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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIÁRIDO BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA LABORATÓRIO DE ELETRICIDADE E MAGNETISMO PROFESSOR: ROBERTO NAMOR SIRLENO ITAMAR BARBOSA PINHEIRO ANA OLÍVIA NEVES LEITE LEONARDO AMARO FELISBERTO WESLLEY TIAGO MARTINS FERNANDES LUCAS DE MEDEIROS TRINDADE EXPERIMENTO DE ELETROSTÁTICA ANGICOS 23/08/2016 SIRLENO ITAMAR BARBOSA PINHEIRO ANA OLÍVIA NEVES LEITE LEONARDO AMARO FELISBERTO WESLLEY TIAGO MARTINS FERNANDES LUCAS DE MEDEIROS TRINDADE EXPERIMENTO DE ELETROSTÁTICA Trabalho a ser apresentado à Disciplina de Laboratório de Eletricidade e Magnetismo, do Curso de Bacharelado de Ciência e Tecnologia da Universidade Federal Rural do Semiárido, como requisito para obtenção parcial da nota referente aos experimentos da Unidade I. Docente: Prof. Roberto Namor Silva Santiago. ANGICOS 23/08/2016 SUMÁRIO INTRODUÇÃO.................................................................................................................4 1. DESCRIÇÃO DO EXPERIMENTO..........................................................................5 1.1 Materiais Utilizados.....................................................................................................5 1.2 Procedimento Experimental.........................................................................................5 2. RESULTADOS E DISCUSSÕES .............................................................................6 2.1. Questões propostas....................................................................................................6 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................9 4. REFERENCIAL TEÓRICO....................................................................................10 4. ANEXO A ..................................................................................................................11 II RESUMO Pode-se dizer que eletrizar um corpo, significa torna-lo diferentes em números de prótons ou elétrons ou seja, adicionando ou reduzindo o número de elétrons. A eletrização entre corpos é possível por três maneiras, tais como por meio do contato, indução ou atrito. Criado por Robert J. Van de Graaff, o gerador batizado com seu próprio nome funciona por meio da rotação de correias acopladas no motor, sendo que essas correias entram em atrito juntamente à duas partes metálicas transferindo assim, elétrons para a esfera do terminal de saída, carregando-a eletricamente. O comportamento da esfera de alumínio quando eletrizada foi vista e alguns conceitos e resultados foram obtidos como a transferência de elétrons devido a diferença de potencial gerando uma faísca da esfera para o corpo com menor potencial elétrico, o funcionamento de um para raio e o movimento giratório de um torniquete colocado encima da esfera devido concentração de cargas negativas em suas pontas. Palavras-chave: Eletrização, Gerador de Van de Graaff, Potencial Elétrico, Esfera. III 4 INTRODUÇÃO Na eletrização de corpos, A única modificação que um átomo pode sofrer sem que haja reações de alta liberação ou absorção de energia é a perda ou ganho de elétrons. Por isso, o corpo é chamado de neutro se ele tiver número igual de prótons e de elétrons, fazendo com que a carga elétrica sobre o corpo seja nula. Diante disso, um corpo eletrizado negativamente tem maior número de elétrons do que de prótons, e sua carga elétrica sobre o corpo seja negativa. Já um corpo eletrizado positivamente possui número maior de prótons do que de elétrons, fazendo com que a carga elétrica sobre o corpo seja positiva. A eletrização entre corpos se dá por interações distintas, sendo por contato, indução ou atrito. Ao atritar duas substâncias diferentes temos a transferência de elétrons entre elas. Na eletrização por atrito e por contato é importante frisar que é necessário o contato obrigatório entre os corpos para que haja uma eletrização de corpos. Diferentemente da eletrização por contato e atrito, a eletrização por indução não é necessária o contato físico dos corpos. Para aprofundarmos mais no assunto iremos estudar o gerador de Van de Graaff. O mesmo é composto por um sistema composto de motor, cilindros, correias, escovas e um terminal de saída, que é uma esfera de alumínio que funciona pela rotação do motor e consequentemente da Corrêa acoplada a ele, causando atrito com dois pentes metálicos, transferindo os elétrons para a superfície da esfera do terminal de saída, carregando-a eletricamente. Aos poucos a carga da esfera começa a interagir com o ambiente externo, sendo possível sentir essa interação com os pelos do corpo humano, pela diferença de potencial entre esfera e corpo. Assim, o presente relatório tem como objetivo geral manipular o Gerador de Van der Graff e identificar os eletrodos ânodo e cátodo do gerador e como objetivos específicos, descrever o funcionamento do eletroscópio de folhas; o funcionamento do torniquete elétrico em função do poder das pontas, da ionização das moléculas do ar e das leis de Newton, e; descrever o funcionamento de um para-raios. 5 1. DESCRIÇÃO DO EXPERIMENTO 1.1 Materiais utilizados Gerador de Van de Graf Torniquete elétrico com pivô Esfera auxiliar de descarga Eletrodo gancho para o eletroscópio Lâmina de alumínio Prego para papéis 1.2 Procedimento experimental A prática realizada no laboratório de eletricidade iniciou-se da seguinte forma: Foram apresentados os materiais a serem utilizados e como eram para serem manuseados. Em seguida, foram informadas as medidas de segurança a serem tomadas mediantes aos procedimentos realizados para que nenhum acidente ou contratempo pudesse ocorrer no decorrer da prática como por exemplo: Evitar o contato com as mãos, segurar a esfera com a haste de madeira. Quando a esfera auxiliar estiver carregada descarrega-la encostando-a sobre a bancada ou superfície metálica. Para eletrizar a esfera maior, liga-se o gerador e aumenta lentamente a velocidade da correia e para descarrega-la deve-se desligar o gerador e transferir a carga da esfera maior para a menor através do contato. Dadas todas as informações e também precauções pertinentes, foi dado início a pratica que seguiu a seguinte ordem: Primeiramente ligamos o gerador que com a velocidade da correia se carregou rapidamente. Daí aproximamos a esfera com bastão de madeira à esfera auxiliar à maior, sem entrar em contato. Analisando a ação e o que aconteceu, descarregamos a esfera do gerador e a auxiliar. Em seguida colocamos o prego sobre a esfera do gerador, ligamos o e aproximamos a esfera auxiliar ao prego, sem que houvesse contato. Também passamos a esfera auxiliar em volta da esfera maior só que a concentração de energia estava sendo liberada na ponta do prego e na esfera maior. Descarregamos a esfera maior e a menor e anotou-se os resultados observados. Dando prosseguimento a pratica a terceira etapa do experimento consistia em colocar o eletroscópio com lamina de alumínio sobre o gerador no lugar do prego, realizando os mesmos procedimentos anteriores, ligando gerador,analisando o que acontecia com as lâminas e em seguida desligando o gerador para anotação dos dados obtidos. Por fim, na última etapa instalou-se o prego sobre o gerador e o torniquete sobre ele, ligamos o gerador e observamos o que aconteceu. 6 2. RESULTADOS E DISCUSSÕES 2.1 Questões propostas 1). Ligar o gerador e aproximar a esfera auxiliar ao gerador (sem entrar em contato). A). Comentar e explicar o observado. B). Identificar o sinal das cargas sobre cada esfera antes e depois de aproximá-las. Na esfera menor a distribuição de carga é homogênea? Desenhar essas cargas C). Como são os potenciais elétricos sobre cada esfera antes e depois de aproximá-las? Esses potenciais são esféricos? RESPOSTA: Na primeira etapa ao aproximarmos a esfera auxiliar à maior percebemos algumas interações elétricas entre elas. Ocorrendo a indução elétrica entre as esferas. Quando houve os choques entre as esferas aconteceu o rompimento da barreira dielétrica do ar. As cargas das esferas antes da interação eram: No gerador a carga é induzida e é negativa. Na esfera auxiliar a carga é indutora e após tocar a bancada essa passou a ser positiva. As moléculas que se encontram próximas à superfície são ionizadas, logo esses átomos estimulados, em sua grande maioria, oxigênio e hidrogênio, recebem energia suficiente rompendo a rigidez dielétrica do ar e liberam elétrons permitindo a passagem de corrente. Quando esses elétrons voltam à sua respectiva camada de valência, emitem a energia em forma de luz. Figura 1 - Interação Fonte-Esfera auxiliar. Ilustração pessoal dos autores do relatório. 7 2). Colocar o prego sobre a esfera maior, aproximar a esfera auxiliar ao prego, sem entrar em contato. A). Comentar e explicar o observado. B). Deslocar a esfera auxiliar sobre a esfera maior (sem entrar em contato), considerar pontos da esfera maior afastados do prego. Comentar e explicar o observado, que relação tem esse experimento com um pára- raios. RESPOSTA: Quando a esfera é aproximada do prego, não acontece a transmissão de faíscas. Porém, o excesso de carga elétrica em um condutor é distribuído por sua superfície externa e se concentra na região do extremo ou de menor raio. Por isso a energia é descarregada nas pontas, mostrando a funcionalidade dos para-raios e o poder das pontas. O poder das pontas é o fenômeno que demonstra a concentração de uma grande quantidade de cargas negativas em uma ponta, sendo assim um fator que “repele” as cargas negativas presentes no ar, e consequentemente, nos raios. Isso ocorre porque as extremidades são regiões muito curvas e como a eletricidade se acumula mais nessas áreas, um corpo eletrizado dotado de pontas, acumula nelas a sua energia. A densidade elétrica de um corpo será sempre maior nas regiões pontiagudas em comparação com as regiões planas. Ao aproximar a esfera auxiliar foi observado a incidência de faíscas. Ao afastar do prego observou-se que ainda ocorria interação entre a esfera maior e a auxiliar. 3). Um para-raios atrai raios? RESPOSTA: Na verdade, não! O para-raios oferece um caminho para o raio chegar a terra com pouca resistividade. Ou seja, o raio segue o caminho mais fácil e com pouca resistividade, por isso que sempre vemos um raio não descendo em linha reta. O que acontece é que quando uma nuvem com carga negativa passa por cima da ponta do equipamento, partículas positivas são induzidas, ionizando as partículas presentes na atmosfera. Essa ocorrência torna o ar um bom condutor elétrico e a nuvem, então, se descarrega por meio de faíscas, liberando elétrons que serão, posteriormente, dissipados no solo através da placa aterrada. 4). Instalar o eletroscópio de alumínio sobre o gerador. Comentar e explicar o observado. Justifique sua resposta em função da (s) lei (s) da eletrostática, enuncie essa lei. 8 RESPOSTA: O que aconteceu foi uma repulsão entre as folhas do eletroscópio uma em relação a outra, como também entre as folhas e a superfície do gerador por estarem com cargas iguais e por isso as mesmas se afastaram instantaneamente. Isso ocorre devido a aproximação de um material eletrizado ao eletroscópio. Nesse processo há indução elétrica e separação de cargas, e como as folhas ficam carregadas com cargas de mesmo sinal, as mesmas se repelem. Como o gerador de Van de Graff produz cargas de mesmo sinal em excesso, de forma que elas se distribuem em toda a superfície da cúpula, até as folhas do eletroscópio, fazendo com que elas se afastem. Como base na seguinte lei: “cargas de mesmos sinais se repelem e cargas de sinais opostos se atraem” podemos explicar o fenômeno observado. 5). Instalar o torniquete elétrico com pivô sobre o gerador. A). Ligar o gerador, comente e explique o observado, justifique sua resposta utilizando leis e princípios físicos. B) Como o poder das pontas foi utilizado nesse experimento? RESPOSTA: As pontas de cada palheta do torniquete repeliram as cargas negativas em volta da esfera maior, assim, iniciou-se um movimento de rotação. O torniquete começa a girar com aumento de velocidade gradativo. Isto ocorre porque nas pontas eletrizadas do torniquete o ar se ioniza e os íons que possuem cargas de mesmo sinal que as pontas são repelidos. Estes, por sua vez, repelem as pontas. Conforme a terceira Lei de Newton, as forças presentes nessa situação não violam o enunciado proposto de que quando dois corpos estão em contato, submetidos à força eletrostática, um exerce uma força sobre o outro de mesma intensidade e direção, entretanto de sentidos opostos. 9 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS A pratica realizada no laboratório foi um sucesso e com perfeita execução do mesmo. Assim, conseguimos observar todos os fenômenos propostos no experimento obtendo resultados satisfatórios e coerentes com o assunto estudado. Foi possível verificar as leis que atuam na eletrostática e de fato obedecidas, ficando claro, como ocorre uma descarga elétrica e que há uma maior concentração de elétrons nas portas de uma superfície assim explicando alguns fenômenos importantes, como por exemplo o para raio e o movimento giratório do torniquete metálico. Na medida que o passo a passo de cada prática foi realizado, pôde-se ficar mais cônscio em relação a validade dos princípios que fundamentam os princípios elétricos. Por fim, pode-se concluir o sucesso da prática e também dos resultados encontrados. 10 5. REFERENCIAL TEÓRICO HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; E. WALKER, J. Fundamentos da Física. V. 3. 4.ed.- Rio de Janeiro: Livros Tecnicos e Científicos, 1996. SEARS & ZEMANSKI, YOUNG & FREEDMAN. Física III, Eletricidade e Magnetismo, 12ª Edição, Person 2008. SANTOS, Marco Aurélio da Silva. O Gerador de Van de Graaff. Disponível em: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/o-gerador-van-graaff.htm. Acesso em: 6 Março. 2016. 11 4. ANEXO A Imagens da Prática no Gerador de Van de Graaff