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CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS

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ILHA SOLTEIRA – SP
2016
SUMÁRIO
1 CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS						01
2 COLIGAÇÕES									03
	2.1 NOMES DAS COLIGAÇÕES						04
	2.2 ONDE É DEFINIDA A COLIGAÇÃO PARTIDÁRIA		04
2.3 EXTINÇÃO 								04
2.4 NATUREZA JUR. E LEGITIMIDADE PROCESSUAL	05
3 PEDIDO DE REGISTRO DE CANDIDATURA				06
3.1 ONDE SOLICITAR O REGISTRO 					07
4.IMPUGNAÇÃO AO REGISTRO DE CANDIDATURA		08
4.1 FUNDAMENTOS LEGAIS						09
4.2 OBJETIVO								10
4.3 HIPÓTESES DE CABIMENTO					10
4.4 LEGITIMADOS								11
4.4.1 Legitimidade Ativa						11
4.4.2 Legitimidade Passiva						12
4.5 PROCEDIMENTO PARA A PROPOSITURA DA AIRC		12
4.6 . COMPETÊNCIA							13
4.7 PRAZO									13
5 SUBSTITUIÇÃO DE CANDIDATO					14
QUESTÕES PARA PROVA							15
“ CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS, COLIGAÇÕES, PEDIDO DE REGISTRO DE CANDIDATURA, IMPUGNAÇÃO AO REGISTRO DE CANDIDATURA E SUBSTITUIÇÃO DE CANDIDATO”.
1 CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS1
01
01
Segundo o art. 87 do Código Eleitoral, só podem concorrer às eleições os candidatos que estiverem filiados a um partido político. Uma vez que cada partido político possui inúmeros filiados, é necessário escolher entre eles, em convenção partidária, os que serão candidatos a cargos eletivos.
Convenções partidárias são reuniões de filiados a um partido político para julgamento de assuntos de interesse do grupo ou para escolha de candidatos e formação de coligações (união de dois ou mais partidos a fim de disputarem eleições). Conforme estabelece a Lei n° 13.165/2015, Lei da Reforma Política, as convenções devem ocorrer no período de 20 de julho a 5 de agosto do ano eleitoral.
Caso o estatuto do partido não possua normas para escolha e substituição dos candidatos nem para formação de coligações, o órgão de direção nacional do partido deverá estabelecê-las e publicá-las no Diário Oficial da União até 180 dias antes das eleições.
Durante as convenções será sorteado, em cada circunscrição, o número com o qual cada candidato irá concorrer (identificação numérica). Aos partidos políticos fica garantido o direito de manter os números concedidos à sua legenda na eleição anterior e aos candidatos, o direito de manter os números que lhes foram atribuídos na eleição anterior para o mesmo cargo. Deputados federais, estaduais ou distritais, assim como vereadores, podem solicitar novo número ao órgão de direção de seu partido, independentemente do sorteio (Lei n° 9.504/1997, art. 8°, § 1°, e art. 15, § 2°).
Há três tipos de convenções, de acordo com o cargo a que se destinam: municipais, estaduais e nacionais.
Na Convenção, o partido definirá: 
• Coligação majoritária (prefeito e vice), proporcional (vereadores), ou ambas; 
• Cargos em disputa; 
• Candidatos, nomes de urna, números; 02
• Indicação de representantes/delegados perante a Justiça Eleitoral. 
O partido poderá realizar sua Convenção gratuitamente prédios públicos, desde que solicite à autoridade responsável por escrito com antecedência mínima de 72 horas e se responsabilize por danos causados em razão da realização do evento. Havendo solicitação de outro partido, para a mesma data, terá prioridade o partido que primeiro tiver protocolado a solicitação.
Para realização de Convenção, o partido deverá estar ativo no sistema da Justiça Eleitoral, ou seja, formalmente constituído como Comissão Provisória Municipal ou Diretório Municipal.
No dia da Convenção Partidária, deverá ser lavrada ATA, em livro rubricado pela justiça eleitoral, bem como assinada LISTA DE PRESENÇAS pelos convencionais presentes. Neste período estratégico até as Convenções, os dirigentes partidários precisarão estar atentos a um detalhe muito importante: pela nova legislação, a cópia da Ata e da Lista de Presenças deverá ser protocolada perante a Justiça Eleitoral no prazo de 24 horas após a realização da Convenção. Uma vez entregue à justiça eleitoral, a Ata será publicada em Cartório. 
E esta mesma Ata (e lista de presenças), será novamente apresentada com os pedidos de registro de candidaturas. Como se sabe, as definições sobre Coligações majoritárias e proporcionais, delegados, representantes, etc, deverão coincidir no conteúdo da Ata de todos os partidos que integrarem a mesma Coligação. Assim, as definições estratégicas com outros partidos deverão ser cronologicamente alinhadas, pois no dia seguinte à Convenção, a Ata deverá ser apresentada ao Cartório Eleitoral para publicação. Nos quinze dias que antecederem a data fixada pelo partido para Convenções, os filiados que pretenderem concorrer poderão fazer propaganda intrapartidária de seu nome, exclusivamente direcionada aos Convencionais, sendo permitido inclusive fixar faixas e cartazes nas proximidades do local da Convenção. Encerrada a Convenção, essas faixas e cartazes deverão ser imediatamente removidas.
2 COLIGAÇÕES03
Uma coligação partidária consiste na união de dois ou mais partidos que apresentam os seus candidatos em conjunto para uma determinada eleição.
Perante a Justiça Eleitoral, uma coligação funciona como apenas um partido, tendo os mesmos direitos e deveres dos partidos políticos isolados. Depois de ser estabelecida uma coligação, nenhum dos partidos integrantes pode atuar isoladamente. O representante da coligação deverá ser escolhido pelos partidos que integram a coligação, e exercerá a mesma função do presidente do partido que concorre isolado.
As coligações partidárias podem ser formadas só para a eleição majoritária (que elege pessoas para o cargo de Prefeito e Vice-Prefeito), só para a eleição proporcional (cargo de vereador) ou para as duas. Um partido que esteja coligado a outro/s na eleição majoritária, pode indicar candidatos isoladamente nas eleições proporcionais. Da mesma forma, partidos que estejam coligados a outras nas eleições proporcionais também podem apontar candidatos isolados nas eleições majoritárias.
De acordo com a lei 13.165 de 29 de Setembro de 2015, os partidos políticos devem escolher os seus candidatos e decidir as coligações que serão feitas até o dia 5 de agosto do ano das eleições.
O número de candidatos que uma coligação partidária pode lançar depende do município em questão.
Cada partido pode registrar até 150% do número de vagas disponíveis no município. No caso das coligações, união de dois ou mais partidos, é possível lançar até 200% da quantidade de vagas. Além disso, é necessário cumprir a quantidade mínima de candidatos por sexo, que é de 30%. Por exemplo, dentre os candidatos a vereadores de um partido, 30% devem ser de um sexo e 70% de outro. 
2.1 NOMES DAS COLIGAÇÕES04
Cada coligação terá um nome próprio, sendo que por vezes o nome é composto pela junção das siglas dos partidos que integram a coligação. O nome escolhido não pode ser o mesmo ou fazer menção ao número ou nome de um candidato, nem pode solicitar o voto para um determinado partido político.
2.2 ONDE É DEFINIDA A COLIGAÇÃO PARTIDÁRIA
A possibilidade de uma coligação partidária é decidida pelos partidos na convenção partidária, onde o partido decide quais os seus elementos que serão candidatos. A convenção municipal é o ato de escolha de candidatos para o cargos de prefeito e vereadores. É impossível uma pessoa ser um candidato nas eleições municipais se não for escolhida em convenção partidária.
Depois de estabelecida a coligação partidária na convenção partidária, são escolhidos os candidatos e os seus dados devem ser introduzidos no sistema CANDex, um sistema informatizado para registro dos candidatos.
2.3 EXTINÇÃO.
Questão interessante é saber quando uma coligação é extinta. Não há uma data exata para isso. Muitos autores costumam dizer que as coligações têm existência temporária, que vai da convenção partidária até as eleições. Outros, de modo genérico, sem muita exatidão, dizem que a existência das coligações está restrita ao processo eleitoral.
A nosso ver, a existência da coligação de modo algum termina com a eleição, e é vago demais dizer que sua existência está restrita ao processo eleitoral. Issoporque a legislação eleitoral elenca expressamente as coligações no rol de legitimados a propor ações eleitorais que podem ser ajuizadas, por exemplo, até a data da diplomação, como é o caso da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (LC nº 64/90, art. 22). 
05
A nosso ver, ante a ausência de dispositivo legal que trate expressamente do assunto, o correto é assumir que as coligações são automaticamente extintas com a preclusão temporal das ações eleitorais para as quais têm legitimidade ativa ou passiva, ou até que transitem em julgado todas as ações em que figurem como parte.
2.4 NATUREZA JURÍDICA E LEGITIMIDADE PROCESSUAL
Coligações partidárias, ao contrário de partidos políticos, não possuem personalidade jurídica, mas apenas personalidade judiciária. Elas têm legitimidade para atuarem perante a Justiça Eleitoral e no trato dos interesses interpartidários como se fossem um partido único, de modo que os partidos coligados perdem a legitimidade para atuarem isoladamente no processo eleitoral.
A única possibilidade de um partido coligado atuar isoladamente no processo eleitoral é para questionar a validade da própria coligação em que se encontra, e desde que o faça no período compreendido entre a data da convenção que deliberou pela formação da coligação e o termo final para a impugnação do registro de candidatos. Este fato tem grande relevância para a definição da legitimidade ad processum nas ações eleitorais, pois se um partido coligado, por exemplo, tentar isoladamente impugnar o registro de um candidato de outro partido ou coligação, a impugnação será extinta em decorrência da falta de um dos pressupostos de constituição e desenvolvimento válido do processo (falta de legitimidade ad processum).
06
3 PEDIDO DE REGISTRO DE CANDIDATURA
O registro de candidatura é o ato da Justiça Eleitoral que determina quem, em caráter oficial, será candidato nas eleições. Para isso, a Justiça Eleitoral desenvolveu um procedimento próprio que visa evitar que candidatos que não reúnam as condições de elegibilidade ou estejam inseridos em causas de perda ou suspensão dos direitos políticos alcancem os cargos públicos (art. 3º do CE, art. 1º da LC nº 64/90 e art. 15 da CF).
Qualquer cidadão pode candidatar-se a cargo eletivo, respeitadas as condições constitucionais e legais de elegibilidade e as causas de inelegibilidade.
Para participar das eleições, os partidos políticos devem ter seu estatuto registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até um ano antes da eleição e possuir, até a data das convenções partidárias, órgão de direção constituído na circunscrição em que acontecerá o pleito.
Após a realização da convenção partidária, os partidos e coligações enviarão os requerimentos de registro de seus candidatos aos Cartórios Eleitorais, apresentando dados digitados em sistema informatizado, denominado CANDEX, baixado da página do TSE ou TRE na Internet.
Os candidatos devem apresentar a seguinte documentação: 
a) Requerimento de Registro de Candidatura, com fotografia recente digitalizada; 
b) declaração de bens; 
c) certidões criminais de 1º e 2º graus da Justiça Estadual e Federal, do domicílio do candidato; 
d) comprovante de escolaridade; 07
e) cópia do documento oficial de identificação; 
f) prova de afastamento do serviço, quando for o caso. Candidatos que possuem impedimento em razão do cargo que ocupam. Exemplo: servidores públicos. 
g) proposta de governo – para os candidatos aos cargos de Presidente, Governador e Prefeito. 
Além do número já sorteado em convenção, o candidato deve indicar uma opção de nome para constar na urna eletrônica. No caso de omissão ou falha que possa ser suprida o processo de registro de candidatura poderá ser baixado em diligência.
3.1 ONDE SOLICITAR O REGISTRO 
A solicitação do registro das candidaturas varia de acordo com o tipo de eleição. 
Eleições Municipais – Cargos: Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador – o pedido de registro deverá ser encaminhado ao Cartório Eleitoral onde o candidato é inscrito como eleitor.
Eleições Estaduais – Cargos: Governador, Vice-Governador, Senador, Suplentes de Senador, Deputado Federal e Deputado Estadual/Distrital – o pedido de registro deverá ser encaminhado ao Tribunal Regional Eleitoral.
Eleições Federais – Cargo: Presidente e Vice-Presidente da República – o pedido de registro deverá ser encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral em Brasília – DF. 
Somente podem concorrer às eleições os candidatos que forem considerados aptos, ou seja, aqueles que tiveram registro deferido ou mesmo que ainda estejam com recurso pendente de decisão, por ocasião da preparação das urnas para a eleição. No caso do candidato concorrer com registro pendente de decisão (sub judice), a validade dos votos a ele atribuídos ficará condicionada ao deferimento do registro da candidatura por instância superior.08
4.IMPUGNAÇÃO AO REGISTRO DE CANDIDATURA
Gomes (2013, p. 294) afirma que: 
“O pedido de registro pode ser impugnado ou contestado. Para tanto, duas veredas se apresentam, a saber: notícia de inelegibilidade e Ação de Impugnação de Registro de Candidatura (AIRC).” 
Gonçalves (2012, p. 171) conceitua: 
“[...] é a ação hábil para a discussão das condições de elegibilidade, registrabilidade e inelegibilidades.” 
Pazzaglini Filho (2008, p. 47) explica: 
“A propositura de ação eleitoral de impugnação ao pedido de registro de candidato tem por objetivo impedir o registro da candidatura do impugnado por não ostentar uma ou mais condições de elegibilidade ou por existência de alguma causa de inelegibilidade.” 
Ramayana (2010, p. 362) explica que: 
“A finalidade desta ação impugnativa é indeferir o pedido de registro de candidatos que não possuam condições de elegibilidade, sejam inelegíveis (hipóteses de não desincompatibilização) ou, ainda, estejam privados definitiva ou temporariamente dos direitos políticos (perda e suspensão dos direitos políticos – art. 15 da CRFB)”.
09
A Ação de Impugnação de Registro de Candidatura (AIRC) é o instrumento pelo qual, se busca atacar o registro de candidatura de certo indivíduo que apresenta limitações no que toca a seus direitos políticos. 
4.1 FUNDAMENTOS LEGAIS
Prevista no art. 11, § 10º da Lei 9504/97, a AIRC poderá ser impetrada em caso de ausência de condição de elegibilidade ou causas de inelegibilidade, nesta senda também inserimos as condições de registrabilidade, que tornam-se obrigatórias do ponto de vista processual eleitoral, já que o que o desiderato dessa ação é diretamente ligado ao registro do candidato.
Entretanto o parágrafo acentua que tais requisitos devem ser avaliados no momento da formalização do pedido de registro, sendo que somente situações fáticas ou jurídicas supervenientes a este, que insiram o candidato nas modelagens do polo passivo, darão ensejo ao objeto da presente ação. Vejamos a clareza do assunto, trazido à luz da Lei 9504/97:
Art. 11, § 10º As condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade devem ser aferidas no momento da formalização do pedido de registro de candidatura, ressalvadas as alterações fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro afastem a inelegibilidade. (*§ 10º acrescentado pela lei12.034/09).
Isto declarado, importante mencionar que a Lei Complementar 64/90, chamada lei das inelegibilidades também retrata a AIRC em seu contexto, dispondo o artigo 3º caput que “caberá a qualquer candidato, a partido político, coligação ou ao Ministério Público, no prazo de 05 (cinco) dias, contados da publicação do pedido de registro do candidato, impugná-lo em petição fundamentada”.
O prazo, sua forma de contagem e as peculiaridades das entrelinhas do artigo supramencionado serão devidamente debatidos em momento oportuno adiante.10
4.2 OBJETIVO
O objetivo da AIRC é negar o registro, cancelar o registro ou tornar nula a diplomação. A Ação de Impugnação ao Registro de Candidatura está prevista no art. 97 do Código Eleitoral e no art. 3º da Lei Complementarnº 64/90. Essa impugnação dar-se-á nas hipóteses em que o candidato estiver subsumido numa inelegibilidade. Estiver com direitos políticos suspensos, não tiver se desincompatibilizado no prazo correto. Enfim, faltar ao “candidato a candidato” uma condição de elegibilidade ou estiver inserido numa incapacidade eleitoral cujas modalidades são: a perda, suspensão e inelegibilidade. Portanto, a ação tutela a normalidade e legitimidade das eleições.
4.3 HIPÓTESES DE CABIMENTO
A AIRC é cabível nos casos de ausência de elegibilidade, que será verificada com a ausência de qualquer dos requisitos listados no artigo 14,§ 3º, incisos I a VI da Constituição Federal de 1988.
Art. 14 [...]
§ 3º São condições de elegibilidade na forma da lei:
I- a nacionalidade Brasileira
II- o pleno exercício dos direitos político
III- o alistamento eleitoral
IV- o domicílio eleitoral na ciscunscrição
V- a filiação partidária
VI- a idade mínima de:11
a) trinta e cinco anos para presidente e vice-presidente da república e senador
b) Trinta anos para governador e vice-governador de Estado e do Distrito
Federal
c) Vinte e um anos para deputado federal, deputado estadual ou distrital,
prefeito, vice-prefeito e juiz de paz
d) Dezoito anos para vereador.
	[...]	
As outras hipóteses de cabimento são a ausência de condição de registrabilidade e a incidência de uma causa de inelegibilidade superveniente ao pedido de registro.
4.4 LEGITIMADOS
4.4.1 Legitimidade Ativa:
São legitimados para propor a Ação: o partido político, a coligação, o candidato e o Ministério Público.
Se houver uma coligação entre partidos, somente a coligação poderá ser parte ativa no processo de impugnação, não sendo permitido o partido isoladamente. Para que o candidato seja pólo ativo na referida ação, não é necessário que tenha sua candidatura deferida, bastando que tenha sido escolhido pela convenção e tenha o seu pedido de registro ajuizado, pois este também se encontra no período de processamento do seu registro. Inclusive, o “candidato” impugnado poderá impugnar outro candidato, até que seja julgada procedente a sua impugnação. O eleitor não poderá ser parte ativa desta ação, poderá apenas representar perante o Juiz Eleitoral.
12
O Doutrinador Djalma Pinto diverge dessa posição tentando ampliar o rol dos legitimados incluindo o cidadão se não vejamos:
Não foi feliz a o legislador ao legitimar apenas o candidato, a coligação e o Ministério Público. Qualquer cidadão deveria ser legitimado a promovê-la; afinal, é ele que compõe o povo, titular do poder na democracia. Djalma Pinto. Direito Eleitoral: improbidade administrativa e responsabilidade fiscal – noções gerais. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2006, pág. 169.
4.4.2 Legitimidade Passiva:
É o “candidato” (candidato a candidato) não registrado.
4.5 PROCEDIMENTO PARA A PROPOSITURA DA AIRC:
A Impugnação do Pedido de Registro de Candidatura observa o procedimento da Lei Complementar nº 64/90. A Justiça Eleitoral examina esses documentos. Os Promotores, membros do Ministério Público, no caso do registro a candidatura emitem seus pareceres sobre esses documentos. Dessa maneira, em um determinado período há possibilidade da Impugnação ao Registro de candidatos, disciplinado no artigo 3º e ss. da Lei Complementar 64/90.
Art. 3° Caberá a qualquer candidato, a partido político, coligação ou ao Ministério Público, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da publicação do pedido de registro do candidato, impugná-lo em petição fundamentada.
§ 1° A impugnação, por parte do candidato, partido político ou coligação, não impede a ação do Ministério Público no mesmo sentido.
§ 2° Não poderá impugnar o registro de candidato o representante do Ministério Público que, nos 4 (quatro) anos anteriores, tenha disputado cargo eletivo, integrado diretório de partido ou exercido atividade político-partidária.
13
§ 3° O impugnante especificará, desde logo, os meios de prova com que pretende demonstrar a veracidade do alegado, arrolando testemunhas, se for o caso, no máximo de 6 (seis). 
4.6 . COMPETÊNCIA
A competência para processamento e julgamento da AIRC varia de acordo com o cargo pleiteado pelo pré-candidato com registro impugnado. Isto quer dizer que sua determinação será em conformidade com a circunscrição do pleito, segundo o com o art. 2º, parágrafo único da LC64/90.
Tonando a informação mais prática, temos que prefeitos, vice prefeitos e vereadores terão seus processos julgados pelos juízes eleitorais. 
Os governadores e vice-governadores de Estado e do DF, deputados federais, estaduais e distritais, pelos Tribunais Regionais Eleitorais. Presidente e vice presidente da República, pelo Tribunal Superior Eleitoral.
4.7 PRAZO
O prazo é decadencial e improrrogável, à luz do art. 3º caput da LC 64/90. A partir da publicação do edital relativo ao pedido de registro, começa a contagem de 05 (cinco) dias para seu marco final.
A contagem é feita excluindo-se o dia da publicação do edital e incluindo-se o dia do vencimento. É indistintamente aplicada a todos os legitimados e independe de intimação pessoal do Ministério Público. O TSE no Respe nº 14194 de 04.03.1997 confirmou que [...] “O prazo para impugnação para registro de candidatura tem início com a publicação do edital [...], sendo desnecessária a intimação pessoal do Ministério Público diante do que dispõe o art. 3º caput da LC 64/90 e da existência de celeridade nos processos de registro”. 
14
14
5 SUBSTITUIÇÃO DE CANDIDATO
A Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997) permite que o partido ou a coligação substitua o candidato que for considerado inelegível, renunciar ou falecer após o termo final do prazo do registro ou, ainda, tiver seu registro indeferido ou cancelado. A substituição pode ser requerida até 20 dias do pleito e deve ser feita em até 10 dias após o fato que gerou sua necessidade. A exceção só ocorre em caso de falecimento, quando a substituição pode ser solicitada mesmo após esse prazo, em até dez dias a contar do óbito.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se o candidato a prefeito pertencer a uma coligação, a substituição deverá ser feita por decisão da maioria absoluta dos órgãos executivos de direção dos partidos políticos coligados, podendo o substituto ser filiado a qualquer dos partidos que a integram, desde que o partido político ao qual pertencia o substituído renuncie ao direito de preferência. Quando a substituição de candidatos a cargo majoritário ocorre após a geração das tabelas para elaboração da lista de candidatos e preparação das urnas, o substituto concorre com o nome, o número e com a fotografia do substituído (na urna), sendo destinatário dos votos atribuídos ao substituído.
Em caso de substituição, cabe ao partido político ou à coligação do substituto dar ampla divulgação ao fato para esclarecimento do eleitorado. Mas isso não impede que outros candidatos, partidos e coligações o façam, assim como a própria Justiça Eleitoral, inclusive nas seções eleitorais, quando determinado ou autorizado pela autoridade eleitoral competente. Em caso de expulsão, o partido político pode o cancelamento do registro do candidato até a data da eleição.
PERGUNTAS E RESPOSTAS15
AS CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS PARA ESCOLHA DE CANDIDATOS
não poderão, por falta de atribuição legal, deliberar sobre coligações.
poderão ser realizadas gratuitamente em prédios públicos, responsabilizando-se os partidos políticos pelos danos causados com a realização do evento.
poderão ser substituídas por indicações do órgão de direção nacional.
deverão ser feitas no período de 02 a 12 de julho do ano em que se realizarem as eleições.
não terão suas deliberações lançadas em ata em livro aberto e rubricado pela Justiça Eleitoral, em razão do princípio da autonomia partidária.
TÊM LEGITIMIDADE PARA FORMULAR IMPUGNAÇÃO A PEDIDO DE REGISTRO DE CANDIDATURA
a) apenas os candidatos.
b)apenas os Partidos Políticos ou Coligações.
c) apenas o MinistérioPúblico Eleitoral.
d) qualquer eleitor regularmente alistado na circunscrição eleitoral em que ocorrer a eleição.
e) o Ministério Público Eleitoral, os Partidos Políticos ou Coligações e os candidatos.

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