômico-Operacional-Financeiro...............................................
	21
	3.2
	Situação Financeira da Empresa..............................................................
	22
	4
	Gestão de Custos.......................................................................................
	22
	4.1
	Métodos de Custeio....................................................................................
	23
	4.2
	Melhor método de Custeio para a Pomifrutas.........................................
	25
	5
	Viabilidade de Novos Negócios................................................................
	26
	5.1
	Estratégias e Estudo..................................................................................
	26
	5.2
	Análise de Investimento.............................................................................
	27
	5.2.1
	Custos de Produção Projetado.................................................................
	28
	5.2.2
	Fluxo de Caixa Projetado...........................................................................
	28
	5.2.3
	Análise do Retorno..................................................................................... 
	29
	6
	Conclusão...................................................................................................
	30
	
	Referências.................................................................................................. Bibliográficas............................................................................
	31
	
	
	
�
1 Introdução
	A agricultura é um dos negócios que fazem parte da base econômica de uma região. Ela vem transformando-se no principal impulsionador da economia brasileira nas últimas décadas. Um dos segmentos que mais se destaca é o agronegócio, respondendo por uma significativa parcela das exportações brasileiras, sendo o único setor superavitário da economia nacional nos últimos anos.
	Essa atividade contribui de modo significativo para o desenvolvimento social e econômico do Brasil, gerando emprego, renda e alimento para toda a população. Este setor está por trás do processo de desenvolvimento dos países mais avançados do mundo. A maioria das pessoas desconhecem a dimensão desse segmento na economia do país. Há uma ideia inicial de que ele serve apenas para produzir alimentos, entretanto a riqueza de um país surge da agricultura, já que nenhum país nasceu industrial. Todos iniciam por esse caminho, desenvolvem os serviços e depois suas indústrias.
	A fruticultura, ramificação do agronegócio exerce grande influência no setor socioeconômico. Sendo desenvolvida em, praticamente, todas as regiões do Brasil desenvolvem a fruticultura. Neste setor a produção de maçã vem se destacando ao longo dos anos e sua comercialização abrande o mercado interno e externo. No mundo inteiro o consumo tem crescido desde o produto in natura até seus subprodutos processados como sucos, polpas, etc.
	O cultivo da maçã, antes em regime familiar, possibilitava que os produtores pudessem usufruir do retorno de seu próprio negócio, porém essa atividade não tem mais consistência, uma vez que o mercado exige mais dedicação e administração da propriedade.
Foi nesse ambiente de transformação que surgiu a POMIFRUTAS S/A. Constituída na década de 60, tendo como atividade preponderante o cultivo e a venda de maçã, além de fruticultura. A empresa está sediada na região de Fraiburgo, Santa Catarina. Cresceu, abriu seu capital e tem suas ações negociadas em bolsa de valores.
	Entretanto, devido às condições climáticas e crises econômicas nos últimos três anos, a empresa vem sofrendo com altos custos de produção refletindo em sucessivos resultados negativos como se pode ver na demonstração do resultado do exercício (tabela 5). Em face disso, em 2015 a companhia alienou parte de seu capital a novos acionistas. O novo grupo mudou toda a administração da empresa e implantou uma nova gestão focada na redução de custos e manutenção da qualidade. No entanto, com essa mudança drástica, os administradores depararam-se com uma outra realidade: “Como manter a produção sem comprometer o planejamento, o controle e análise de oportunidades?”.
	Para isso, resolveram contratar um grupo de profissionais especializados em contabilidade empresarial, gerencial e de custos, a fim de apresentar um relatório completo sobre o diagnóstico da companhia e possíveis soluções para novos investimentos.
	A equipe de especialistas terá como objetivos: entender como funciona a empresa, reconhecer sua situação financeira, verificar necessidade de mudança nos sistemas de custo, analisar oportunidades de negócio.
A metodologia do artigo contemplará as seguintes fases: Diagnóstico da companhia e suas relações com terceiros, levantamento dos balanceadores de desempenho de acordo com a leitura de dados extraídos das Demonstrações Contábeis já publicadas, estudo de sistemas de custeio e gestão de custos, análise de novas oportunidades de negócio.
�
2 Referencial Teórico	
	A fim de ter um diagnóstico da empresa POMIFRUTAS S/A ─ localização, estrutura, mercado de atuação, negócio empresarial ─ a equipe de consultores baseou-se em pesquisa fundamentada por relatórios da Bolsa de Valores (BM&FBovespa) – Demonstraçõesfinanceiras já publicadas e aceitas pela CVM ─, literaturas existentes e em dados extraídos do sítio da própria POMIFRUTAS.
A macieira, produzida na Pomifrutas, é uma fruta típica de clima temperado e, mesmo sendo raro no Brasil, sua cultura é uma das atividades agrícolas que mais recebe investimento em tecnologia e qualidade no país. Encontra-se áreas propícias à pomicultura nas serras dos estados de Santa Catarina e em algumas regiões do sul do Brasil. O clima do sul proporciona aparência atraente e sabor inigualável. 
Aproximadamente 900 ha são cultivados em terrenos próprios e arrendados. Os arrendamentos recebem ajuda por meio de fomento agrícola para a produção de frutas, ou seja, fornecimento de insumos agrícolas, suporte financeiro e gestão da qualidade da PomiFrutas, fazendo com que mercado e negócio se desenvolvam.
2.1 Negócio e Mercado	
O negócio da empresa é a produção e industrialização de fruta. Esse modelo é baseado em um sistema de produção altamente moderno, com tecnologia de ponta e responsabilidade socioambiental. Conforme (POMIFRUTAS - Notas Explicativas, 2016), o mercado de atuação é o segmento de maçãs no Brasil e no exterior. Visando se consolidar no mercado a empresa diversificou seu parque em atividades de produção de mudas e sementes, apicultura, industrialização de outras frutas, produção de polpas e derivados.
Para se sustentar nesse mercado, segue seu planejamento no qual estão inseridas políticas de relacionamentos com terceiros, estratégias de negócio, gerenciamento de riscos, sustentabilidade e participação da empresa na formação do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
2.1.1 Relacionamento com Stakeholders
Os colaboradores da empresa são efetivos e temporários. Esses últimos têm sua maior oferta de contratação no período de colheita que vai de janeiro a abril, após isso são desligados por conta da entressafra. A empresa vem desenvolvendo um sistema de fomento em que financia a produção de pequenos produtores. Ao longo do ano de 2016 a companhia reduziu seu quadro de pessoal, vinculando suas atividades de acordo com a nova estratégia de negócio (POMIFRUTAS, 2016). 
Os clientes da empresa são as grandes redes de supermercados no Brasil e no Exterior. As vendas a prazo são realizadas acompanhando o tempo de financiamento das frutas. No caso de novos clientes, é exigido um pagamento parcial antecipado. Com isso, a margem de perda é mitigada ficando em 6% das contas a receber. As contas “clientes” (Balanço Patrimonial) mostram uma variação negativa (2015-2016), o que nos permite concluir que houve geração de caixa. O prazo de vendas fica em 30, 60, 90, 180, e acima de 180 dias. A provisão para créditos de liquidação duvidosa (por créditos não pagos) é a melhor estimativa que a compahia possui e seu montante é considerado suficiente para cobrir eventuais perdas por não pagamento de clientes. 
Os fornecedores são comerciantes de insumos necessários à fomentação da próxima safra, bem como vendedores de embalagens e demais materiais necessários para as operações da companhia e de sua controlada. Os principais credores operacionais (curto prazo) são sua própria controlada (Pomifrai Fruticultura S/A) e Trombini Embalagens S/A. Os prazos médios de pagamentos obtidos junto a eles em 2016 foram: defensivos agrícolas (à vista), embalagens (45 dias), manutenção e outros (28 dias). Quanto aos fornecedores de prestação de serviços seus contratos têm prazo de (30 dias). Na relação com fornecedores de longo prazo (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) houve uma renegociação para parcelamento dos débitos (financiamentos).
O investidor principal da empresa é o Fundo de Investimento Siwea. Em 2015 a empresa informou ao mercado, por meio de fato relevante, que seu novo investidor adquiriu ações ordinárias de emissão da companhia no âmbito do aumento de capital, assumindo o controle (51,27%) da empresa e elegendo novos conselheiros e mudando o auditor independente a fim de aprimorar as práticas contábeis da companhia. Com a nova gestão o lucro líquido (2016), apesar de negativo, vem se recuperando em relação ao mesmo período do exercício anterior (POMIFRUTAS – Mensagem da Diretoria, 2016)
2.1.2 Estratégias utilizadas no negócio
Conforme (POMIFRUTAS – Mensagem da Diretoria, 2016), a companhia implementou diversas ações que têm por objetivo o aprimoramento da atual situação financeira e econômica da companhia, com destaque para: (a) nova política de comercialização; (b) adequação de estrutura; (c) reestruturação de diversos setores, em especial da área agrícola, visando obter maior margem de contribuição na próxima safra; (d) restruturação do perfil da dívida da companhia.
Na safra 2015/2016, a empresa sofreu com um inverno atípico, extremamente quente, seguido de um período intenso e longo de chuvas, reduzindo o rendimento dos pomares. A produtividade, cerca de 22 ton/ha, foi baixa. Houve uma quebra em nível nacional (750 mil ton contra 1.200 mil ton previstas). Por outro lado, o aumento dos preços de venda garantiram uma receita bruta maior, mas não suficiente para cobrir os gastos totais.
Dado esse cenário, a nova administração optou por mudanças na forma de comercialização, privilegiando os preços e as margens. Em linha com a estratégia de diminuição de risco, promoveu ajustes que passam pela redução da área de pomares próprios e a realocação da produção em outras regiões geográficas por meio de contratos de fomento, ajustes para diminuição das despesas com vendas, gerais e administrativas. Eliminou níveis hierárquicos e cortes de pessoal (Downsizing), buscando atingir uma estrutura de custos compatível com o tamanho atual das operações da empresa.
Tais estratégias mostraram-se acertadas, uma vez que permitiu uma redução dos custos em aproximadamente 50%. Além disso, a compahia promoveu renegociação de débitos e parcelamentos de tributos junto a terceiros.
2.1.3 Gerenciamento de Riscos
O principal fator de risco para a pomicultura do Brasil, resultante do clima, é o granizo. O gelo caindo sobre as frutas em formação ou já formadas provocam rachaduras e cortes que tornam as maçãs inaceitáveis para o Mercado, já que a classificação da qualidade comercial e o valor da fruta são determinados pela sua coloração e aparência. As maçãs afetadas são destinadas à produção de sucos e doces com preço inferior ao custo de produção. 
Outro fator de risco é a sazonalidade operacional. Caracterizada por dois grandes períodos: safra e entressafra. De janeiro a abril, período de colheita, o setor é pressionado pelo aumento dos custos decorrrentes da contratação de mão de obra e logística. Há queda dos preços decorrentes da comercialização em grandes volumes de frutas industriais e da oferta abundante de frutas comerciais, principalmente de pequenos produtores que não dispõem da infraestrutura para armazenamento de longo prazo de sua produção.Esses fatores levam a resultados desfavoráveis no primeiro semestre.
No segundo semestre, período de entressafra, esta situação se inverte, a oferta de frutas dominui porque operam no mercado somente as empresas com capacidade de armazenamento. Normalmente nesse período ocorre o aumento dos preços e a recuperação da rentabilidade (POMIFRUTAS – Fatores de Risco, 2016).
2.1.3.1 Monitoramento de Riscos
A companhia monitora, continuamente, os riscos de mercado relacionados com a volatilidade dos preços no mercado nacional e internacional e os riscos de sinistros. Quanto ao granizo, são usados equipamentos tecnológicos capazes de perfurar as nuvens a fim de evitar chuvas desse tipo. No período sazonal, usa-se câmaras frias capazes de grandes armazenamentos a fim de esperar os melhores preços das frutas. O risco de crédito (vendas a prazo) é mínimo pois exige-se pagamento parcial antecipado para cobertura de despesas. Já no risco de sinistro, são feitos seguros a fim de cobrir eventuais perdas inesperadas (POMIFRUTAS – Notas explicativas, 2016)
2.1.4 Aspectos sustentáveis
Segundo a literatura da Promifrutras (2016), a empresa temcompromisso com a qualidade e segurança de alimentos (economia), com a preservação e melhoria do meio ambiente e com a saúde, seguraça e bem estar social de seus trabalhadores Além disso, preserva a cultura daquela região sul do país, fomentando eventos a fim de divulgar a região para o restante do Brasil.
2.1.4.1 Sustentabilidade
A companhia conta com um Sistema de Gestão Integrado (SGI) visando a melhoria contínua de sua eficácia. O planejamento do SGI objetiva a produção e o beneficiamento de um produto que atenda aos requisitos estabelecidos, legal e comercial, com foco nos clientes e consumidores finais. A companhia prima pela Responsabilidade Social e Ambiental na medida em que adota ações primordiais visando: Identificar o impacto da atividade econômica da empresa no ambiente; Manter e melhorar as áreas de preservação permanente e de Reserva Legal com a mínima interferência humana; Planejar e programar ações de melhoria e manutenção da fauna, flora e recursos hídricos; A disposição correta dos resíduos gerados nos processos agrícola e fabril.
Com esses instrumentos, a empresa desenvolve suas operações atendendo as exigências ambientais e legais tendo renovado sua certificação Global Gap, fundamental para crendenciar a empresa como exportadora para o mercado europeu (POMIFRUTAS – Relatório da Administração, 2016).
2.1.5 Partes relacionadas
Partes relacionadas referem-se a transações entre a companhia e sua controlada. Os principais saldos de Ativos e Passivos em 31/12/2016, bem como as transações que influenciaram o resultado do exercício relativos a essas operações, decorrem dessa relação. Foram realizadas em condições usuais de mercado (não são alocadas no realizável a longo prazo). A Companhia realiza operações com a controlada a fim de viabilizar suas operações. Nessas, não há cobrança de encargos, bem como não há prazo para liquidação dessas obrigações (POMIFRUTAS - Notas Explicativas,p.22, 2016).
2.1.6 Participação no PIB
O cenário mundial vem passando por significativas mudanças na área social, política e econômica, refletindo no ambiente empresarial por meio de novos padrões de competitividade. Há necessidade de se alterar as práticas relacionadas ao trabalho e a gestão da empresa. Deste modo, a informação contábil tradicional, contemplada nos relatórios contábeis clássicos, não está abrangendo totalmente as novas demandas dos usuários dessa informação (DEGENHART, 2014).
Em tempos de Sustentabilidade e Balanço Social, informações que demonstram o verdadeiro potencial de uma organização não podem ficar restritas a um pequeno grupo. De maneira que as principais entidades, responsáveis por dar exemplo nos temas supracitados, podem ser cobradas partindo também do seu poder de geração de valor agregado. O Demonstrativo Financeiro que mais contempla essas necessidades é a Demonstração de Valor Adicionado (DVA), conforme a lei 6.404/76 no seu art. 176, inciso V. A POMIFRUTAS mostra para os diversos Stakeholders como está distribuída a sua riqueza, o que faz por meio da DVA do último exercício (tabela 1) a seguir.
	Tabela 1: DVA – Pomifrutas S/A - 31/12/2016
	 
	 
	2016
	2015
	2014
	 
	AH
	AV
	1
	Receitas
	47.865
	38.045
	63.037
	
	26%
	100%
	 
	Vendas Mercad. Produtos e Serviços
	47.350
	40.254
	60.434
	
	18%
	 
	 
	Receitas não Operacionais
	515
	-2.209
	2.603
	
	 
	 
	2
	Insumos Adquiridos de Terceiros
	-35.165
	-26.756
	-24.811
	
	31%
	73%
	 
	Custos Prods., Mercs. e Servs. Vendidos
	-30.377
	-20.005
	-15.289
	
	 
	 
	 
	Materiais, Energia, Servs. de Terceiros
	-4.046
	-5.744
	-9.012
	
	 
	 
	3
	Valor Adicionado Bruto
	12.700
	11.289
	38.226
	
	12%
	27%
	4
	Retenções
	-4.006
	-4.754
	-5.871
	
	-16%
	-8%
	 
	Depreciação, Amortização e Exaustão
	-4.006
	-4.754
	-5.871
	
	 
	 
	5
	Valor Adicionado Líquido Produzido
	8.694
	6.535
	32.355
	
	33%
	18%
	6
	Vlr Adic. Recebido Transferência
	10.350
	340
	302
	
	2944%
	22%
	 
	Receitas Financeiras
	10.350
	340
	302
	
	 
	22%
	7
	Valor Adicionado Total a Distribuir
	19.044
	6.875
	32.657
	
	177%
	40%
	8
	Distribuição do Valor Adicionado
	19.044
	6.875
	32.657
	
	177%
	100%
	8.1
	Pessoal
	18.188
	23.247
	22.127
	
	-22%
	96%
	 
	Remuneração Direta
	13.573
	16.476
	16.035
	
	 
	71%
	8.2
	Impostos, Taxas e Contribuições
	1.536
	883
	867
	
	74%
	8%
	 
	Federais
	1.360
	601
	538
	
	126%
	7%
	8.3
	Remuneração de Cap. de Terceiros
	17.688
	13.837
	18.215
	
	28%
	93%
	 
	Juros
	17.688
	12.451
	13.638
	
	 
	 
	8.4
	Remuneração de Capitais Próprios
	-18.368
	-31.092
	-8.552
	
	-41%
	-96%
	 
	Juros sobre o Capital Próprio
	 
	 
	 
	
	 
	 
	 
	Dividendos
	 
	 
	 
	
	 
	 
	 
	Lucros Retidos / Prejuízo do Período
	-18.368
	-31.092
	-8.552
	
	 
	 
2.1.6.1 A DVA Como Instrumento de Análise
Conforme ensinamentos de JÚNIOR(2012), por meio da DVA algumas análises poderão ser feitas pelos agentes internos e externos, ou seja, todos os que pretendam entender melhor a relação da empresa. De acordo o trabalho dele: “cada uma das informações atende às necessidades específicas de distintos grupos de usuários.” Isto pode ser observado a seguir (tabela 2).
	Tabela 2: Grupos interessados na riqueza da empresa
	Empregados Sindicatos
	A DVA serve de base para negociações salariais, comparações entre entidades do mesmo segmento, estudos da evolução da remuneração do pessoal.
	Governos
	Podem efetuar comparativos da carga tributaria avaliando quais categorias mais contribuem para a formação da receita tributária.
	Financiadores Credores
	Comunica a saúde da entidade, sua evolução na geração da riqueza, bem como a capacidade de honrar compromissos de curto e longo prazos.
	Acionistas
	Apresenta a parcela que cabe aos acionistas no período, podendo efetuar análises do investimento, para a continuidade ou não da aplicação.
	Administradores
	Serve como instrumento de apoio ao planejamento estratégico, à decisão e ao controle, além de apresentar a parcela que lhes cabe a título de remuneração.
	Sociedade
	Pela DVA, a sociedade organizada pode comprovar a representatividade das práticas de responsabilidade social das entidades.
 2.1.6.2 Análise do Valor Adicionado – Pomifrutas S/A.
Os especialistas analisaram o demonstrativo (2016/2015) e chegaram às informações, quanto aos interesses dos grupos (tabela 2).
Empregados e Sindicatos ─ estão preocupados em futuros aumentos de salários por conta da aproximação da data base da categoria. Entretanto, ao interpretarem a DVA, percebem que os últimos exercícios têm deixado um resultado de prejuízo nas atividades usuais da empresa. O gasto com insumos estão altos (73% da receita). Mesmo assim, houve um aumento de 177% do Valor a distribuir (2016), fruto do grande rendimento das receitas financeiras que correspondeu a 22% do total da receita de 2016. Esse grupo mostra-se satisfeito, já que 96% do valor a distribuir foi só para pagamento dos colaboradores da empresa.
Governo ─ A análise mostrou um aumento de 74% da carga tributária. Os tributos dizem respeito a IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Produtos) e Contribuições Sociais. Referem-se à comercialização no mercado interno, por conta de benefícios tributários à exportação de produtos para o exterior. Também não teve Imposto sobre a Renda e Proventos, uma vez que houve prejuízo no exercício.
Financiadores (BDRE) e Fornecedores ─ Esses estão preocupados com a capacidade de pagamento da empresa, já que os gastos com terceiros, fornecedores de bens e serviços cresceram 30% em relação ao ano anterior.
Acionistas ─ Os novos investidores, por meio dessa Demonstração (DVA), podem elaborar seu Planejamento Estratégico e a nova política que a empresa deverá seguir. Ainda não foi possível vislumbrar retornos nos exercícios de 2014 até 2016,porém sabem que a empresa tem capacidade de gerar bons dividendos no futuro. 
Administradores ─ Percebem uma melhora no andamento da empresa. Com a nova política implantada sabem que a empresa dará um salto de qualidade. A tendência é de aumento de receita para o ano de 2017. Espera-se uma redução drástica nos custos de produção e nas despesas operacionais.
Por fim, a Sociedade pode comprovar a importância da POMIFRUTAS S/A para a região de Fraiburgo e para o Estado de Santa Catarina. A empresa tem responsabilidade social quando distribui sua riqueza com seus colaboradores, a maioria residentes naquela cidade, contribuindo com um aporte de capital na economia local. Os impostos ajudam no desenvolvimento da infraestrutura do Município. Esses tributos, apesar de não pertencerem à competência do Município, são recebidos em face das transferências tributárias da União e Estados.
	Após vencerem a fase de diagnóstico da empresa, os especialistas avançam para a fase de análise da situação econômico-financeira da companhia. Para isso precisam ter em mãos as Demonstrações Contábeis e Notas Explicativas já publicadas e constantes na sítio da Bolsa de Valores (BM&FBOVESPA).
	
	
�
3 Demonstrações Financeiras – Pomifrutas S/A.	
	Para analisar a situação financeira da empresa, os especialistas, de acordo com Empresas Listadas - BM&FBOVESPA(2016), levantaram os relatórios financeiros (Balanço Patrimonial Ativo, Balanço Patrimonial Passivo, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido e Demonstração do Fluxo de Caixa) da POMIFRUTAS S/A, os quais estão consolidados em tabelas a seguir.
	Tabrela 3: Balanço Patrimonial - Pomifrutas S/A - 31/12/2016 - ATIVO
	 Conta 
	 Descrição 
	2016
	2015
	2014
	AH
	AV
	 1 
	 Ativo Total 
	92.735 
	 110.110 
	 122.862 
	-16%
	100%
	 1.01 
	 Ativo Circulante 
	24.699 
	 34.280 
	 43.009 
	-28%
	27%
	 1.01.06 
	 Tributos a Recuperar 
	 376 
	 1.326 
	 822 
	-72%
	0%
	 1.01.07 
	 Despesas Antecipadas 
	 988 
	 1.380 
	 756 
	-28%
	1%
	 1.01.08 
	 Outros Ativos Circulantes 
	12.374 
	14.734 
	 24.607 
	-16%
	13%
	 1.01.08.03.01 
	 Outras Contas a Receber 
	 10 
	 22 
	 239 
	-55%
	0%
	 1.01.08.03.02 
	 Adiantamento a Fornecedores 
	10.091 
	 3.828 
	 412 
	164%
	11%
	 1.01.08.03.03 
	 Alienação de Bens do Imobilizado 
	 2.273 
	10.884 
	 23.956 
	-79%
	2%
	 1.02 
	 Ativo Não Circulante 
	68.036 
	 75.830 
	 79.853 
	-10%
	73%
	 1.02.01 
	 Ativo Realizável a Longo Prazo 
	12.964 
	 16.541 
	 18.991 
	-22%
	14%
	 1.02.01.03 
	 Contas a Receber 
	 807 
	 39 
	 39 
	1969%
	1%
	 1.02.01.07 
	 Despesas Antecipadas 
	 4.077 
	 4.819 
	 5.985 
	-15%
	4%
	 1.02.01.09 
	 Outros Ativos Não Circulantes 
	 8.080 
	 11.683 
	 12.967 
	-31%
	9%
	 1.02.01.09.03 
	 Tributos a Recuperar 
	 3.077 
	 3.675 
	 4.621 
	-16%
	3%
	 1.02.01.09.04 
	 Depósitos Judiciais 
	 1.303 
	 1.421 
	 1.251 
	-8%
	1%
	 1.02.01.09.06 
	 Alienação de Bens do Imobilizado 
	 3.700 
	 6.587 
	 7.095 
	-44%
	4%
	 1.02.02.02 
	 Propriedades para Investimento 
	17.583 
	 17.541 
	 - 
	0%
	19%
	 1.02.03.01 
	 Imobilizado em Operação 
	37.226 
	 41.497 
	 60.581 
	-10%
	40%
	 1.02.04 
	 Intangível 
	 263 
	 251 
	 281 
	5%
	0%
Fonte: BM&FBovespa
�
	Tabela 4: Balanço Patrimonial - Pomifrutas S/A - 31/12/2016 - PASSIVO
	 Conta 
	 Descrição 
	2016
	2015
	2014
	AH
	AV
	 2 
	 Passivo Total 
	 92.735 
	 110.110 
	 122.862 
	-16%
	100%
	 2.01 
	 Passivo Circulante 
	 22.414 
	 78.551 
	 30.824 
	-71%
	24%
	 2.01.01 
	 Obrigações Sociais e Trabalhistas 
	 1.855 
	 3.134 
	 3.093 
	-41%
	2%
	 2.01.02 
	 Fornecedores 
	 5.538 
	 8.794 
	 6.232 
	-37%
	6%
	 2.01.03
	 Impostos, Taxas e Contribuições 
	 1.909 
	 2.283 
	 1.750 
	-16%
	2%
	 2.01.04 
	 Empréstimos e Financiamentos 
	 6.068 
	 53.069 
	 11.448 
	-89%
	7%
	 2.01.05 
	 Outras Obrigações 
	 7.044 
	 11.271 
	 8.301 
	-38%
	8%
	 2.01.05 
	 Passivos com Partes Relacionadas 
	 2.473 
	 6.937 
	 - 
	-64%
	3%
	 2.01.05
	 Outros 
	 4.571 
	 4.334 
	 8.301 
	5%
	5%
	 2.01.05
	 Adiantamento de Clientes 
	 140 
	 324 
	 327 
	-57%
	0%
	 2.01.05 
	 Outros Débitos 
	 4.431 
	 4.010 
	 7.974 
	10%
	5%
	 2.02 
	 Passivo Não Circulante 
	 112.002 
	 64.350 
	 101.798 
	74%
	121%
	 2.02.01 
	 Empréstimos e Financiamentos 
	 52.701 
	 238 
	 34.804 
	22043%
	57%
	 2.02.02 
	 Outras Obrigações 
	 30.383 
	 34.621 
	 36.920 
	-12%
	33%
	 2.02.03 
	 Imposto de Renda e Contr Social
	 9.060 
	 9.569 
	 10.098 
	-5%
	10%
	 2.02.04 
	 Provisões 
	 19.858 
	 19.922 
	 19.976 
	0%
	21%
	 2.02.04 
	 Provisões Fiscais Previdenciárias
	 3.152 
	 3.152 
	 1.766 
	0%
	3%
	 2.02.04 
	 Outras Provisões 
	 16.706 
	 16.770 
	 18.210 
	0%
	18%
	 2.02.04
	 Obrigações em Contingência 
	 1.189 
	 1.353 
	 448 
	-12%
	1%
	 2.02.04
	 Outros Debitos 
	 15.517 
	 15.417 
	 17.762 
	1%
	17%
	 2.03 
	 Patrimônio Líquido Consolidado 
	- 41.681 
	- 32.791 
	- 9.760 
	27%
	-45%
	 2.03.01 
	 Capital Social Realizado 
	 142.652 
	 133.173 
	 127.174 
	7%
	154%
	 2.03.03 
	 Reservas de Reavaliação 
	 6.507 
	 6.546 
	 6.654 
	-1%
	7%
	 2.03.04 
	 Reserva Legal 
	 35 
	 35 
	 35 
	0%
	0%
	 2.03.05 
	 Lucros/Prejuízos Acumulados 
	-190.875 
	-172.545 
	-143.623 
	11%
	-206%
Fonte: BM&Fbovespa
	Tabela 6: Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - 31/12/2016
	 Conta 
	 Descrição 
	Capital Social
	Reservas de Capital
	Reserva Lucro
	Lucro Prej
	PL
	 5.01 
	 Saldos Iniciais 
	 126.986 
	 7.740 
	 35
	- 95.990 
	 38.771 
	 5.02 
	 Ajustes Exercícios Anterior
	 - 
	 - 
	 - 
	- 3.247 
	- 3.247 
	 5.03 
	 Saldos Iniciais Ajustados 
	126.986 
	 7.740 
	 35 
	- 99.237 
	 35.524 
	 5.04.01 
	 Aumentos de Capital 
	 188 
	 - 
	 - 
	 - 
	 188 
	 5.04.06 
	 Dividendos 
	 
	 
	 
	 
	 
	 5.04.07 
	 Juros sobre Capital Próprio 
	 
	 
	 
	 
	 
	 5.05.01 
	 Lucro Líquido do Período 
	 - 
	 - 
	 - 
	- 44.899 
	- 44.899 
	 5.06.02 
	 Realização Res. Reavaliação 
	 - 
	- 1.086 
	 - 
	 1.086 
	 - 
	 5.07 
	 Saldos Finais 
	127.174 
	 6.654 
	 - 
	- 143.050 
	- 9.187 
Fonte: BM&FBovespa
�
	Tabela 5: Demonstração do Resultado do Exercício - Pomifrutas S/A - 31/12/2016
	Conta
	Descrição
	2016
	2015
	2014
	AH
	AV
	 3.01 
	 Receita Venda de Bens e/ou Serviços 
	 45.510 
	 37.352 
	 56.056 
	22%
	100%
	 3.02 
	 Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos 
	-48.701 
	-44.791 
	-44.307 
	9%
	-107%
	 3.03 
	 Resultado Bruto 
	- 3.191 
	- 7.439 
	 11.749 
	-57%
	-7%
	 3.04 
	 Despesas/Receitas Operacionais 
	- 9.495 
	-13.912 
	-11.261 
	-32%
	-21%
	 3.04.01 
	 Despesas com Vendas 
	- 1.600 
	- 1.304 
	- 2.438 
	23%
	-4%
	 3.04.02 
	 Despesas Gerais e Administrativas 
	- 5.741 
	-7.048 
	-11.426 
	-19%
	-13%
	 3.04.04 
	 Outras Receitas Operacionais 
	 515 
	- 4.174 
	 300 
	100%
	1%
	 3.04.05 
	 Outras Despesas Operacionais 
	-23.669 
	- 1.386 
	 2.303 
	1608%
	-52%
	 3.05 
	 Resultado Antes Res Finan e Tributos 
	-12.686 
	-21.351 
	 488 
	-41%
	-28%
	 3.06.01 
	 Receitas Financeiras 
	 10.350 
	 9.983 
	 302 
	4%
	23%
	 3.06.02 
	 Despesas Financeiras 
	-16.541 
	-18.764 
	-10.027 
	-12%
	-36%
	 3.07 
	 Resultado Antes dos Tributos s/ Lucro 
	-18.877 
	-30.132 
	- 9.237 
	-37%
	-41%
	 3.08 
	 Imposto de Renda e Cont. Social s/Lucro 
	 509 
	 529 
	 685 
	-4%
	1%
	 3.11 
	 Lucro/Prejuízo Consolidado do Período 
	-18.368 
	-29.603 
	- 8.552 
	-38%
	-40%
Fonte: BM&FBovespa
	Tabela 7: DFC - Pomifrutas S/A - 31/12/2016 - MÉTODO INDIRETO
	 Conta 
	 Descrição 
	2016
	2015
	2014
	AH
	AV
	 
	 6.01 
	 Caixa Líquido Atividades Operacionais 
	- 8.992 
	-10.066 
	 24.963 
	-11%
	100%
	AV
	 6.01.01 
	 Caixa Gerado nas Operações 
	-12.661 
	-24.167 
	 17.074 
	-48%
	141%
	100%
	 
	 Resultado do Exercício 
	-18.368 
	-29.030 
	- 8.552 
	-37%
	 
	145%
	 
	 Depreciações e Amortizações 
	 4.006 
	 4.754 
	 5.871 
	-16%
	 
	-32%
	 
	 Baixa de Bens do Ativo Permanete 
	 1.701 
	 109 
	 19.755 
	1461%
	 
	-13%
	 6.01.02 
	 Variações nos Ativos e Passivos 
	 3.669 
	 14.101 
	 7.889 
	-74%
	 
	-29%
	 
	 Aumento em Clientes 
	 890 
	 829 
	 266 
	7%
	 
	-7%
	 
	 Redução nos Estoques 
	 5.209 
	- 657 
	- 2.094 
	-893%
	 
	-41%
	 
	 Aumento Adiantamentos a Forneced.
	- 6.263 
	- 3.416 
	 233 
	83%
	70%
	49%
	 
	 Aumento Tributos à Recuperar 
	 1.548 
	 441 
	 6.091 
	251%
	-17%
	-12%
	 
	 Aumento Dir. Realizáveis 
	 10.742 
	 11.009 
	- 2.278 
	-2%
	-119%
	-85%
	 
	 Redução Despesas Antecipadas 
	 1.134 
	- 5.218 
	- 6.094 
	 
	-13%
	-9%
	 
	 Aumento Tributos Diferidos 
	- 509 
	- 529 
	- 1.202 
	 
	6%
	4%
	 
	 Redução em Fornecedores 
	- 3.256 
	 2.562 
	- 1.098 
	-227%
	36%
	26%
	 
	 Reversão em Provisão Preço Minimo 
	 - 
	 1.386 
	- 921 
	-100%
	0%
	0%
	 
	 Aumento Outras Ctas Pagar e Prov.
	- 5.944 
	 7.864 
	 14.956 
	-176%
	66%
	47%
	 
	 Redução em Depósitos Judiciais 
	 118 
	- 170 
	 30 
	 
	-1%
	-1%
	 6.02 
	 Caixa Líquido Ativ. Investimento 
	- 1.094 
	- 501 
	-13.955 
	118%
	12%
	100%
	 
	 Aplicações no Imobilizado 
	- 1.436 
	- 501 
	-13.955 
	 
	16%
	131%
	 
	 Aplicações em Investimentos 
	 342 
	  0  
	 - 
	 
	-4%
	-31%
	 6.03 
	 Caixa Líquido Ativ. Financiamento 
	 10.137 
	 10.755 
	-12.562 
	-6%
	-113%
	100%
	 
	 (Aumento/Redução) Empr. Financia.
	 659 
	 4.756 
	-12.750 
	-86%
	-7%
	7%
	 
	 Aumento Capital Social 
	 9.478 
	 5.999 
	 188 
	58%
	-105%
	93%
	 6.05 
	 Aumento (Redução) de Caixa e Equiv. 
	 51 
	 188 
	- 1.554 
	-73%
	-1%
	 
	 6.05.01 
	 Saldo Inicial de Caixa e Equivalentes 
	 314 
	 126 
	 1.680 
	149%
	-3%
	 
	 6.05.02 
	 Saldo Final de Caixa e Equivalentes 
	 365 
	 314 
	 126 
	16%
	-4%
	 
Fonte: BM&FBovespa
�
3.1 Indicadores Financeiros	
Segundo Lima(2014), índices financeiros servem para a análise e monitoramento do desempenho econômico e financeiro da empresa. Mostram um diagnóstico preciso do funcionamento da companhia. A equipe utilizou os indicadores de liquidez, endividamento, rentabilidade e o de insolvência.
3.1.1 Indicadores de Endividamento
	Mostram a dependência financeira da empresa em relação ao capital de terceiros. Permite conhecer como se encontram as dívidas.
Capital de Terceiros (CT)
Por meio da taxa de endividamento ─ capital de terceiros em relação aos bens e direitos da companhia ─ sabe-se em quanto o (PC + PNC) está financiando o Ativo da empresa (Ativo total).
	Tabela 8: Taxa de Endividamento
	 Descrição 
	2016
	2015
	2014
	AH
	Ativo Total  (AT)
	 92.735 
	 110.110 
	 122.862 
	-16%
	 Passivo Circulante  (PC)
	 22.414 
	 78.551 
	 30.824 
	-71%
	 Passivo Não Circulante  (PNC)
	 112.002 
	 64.350 
	 101.798 
	74%
	Capital de Terceiro (PC + PNC)
	 134.416 
	 142.901 
	 132.622 
	
	CT = (PC + PNC) ÷ AT
	1,4
	1,3
	1,1
	
Mostra apenas a situação financeira (tabela 8). Maior que 1 reflete capital de terceiros maior que o ativo. O Passivo está a Descoberto (P > A). Talvez seja melhor captar recursos com terceiros para financiar suas atividades. 
Composição de Endividamento (CE)
Evidencia qual o percentual(%) das dívidas que vencem no curto prazo. 
	Tabela 9: Índice de Endividamento
	 Descrição 
	2016
	2015
	2014
	AH
	 Passivo Circulante  (PC)
	 22.414 
	 78.551 
	 30.824 
	-71%
	 Passivo Não Circulante  (PNC)
	 112.002 
	 64.350 
	 101.798 
	74%
	Capital de Terceiro (PC + PNC)
	 134.416 
	 142.901 
	 132.622 
	
	CE = PC ÷ (PC + PNC)
	17%
	55%
	23%
	
A redução em 2016 mostra maior parte da dívida no longo prazo.
Índice de Solvência (IS)
Responde se há ativos suficientes para honrar as obrigações com terceiros (tabela 10).
	Tabela 10: Índice de Solvência
	 Descrição 
	2016
	2015
	2014
	AH
	Ativo Total  (AT)
	 92.735 
	 110.110 
	 122.862 
	-16%
	 Passivo Circulante  (PC)
	 22.414 
	 78.551 
	 30.824 
	-71%
	 Passivo Não Circulante  (PNC)
	 112.002 
	 64.350 
	 101.798 
	74%
	Capital de Terceiro (PC + PNC)
	 134.416 
	 142.901 
	 132.622 
	
	IS = AT ÷ (PC + PNC)
	0,69
	0,77
	0,93
	
Menor que (1), os bens e direitos não cobrem as obrigações.
Índice da Dívida – Capital Oneroso (ID)
Avalia a proporção dos empréstimos e financiamentos na totalidade do capital oneroso captado pela empresa (tabela 11).
	Tabela 11: Índice da Dívida
	 Descrição 
	2016
	2015
	2014
	 Empréstimos e Financiamentos CP
	 6.068 
	 53.069 
	 11.448 
	 Empréstimos e Financiamentos LP
	 52.701 
	 238 
	 34.804 
	(-) Caixa e Bancos
	 65 
	 314 
	 126 
	(-) Aplicações Financeiras 
	 300 
	 - 
	 - 
	(=) Endividamento Líquido (EL)
	 58.404 
	 52.993 
	 46.126 
	(+) Patrimônio Líquido (PL) 
	- 41.681 
	- 32.791 
	- 9.760 
	(=) Capital Oneroso (CO) = (EL + PL)
	 16.723 
	 20.202 
	 36.366 
	(ID) Índice da dívida = (EL ÷ CO)
	3,49
	2,62
	1,27
Confirma que a partir da transição 2015/2016 a empresa muda sua estratégia e passa a preferir dívidas de longo prazo, fruto da renegociação com seus credores. 
3.1.1.1 Análise do Endividamento
	Tabela 12: Comparação de Índices - Endividamento
	 Descrição 
	2016
	2015
	2014
	 Endividamento Geral = (PC + PNC) ÷ AT
	 1,4 
	 1,3 
	 1,1 
	Composição de endividamento = PC ÷ (PC + PNC)
	17%
	55%
	23%
	Índice de Solvência = AT ÷ (PC + PNC)
	0,69
	0,77
	0,93
	Índice da dívida (ID) – Capital Oneroso Total
	3,49
	2,62
	1,27
Com os resultados acima (tabela 12) os especialistas concluem que o Passivo está a descoberto (Os Bens + Direitos não são suficientes para pagar as dívidas) e a partir de 2015 a empresa se financia no longo prazo com capital de terceiros.
3.1.2 Indicadores de Liquidez
	Indicam a capacidade da empresa em pagar suas dívidas de curto prazo. A liquidez é uma consequência da capacidade de a entidade ser lucrativa e de como as decisões de investimento e financiamento são tomadas.
Liquidez Imediata (LI)Indica a capacidade de pagamento do Passivo Circulante apenas com os recursos de Caixa, Bancos e Aplicações financeiras (tabela 13).
	Tabela 13: Liquidez Imediata
	Descrição
	2016
	2015
	2014
	AH
	Disponibilidades (D)
	365
	314
	126
	16%
	(+)Caixa e Bancos
	65
	314
	126
	-79%
	(+)Aplicações Financeiras
	300
	-
	-
	100%
	Passivo Circulante  (PC)
	22.414
	78.551
	30.824
	-71%
	(=) Liquidez Imediata (LI = D ÷ PC)
	0,016
	0,004
	0,004
	
Quanto maior esse índice, melhor para a companhia, porém está menor que 1 (menos que 2%).
Liquidez Corrrente (LC)
Indica a capacidade de pagamento das dívidas de curto prazo. Do Ativo Circulante deve-se tirar o item “outras” por não ter liquidez (tabela 14).
	Tabela 14: Liquidez Corrente
	 Descrição 
	2016
	2015
	2014
	AH
	 Ativo Circulante  (AC)
	 24.699 
	 34.280 
	 43.009 
	-28%
	 (-)Outros Ativos Circulantes 
	 12.374 
	 14.734 
	 24.607 
	-16%
	 (-)Outras Contas a Receber 
	 10 
	 22 
	 239 
	-55%
	 Passivo Circulante  (PC)
	 22.414 
	 78.551 
	 30.824 
	-71%
	(=) Liquidez Corrente (AC-Outras) ÷ (PC)
	 0,55 
	 0,25 
	 0,59 
	
O indicador preferível deve ser superior à unidade. Entretanto, está bem abaixo da unidade, indicando insuficiência de caixa para pagamento.
Liquidez Seca (LS)
É decorrência do índice de liquidez corrente, na medida em que não se considera o “estoque”, por ter menor liquidez. Mede a capacidade de pagamento das obrigações de curto prazo sem os estoques (tabela 15).
	Tabela 15: Liquidez Seca
	Descrição
	2016
	2015
	2014
	AH
	 Ativo Circulante  (AC)
	 24.699 
	 34.280 
	 43.009 
	-28%
	 Estoques  (E)
	 9.876 
	 15.085 
	 14.428 
	-35%
	 Passivo Circulante  (PC)
	 22.414 
	 78.551 
	 30.824 
	-71%
	(=) Liquidez Seca - LS = (AC-E) ÷ PC
	 0,7 
	 0,2 
	 0,9 
	
Quanto maior o índice, maior a capacidade de pagamento. O interessante é que seja maior que 0,5. O Resultado está dentro do esperado.
 
Liquidez Geral (LG)
Indicador que considera também os itens de longo prazo que possam ser transformados no futuro em caixa, a fim de pagar suas obrigações de curto e longo prazos (tabela 16).
	Tabela 16: Liquidez Geral
	Descrição
	2016
	2015
	2014
	AH
	 Ativo Circulante  (AC)
	 24.699 
	 34.280 
	 43.009 
	-28%
	 Ativo Realizável Longo Prazo (ARLP) 
	 12.964 
	 16.541 
	 18.991 
	-22%
	 Passivo Circulante  (PC)
	 22.414 
	 78.551 
	 30.824 
	-71%
	 Passivo Não Circulante (PNC
	 112.002 
	 64.350 
	 101.798 
	74%
	Liquidez Geral = (AC+ARLP)÷(PC+PNC)
	 0,28 
	 0,36 
	 0,47 
	
O ideal é que o resultado seja maior que a unidade.
�
3.1.2.1 Análise da Liquidez. 
	Tabela 17: Comparação de Índices - Liquidez
	 Descrição 
	2016
	2015
	2014
	(=) Liquidez Imediata (LI = D ÷ PC)
	0,016
	0,004
	0,004
	(=) Liquidez Corrente (AC-Outras) ÷ (PC)
	 0,55 
	 0,25 
	 0,59 
	(=) Liquidez Seca - LS = (AC-E) ÷ PC
	 0,7 
	 0,2 
	 0,9 
	Liquidez Geral - (AC-ARLP)÷(PC+PNC)
	 0,28 
	 0,36 
	 0,47 
Os especialistas tiveram uma preocupção com o “caixa”, uma vez que esse item pode ser manipulado para se conseguir melhores resultados. Ao analisarem os relatórios, verificaram que a liquidez da empresa não está boa. Seu capital para pagamento imediato está baixíssimo (dispõe de R$ 0,02 para cada R$ 1,00 em dívidas); Os recursos correntes (um dos melhores índices de análise) estão abaixo do necessário ─ A cada R$ 1,00 em dívidas, dispõe de R$ 0,55 em caixa; Na liquidez geral os recursos para pagar as dívidas de curto e longo prazo não são suficientes, vêm diminuindo ano após ano. Já sua liquidez seca é a que apresenta melhores resultados, pois houve uma alavancagem a partir de 2015. Esse medidor, apesar de não estar na sua forma ideal, é o que melhor se encontra no momento (tabela 17).
3.1.3 Indicadores de Rentabilidade
	Medem o desempenho da empresa em termos do seu lucro no período. A equipe fez um diagnóstico da POMIFRUTAS com base no exercício de 2016, usando os medidores: Giro do Ativo, Margem Líquida, Rentabilidade do Ativo e PL.
Giro do Ativo (GA)
Indica a eficiência dos Ativos para gerar vendas. Quantas vezes o volume de vendas girou no ano em relação ao Ativo. No cálculo foram usados dados do Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado (tabela 18).
	Tabela 18: Giro do Ativo
	 Descrição 
	2016
	2015
	2014
	AH
	 Ativo Total  (AT)
	 92.735 
	 110.110 
	 122.862 
	-16%
	Vendas Líquidas (VL)
	 45.510 
	 37.352 
	 56.056 
	22%
	(=) Giro do Ativo = (VL/AT) = Vezes/Ano
	0,5
	0,3
	0,5
	
	(=) Giro do Ativo = (VL/AT X 360) = Dias /Ano
	177
	122
	164
	
As vendas giraram 0,5 vezes por ano. Gasta 177 dias por ano para gerar o total de receitas do exercício.
Margem Líquida (ML)
Indica o quanto sobrou do resultado do exercício após as deduções de custos e despesas operacionais. Mede quanto da receita é transformado em lucro. No cálculo usam-se as Vendas Líquidas e o Lucro Operacional Ajustado (EBITDA, LAJIDA “Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização”). Sengundo Gustavo Canaver – IT(2012), LAJIDA é o indicador que demonstra a geração de caixa da operação principal da empresa. É um parâmetro informativo que precisa ser analisado junto com outros indicadores, jamais o seu uso deve ser utilizado sozinho. Segundo ele:
“É uma medida que revela quanto está dando de resultado somente as atividades fins da empresa. Por ser um indicador que mostra somente a atividade operacional...” 
	Tabela 19: Margem Líquida
	Descrição
	2016
	2015
	2014
	Vendas Líquidas - (VL)
	 45.510 
	 37.352 
	 56.056 
	Lucro antes do IR (LAIR)
	- 18.877 
	- 30.132 
	- 9.237 
	(+) Depreciação (D)
	0
	0
	0
	(+) Despesas Financeiras (DF)
	- 16.541 
	- 18.764 
	- 10.027 
	(-) Receitas Financeiras (RF)
	 10.350 
	 9.983 
	 302 
	EBITDA (LOA) = LAIR + D + DF - RF
	- 12.686 
	- 21.351 
	 488 
	Margem Líquida (ML) = LOA ÷ VL
	-28%
	-57%
	1%
O índice encontrado (2016) é negativo (-28%). A Margem Líquida está comprometida pelas atividades operacionais. Mostra que o resultado não foi bom para a companhia (tabela 19).
Rentabilidade do Ativo (RA) – Taxa de Retorno do Ativo (ROA)
Mede a eficiência de gestão na geração de lucros com seus ativos. É calculado usando o Lucro Operacional Ajustado (tabela 20).
	Tabela 20: Rentabilidade do Ativo (ROA)
	Descrição
	2016
	2015
	2014
	 Ativo Total  (AT)
	 92.735 
	 110.110 
	 122.862 
	Lucro antes do IR (LAIR)
	- 18.877 
	- 30.132 
	- 9.237 
	(+) Depreciação (D)
	0
	0
	0
	(+) Despesas Financeiras (DF)
	- 16.541 
	- 18.764 
	- 10.027 
	(-) Receitas Financeiras (RF)
	 10.350 
	 9.983 
	 302 
	EBITDA (LOA) = LAIR + D + DF - RF
	- 12.686 
	- 21.351 
	 488 
	Rentabilidade do Ativo (ROA) = LOA ÷ AT
	-14%
	-19%
	0%
Quanto maior melhor. Apesar de estar negativo, vem melhorando em relação ao exercício anterior.
Rentabilidade do PL (RA) – Taxa de Retorno do PL (ROE)
Apresenta a eficiência na gestão de lucros com a utilização do capital dos acionistas. Analisa a viabilidade da continuidade dos investimentos na companhia em relação ao Custo de Oportunidade do mercado (tabela 21).
	Tabela 21: Rentabilidade do PL (ROE)
	Descrição
	2016
	2015
	2014
	 Patrimônio Líquido - PL
	- 41.681 
	- 32.791 
	- 9.760 
	Lucro antes do IR (LAIR)
	- 18.877 
	- 30.132 
	- 9.237 
	(+) Depreciação (D)0
	0
	0
	(+) Despesas Financeiras (DF)
	- 16.541 
	- 18.764 
	- 10.027 
	(-) Receitas Financeiras (RF)
	 10.350 
	 9.983 
	 302 
	EBITDA (LOA) = LAIR + D + DF - RF
	- 12.686 
	- 21.351 
	 488 
	Rentabilidade do Ativo (ROE) = LOA ÷ PL
	30%
	65%
	-5%
Retorno positivo (30%) que, apesar de ter sido menor que o do exercício anterior (2015), é maior que as aplicações existentes no mercado; isso sem considerar a inflação.
Giro X Margem (Taxa de Retorno)
Método Dupont e o Giro X Margem, medem a eficiência das empresas.
TR = Giro X Margem = 0,5 X -28% = Taxa de Retorno = -14% (ROA)
MAF = Passivo Total ÷ Patrimônio Líquido
MAF = 92735 ÷ -41.681 = (MAF Multiplicador de Alavancagem) = -2,22
ROE = ROA X MAF
ROE = -14% X -2,22 = 30%
3.1.3.1 Análise da Rentabilidade. 
	Tabela 22: Comparação de Índices - Rentabilidade
	 Descrição 
	2016
	2015
	2014
	GA (vezes)
	0,5
	0,3
	0,5
	GA (dias)
	177
	122
	164
	Margem Líquida
	-28%
	-57%
	1%
	ROA
	-14%
	-19%
	0%
	ROE
	30%
	65%
	-5%
Ao se analisar a rentabilidade da empresa (tabela 22), percebe-se que ela gasta 177 dias para girar suas vendas dentro do ano, o que é muito; A Margem Líquida, o melhor medidor, está negativa; A Taxa de Retorno do investidor está excelente, já que não há aplicação com esse retorno. O Retorno do Ativo ficou negativo, porém vem melhorando em relação ao período anterior (2015).
3.1.4 Termômetro de Insolvência
	Método criado por Stephen Kanitz, busca medir a solidez da empresa, principalmente no curto prazo. Mostra a previsão de falência de uma empresa. Preocupados com a situação da POMIFRUTAS, o contador da equipe resolveu analisar a companhia em relação a esse método.
TI = ROE(0,05) + LG(1,65) + LS(3,55) – LC(1,06) – E(0,33)
E = Endividamento do PL (Passivo Exigível ÷ Patrimônio Líquido)
E = 134.416 ÷ -4.1681 = E = -3,22
TI = (0,3x0,05) + (0,28x1,65) + (0,7x3,55) – (0,55x1,06) – (-3,22x0,33)
TI = 0,02 + 0,46 + 2,49 – 0,58 + 1,06
TI = 3,45
	Quadro 1: Comparativo
	Insolvente
	.1
	-6
	-5
	-4
	Penumbra
	-3
	-2
	-1
	0
	Solvente
	1
	2
	3
	4
De acordo com o resultado (TI = 3,45 – Quadro 1) a empresa POMIFRUTAS S/A é uma empresa solvente. Mostra uma empresa sólida. Entretanto, esse medidor não pode ser utilizado isoladamente. É necessária a avaliação dos outros índices, tais como Margem Líquida, Retorno dos Investidores e outros.
3.1.5 Ciclo Econômico-Operacional-Financeiro
O ciclo econômico-operacional-financeiro é utilizado para mensurar o tempo gasto para desenvolvimento das atividades que envolvem o processo empresarial, desde a compra da matéria-prima, estocagem, pagamento, estocagem de produtos acabados, vendas dos produtos até o recebimento das vendas realizadas (ADV TECNOLOGIA, 2016).
3.1.5.1 Ciclo Econômico (CE)
O ciclo econômico de uma empresa tem início no momento da aquisição da matéria-prima e finaliza quando a empresa vende os produtos acabados, sem levar em consideração o recebimento. É o prazo médio de estocagem (PMRE).
3.1.5.2 Ciclo Operacional (CO)
O ciclo operacional de uma empresa tem início com a compra da matéria-prima, passa pelo período de estocagem, pagamento da matéria-prima, estocagem de produtos acabados, venda dos produtos e finaliza com o recebimento referente às vendas realizadas. É a soma do prazo médio de estocagem (PMRE) com o prazo médio de recebimento de vendas (PMRV).
3.1.5.3 Ciclo Financeiro (CF)
O ciclo financeiro ou ciclo de caixa é o tempo entre o pagamento a fornecedores e o recebimento das vendas.  É calculado pelo ciclo operacional (CO) subtraído do prazo médio de pagamentos a fornecedores (PMPF).
	Tabela 23: Ciclo Econômico-Operacional-Financeiro
	 Descrição 
	2016
	2015
	2014
	Estoques (E-médio) 
	 9.876 
	 15.085 
	 14.428 
	Custo Produtos Vendidos (CPV)
	 48.701 
	 44.791 
	 44.307 
	(=) PMRE = (E-médio / CPV)
	 92 
	 119 
	 117 
	Contas a Receber (Cta-médio)
	 720 
	 1.441 
	 2.270 
	Receita de Vendas - (V)
	 45.510 
	 37.352 
	 56.056 
	(=) PMRV = (Cta-médio / V)
	 9 
	 18 
	 15 
	Fornecedores (F)
	 5.538 
	 8.794 
	 6.232 
	Compras (C)
	 43.492 
	 45.448 
	 58.735 
	(=) PMPF = (F / C)
	 59 
	 60 
	 38 
	CO = (PMRE + PMRV)
	 101 
	 136 
	 132 
	CF = (CO - PMPF)
	 41 
	 77 
	 94 
Os adminsitradores da POMIFRUTAS S/A devem sempre procurar meios de reduzir os ciclos financeiros, porque assim podem obter melhores retornos sobre os investimentos. A situação mostra que após pagar os fornecedores a empresa passa 41 dias financiando suas atividades com seu capital de giro. Dessa forma, no futuro o caixa ficará negativo, havendo a necessidade de buscar recursos externos. Isso gerará mais despesas financeiras (tabela 23).
3.2 Situação Financeira da Empresa	
	Para dar uma posição sobre a situação da POMIFRUTAS, a equipe de consultores realizou toda uma análise (item 3.1) sobre as demonstrações da companhia, por exemplo, seu endividamento, liquidez, rentabilidade e seu grau de insolvência. Chegando às seguintes interpretações:	
A empresa não tem liquidez, porém verifica-se uma melhora significativa conforme o índice de liquidez seca. A rentabilidade também mostra-se preocupante, já que o margem líquida está negativa, entretanto, também vem se recuperando, haja vista uma variação positiva de 50% em relação ao ano anterior. Essa melhora refletiu numa taxa de retorno para os acionistas (ROE) em 30% ao ano, apesar de não ter sido possível a distribuição de dividedos nos últimos anos, conforme a DMPL (tabela 5).
	Uma outra situação relevante encontrada pelos especialistas é que o prazo de estocagem da produção está alto, fazendo com que o ciclo financeiro (ciclo de caixa) seja positivo em 41 dias. A equipe de auditoria externa, nomeada pelos novos investidores, detectou esse problema e já está fazendo gestão para solucioná-lo.
	Ao final da análise, o parecer da equipe foi pela viabilidade da continuidade da empresa, com ressalvas.
	A favorabilidade da decisão não é somente pelo fato de o índice de solvência ser positivo ─ já que o administrador não pode se ater somente em um único balanceador de desempenho ─, mas por entender que a gestão implantada pelos novos investidores está trazendo resultados positivos; mesmo com a situação líquida da empresa estando deficitária. 
	Os consultores concluíram que a empresa tem boas perspectivas de recuperação e crescimento, desde que vencidas as ressalvas acima; principalmente com a implementação de gestão de custos para reduzir o Custo de Produção e aumentar as vendas, uma vez que o primeiro está superior ao segundo (-107% ) como se pode ver na DRE (tabela 5).
4. Gestão de Custos 
As organizações têm passado por grandes transformações em função do avanço tecnológico. Todo esse progresso tem despertado a atenção dos administradores no que diz respeito à utilização dos recursos financeiros empregados.
A alta competitividade afeta todos os setores da economia, inclusive as indústrias agrícolas e do ramo de comodities. No entanto, é necessário que diminuam suas despesas sem prejudicar a qualidade. A melhoria da produtividade e da qualidade, assim como a redução de custos mediante a eliminação dos desperdícios, vem exigindo uma geração de dados e informações precisas e atualizadas (MAEHLER, RODRIGUES, JÚNIOR, 2006), 
A partir desse conhecimento, a equipe de especialistas passou a se debruçar sobre o estudo dos mecanismos que envolvem a análise de gastos, a fim de escolher qual o método adequado para o gerenciamento dos custos de produção da empresa POMIFRUTAS. 
Os custos são gastos que possuem uma ligação direta com a produção,comercialização de bens ou de serviços. Na indústria são os gastos ligados à produção. Podem ser diretos ou indiretos, fixos ou variáveis. Custo direto é o que pode ser facilmente identificado e diretamente apropriado ao produto. Não necessita de rateios para ser atribuído ao objeto custeado, a exemplo da matéria prima, mão de obra usadas na produção do produto. Custo indireto não é de fácil identificação e por isso são apropriados mediante o emprego de critérios de rateio, a exemplo da mão de obra de supervisores. Custos fixos são aqueles que não sofrem alteração de valor em caso de aumento ou diminuição da produção, mesmo que não haja produção ele sempre vai existir. Limpeza e Conservação são espécies desses custos. Por fim, os variáveis variam proporcionalmente de acordo com o nível de produção ou atividades. Seus valores dependem diretamente do volume produzido caso de uma indústria. Produzindo mais, gasta-se mais matéria-prima.
As despesas são gastos relacionados com a administração, importantes para a manutenção da empresa, não colaboram para gerar novos produtos. São gastos que não estão ligados diretamente ao objetivo final do negócio. 
Após analisar vários demonstrativos contábeis, a equipe chegou à conclusão que para gerenciar os custos da POMIFRUTAS seria necessário a escolha de um método de custeio adequado. 
4.1 Métodos de custeio 
A atribuição de valor à produção de bens e prestação de serviços é feita de diferentes formas e recebe o nome de métodos de custeio. Os especialistas analisaram o custeio por absorção, custeio variável, custeio por atividade (ABC), para escolher o mais adequado para a companhia. Usaram dados de uma empresa do mesmo ramo da POMIFRUTAS (tabela 24), como modelo.
	Tabela: 24 - Gastos da Entidade
	GASTOS
	VALOR
	%
	Custos
	 52.416,28 
	79,98%
	Insumos
	 50.294,89 
	76,74%
	Serviços Trator - PJ
	 1.388,50 
	2,12%
	Mudas
	 732,89 
	1,12%
	Despesas
	 13.121,50 
	20,02%
	Serviços - PF
	 4.000,00 
	6,10%
	Serviços - PJ
	 3.571,93 
	5,45%
	Manutenção
	 2.541,73 
	3,88%
	Poda
	 1.966,46 
	3,00%
	Material de Uso
	 1.041,38 
	1,59%
	Total de Gastos
	 65.537,78 
	100%
A partir desses dados, fez-se a classificação dos Custos – Fixos e Variáveis (tabela 25), Diretos e Indiretos (Tabela 26), necessária para o cálculo dos custos de acordo com cada método de custeio.
�
	Tabela 25: Classificação em Fixos e Variáveis
	GASTOS
	VALOR
	%
	CUSTOS
	 52.416,28 
	79,98%
	Custos Fixos
	 - 
	0,00%
	Custos Variáveis
	 52.416,28 
	79,98%
	Insumos
	 50.294,89 
	76,74%
	Serviços Trator - PJ
	 1.388,50 
	2,12%
	Mudas
	 732,89 
	1,12%
	Despesas
	 13.121,50 
	20,02%
	Despesas Fixas
	 11.155,04 
	17,02%
	Serviços - PF
	 4.000,00 
	6,10%
	Serviços - PJ
	 3.571,93 
	5,45%
	Manutenção
	 2.541,73 
	3,88%
	Material de Uso 
	 1.041,38 
	1,59%
	Despesas Variáveis
	 1.966,46 
	3,00%
	Material para Poda
	 1.966,46 
	3,00%
	Total de Gastos
	 65.537,78 
	100%
	
	Tabela 26: Classificação - Diretos e Indiretos
GASTOS
VALOR
%
CUSTOS
 52.416,28 
100,00%
Custos Diretos
 - 
0,00%
Insumos
 50.294,89 
95,95%
Custos Indiretos
 2.121,39 
4,05%
Serviços Trator - PJ
 1.388,50 
2,65%
Mudas
 732,89 
1,40%
4.1.1 Custeio Absorção
Esse método de custeio (Tabela 27) é aquele no qual são agrupados todos os custos diretos (ligados diretamente ao que é produzido), os indiretos (atribuídos proporcionalmente por meio de rateio), os fixos (existem numa empresa, independente de produção) e os variáveis que variam de acordo com o volume de produção. Esse método é o único aceito pela legislação tributária. As vantagens são a facilidade de implantação, importante para as decisões de longo prazo e aceito pela legislação tributária. As desvantagens são o critério arbitrário de rateio, não identifica a margem de contribuição, os custos fixos existem independente de fabricação ou não de produto. 
4.1.2 Custeio Variável
Esse critério (Tabela 28) considera os custos variáveis e as despesas variáveis como custo de produção. O resultado varia em função do volume de produção e do aumento ou diminuição das vendas. A partir do custeio variável é possível obter a Margem de Contribuição ─ diferença entre a receita e os custos variáveis de venda. Essa ferramenta permite avaliar o quanto cada bem ou serviço contribui para pagar os custos fixos, despesas fixas e o lucro da entidade (MAEHLER, RODRIGUES, JÚNIOR, 2006). Como vantagens tem-se que não existe a prática de rateio; fornece o ponto de equilíbrio, ou seja, o quanto a empresa precisa vender para arcar com todos os custos e despesas; é uma ferramenta de gestão para a empresa, importante para as decisões de curto prazo. As desvantagens é que não é aceito para a preparação de demonstrações contábeis de uso externo.
�
4.1.3 Custeio por Atividade (ABC)
Por último (Tabela 29), no sistema por atividade são avaliados todos as gastos em cada atividade de produção. É o método atualmente usado em larga escala na Europa, em virtude da insatisfação com os métodos tradicionais que distorcem os custos de produção. Seu fundamento parte do princípio que não são os bens que consomem recursos, mas, sim, os recursos que são consumidos pelas atividades. No caso da POMIFRUTAS, existem as atividades de preparação do solo, podagem, plantio, manutentão do pomar. É o método para a solução dos problemas de uma organização. Para ser aceito pela legislação deve ser adaptado, podendo ser usado em substituição ao custeio por absorção.
A seguir pode-se verificar os estudos feitos pelos especialistas, com relação a esses três métodos de custeio (tabelas, 27,28,29).
	Tabela 27: Custeio Absorção
	Receita Líquida
	 100.760,41 
	100%
	(=) CP Produzidos
	 52.416,28 
	52%
	(-) Custos Variáveis
	 52.416,28 
	52%
	(-) Custos Fixos
	 - 
	0%
	(=) Resultado Bruto
	 48.344,13 
	48%
	(=) Despesas
	 13.121,50 
	13%
	(-) Despesas Fixas
	 11.155,04 
	11%
	(-) Despesas Variáveis
	 1.966,46 
	2%
	(=) Resultado
	 35.222,63 
	35%
	
	Tabela 28: Custeio Variável
Receita Líquida
 100.760,41 
100%
(=) CP Produzidos
 54.382,74 
54%
(-) Custos Variáveis
 52.416,28 
52%
(-) Despesas Variáveis
 1.966,46 
2%
(=) Margem de Contribuição
 46.377,67 
46%
(-) Custos Fixos
 - 
0%
(-) Despesas Fixas
 11.155,04 
11%
(=) Resultado
 35.222,63 
35%
	Tabela 29: Custeio ABC
	Atividade
	Total
	%
	Preparar o Solo
	 2.000,00 
	3%
	Correção do Solo
	 4.530,60 
	7%
	Plantio
	 10.350,14 
	16%
	Manutenção
	 3.212,57 
	5%
	Poda
	 2.203,23 
	3%
	Colheita
	 15.350,40 
	23%
	Armazenamento
	 9.345,60 
	14%
	Resfriamento
	 8.431,58 
	13%
	(-)Total das atividades
	 55.424,12 
	100%
	(-) Outros Gastos
	 10.113,66 
	 
	Receita Líquida
	 100.760,41 
	 
	Resultado
	 35.222,63 
	 
4.2 Melhor método de Custeio para a Pomifrutas 
Após a análise dos três critérios, a equipe chegou à conclusão que não existe um critério melhor ou pior; na verdade eles se completam. No entanto, pelo modelo de produção da Pomifrutas que tem várias atividades ao longo do ciclo produtivo, o método que os especialistas entendem melhor é o custeio por atividade. Para isso, será feita uma adaptação paraque esse método seja aceito pelo Fisco nacional. Com ele é possível o acompanhamento dos gastos em cada atividade de produção, podendo-se fazer correções para as próximas safras. Os consultores propuseram a criação de um departamento de controladoria na companhia com a finalidade de realizar os controles internos e desenvolver métodos criteriosos para o monitoramento do custo de produção. Para isso será adotado também o custeio variável ─ ferramenta de gestão importante para os administradores ─ pelo qual se fará o acompanhamento da margem de contribuição, do ponto de eqjuilíbrio e das projeções para lucro.
5. Viabilidade de novos negócios 
	Com espírito inovador, o Conselho de Administração da Pomifrutas S/A decidiu que a empresa procure novos nichos de negócio em outras regiões do país. O diretor financeiro solicitou que a equipe de especialista o acompanhasse em uma visita ao Vale do São Francisco, polo produtor hortifrutigrangeiro situado entre Bahia e Pernambuco – RIDE, Região Integrada de Desenvolvimento Econômico.
	A finalidade era visitar a empresa CERENÍSSIMA com vista a formar parceria, uma vez que já detém Know-how na produção de maçã com incherto. Essa tecnologia permite que a produção seja durante todo o ano. O administrador e os especialistas foram convidados para participar de uma reunião e conhecer o Vale. 
Cada parte apresentou uma proposta de negociação. A POMIFRUTAS forneceria tecnologia de ponta, traria diversas câmeras frigoríficas e outros equipamentos de sua matriz. A CERENÍSSIMA colocaria à disposição os seus projetos e experiências de produção de maçã já em desenvolvimento e aprovados pela EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. A experiência a ser desenvolvida pelos parceiros é a Tecnologia de Redução de espaçamento e produção integradda (PIF). Ao final as partes resolveram formar um TERMO DE COMPROMISSO a fim de levar à frente o interesse no negócio, surgindo a ideia da utilização dos espaços da Fazenda Mariad ─ Propriedade interditada pela União em face de tributos não quitados. Entretanto, esse espaço está acupado por colonos (trabalhadores agrícola) que desenvolvem ali suas pequenas produções de frutas. 
Foi marcada uma reunião com a presença de representantes da Prefeitura Municipal de Juazeiro (local da situação do bem), Ministério Público, Sindicato dos Trabalhadores Agrícola, Representante dos colonos, Empresas parceiras, a fim de apreciação do projeto.
5.1 Estratégia e Estudo
A nova empresa ficaria como fiel depositária da fazenda até o fim do projeto (época em que seria devolvida à UNIÃO), contrataria os colonos (acupantes), maiores de idade, remunerando-os a um salário mínimo, além de participação no lucro do amendoim (50%). O Poder Público concederia benefícios tributários durante todo o tempo de exploração da produção. 
Após amplas discussões, o projeto foi aprovado, ficando decidido que a empresa analisará sua viabilidade no prazo de 06 (seis) . A seguir os técnicos levantaram as condições do negócio primeiramente estudando como se encontraria a nova empresa caso fosse constituída nesse momento. Usaram a ferramenta administrativa da análise SWOT (tabela 30). Porém, encontraram alguns pontos críticos.
	Tabela 30: COMPORTAMENTO DA NOVA EMPRESA DENTRO DO NOVO NEGÓCIO
	Forças
Mão de obra técnica capacitada
Mão de obra operacional barata
Tecnologia de ponta
Localização privilegiada
Logística de transporte facilitada
Administração inovadora
	Fraquezas
Altos Custos operacionais
Clima do semiárido
	Oprtunidades
Mercado pujante
concorrentes inexistentes na região
Mercado externo facilitado
Disposição dos estudos da EMBRAPA
Água em abundância
Previsão de aceleração do mercado
	Ameaças
Alta tributação
Volatilidade dos preços no exterior
Vida útil do solo
Altos custos operacionais ─ Serão realizadas gestões no sentido de reduzí-los. A exemplo da contratação de mão de obra dos colonos com piso salarial mais baixo, a nova teconologia usará inseticida de baixo custo e pouca danosa ao ser humano. O Clima do semiárido será minimizado com técnicas de irrigação de ponta, levando a cultura a depender menos das chuvas tradicionais.
Alta tributação ─ Com o acordo firmado, a carga tributária será reduzida, já que existe também no projeto uma ação social. Volatilidade dos preços no exterior ─ Será monitorada full-time para se escolher a melhor época de se colocar o produto no mercado internacional. Vida útil do solo ─ pesquisa da EMBRAPA mostra vida útil 10 anos de produção com alta pujança. Período suficiente para recuperar o investimento e gerar lucros suficientes para distribuição de dividendos.
5.2 Análise de Investimento
Para crescer de modo sustentável, é necessário caracterizar e analisar os custos de produção da maçã e amendoim no Vale do São Francisco, identificar e avaliar as dificuldades e as oportunidades de natureza tecnológica e organizacional relevantes para o desenvolvimento do negócio. Para implementar essa estratégia, levantou-se os custos de produção e as expectativas de retorno e riscos associados ao agronegócio de 01 (um) hectare de maçã com o consórcio do amendoim na técnica de espaçamento (PIF), conforme tabela (31).
5.2.1 Custos de Produção projetado
Não há mão de obra terceirada, uma vez que os serviços operacionais serão executados pelos colonos.
	Tabela 31: CUSTO DE PRODUÇÃO - 1 HECTARE DE MAÇÃ + AMENDOIM
	Atividade
	Un
	Pr. Unit
	Qtde
	Total
	Var Perc
	CUSTO OPERACIONAL
	 
	 
	 
	 
	 
	Operações manuais
	Hora
	 10,54 
	50
	 527,00 
	4,14%
	MATERIAL PRIMA
	 
	 
	 
	 
	 
	Herbicida
	Litro
	 5,54 
	118
	 653,72 
	5,14%
	Fertilizantes
	Kg
	 15,50 
	66
	 1.023,00 
	8,04%
	Inseticida especial
	Litro
	 13,50 
	115
	 1.552,50 
	12,20%
	PLANTIO
	 
	 
	 
	 
	 
	Mudas
	Unid
	 0,50 
	6000
	 3.000,00 
	23,58%
	CONDUÇÃO
	 
	 
	 
	 
	 
	Diversos
	Unid
	 10,54 
	50
	 527,00 
	4,14%
	COLHEITA
	 
	 
	 
	 
	 
	Embalagem
	Unid
	 0,15 
	25000
	 3.750,00 
	29,48%
	Trator
	Hora
	 1,00 
	500
	 500,00 
	3,93%
	Combustível
	Galão
	 65,00 
	10
	 650,00 
	5,11%
	TRANSPORTE
	 
	 
	 
	 
	 
	Frete
	Km
	 0,30 
	150
	 45,00 
	0,35%
	TRIBUTOS
	 
	 
	 
	 
	 
	Fundo Rural
	Perc
	2,30%
	 
	 491,98 
	3,87%
	TOTAL
	
	
	
	12.720,20
	100,00%
5.2.2 Fluxo de caixa Projetado
A projeção foi estimada para um período de 7 anos, considerando que o pomar já se encontra adulto devido à nova técnica de produção. O custo será corrigido pela inflação média de 8,6%. A empresa usa equipamentos com investimento de 35.000 com vida útil de 7 anos e valor residual de 1.500. As Despesas Operacionais foram de 4.000 anual, Custos Fixos de 3.000,00 e IR/CSLL de 8%. 
O Cálculo para a produção para 1 hectare será, de acordo com experiência da POMIFRUTAS, em 15.000ton para o primeiro ano e sucessivamente em 25.000, 35.000, 38,000, 40.000, 43.000 e 45.000. A produção será considerada como totalmente vendida. O preço médio do Kg de maçã e de amendoim no mercado internacional é de US 0,31 e US 0,20 (câmbio de R$ 3,50 por dólar), ou seja, R$ 1,10/Kg da maçã e R$ 0,70/kg do amendoim. O produção do Amendoim será 30% da maçã. Preço de venda é corrigido em 1,5%. O investimento será analisado conforme fluxo de caixa projetado a seguir (tabela 32).
	Tabela 32: Fluxo de Caixa Projetado - 1 hactare de maçã e amendoim
	Descrição
	 0 
	1
	2
	3
	4
	5
	6
	7
	Produção maçã
	 
	15000
	25000
	35000
	38000
	40000
	43000
	45000
	Pr. Unit. Venda
	 
	 1,10 
	 1,12 
	 1,13 
	 1,15 
	 1,17 
	 1,19 
	 1,20 
	Total Venda Maçã
	 
	16500
	27913
	39664
	43709
	46700
	50956
	54125
	Produção amendoim
	 
	4500
	7500
	10500
	11400
	12000
	12900
	13500Pr. Unit. Venda
	 
	 0,70 
	 0,71 
	 0,72 
	 0,73 
	 0,74 
	 0,75 
	 0,77 
	Total Venda Amendoim
	 
	3150
	5329
	7572
	8345
	8915
	9728
	10333
	Receita Total
	 
	19650
	33241
	47236
	52054
	55615
	60683
	64458
	(-) Custo de produção
	 
	12720
	13814
	15002
	16292
	17693
	19215
	20868
	Custo unitário
	 
	 0,65 
	 0,43 
	 0,33 
	 0,33 
	 0,34 
	 0,34 
	 0,36 
	(=)Vendas Líquidas
	 
	6930
	19427
	32234
	35762
	37922
	41468
	43591
	(-) Custos fixos
	 
	-3000
	-3000
	-3000
	-3000
	-3000
	-3000
	-3000
	(-) Despesas Operacional
	 
	-4000
	-4000
	-4000
	-4000
	-4000
	-4000
	-4000
	(-) Depreciação
	 
	-5000
	-5000
	-5000
	-5000
	-5000
	-5000
	-5000
	(=) Lucro Operacional
	 
	-5070
	7427
	20234
	23762
	25922
	29468
	31591
	(-) IR/CSLL (8%)
	 
	406
	-594
	-1619
	-1901
	-2074
	-2357
	-2527
	(=) LO Líquido
	 
	-4665
	6833
	18615
	21861
	23848
	27111
	29064
	(+) Depreciação
	 
	5000
	5000
	5000
	5000
	5000
	5000
	5000
	(=) FC OPERACIONAL
	 
	335
	11833
	23615
	26861
	28848
	32111
	34064
	(-) Investimentos
	-35000
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	(+) Valor Residual
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	1500
	(=) FC Projetado
	-35000
	335
	11833
	23615
	26861
	28848
	32111
	35564
	(=) FC DESCONTADO
	-35000
	300
	9492
	16967
	17285
	16627
	16577
	16444
	Payback
	-35000
	-34700
	-25207
	-8240
	9046
	25673
	42250
	58693
VPL = 21.941,48, TIR de 25,28% ao ano, PAYBACK de 3 anos e 6 meses
5.2.3 Análise do Retorno
O ciclo de vida do investimento está estimado em 7 anos, com intervalo anual.
Os Custos Fixos (R$ 3.000) e despesa operacional ($ 4.000) permanecem constantes.
A Depreciação de R$ 5.000 representa 14,29% dos Investimentos de R$ 35.000.
A Depreciação de R$ 5.000 entra na formação do Lucro Operacional para fins de IR/CSLL, e depois retorna para a estimativa de Fluxo de Caixa Operacional, por não se tratar de gasto desembolsável.
A provisão para IR/CSLL é de 8% do Lucro Operacional.
O VPL de 21,941,48 reflete o Valor Presente Líquido do FC DESCONTADO a um custo do capital de 11,65% ao ano (Selic), A Taxa Interna de Retorno (TIR) é de 25,28 % ao ano. O Tempo de Retorno (Payback) é de 3 anos e 6 meses.
O Relatório final sobre o negócio, contempla análises realizadas de acordo com as técnicas do VPL (Valor Presente Líquido), TIR (Taxa Interna de Retorno) e PAYBACK (Tempo de retorno do investimento). No Payback o investidor determinou um prazo máximo de 5 anos para recuperar o seu capital. O projeto deve ser aprovado pois o medidor mostra um retorno de 3 anos e 6 meses. O VPL usa uma taxa de atratividade, ou seja, a que representa o custo de oportunidade (o custo de deixar de aplicar em opção de baixo risco). Usando uma taxa SELIC de 11,65% ao ano, esse indicador resulta em R$ 21.941,48 positivo, ou seja, superior aos rendimentos do custo de oportunidade. Já TIR (Taxa Interna de Retorno) representa o retorno do fluxo de caixa analisado, em percentual. Essa taxa resultou em 25,28% ao ano. Em valores nominais ela é mais que o dobro da taxa de atratividade(Selic), sendo, portanto, um bom investimento. Os especialistas aconselharam a APROVAÇÃO do novo investimento, uma vez que o Fluxo de caixa do projeto é SUPERAVITÁRIO de acordo com as três técnicas.
Por fim, ao mostrar para o administrador o relatório, a equipe explicou que, embora bastante usado, o Payback não é um medidor adequado para uma boa análise de investimento porque não considera o valor do dinheiro no tempo nem o fluxo de caixa após o período de retorno. As Técnicas mais adequadas são o VPL e a TIR, por não apreentarem esses problemas.
6. Conclusão
O trabalho buscou entender o funcionamento de uma indústria produtora de maçã, sua situação financeira, os gerenciamentos dos seus custos e possíveis oportunidades de negócio dentro de um mercado bastante abrangente no momento.
A gestão passada da empresa gerou uma situação financeira deficiente, comprovada por indicadores ruins, porém após mudança na sua condução passou a apresentar melhores resultados. Para isso foi necessário usar ferramentas que auxiliaram no monitoramento da situação economico-financeira e no gerenciamento dos custos das atividades produtivas do agronegócio. Isso foi importante para manter a empresa em busca de uma estrutura de mais solidez, visando o crescimento e a prosperidade dos negócios, inclusive com a abertura de novos negócios. 
A estudo mostrou que os controles, principalmente os de riscos não foram utilizados da maneira correta. Por isso, com o advento da nova gestão implantada, um setor de controladoria foi criado. Isso tende a levar a companhia a adotar mais segurança nos seus controles internos, evitando situações de desequilíbrios e zelando pela viabilidade da diversificação negócio da empresa por meio de novas parcerias. 
Por fim, com utilização das ferramentas adequadas à gestão dos negócios, controles adequados e especialistas com amplos conhecimentos nas diversas aéreas contábeis, é possível que a empresa POMIFRUTAS S/A mantenha o seu sucesso nesse negócio. 
�
Referências Bibliográficas
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