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DIREITO PENAL – PARTE GERAL outubro/2017 VISÃO GERAL DO CRIME FATO TÍPICO ANTIJURIDICIDADE ou ILICITUDE Quando o agente NÃO atua em: CULPABILIDADE 1 -CONDUTA a)Dolosa b)Culposa c)Preterdolosa c)Comissiva (ação) d)Omissiva 1 – Estado de Necessidade 1 – Imputabilidade 2 - RESULTADO 2 – Legítima Defesa 2 – Potencial Consciência Sobre a Ilicitude do Fato 3 – NEXO DE CAUSALIDADE 3 – Estrito Cumprimento de Dever Legal 3 – Exigibilidade de Conduta Diversa 4 – TIPICIDADE (formal/conglobante) 4 – Exercício Regular de Direito 2 2 2 2 01 - CONDUTA É a ação ou omissão, dolosa ou culposa, voltada a uma finalidade. Hipóteses de exclusão de conduta: Coação física irresistível (coação moral irresistível exclui culpabilidade e não conduta) Movimentos reflexos (se previsíveis não excluem a conduta) Estados de inconsciência (ex: sonambulismo, hipnose) 3 3 Crime Doloso Previsão legal: art. 18, I, CP: Art. 18 - Diz-se o crime: Crime doloso I - doloso, quando o agente quis o resultado (teoria da vontade – dolo direto) ou assumiu o risco de produzi-lo (teoria do consentimento – dolo eventual); Conceito de Dolo – dolo é vontade e consciência. 4 4 Teorias do Dolo: Teoria da Vontade – dolo é a vontade consciente de querer praticar a infração penal. Teoria do Consentimento ou Assentimento – é um corretivo da anterior – o agente prevê o resultado como possível e, ainda assim, decide continuar agindo, assumindo o risco de produzi-lo. O CP adotou a teoria da vontade para o dolo direto e a teoria do consentimento para o dolo eventual (art. 18, I, CP – na primeira parte o dolo direto e na segunda o dolo eventual). 5 5 Espécies de Dolo: Direto (ou determinado) – configura-se quando o agente prevê o resultado dirigindo sua conduta na busca de realizar esse mesmo resultado. Indireto (ou indeterminado) – o agente, com sua conduta, não busca resultado certo e determinado. Há duas espécies: Dolo Alternativo – o agente prevê uma pluralidade de resultados e dirige sua conduta na busca de um ou outro com igual intensidade.(NÃO ADOTADO NO CP) Dolo Eventual – o agente prevê uma pluralidade de resultados, ele quer um, mas assume o risco de produzir os outros. Ex: quer lesionar e assume o risco da morte. Classificação de dolo – fls. 144 do livro didático 6 6 Crime Culposo Previsão legal: artigo 18, II, CP: Art. 18 - Diz-se o crime: Crime culposo II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente. Conceito – consiste numa conduta voluntária que realiza um fato ilícito não querido pelo agente, mas que foi por ele previsto (culpa consciente) ou lhe era previsível (culpa inconsciente) e que podia ser evitado se o agente atuasse com o devido cuidado. Ex. art. 129, § 6º, Art. 121, § 3º 7 7 Elementos do crime culposo Conduta humana voluntária – ação ou omissão. A vontade do agente limita-se a realização da conduta e não à produção do resultado. Violação de um dever de cuidado objetivo (+ importante) – o agente atua em desacordo com o que esperado pela lei e pela sociedade. Se atuasse com prudência e discernimento evitaria o evento. A violação deste deve poder manifestar-se de várias: Imprudência – afoiteza (conduta positiva); Negligência – falta de precaução (conduta negativa); Imperícia – falta de aptidão técnica para o exercício de arte, ofício ou profissão. Resultado (naturalístico) – em regra, o crime culposo é material (exige resultado naturalístico). Nexo de Causalidade entre conduta e resultado Previsibilidade – é a possibilidade de conhecer o perigo. Não se confunde com previsão, pois nesse caso se conhece o perigo. Tipicidade – deve estar expressamente previsto em lei; a regra é punir-se apenas os crimes dolosos – artigo 18, p. único, CP. Assim, o crime culposo é uma exceção expressamente prevista em lei. 8 8 Espécies de Culpa Culpa Consciente – o agente, apesar de prever o resultado, decide prosseguir com a conduta, acreditando não ocorrer ou que pode evitá-lo com suas habilidades (é a culpa com previsão). Culpa Imprópria – é aquela em que o agente, por erro evitável, fantasia certa situação de fato, supondo estar agindo acobertado por uma excludente da ilicitude (descriminante putativa), e, em razão disso, provoca intencionalmente o resultado ilícito. Apesar de a ação ser dolosa, o agente responde por culpa por razões de política criminal. Está no artigo 20, p. 1º, segunda parte do CP. Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. Descriminantes putativas § 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo. Teoria da imputação objetiva – criação de riscos proibidos Culpa indireta e culpa presumida – livro (fls. 159) Concorrência e Compensação de culpas Culpa exclusiva da vítima 9 9 Crime Preterdoloso ou Preterintencional e CRIME QUALIFICADO PELO RESULTADO Previsão legal – artigo 19 do CP: Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado ao menos culposamente. Exemplo: Art. 129,§3º, Art. 133, §2º 10 10 Conceito de crime preterdoloso – no crime doloso, o agente pratica um crime distinto do que havia projetado cometer, advindo resultado mais grave, decorrência de negligência (em sentido amplo). Cuida-se, assim, de espécie de crime qualificado pelo resultado, havendo verdade concurso de dolo e culpa no mesmo fato. É um misto de dolo (na conduta) e culpa (no resultado), ou seja, dolo no antecedente e culpa no consequente. Elementos do preterdolo Conduta dolosa visando determinado resultado Provocação de resultado culposo mais grave do que o inicialmente desejado. Nexo causal entre conduta e resultado. 11 11 Ação – Crime Comissivo O crime comissivo está descrito num tipo proibitivo, isto é, um tipo através do qual o direito penal protege bens jurídicos proibindo algumas condutas desvaliosas. O agente pratica o crime infringindo o tipo proibitivo, ou seja, se faz o que a norma proíbe. Os tipos proibitivos configuram a regra em nosso direito penal. 12 12 Omissão – Crime Omissivo O crime omissivo está previsto em tipos mandamentais, isto é, tipos através dos quais o direito penal protege bens jurídicos determinando a realização de condutas valiosas. Significa que o agente deixa de agir de acordo com o que determinado pela norma 13 13 A norma mandamental pode decorrer: Do próprio tipo penal (tipos com a expressão “deixar de...”) – crime omissivo próprio ou puro. Exemplos: art. 135, 244, 246 De uma cláusula geral (art. 13, p. 2º, CP - garantidor) – crime omissivo impróprio impuro – ou comissivo por omissão. 14 14 Crime Omissivo PRÓPRIO Crime Omissivo IMPRÓPRIO O agente tem o dever genérico de agir O agente tem o dever jurídico de evitar o resultado Dever genérico atinge a todos indistintamente Dever jurídico atinge somente os garantidores (art. 13, §2º do CP) A omissão está descrita no tipo O agente responde por crime comissivo, como se tivesse agido, provocado o resultado 15 15
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