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Contabilidade Societária II Ativo Intangível

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CONTABILIDADE SOCIETÁRIA
PROFESSOR: MARCELO LUCENA
Profº Marcelo Lucena
Ativo Intangível e Diferido
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Contabilidade Societária II
Ativo Intangível e Diferido
Muito sabemos sobre a importância da Contabilidade para análise e conhecimento de uma companhia, porém esta ciência tem passado por drásticas alterações. As mudanças são em função de uma necessidade global de padronização dos demonstrativos contábeis. Uma vez que as barreiras físicas já deixaram de ser um obstáculo para o crescimento das companhias. 
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Contabilidade Societária II
Ativo Intangível e Diferido
A Lei 11.638/07 surgiu para iniciar essa transição contábil para os padrões internacionais e, com ela, a criação do grupo INTANGÍVEL e a extinção do grupo DIFERIDO .
O intangível consolida uma visão já muito nítida para a maioria dos contadores, que nem só os ativos físicos e palpáveis apresentam valor.
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Ativo Intangível e Diferido
Diante das alterações na Lei nº 6.404/76, promovidas pelas Leis nº 11.638/07 e 11.941/09, uma nova estrutura passou a ser adotada no balanço patrimonial. A inclusão do grupo Intangível para as sociedades de grande porte e companhias abertas e fechadas. 
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Ativo Intangível
Ativo
Tangível
Móveis e imóveis
Patentes
Ágio pago por expectativa de rentabilidade futura
Marca
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Ativo Intangível e Diferido
Sociedade de Grande Porte
• Considera-se de grande porte, para os fins exclusivos desta Lei 11.638/2007, a sociedade ou conjunto de sociedades sob controle comum que tiver, no exercício social anterior, ativo total superior a R$ 240.000.000,00 (duzentos e quarenta milhões de reais) ou receita bruta anual superior a R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais).
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Ativo Intangível e Diferido
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Ativo Intangível e Diferido
Ativo Intangível
O artigo 179, inciso VI da lei 6.404/76 determina que serão classificados no intangível:“os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.” 
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Ativo Intangível e Diferido
Fundo de Comércio Adquirido
Releve-se no ponto que o ato regulamentar impõe a segregação do intangível identificável do ágio derivado da expectativa da rentabilidade futura ( goodwill), mas não emprega, para tanto, a expressão "fundo de comércio adquirido" como consta da Lei. Podemos nos guiar por exemplos para ter a inteligência da regra. Comerciante que paga luvas contratuais (pagamento do ponto comercial), 
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Fundo de Comércio Adquirido
quando da assinatura de contrato de aluguel em shopping centre, ou, Banco que paga, também, luvas contratuais para alugar um imóvel destinado à instalação de uma nova agência, está adquirindo direitos contratuais identificáveis, passíveis de serem mensurados, sem natureza monetária e sem substância física e, ainda, que contribuirão para geração de caixa futuro.
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Fundo de Comércio Adquirido
Presentes, assim, todos os requisitos para identificação e reconhecimento contábil dos citados ativos, seus valores não serão considerados "goodwill" para fins contábeis ainda que se trate de espécies de ativos do gênero fundo de comércio.
Entre tantas definições de Fundo de Comércio Empresarial podemos afirmar que a expressão indica o valor econômico da empresa que supera a totalidade do valor de mercado de seus
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Fundo de Comércio Adquirido
ativos líquidos contabilizados, ou seja, o montante que supera o patrimônio líquido a valor de mercado. Seriam os privilégios relativos da empresa como, localização, marca, clientela (market-share), licenças, benefícios fiscais e outras vantagens comparativas capazes de influir no valor de uma negociação da entidade como um todo. São verdadeiras reservas ocultas de uma empresa que só se fazem presentes em negócios não correntes.
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Fundo de Comércio Adquirido
Assim também se define a expressão de língua inglesa "goodwill". 
Citação constante da revista especializada IOB:
"Fundo de Comércio é o que uma empresa tem de valor acima do seu patrimônio líquido avaliado a preço de mercado. (..) Representa, então, o "goodwill", o que um Patrimônio Liquido consegue ter de valor, se negociada a empresa como um todo, 
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Fundo de Comércio Adquirido
acima do que seria obtido com a negociação de cada Ativo, individualmente, a preços de mercado." (Boletim IOB nº15/85)
8. Portanto a expressão da Lei "fundo de comércio adquirido" está vinculada diretamente a situação de ocorrência de ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), sendo a diferença de designação meramente semântica.
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Fundo de Comércio Adquirido
Isto não quer dizer que na combinação de negócios seja impossível a identificação e a separação do ativo intangível "Fundo de Comércio". Preferencialmente este ativo deverá ser sempre representando por uma nomenclatura mais específica como, por exemplo, "Carteira de Clientes" ao invés de Fundo de Comércio.
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Ativo Intangível e Diferido
Fundo de Comércio Adquirido
Em verdade, espera-se que os agentes econômicos usem a expressão Ágio Pago por Expectativa de Rentabilidade Futura para cumprir o que indicado na Lei nº 11.638/2007 como fundo de comercio adquirido. Isto é, quando for necessário denominar o valor que decorrer de uma operação aritmética indicativa de que o valor pago, para assumir o controle do negócio, superou todos os ativos líquidos adquiridos (incluídos aí os intangíveis identificados).
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Fundo de Comércio Adquirido
A determinação do valor justo dos ativos e passivos assumidos será sempre um procedimento preliminar necessário.
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Ativo Intangível e Diferido
Características do Ativo Intangível 
 Não monetário: Não se trata de dinheiro e não se guarda relação com moeda;
 Sem substância física: não possui peso nem dimensão;
Exemplo 
 Direitos de exploração de serviços públicos;
 clientes – fundo de comércio adquirido;
 Marcas e patentes – Software – Direitos autorais. 
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Ativo Intangível e Diferido
Nova estrutura do Balanço Patrimonial 
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ATIVO IMOBILIZADO
ATIVO IMOBILIZADO
ATIVO INTANGÍVEL
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Ativo Intangível e Diferido
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Ativo Intangível e Diferido
Ativo Intangível
O tema é disciplinado pelo CPC 04 – Ativo Intangível.
Podem ser classificados como intangível:
(a) for separável, isto é, capaz de ser separado ou dividido da entidade e vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado, seja individualmente ou em conjunto com um contrato, ativo ou passivo relacionado; ou
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Ativo Intangível e Diferido
Podem ser classificados como intangível:
(b) resultar de direitos contratuais ou de outros direitos legais, quer esses direitos sejam transferíveis quer sejam separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações.
Sendo possível seu reconhecimento quando:
(c) for provável que
os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao ativo serão gerados em favor da entidade;e
(d) o custo do ativo possa ser mensurado com segurança.
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Contabilidade Societária II
Ativo Intangível e Diferido FIPECAFI
“ (...) abriga marcas, softwares, licenças e franquias, receitas, fórmulas, modelos, protótipos, gastos com desenvolvimento e outros que atendam aos critérios de reconhecimento, que antes eram tratados no extinto grupo de ativo diferido ou do ativo imobilizado; 
abriga ainda os direitos autorais presentes em grande parte na indústria fonográfica e de audiovisual e todo e qualquer direito passível de controle e exploração que gere benefícios incrementais
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Ativo Intangível e Diferido FIPECAFI
futuros, e que não esteja contemplado em uma norma específica que regule a matéria em particular. 
As despesas antecipadas, cumprem salientar, não estão no rol dos itens a serem considerados como um ativo intangível.”
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Ativo Intangível e Diferido
Princípio do arm’s length (tamanho de braço)
O FIPECAFI, p. 264 aborda o princípio do arm’s length: “O arm´s length é um princípio que norteia acordos e transações comerciais realizados sob condições de equilíbrio e independência das partes envolvidas, predispostas a negociar e com habilidade para barganhar. 
(...) representa a distância que desencoraja contratos pessoais ou fraternais: mantenha ex-amigos à distância de um branço, ou seja, ausência de qualquer relação entre as partes envolvidas.”
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Ativo Intangível e Diferido
Princípio do arm’s length e o capital intelectual
O Capital Intelectual atualmente tem sido considerado um dos principais ativos das empresas. Desta, forma muito se questiona sobre os motivos da Contabilidade não admitir seu reconhecimento quando não são adquiridos de terceiros independentes.
A justificativa está no princípio do Arm’s Lenght.
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Ativo Intangível e Diferido
Grupo de Intangível
O grupo de intangível passa a ser formado por contas que estavam em outros grupos do extinto Ativo Permanente, atual Ativo Não Circulante, e novas transações, que representam bens incorpóreos, como por exemplo, as marcas, as patentes, os direitos de concessão, os direitos de exploração, os direitos de franquia, os direitos autorais, os gastos com desenvolvimento de produtos novos, o ágio pago por expectativa de resultado futuro (fundo de comércio, ou goodwill).
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Ativo Intangível e Diferido
Grupo de Intangível
MARCAS PODEM SER REGISTRADAS NO ATIVO INTANGÍVEL?
E POSSO REGISTRAR O GOODWIL NO ATIVO INTANGÍVEL?
Marcas devem ser classificadas no Intangível, mas somente podem ser registradas quando de sua efetiva aquisição, ou pelo seu valor de custo de criação. 
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Grupo de Intangível
O valor pago na aquisição de uma entidade acima do seu valor patrimonial estimado a valores de mercado deverá ser apresentado no grupo dos Ativos Intangíveis do balanço patrimonial consolidado com o nome de Ágio Pago por Expectativa de Rentabilidade Futura. Esse é o valor pago em função do nome, da reputação, da clientela sendo adquirida, do treinamento que essa empresa teve com relação aos seus vendedores ou da sua capacidade produtiva, de inovação em tecnologia, localização, fidelidade etc. 
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Grupo de Intangível
Atenção
Goodwill gerado internamente não pode ser contabilizado em nenhuma circunstância, somente o efetivamente adquirido de terceiros, normalmente na compra de outra sociedade.
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Ativo Intangível e Diferido
QUAL DEVE SER A CONTABILIZAÇÃO QUANDO UMA EMPRESA
RECEBE UMA OFERTA DE COMPRA DE SUA MARCA?
Quando uma empresa recebe a oferta de compra de sua marca, ela não deve registrar nenhum tipo de intangível. Caso a marca seja adquirida por outra entidade, a vendedora irá baixar o valor existente no ativo contra o resultado (se algum valor estiver registrado), e o montante recebido, como receita.
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Ativo Intangível e Diferido
Observação:
A empresa não pode, de forma alguma, registrar um intangível em seu Balanço Patrimonial somente por conta de proposta de compra ou até mesmo quando efetivada a venda da marca. Somente a compradora irá registrar a marca em seu ativo, pelo valor de custo.
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Ativo Intangível e Diferido
QUANDO UMA EMPRESA DEVE CONTABILIZAR A “MARCA” COMO UM INTANGÍVEL?
Somente os valores incrementais efetivamente desembolsados para aquisição das marcas, ou para seu desenvolvimento, registros etc. é que podem ser contabilizados no ativo intangível.
Eventuais valores de marcas esperados em negociações, ou até mesmo avaliados com base em laudos técnicos, não podem ser contabilizados.
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Ativo Intangível e Diferido
AS REGRAS INTERNACIONAIS PERMITEM O DIFERIMENTO DE GASTOS COM PESQUISAS E DESENVOLVIMENTO?
As normas do IASB (International Accounting Standards Board/Conselho Internacional Normas de Contabilidade) permitem, mas não exigem o diferimento dos gastos com desenvolvimento desde que a entidade cumpra uma série de exigências tais como a sua vinculação a produtos que gerarão receitas, teste do impairment etc.
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Ativo Intangível e Diferido
AS REGRAS INTERNACIONAIS PERMITEM O DIFERIMENTO DE GASTOS COM PESQUISAS E DESENVOLVIMENTO?
Porém, as normas internacionais não permitem o mesmo procedimento com os gastos com pesquisa, que devem ser integralmente lançados diretamente como despesa do resultado.
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Ativo Intangível e Diferido
Extinção do Ativo Diferido
Alterar o texto para: “O Ativo diferido deixou de existir com a edição da Medida Provisória nº 449/08, transformada na Lei nº 11.941/09.
As demais normas que regulamentam este item são:
a) NBC TG 13 – Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07 e da Medida  Provisória nº 449/08, itens 20 a 23, aprovada pela Resolução CFC nº  1.152/09;
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Extinção do Ativo Diferido
b) CTG 02 – Esclarecimentos sobre as  Demonstrações Contábeis de 2008, itens  113, 133 a 135, aprovado pela Resolução CFC nº 1.157/09;
c) CTG 2000 – Aborda como os ajustes das novas práticas contábeis adotadas no Brasil trazidas pela Lei nº  11.638/07 e MP nº 449/08, itens 11, 12, 24 a 33, aprovado pela Resolução CFC nº 1.159/09;
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Ativo Intangível e Diferido
Extinção do Ativo Diferido
d) NBC TG 04 – Ativo Intangível, aprovada pela Resolução CFC nº 1.139/08; 
e) NBC TG 27 – Ativo Imobilizado, aprovada pela Resolução CFC nº 1.177/09.
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