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Fatores de Pressão no Trabalho de Contabilistas em um Escritório de Contabilidade em Belo Horizonte MG Gabriel Bernardes Scarpelli Romualdo1 Rosilene Firmino de Paula1 Silas Gustavo Alvares Martins1 Vivianny Carla Elias da Silva1 Ramon Silva Peres2 Resumo Este estudo analisa e descreve os fatores de pressão no trabalho dos contabilistas em um escritório localizado em Belo Horizonte-MG. Descreve os sintomas fisicos e mentais decorrentes desta pressão e as estratégias de combate ao estresse utilizadas por eles. Trata-se de um estudo de caso descritivo com abordagem qualitativa, onde foram realizadas 5 entrevistas utilizando-se um roteiro de entrevista semiestruturado. A partir da análise dos depoimentos, emergiram subcategorias das categorias do modelo teórico de Cooper, Sloan e Willians (1988), que evidenciaram os fatores de pressão no trabalho destes profissionais. Na organização faltam equipamentos eficientes para o trabalho. A gestão não valoriza o trabalho realizado pelos contabilistas, o volume de trabalho é intenso. Observa-se forte obsessão por resultados por parte da gestão, pressionando os funcionários na realização de tarefas e o cumprimendo de prazos estabelecidos, os entrevistados demonstram sintomas decorrentes de toda pressão sofrida no ambiente de trabalho, sintomas fisicos como: dores no corpo, mentais como: tensão e frustração, a maioria dos entrevistados acreditam que pausar o serviço durante o dia, levantar, se afastar dos problemas momentaneamente ajuda um pouco para aliviar a pressão causada no trabalho. Palavras – chave: Estresse Ocupacional, Fatores de Pressão, Contabilistas. 1 Graduandos do 5º período do curso de Ciências Contábeis. 2Professor Orientador do Artigo Cientifico. 2 1.Introdução As mudanças ocorrem a todo o momento, vivemos em um mercado mutante e dinâmico, Persona (2016) diz que os momentos de crise sempre vão existir e que o mercado passará por um saneamento, obrigando as empresas a mudarem, a se adaptarem a uma nova realidade, apresentando novas ideias, formas de gestão, e aquelas que não conseguirem simplesmente desaparecerá. Porém toda mudança causa certo desconforto, até mesmo porque nós somos acostumados a querer o mais fácil, o mais simples. Um dos problemas encontrados com a mudança é o estresse, um dos fatores mais questionados pelos indivíduos de todo mundo. Parece ser inevitável, uma vez que cada individuo vive ocupado com varias atividades e responsabilidades, desfazendo-se de horas de lazer com a família e amigos e do próprio repouso. Para Brian Weiss (2016) o estresse está relacionado com as mudanças que sofremos em nosso dia a dia, com as inovações e adaptações, afetando nossa mente com preocupação, ansiedade e medo. O interesse pelo estudo do estresse no ambiente corporativo tem sido crescente nos últimos anos. No ponto de vista biológico a expressão estresse foi utilizada pela primeira vez em 1936, por Hans Selye (FIGURAS; HIPPERT, 2002) para descrever uma "síndrome geral de adaptação", composta por três estágios: reação de alarme (quando o individuo se prepara para reagir combatendo ou fugindo), adaptação (quando o individuo tenta se habituar ao motivador do estresse) e exaustão (quando o individuo não consegue lidar com a situação causando o esgotamento). Por outro aspecto, segundo Tamayo (2008), o estresse dentro das organizações é o resultado das continuas exposições de tensão no ambiente, sendo tais: situações de ameaça, fortes atividades de pressão, segurança, autoestima, convívio e condições de trabalho - ou seja, situações vivenciadas no dia a dia do individuo. Com isso as exigências, o excesso de atividades e a necessidade do individuo em se manter na empresa provoca o desgaste na relação com o trabalho e contribui para o surgimento do estresse. Alguns estudos sobre o tema apontam que o estresse tem influência negativa na saúde e bem estar do individuo e conseqüentemente na eficácia das atividades dentro das organizações. Para (ZILLE, BRAGA; MARQUES, 2008, COSTA HONORIO, 2009) consideram que o estresse dentro das organizações podem provocar transtornos no bem estar psicossocial do individuo principalmente quando o trabalho é motivado por pressão e ultrapassam as capacidades físicas ou psíquicas de lidar com ele. O contabilista é um prestador de serviço, parceiro no gerenciamento das empresas e detém grande volume de informações. Ao longo dos anos a profissão está entre as mais estressantes atividades da atualidade decorrente da alta complexidade das tarefas a serem executadas,prazos,responsabilidades nos cálculos de tributos, conciliações de contas patrimoniais e fazer demonstrações contábeis com clareza e veracidade. Segundo ZANARDI (2013) a adaptação a esse montante de tarefas requer, atitude, conhecimento, saúde física e 3 mental para ir além da alta carga de trabalho imposta. Muitas vezes o profissional contabilista tem uma rotina intensa e de extremo cansaço e preocupação com suas tarefas e prazos, e não percebe que os fatores estressores, podem tornar-se uma doença. Tendo em vista as considerações até aqui colocadas, esta pesquisa propõe como questão central a ser respondida: Como estão configuradas as variáveis de pressão no trabalho dos contabilistas em um escritório de contabilidade em Belo Horizonte MG. 1.1 Objetivo Geral: Analisar e descrever os fatores potenciais de estresse ocupacional que estão presentes no trabalho dos contabilistas em um escritório de contabilidadeem Belo Horizonte /MG. 1.2 Objetivos Específicos: a) Identificar e analisar as categorias e subcategorias relacionadas aos fatores de pressão no trabalho dos contabilistas um escritório de contabilidadeem Belo Horizonte /MG. b) Identificar e descrever sintomas físicos e mentais decorrentes do trabalho realizado peloscontabilistasum escritório de contabilidadeem Belo Horizonte /MG. c) Identificar e descrever as estratégias utilizadas pelos pesquisados para combater o estresse ocupacional dos contabilistas em um escritório de contabilidadeem Belo Horizonte /MG. 2. Referencial Teórico O referencial teórico desenvolvido é dividido em capitulos abordando assuntos como o estresse ocupassional e suas influencias no trabalho, o modelo adotado de Cooper, Sloan e Willians de 1988 e a caracterização do trabalho dos contabilistas. 2.1 O Estresse e suas influências no trabalho Segundo Hans Selye (1974) Estresse é o resultado geral de uma reação do organismo mediante a qualquer situação. Para Gold Berg (1978) o estresse é uma tentativa para manter equilíbrio e adaptação do indivíduo ao seu ambiente. Ainda segundo Brian Weiss (2016) o estresse relaciona-se com as mudanças que sofremos em nosso dia a dia, com as inovações e adaptações, fazendo com que o organismo desperte sintomas tanto fisicamente como psicologicamente. 4 Para Pennella (2000), Lima (2000), Melo (2002), Palácios (2002), alguns estudos expõem os relatados mais comuns e estressores nas atividades e no ambiente organizacional como pressão ou cobrança da chefia relacionado ao cumprimento das metas, possibilidade de ser responsabilizado por perda de valores, insuficiência de pessoal, preocupação com a avaliação do desempenho e promoção, acúmulo de funções e de responsabilidade entre outras. Além disso, existem transformações no cenário mundial como desemprego, implantação de novas formas de gestão, escoamento do quadro de funcionários e inovações tecnológicas freqüentes que influenciam para o surgimento do estresse ocupacional. Para Lima (2000) tudo isso tem influenciado anovas formas de sofrimento ou doenças associadas com o desempenho psíquico dos trabalhadores e estão sendo dispersas por todo ambiente corporativo. O estresse ocupacional segundo Costa (2009), citando Cooper, Cooper e Eaker (1988), é o resultado da insuficiência do indivíduo de lidar com fontes potenciais de pressão no trabalho emergindo conseqüências físicas e mentais indesejáveis para a saúde e a satisfação individual, podendo também afetar a produtividade das organizações. Segundo Lipp (2000), todas as pessoas estão sujeitas a sofrerem certo estresse, pois todas as profissões existem certas cobranças. É possível afirmar que a manifestação do estresse pode contribuir para o desenvolvimento de várias doenças físicas e mentais graves, afetando a qualidade de vida e todas as pessoas em sua volta. Para Ballone (2011), as pessoas que sofrem com este tipo de estresse são consumidas tanto fisicamente como emocionalmente, desenvolvendo comportamentos agressivos. De acordo com Rossi et. Al (2005) o dever ocupacional, a competição colocada na instituição, a imposição de manter-se sempre atualizado, são exigências que ultrapassam os limites de adaptações levando os trabalhadores ao estresse. Ainda podemos ressaltar que o estresse acontece no trabalho devido as circunstâncias que levam o indivíduo se sentir ameaçado. Segundo Tamayo (2008) a falta de segurança e péssimas condições de trabalho apontam grande destruição e problemas para as organizações. Como conseqüências podemos observar os afastamentos, insatisfações, falta de empenho e pequenos índices de produtividades. Com as exigências do trabalho, o aumento de tarefas, a redução de funcionários, a obrigação de manter a empresa e a alteração das relações nos trabalhos são alguns dos fatores que contribuem para o estresse organizacional. 2.2 Modelo de Cooper, Sloan e Willians (1988) Segundo Cooper, Sloan e Williams (1988) a existência do estresse varia de acordo com o ambiente de trabalho em que o indivíduo atua envolvendo sua própria personalidade. Para o autor esses fatos são comuns a qualquer trabalho e ocupação. A identificação das causas e fatores contribuintes para o estresse colabora para o equilíbrio dentro da organização trazendo pontos positivos na saúde do trabalhador. Cooper, Sloan e Wiliams (1988) propõem seis fatores de análise no que se refere a fontes de pressão no trabalho, fatores intrínsecos ao trabalho, o papel gerencial, Inter- 5 relacionamento, desenvolvimento na carreira, estrutura e clima organizacional, interface casa e trabalho. Os fatores estressores intrínsecos ao trabalho mostram que as condições e divisões do trabalho são respeitadas bem como, horas trabalhadas, excesso de tarefas, adaptação a novas tecnologias e o conteúdo das tarefas realizadas. O papel gerencial destaca-se a filosofia da gestão na empresa, a autonomia e participação das decisões que o funcionário tem e o apoio, confiança e incentivo que recebem de seus superiores. O inter-relacionamento destaca se as relações entre pessoas no trabalho, personalidades diferentes, competitividade comunicação ou isolamento. Desenvolvimento na carreira relaciona-se a segurança no trabalho, qualidade do serviço, aposentadoria, perspectiva de promoção. Os fatores estrutura e clima organizacional tem como causa a pressão no trabalho, as políticas e valores empresariais, o tipo de comunicação, como os recursos financeiros estão disponíveis, o clima no ambiente de trabalho e as características estruturais. E finalizando os autores tratam o fator de pressão conexão casa e trabalho, como fonte de pressão os acontecimentos externos ao trabalho, o apoio familiar ao cargo que o individuo exerce e a fragilidade ou desequilíbrio familiar. Conforme expostos pelos autores, o individuo quando está submetido a tais fontes de pressão poderá desenvolver sintomas físicos e mentais que podem causar problemas em sua condição de saúde. Descrevem alguns sintomas como o aumento da pressão arterial, irritabilidade, alcoolismo, apatia, alienação, ansiedade e desmotivação, depressão, úlceras e gastrites, além de problemas no coração. Os autores ainda expõem que a organização também será afetada com absenteísmo, rotatividade de pessoal, acidentes de trabalho, queda de produtividade e qualidade, greve e até mesmo sabotagens. MODELO DE COOPER, SLOAN E WILLIANS (1988) MODELO DE COOPER, SLOAN E WILLIANS (1988) Fonte: Modelo de Cooper Sloan e Willians (1988) 6 A vida do sujeito, a situação em que ele vive a sua personalidade também desenvolve manifestação do estresse, e as estratégias de enfrentamento a pressão no trabalho varia de pessoa para pessoa. Cooper, Sloan e Williams(1988) A estratégia de enfrentamento das situações estressantes usa-se o Coping, significa ações em adaptação e convivência em situações difíceis Anaut(2005) as estratégias de combate ao estresse são divididas em: problema e emoções. Na primeira estratégia destacamos o problema e procuramos soluções, planos alternativos, revisão de objetivos obtenção de novas habilidades. E quanto as estratégias focadas em emoções, o indivíduo procura equilíbrio emocional, sendo assim o indivíduo consegue buscar o controle da emoção em meio as situações problemáticas, agir naturalmente sem descarregar a emoção através de raiva ou de lagrimas. 2.3 O Estresse ocupacional e o profissional contabilista Atualmente a contabilidade brasileira apresenta-se em uma situação contraditória, onde as exigências das normas contábeis são superiores ao nível de profissionais aptos a exercer a profissão. Segundo Alberto (2007) o profissional que optar por exercer a profissão de contador terá inúmeras alternativas para atuação, entre as quais: contador, auditor, gerente de controladoria, analista financeiro, perito contábil, consultor contábil, professor de contabilidade, pesquisador contábil. Além disso, poderá atuar em uma ou mais organizações. Ainda segundo Zanluca (2012), a área de atuação do profissional contábil é bastante ampla, oferecendo inúmeras alternativas de trabalho.Dentre as exigências da profissão, é muito importante que o contador exerça a profissão com ética, qualidade e honestidade. Segundo Andrade (1999), a ética é o conjunto de princípios que coordena a conduta funcional e de comportamento daqueles que pertencem à determinada profissão. Portanto a ética profissional aplicada no exercício da contabilidade é a parte da moral que trata das regras de conduta do contabilista. Para o Conselho Federal de Contabilidade (2004), entende-se, que ética profissional é o conjunto de regras de comportamento do contabilista, no exercício de suas atividades profissionais. Entre outras exigências e tão importante quanto, os usuários da contabilidade necessitam de muitas informações praticamente em tempo real, pois o mundo está cada vez mais competitivo e globalizado, onde não se pode perder tempo para tomar as decisões. Surge então a informática como uma aliada fundamental da profissão contábil. Segundo Vasconcelos (1997) a informática é capaz de disponibilizar um conjunto de tecnologias para atender vários usuários entre eles a contabilidade. O contador além de ser um prestador de serviço, é um parceiro no gerenciamento das empresas. Suas atividades requer alta complexidade de tarefas, responsabilidades e prazos. Segundo Mayara Bacelar (2013) a grande responsabilidade que esses profissionais precisam ter com as finanças dos clientes, onde uma única vírgula pode gerar grandes distorções, é um dos principais motivos para o surgimento de transtornos. É uma atividadeque requer uma atenção muito grande, colocando o profissional em um nível de pressão o tempo inteiro, além 7 de ser individual, não havendo muita interação. O profissional precisa estar em constantes atualizações para que possa acompanhar as exigências impostas pela legislação.Muitas vezes o profissional contábil não percebe que os fatores estressores, podem tornar-se uma doença. Por se tratar de um ambiente de trabalho opressivo e que pode contribuir para o aumento da tensão dos colaboradores. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos-RS, OrianKubaski (2013)sugeri a criação de um ambiente mais descontraído, onde a distribuição das tarefas seja equilibrada, podendo ser o segredo para manter a saúde mental dos funcionários. Algumas questões também podem ser avaliadas e amenizadas com a ajuda de um departamento de recurso humano eficaz ou pelas lideranças mais atentas e parceiras dos funcionários. O trabalhador precisa sentir-se confortável e confiar no seu gestor para que assim possa expor seus problemas com transparência em busca de solução. Para Thais Delboni (1997) combater o estresse é antes de tudo repreender ou interagir com pessoas e reagir saudavelmente diante das ocorrência da vida. Sendo possível controlarmos os sintomas, mas é necessário que as causas sejam sanadas para que o processo não se reinicie. Descobrir que o dia a dia só tem 24 horas, que muitas coisas não dependem exclusivamente de nós e que o cargo de Deus não está disponível, são os primeiros passos para reencontrarmos com a saúde e com o equilíbrio. 3.Metodologia A pesquisa utilizada nesse trabalho, quantoaos fins é descritiva, e quanto ao meios é um estudo de caso com abordagem qualitativa com o objetivo de relatar e pesquisar a causa geradora de estresse ocupacional nos profissionais de contabilidade de uma empresa em Belo horizonte MG. 3.1 Tipo de Abordagem de Pesquisa Realizou-se uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa onde foram feitas cinco entrevistas, adotando-se para coleta dos dados um roteiro de entrevista semiestruturado que foi elaborado de acordo com o modelo proposto por Cooper, Sloan e Willians (1988). As entrevistas foram transcritas e analisadas de maneira ordenada. Fez-se o agrupamento do conteúdo de acordo com as categorias de análise do modelo teórico onde posteriormente, fez- se a atenuação do material, por meio de sumarização, de forma a restarem apenas os conteúdos mais importantes relacionados às categorias. Trechos dos depoimentos dos entrevistados foram utilizados para ilustrar o fenômeno sob investigação, mantendo-os de acordo com a forma dos entrevistados se expressarem livremente. 8 3.2 Coleta de Dados Vergara (2000), fala que a coleta de dados é a forma de como se obtém os dados necessários para responder ao problema de pesquisa. Ele completa dizendo que esse método inclui entrevistas, aplicações de questionários, testes e observações. Foi feito um roteiro de pesquisa semiestruturado, aplicado aos cinco contabilistas. Esses dados foram analisados visando identificar as subcategorias que pressionam o trabalho do sujeito de pesquisa. As categorias de pressão de trabalho referem se as categorias descritas por Cooper, Sloan e Willians (1988), sendo elas: fatores intrínsecos ao trabalho, papel gerencial, inter-relacionamento, desenvolvimento na carreira, estrutura e clima organizacional e interface casa e trabalho. 3.3 Tratamento de Dados As entrevistas foram transcritas de forma ordenada, após isso buscou-se interpretar os fatores que causam estresse nos contabilistas, podendo ser identificados que a partir das categorias de análises aos fatores de pressão no trabalho propostas por Cooper, Sloan e Williams (1988), surgiram subcategorias respeitando uma frequência de aparecimento. Os dados obtidos foram submetidos à análise de conteúdo proposto por Bardin (1977), técnica que possibilita uma avaliação mais clara dos conteúdos e opiniões das mensagens. Bardin (1977) afirma que a análise de conteúdo pode ser definida como o conjunto de técnicas de análise de comunicação visando obter por procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, indicadores que permitem a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção destas mensagens, aspectos estes que se concretizam por meio de definição de categoria de análise. 4. Análise dos Resultados A seção que trata da descrição e análise dos resultados está dividida em duas partes. A primeira demonstra a análise descritiva e os dados sócios demográficos dos contabilistas pesquisados (Quadro 1). A segunda parte, de caráter qualitativo, mostra as categorias e as subcategorias que emergiram do conteúdo das entrevistas aplicadas aos sujeitos da pesquisa (Quadro 2). 9 Quadro 1 : Análise descritiva dos dados sócio demográficos Profissional Sexo Estado Civil Escolaridade Faixa Etária Horas semanais E1 FEMININO SOLTEIRA SUP. INCOMPLETO 25 ANOS 44 HS E2 FEMININO SOLTEIRA SUPERIOR COMPLETO 29 ANOS 44 HS E3 FEMININO SOLTEIRA SUPERIOR COMPLETO 22 ANOS 44 HS E4 FEMININO DIVORCIADA SUPERIOR COMPLETO 32 ANOS 40 HS E5 MASCULINO SOLTEIRO CURSANDO SUPERIOR 26 ANOS 44 HS Fonte: Dados coletados da pesquisa. Em relação ao gênero dos entrevistados, a grande maioria dos entrevistados (80%) é do sexo feminino e (20%) dos entrevistados masculinos. A mulher vem conquistando o mercado de trabalho contábil, seu espaço na sociedade, antes os papéis que eram executados exclusivamente por homens, hoje, é realizado com a mesma eficiência pelas mulheres. (MONTEIRO, 2003). Dentre os entrevistados, (80%) são solteiros e (20%) divorciados, dos entrevistados (60%) tem curso superior completo, (20%) não concluíram e (20%) cursam o ensino superior. Analisando a quantidade de horas semanais trabalhadas pelos entrevistados, (80%) trabalham 44 horas semanais e (20%) trabalham 40 horas semanais. Para descrever e analisar os fatores de pressão decorrentes do trabalho do serviço de contabilistas emergiram subcategorias, a partir das categorias estabelecidas no modelo teórico utilizado, que representam as principais fontes de pressão no trabalho dos contabilistas, conforme apurado através da análise do conteúdo. 10 Quadro 2: Fatores de Pressão decorrentes do trabalho dos contabilistas: CATEGORIAS SUBCATEGORIAS FATORES DE PRESSÃO NO TRABALHO Intrínsecos ao Trabalho -Volume e ritmo excessivos de trabalho. - Falta de treinamento das rotinas. Papel Gerencial - Obsessão por resultados - Falta de autonomia para tomada de decisões. Desenvolvimento na Carreira - Falta de perspectivas de crescimento no trabalho. - Sem plano de carreira Estrutura e Clima organizacional -Sistema operacional ruim e limitações de acessos. - Falta de equipamentos adequados para execução das tarefas; -Insegurança com a violência nas proximidades da empresa. Interface casa e trabalho -Falta de tempo para dedicar à vida pessoal. - Físicos: Sintomas: - Mentais: -Dores na coluna, nas pernas, dores de cabeça. -Tensão; Frustração Estratégias de combate ao estresse - Manter a calma; - Se afastar dos problemas momentaneamente; Fonte: Dados coletados da pesquisa Quanto aos indicadores denominados fatores intrínsecos ao trabalho, o volume e ritmo excessivo se destacou,além disso o funcionário tem que aprender as rotinas sem treinamento adequado. O profissional encara muitos desafios no dia a dia. ''Olha quando a empresa (cliente) chega, começa a cobrança, guardar documento, arquivar, em seguida dar prioridade a empresas que estão cobrando mais, porque trabalhamos com datas, prazos, o ritmo é acelerado, 11 intenso, nós tentamos fazer o que dá pra fazer, as exemplo o sistema não ajuda, fica lento, e a cobrança e cada dia maior..'' (E3) "O ritmo de trabalho atualmente é bem corrido, devido aos prazos de entrega, e as declarações que também tem um prazo determinado, precisam estar em dia, e como há algumas empresas atrasadas isso intensifica ainda mais o nosso prazo, que exige um pouco mais do ritmo mesmo do trabalho". (E4) "Bom vamos lá é..quanto ao treinamento eu nunca tive nenhum, eu tive que aprender sozinha mesmo assim ,com o auxílio dos demais funcionários quando eu não sabia, eu é eles sempre me ajudaram ".(E 2) Tal situação pode ser considerada pelo fato de muitas empresas dependerem de balanços para participarem de licitações e outras concorrências, e o profissional é responsável por transmitir informações que serão imprescindíveis para a tomada de decisão, e elas devem ser claras e verdadeiras. Segundo Ballone e Moura (2008) a urgência de tempo a responsabilidade excessiva, a expectativa do próprio funcionário e dos que o cerca provoca estresse. No que se refere a papel gerencial existe uma cobrança intensa em manter a empresa (cliente) em dia e atingir resultados. A falta de autonomia para tomada de decisões tem pressionado o trabalho dos contabilistas. Apesar dos prazos e exigibilidade que a função exige, relatam que a cobrança excessiva pelos resultados gera pressão no trabalho. ‘’ Bom a filosofia de gestão, éé.. única e exclusiva de cumpra seus prazos em dia, para se você não quiser ter nenhuma divergência com o seu gerente mesmo você tendo que fazer magicas, você tem que entregar o seu trabalho de uma forma... deixa eu ver a palavra adequada... de uma forma correta, sem erro algum, porque erro lá é inadmissível, é .. tem que cumprir prazo, se você.. nem que pra isso você tenha que fazer horas extras, você tem que cumprir seus prazos, é e não é admitido nenhum tipo de erro’’ (E2). ‘’ A filosofia de gestão de lá onde eu trabalho é..é da seguinte forma. Ou você trabalha mostra serviço ou o prego que se destaca toma martelada né.(E5) Em relação a falta de autonomia o depoimento do entrevistado condiz com o resultado encontrado no questionário, uma vez que grande parte das decisões relacionadas ao seu trabalho depende da avaliação de seu superior. "Na minha visão é..uma gestão assim bem centralizada aos responsáveis mesmo né, onde todas as decisões, tudo que deve ser definido de cada empresa e questão de analise mesmo mais profunda, é bem centralizada ao responsável né.. aos gestores principais".(E4) Tanure, Carvalho Neto e Andrade (2007) comentam que a autonomia, a capacidade de liberdade e a independência não estiverem presentes no trabalho, o orgulho e a motivação podem ser quebrados, gerando tensão na realização das atividades. 12 Com relação a desenvolvimento na carreira, existem poucas perspectivas de crescimento, sem plano de carreira. "É bem, quanto a oportunidades de carreira e promoção é, eu tenho uma mesma visão então vou responder os dois simultaneamente, eu não vejo nenhuma oportunidade de carreira e nem promoção na empresa, por ser uma empresa pequena, os gestores principais trabalham a muitos anos então, eu...eu...particularmente eu não vejo essa possibilidade pelo menos não atualmente".(E4) "A sim...bom eee...então vamos falar primeiro de estabilidade. A estabilidade que eu tenho lá é eu entregar meus serviços, meus meus compromissos em dias e entregar meus compromissos em dias e ficar de olho, ficar esperto, não atrasar com nada, ta sempre de olho, por ser uma empresa familiar a qualquer momento eles podem me mandar embora, entre um parente deles e eu , aí eu sou um de fora, entendeu".(E5) A insegurança no emprego e a falta de valorização no trabalho ficaram evidenciadas nos relatos de todos os entrevistados. Para Ferreira e Assmar (2008), a falta de reconhecimento e de valorização por parte da organização e a falta de recompensa pela realização de um bom trabalho são fontes de tensão geradoras do estresse no trabalho. "Quanto ao item promoção e carreira lá não existe planos de carreira é..., existe só promessas, pelo menos no meu caso, já prometeram me mudar de função há praticamente muitos meses, e ate hoje né..".(E2) Em relação ao fator de pressão no trabalho estrutura e clima organizacional emergiram o sistema operacional ruim e limitações de acesso, falta de equipamentos adequados para execução das tarefas e insegurança com a violência nas proximidades da empresa "...No sistema operacional há uma grande dificuldade por o sistema ele é muito lento e nos temos que entregar nossas tarefas em dia..."(E5) ''...O sistema por exemplo, eu não considero bom, ele é lento, isso atrapalha o rendimento...’’(E3) " A tem sim acho que todos os funcionários lá se não todos a maioria tem desconforto em questão... porque as cadeiras estão bem velhinhas mesmo né.. então como as cadeiras meio tortas são é... velhas... sinto algumas vezes dor nas costas elas abaixam as vezes do nada você leva um susto, mas é mais isso mesmo, mais é dor no corpo, mesmo assim por questão porque é.. na verdade não é nem porque a cadeiras são velhas é que as cadeiras não tem aquele apoio pros braços do lado, então a cadeira já tende, mesmo se for nova cadeiras desse modelo tendem a ser desconfortáveis, para ficar o dia todo e como o encosto não é alto, só pega metade das costas e fica com o ombros sem apoio nenhum, por isso você tende a jogar o corpo mais pra frente, não consegue apoiar o ombro, você acaba tendo dor nas cosas, eu pelo menos tenho muita.". (E2) 13 "A insegurança é muito grande em relação a segurança publica , mas o local no caso onde a empresa é estabelecida eu tenho um pouco de receio e insegurança sim".(E4) Segundo Tamayo(2008) o estresse no trabalho é consequência dos impactos provocados pelas constantes manifestações de tensão nos ambientes organizacionais ,tais como , situações de ameaça ,fortes cargas de pressão ,segurança, auto estima ,convívio e condições de trabalho ou seja situações antagônicas vivenciadas pelos trabalhadores no dia a dia . No fator Interface casa e trabalho, alguns tem falta de tempo para conciliar a vida pessoal com o trabalho. "Ah sim, pois é, eu além se ser um auxiliar contábil, eu sou um, sou um universitário também, também curso a contabilidade e após isso eu tenho, eu tenho meus serviços de casa né, só que eu vejo que na época que eu, que eu entro no semestre letivo da faculdade junto com a contabilidade eu não consigo fazer mais nada. Meu quarto fica bagunçado, e, minha moto eu não consigo lavar ela, meu carro eu não consigo lavar ele, eu só lavo de seis em seis meses, só arrumo meu quarto de seis em seis meses ou fim fimfim de semana que eu consigo tempo pra isso ou até mesmo um feriado que eu consigo entendeu? Só só consigo organizar minha vida a pessoal quando tenho um feriado ou esporadicamente um final de semana, porque até mesmo final de semanas fica difícil devido a rotina da faculdade, trabalhar e estudar é um pouco pesado". (E5) Segundo (SANTINI et al., 2005; RODRIGUES 2012) cada vez mais os indivíduos, possuem mais obrigações e menos tempo para suas atividades pessoais, o que reforça o resultado desta pesquisa. Para Cooper, Sloan e Willians(1988), o indivíduo quando exposto a fontes de pressão no trabalho poderá desenvolver sintomas físicos e mentais e com isso conseqüências negativa em sua condição de saúde. Em relação aos sintomas físicos identificados nas entrevistas, destacam se dores na coluna,nas pernas e na cabeça . "... eu sinto muita dor de cabeça, nas pernas e coluna, isso é o que mais me incomoda. Bom as dores de cabeça são relação aos cumprimentos dos prazos, ficar muito tempo na frente do computador é.... a dor nas pernas acho que amenizaria um pouco com o uso de apoio de pé que eu não tenho e me faz falta.... com relação a coluna é muita coisa em relação a minha própria postura, a cadeira também interfere, e modifiquei a altura do computador por conta dessas dores".(E4) Ainda assim, os entrevistados reclamam de dores devido a má qualidade dos moveis e utensílios, fortes dores de cabeça devido ao uso direto do computador, o que caracterizam os sintomas físicos. ''É um dos maiores problemas que eu vejo é a cadeira, geralmente eu sinto após o trabalho, dor nas costas, sinto que a postura não está boa, inclusive já fui no medico..'' (E3) 14 Em relação aos sintomas mentais, percebemos que existe muita tensão e frustração nos entrevistados. "Atualmente eu estou bem frustrada mesmo, estressada frustrada, porque, cobrançanos temos assim aos montes, e melhorias só promessa então acaba frustrando mesmo desmotivando a ir trabalhar mesmo, desmotiva agente ate a render mais, porque agente poderia ate dar mais, trabalhar melhor, mas como agente não vê nenhum retorno, isso frustra o funcionário, você só tem cobrança e não tem melhoria, atualmente eu estou assim frustrada e estressada, nem sei mais quais termos eu poderia usar".(E2) Veloso e Pimenta (2004) comenta que pode ser caracterizada como agente estressor a rigidez excessiva da organização do processo de trabalho imposta ao funcionário, na medida em que impede sua própria realização e obriga-o a conviver com a incoerência das normas. Como estratégias de combate ao estresse os entrevistados manifestaram que tentam manter a calma e outros até expurgam-se do ambiente de trabalho por algum tempo para andar e tomar água. "É.. nas minhas situações de estresse no trabalho, sempre que eu acho necessário eu chego e falo que não está fazendo bem, seja com o superior ou colega de trabalho, mas tento manter a calma para não prejudicar minha saúde física nem mental, quando chego em casa procuro pensar em mim, fazer minhas coisas, sair, esquecer mesmo o trabalho, para que na segunda eu esteja bem e começar mais uma semana bem".(E3) "Uma que funciona bastante, é sair da sala, dar uma andada, beber uma água voltar, contar até 10 20 eu faço muito isso, pra ver se funciona para voltar tranqüila, em vez de dar má resposta, as vezes eu fico nervosa e respondo mal, mas graças a Deus todo mundo me entende", (E1) Segundo Diz (2002), personalidade, hábitos e maneira de se comportar, interferem na propensão da pessoa tolerar, dominar ou minimizar, avaliar e inclusive reagir aos fatores potenciais de estresses. 5. Considerações Finais Esta pesquisa, tem como objetivo, analisar e descrever os fatores potenciais de estresse ocupacional que estão presentes no trabalho dos contabilistas em um escritório de contabilidade em Belo Horizonte /MG. São vários os fatores de pressão no trabalho que tem impacto sobre os indivíduos e dentro das organizações que podem inclusive serem subdivididos. Esses fatores que causam estresse no trabalho podem variar de acordo com o perfil da organização e identificá-los contribui para que a organização busque um equilíbrio, além de ter impactos positivos sobre a saúde e bem-estar dos trabalhadores. 15 Em relação aos fatores intrínsecos ao trabalho estão relacionados ao volume e ritmo excessivo de trabalho. Segundo Ballone e Moura (2008) a urgência de tempo e a responsabilidade excessiva com as atividades pode provocar estresse no indivíduo. O Papel Gerencial orienta-se pela obsessão por resultados, cobrança excessiva e falta de autonomia para realizar as tarefas. Na Categoria de desenvolvimento de carreira, todos os entrevistados evidenciaram que não há perspectiva de crescimento profissional dentro da empresa. A categoria estrutura e clima organizacional também é uma forte pressão onde identificamos sistema operacional ruim e limitações de acesso, a falta de equipamento adequados para execução das tarefas e a insegurança nas proximidades da empresa. A faltas de tempo para a dedicação da vida pessoal foram identificadas como fonte de pressão em interface entre casa e trabalho. As fontes de pressão identificadas nesta pesquisa, geram sintomas físicos e mentais nos contabilistas. Nos sintomas físicos observou se que os contabilistas sentem fortes dores de cabeça, dores na coluna e nas pernas. Em relação aos sintomas mentais identificou-se muita tensão. Cooper, Sloan e Williams (1988) afirmam que as repercussões dos agentes estressores levam o indivíduo a manifestar sintomas de estresse tanto em nível individual como em nível organizacional. As estratégias de combate ao estresse que são mais utilizadas pelos contabilistas pesquisado são as pausas para descanso e afastar-se dos problemas momentaneamente levantando-se para andar. Dewe (1992) conceitua as estratégias de defesa ou combate ao estresse como tentativas ativas ou passivas do indivíduo em responder e reduzir as ameaças de estresse. Segundo Cooper, Sloan e Williams (1988), tais estratégias podem ser sintetizadas em tipos de ações adotadas. Sugere-se as organizações que repensem sua política de desenvolvimento humano, seus valores e seus princípios empresariais, trazendo e acolhendo o profissional da contabilidade nas tomadas de decisão e na valorização do seu trabalho. Que repensem também sua estratégia de negócio em relação à cobrança e o excesso de trabalho que desencadeiem nestes profissionais o esgotamento físico e mental. Ainda sim devem adequar seus profissionais para alcançar os padrões e objetivos da empresa, assim sendo, os colaboradores devem ser treinados, motivados e integrados ao trabalho, como tentativa de reduzir ou eliminar o estresse. Dessa forma, acredita-se que os resultados da pesquisa servirão de alerta aos proprietários de escritórios contábeis, bem como aos funcionários, os quais precisam estar atentos para evitar os transtornos causados pelo estresse. O presente trabalho possui limitações, pois a pesquisa foi feita apenas com cinco colaboradores de um escritório de contabilidade em Belo Horizonte - MG, assim sendo, não é possível generalizar os resultados para todas as empresas do setor. 16 Para a academia sugere-se futuras pesquisas com o aumento da quantidade de profissionais da área contábil entrevistados, abrangendo mais empresas do ramo, bem como a comparação desses resultados com os desta pesquisa. A produção e o incentivo a outros trabalhos nessa área podem contribuir para o aprofundamento dos estudos sobre a saúde dos trabalhadores da área contábil, e para a criação de instrumentos capazes de caracterizar as especificidades e o auxílio na resolução dos problemas. 6. Referências Livros TAMAYO, Á. (Org.). Estresse e cultura organizacional. São Paulo: All Books, 2008.WEISS BRIAN. Eliminating stress, finding inner Peace, 1º edição. SEXTANTE (2016). ZILLE, L. P.; BRAGA, C. D.; MARQUES, A. L. Estresse no trabalho: estudo de caso com gerentes que atuam em uma instituiçãofinanceira nacional de grande porte. Revista de Ciênciasda Administração, Florianópolis, v. 10, n. 21, p. 175-196,maio/ago. 2008. COSTA, F. P.; HONÓRIO, L. C.Fatores de pressão no trabalho e estratégias de combate ao estresse ocupacional: avaliando os gerentes de uma grande usina siderúrgica brasileira. In:II ENCONTRO de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho EnGPR, 2009, Curitiba, PR. Anais... Curitiba: ENGPR, 2009. CARVALHAL. Celia Regina. Como lidar com o estresse em gerenciamento de projetos. Rio de Janeiro: Brasport, 2008. LIPP, M.O Estresse. São Paulo: UNICAMP, 2000. MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial, 15ª ed. São Paulo: Editora Atlas S.A., 2009. Sites http://mariopersona.com.br/entrevista-mudanca-ecorevista.html Acesso em : 14/03/2016. http://cfc.jusbrasil.com.br/noticias/100318311/contadores-estao-entre-os-profissionais-com- mais-risco-de-estresse-e-depressao http://sinescontabil.com.br/monografias/artigos/artigo2.htm BALLONE, Geraldo J. Estresse e Trabalho. Disponível em: <http://www.psiqweb.med.br/site/> . Acesso em 20-03-2016. 17 Hospital Israelita Albert Einstein. Disponível em:<http://www.einstein.br/einstein-saude/em- dia-com-a-saude/Paginas/sindrome-de-burnout.aspx> . Acesso em 20-03-2016. Denise Marcon, Síndrome de Bornout. Disponível em: < http://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/9740/sindrome- de%20burnout%20burnout> . 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