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CONDUTA DOLOSA OU CULPOSA

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CONDUTA DOLOSA OU CULPOSA
Significa que ninguém será punido se não tiver agido com DOLO ou CULPA, no sentido estrito (negligência, imprudência ou imperícia).
Não deve a culpabilidade ou culpa em sentido amplo ser confundida com o crime culposo, que se apresenta sob as modalidades de negligência, imprudência ou imperícia, pois quem age negligentemente também é culpado. Toda vez que se cometa um fato típico o sujeito é submetido a um grau e censura. Assim, a culpabilidade é um pressuposto para imposição da pena. 
Requisitos para o juiz aplicar a pena na medida da culpabilidade e culpa (pressuposto para a condenação)
 
 Culpa no sentido estrito: CRIME CULPOSO: quando age por negligência, por imprudência ou imperícia (quando não tem a intenção). 
 Culpa em sentido amplo: CRIME DOLOSO E CULPOSO. 
Crime doloso: em decorrência de um fato intencional ou de omissão d e diligência ou cautela, que compreende : o dolo. 
OBS: Culpa em sentido amplo NÃO se confunde com o crime culposo. 
 
Caracteriza a Culpabilidade – ELEMENTOS 
 	Imputabilidade Penal: refere – se à capacidade do agente de se lhe atribuir o fato e de ser Penalmente responsabilizado.
Exemplo: Agente com 18 anos ou mais. 
Possibilidade da Ilicitude da Conduta: saber se a conduta é criminosa. Deve – se chegar à Conclusão de que o agente, com algum esforço ou cuidado, poderia saber que o fato é ilícito. 
Exigibilidade da Conduta de Outra Conduta (conduta diversa): refere – se ao fato de Saber se, nas circunstâncias, seria exigível que o acusado agisse de forma diversa. 
Não haverá pena se, nas circunstâncias, foi impossível para o acusado agir de outra forma. 
 Exemplo: Coação 
O Erro de tipo: erro invencível (não poderia evitar). Poderia ter evitado.
 
ELEMENTOS 
 Imputabilidade Penal: só há culpabilidade se o sujeito de acordo com as suas Condições psíquicas poderia estruturar sua consciência e vontade de acordo com o direito. 
 Possibilidade de Conhecimento a ilicitude: se estava em condições de Compreender o caráter ilícito de sua conduta. 
 Exigilbilidade de Conduta diversa: se era possível exigir nas circunstâncias, 
Conduta diferente que o agente teve. 
 
Não haverá culpa 
 Inimputabilidade penal: incapacidade absoluta 
1 – doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado; 
2 – menoridade; 
3 – embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior; 
4 – dependência de substância entorpecente; 
 
 Inimpossibilidade de conhecimento de caráter ilícito da sua conduta: se ao Agente “falta discernimento ético para entende r o caráter ilícito do fato ou de determinar-se com esse entendimento.” 
Inexigibilidade de Outra Conduta: 
Exemplo: "Em todos os casos de necessidade”.
Exculpante: “o deve ser uma necessidade, isto é, devem ser situações em que não se possa juridicamente exigir do autor a realização de uma conduta menos lesiva". 
 
Coação irresistível; obediência hierárquica. 
Causas de Exclusão da Culpabilidade ou dirimentes: Na parte geral do código tem – se legítima defesa, estado de necessidade, estrito cumprimento do dever legal e exercício regular do direito. Excluem – se a culpabilidade e, em consequência, excluem a pena, sem excluir, porém a existência do crime. Usa – se a expressão “isento de pena” ou “não é punível”. 
EXCLUI – se a culpa, mas não o crime. 
A exclusão da pena ocorre em 3 situações: 
Inimputabilidade penal – art. 26 caput, 27 e 28 § 1º. 
Impossibilidade de conhecimento – art. 20, 21, e 22 segunda parte. 
Inegibilidade de outra conduta – art. 22 primeira parte. 
Causas de Exclusão da Ilicitude ou da antijuricidade: Na parte especial tem – se: 
 Coação para impedir suicídio – art. 146, §3º, II. 
 Ofensa praticada em juízo na discussão da causa – art. 142, I. 
 Aborto para salvar a vida da gestante – art. 128.
 Violação de domicílio quando um crime está ali sendo praticado art. 150, §3º, II 
 *exclui – se o crime. 
Escusas absolutas: São causas pessoais que isentam de pena quando:
 	
Praticado um crime contra o patrimônio em que não haja violência ou grave ameaça, envolvendo as pessoas descritas no art. 181. 
 	Fatores pessoais que excluem a pena de modo objetivo, por mera política criminal. Não exclui o crime e nem a culpabilidade. 
Exemplo: Art. 348, §2º do CP.- CRIMES QUE NÃO TENHAM GRAVES AMEAÇAS OU VIOLÊNCIAS. 
 	Princípio da Legalidade ou da Reserva Lega l – art. 5º., XXXIX da CF: Só o Estado tem o poder de elaborar leis penais, somente por meio de Leis Ordinárias e não por Medidas Provisórias. 
Constituindo uma efetiva limitação ao poder punitivo do Estado, significa que não haverá crime se não houver lei escrita definindo a infração penal e impondo-lhe consequente pena. Faz da lei penal fonte exclusiva de aplicação, onde seus fundamentos são de ordem formal pela expressa previsão legal da infração penal. “Verifica-se que a lei é a fonte única de criação dos delitos e das penas.”

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