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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1° VARA CÍVEL DA COMARCA DE CAMPINAS – SÃO PAULO. Processo nº 1234 JULIANA FLORES, já qualificada, por seu advogado (a), com endereço profissional na..., onde deverá ser intimado para dar andamento aos atos do processo, nos autos da AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO, pelo procedimento comum, movida por SUZANA MARQUES, vem a este juízo, oferecer⁄ ou apresentar: CONTESTAÇÃO Para expor e requerer o que se segue: I – DA NÃO OPÇÃO DA RÉ PELA REALIZAÇÃO DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO: A parte ré não deseja a realização da audiência de conciliação ou mediação para evitar novos conflitos para com a parte autora. II – DAS PRELIMINARES: - DA COISA JULGADA: Ora excelência, veja-se que esta e a segunda ação proposta pela autora em face da ré com o mesmo pedido e causa de pedir, caracterizando assim a coisa julgada formal e material diante do trânsito em julgado da sentença proferida na primeira ação. - DA ILEGITIMIDADE PASSIVA Vale ressaltar que os titulares do direito material em conflito são a autora (doadora) e o orfanato SEMENTE DO AMANHÃ (beneficiário). III - DA PREJUDICIAL DE MÉRITO: - DA DECADÊNCIA: Dispõe o artigo 178, inciso I do CC. que é de 4 anos o prazo para pleitear anulação do negócio jurídico, contado, no caso de coação, do dia em que ela cessar. Ora, se a autora alega que cedeu a vontade da diretora do orfanato, sua empregadora, com receio de não perder o emprego, já havendo proposta de emprego na concorrente , inclusive aceita pela doadora, neste momento cessou a alegada coação, tendo, portanto, a autora, decaído de seu direito de ação. IV – DO MÉRITO: A parte Ré informa que realmente é sócia majoritária e presidente da empresa na qual a parte autora trabalhava, e que a mesma percebia mensalmente o salário de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) sendo certo, no entanto, que jamais a coagiu para realizar qualquer doação, sendo a liberalidade realizada por livre e espontânea vontade, uma vez que a parte Autora era da mesma religião da Ré. Vale acrescentar que a Autora no mês seguinte à doação, ou seja, abril de 2012, pediu demissão da empresa por ter aceitado uma proposta de emprego feita por uma empresa concorrente em fevereiro de 2012, em razão do melhor salário. A parte Ré, de fato, sugere que seus funcionários pratiquem atos de caridade. No entanto, jamais coagiu e muito menos ameaçou qualquer funcionário que seja, como pode ser constatado por seus funcionários que adotam religião diversa e que jamais realizaram qualquer doação ao orfanato que era dirigido pela Ré, e que desde de 2013 não é mais diretora do orfanato em questão. Por derradeiro, informa que esta é a segunda ação intentada pela Autora em face da Ré com os mesmos argumentos e finalidades, sendo certo que a primeira, proposta em 10 de abril de 2015, tramitou perante a 2º Vara Cível da Comarca de Campinas, sendo julgado improcedente o pedido não sendo cabível mais qualquer recurso. A parte autora informa que não deseja audiência de conciliação. V – DO PEDIDO: Diante do exposto, a Ré requer a esse Juízo: Seja acolhida a preliminar de coisa julgada, determinando a extinção do processo sem resolução do mérito; Seja acolhida a preliminar de ilegitimidade passiva, intimando-se a autora para se manifestar, caso contrário, seja extinto o processo sem resolução do mérito; Seja pronunciada a decadência, extinguindo-se o processo sem resolução do mérito; Ultrapassada a prejudicial do mérito, seja julgado improcedente o pedido da Autora; A condenação da Autora ao pagamento das custas judiciais e honorários advocatícios, estes fixados em 20% sobre o valor da causa. VI – DAS PROVAS: Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial documental, testemunhal, pericial e depoimento pessoal do autor. Pede deferimento. Local, (dia), (mês) de (ano). Nome do advogado OAB – UF.............. Carlos Felipe Da Silva Juliasse Matricula 201603072608
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