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(20171020014458)Aula Conduta Dolosa, culposa, preterdolosa, ação e omissão

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DIREITO PENAL – PARTE GERAL
outubro/2017
VISÃO GERAL DO CRIME
FATO TÍPICO
ANTIJURIDICIDADE ou ILICITUDE
Quando o agente NÃO atua em:
CULPABILIDADE
1 -CONDUTA
a)Dolosa
b)Culposa
c)Preterdolosa
c)Comissiva (ação)
d)Omissiva
1 – Estado de Necessidade
1 – Imputabilidade
2 - RESULTADO
2 – Legítima Defesa
2 – Potencial Consciência Sobre a Ilicitude do Fato
3 – NEXO DE CAUSALIDADE
3 – Estrito Cumprimento de Dever Legal
3 – Exigibilidade de Conduta Diversa
4 – TIPICIDADE
(formal/conglobante)
4 – Exercício Regular de Direito
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01 - CONDUTA
É a ação ou omissão, dolosa ou culposa, voltada a uma finalidade.
Hipóteses de exclusão de conduta:
Coação física irresistível (coação moral irresistível exclui culpabilidade e não conduta)
Movimentos reflexos (se previsíveis não excluem a conduta)
Estados de inconsciência (ex: sonambulismo, hipnose)
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Crime Doloso
Previsão legal: art. 18, I, CP:
Art. 18 - Diz-se o crime: 
Crime doloso
I - doloso, quando o agente quis o resultado (teoria da vontade – dolo direto) ou assumiu o risco de produzi-lo (teoria do consentimento – dolo eventual); 
 Conceito de Dolo – dolo é vontade e consciência.
 
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Teorias do Dolo:
Teoria da Vontade – dolo é a vontade consciente de querer praticar a infração penal.
Teoria do Consentimento ou Assentimento – é um corretivo da anterior – o agente prevê o resultado como possível e, ainda assim, decide continuar agindo, assumindo o risco de produzi-lo.
 O CP adotou a teoria da vontade para o dolo direto e a teoria do consentimento para o dolo eventual (art. 18, I, CP – na primeira parte o dolo direto e na segunda o dolo eventual).
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Espécies de Dolo:
Direto (ou determinado) – configura-se quando o agente prevê o resultado dirigindo sua conduta na busca de realizar esse mesmo resultado.
Indireto (ou indeterminado) – o agente, com sua conduta, não busca resultado certo e determinado. Há duas espécies:
Dolo Alternativo – o agente prevê uma pluralidade de resultados e dirige sua conduta na busca de um ou outro com igual intensidade.(NÃO ADOTADO NO CP)
Dolo Eventual – o agente prevê uma pluralidade de resultados, ele quer um, mas assume o risco de produzir os outros. Ex: quer lesionar e assume o risco da morte.
Classificação de dolo – fls. 144 do livro didático
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Crime Culposo
Previsão legal: artigo 18, II, CP:
Art. 18 - Diz-se o crime: 
Crime culposo
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. 
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente. 
Conceito – consiste numa conduta voluntária que realiza um fato ilícito não querido pelo agente, mas que foi por ele previsto (culpa consciente) ou lhe era previsível (culpa inconsciente) e que podia ser evitado se o agente atuasse com o devido cuidado.
Ex. art. 129, § 6º, Art. 121, § 3º 
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Elementos do crime culposo
Conduta humana voluntária – ação ou omissão. A vontade do agente limita-se a realização da conduta e não à produção do resultado.
Violação de um dever de cuidado objetivo (+ importante) – o agente atua em desacordo com o que esperado pela lei e pela sociedade. Se atuasse com prudência e discernimento evitaria o evento. A violação deste deve poder manifestar-se de várias:
Imprudência – afoiteza (conduta positiva);
Negligência – falta de precaução (conduta negativa);
Imperícia – falta de aptidão técnica para o exercício de arte, ofício ou profissão.
Resultado (naturalístico) – em regra, o crime culposo é material (exige resultado naturalístico).
Nexo de Causalidade entre conduta e resultado
Previsibilidade – é a possibilidade de conhecer o perigo. Não se confunde com previsão, pois nesse caso se conhece o perigo.
Tipicidade – deve estar expressamente previsto em lei; a regra é punir-se apenas os crimes dolosos – artigo 18, p. único, CP. Assim, o crime culposo é uma exceção expressamente prevista em lei.
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Espécies de Culpa
Culpa Consciente – o agente, apesar de prever o resultado, decide prosseguir com a conduta, acreditando não ocorrer ou que pode evitá-lo com suas habilidades (é a culpa com previsão).
Culpa Imprópria – é aquela em que o agente, por erro evitável, fantasia certa situação de fato, supondo estar agindo acobertado por uma excludente da ilicitude (descriminante putativa), e, em razão disso, provoca intencionalmente o resultado ilícito. Apesar de a ação ser dolosa, o agente responde por culpa por razões de política criminal. Está no artigo 20, p. 1º, segunda parte do CP.
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. 
Descriminantes putativas
§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo. 
Teoria da imputação objetiva – criação de riscos proibidos
Culpa indireta e culpa presumida – livro (fls. 159)
Concorrência e Compensação de culpas
Culpa exclusiva da vítima
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Crime Preterdoloso ou Preterintencional e CRIME QUALIFICADO PELO RESULTADO
Previsão legal – artigo 19 do CP:
Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado ao menos culposamente.
Exemplo: Art. 129,§3º, Art. 133, §2º
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Conceito de crime preterdoloso – no crime doloso, o agente pratica um crime distinto do que havia projetado cometer, advindo resultado mais grave, decorrência de negligência (em sentido amplo). Cuida-se, assim, de espécie de crime qualificado pelo resultado, havendo verdade concurso de dolo e culpa no mesmo fato. É um misto de dolo (na conduta) e culpa (no resultado), ou seja, dolo no antecedente e culpa no consequente.
Elementos do preterdolo
Conduta dolosa visando determinado resultado
Provocação de resultado culposo mais grave do que o inicialmente desejado.
Nexo causal entre conduta e resultado.
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Ação – Crime Comissivo
O crime comissivo está descrito num tipo proibitivo, isto é, um tipo através do qual o direito penal protege bens jurídicos proibindo algumas condutas desvaliosas.
O agente pratica o crime infringindo o tipo proibitivo, ou seja, se faz o que a norma proíbe.
Os tipos proibitivos configuram a regra em nosso direito penal.
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Omissão – Crime Omissivo
O crime omissivo está previsto em tipos mandamentais, isto é, tipos através dos quais o direito penal protege bens jurídicos determinando a realização de condutas valiosas.
Significa que o agente deixa de agir de acordo com o que determinado pela norma
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A norma mandamental pode decorrer:
Do próprio tipo penal (tipos com a expressão “deixar de...”) – crime omissivo próprio ou puro. Exemplos: art. 135, 244, 246
De uma cláusula geral (art. 13, p. 2º, CP - garantidor) – crime omissivo impróprio impuro – ou comissivo por omissão.
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Crime Omissivo PRÓPRIO
Crime Omissivo IMPRÓPRIO
O agente tem o dever genérico de agir
O agente tem o dever jurídico de evitar o resultado
Dever genérico atinge a todos indistintamente
Dever jurídico atinge somente os garantidores (art. 13, §2º do CP)
A omissão está descrita no tipo
O agente responde por crime comissivo, como se tivesse agido, provocado o resultado
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