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SÍNDROME DE ASPERGER – Pontos 
importantes para compreender 
e intervir
Texto organizado pela psicóloga Ingrid Ausec (Núcleo de 
Acessibilidade da UEL) para subsidiar o acompanhamento de 
estudantes com Síndrome de Asperger no Ensino Superior.
Fone: 3371-4703/ 3371-4148
-Dezembro/ 2006 –
Atualizado em Março de 2011
ing-ausec@uel.br www.uel.br/prograd/nac
A Síndrome ou o Transtorno de Asperger 
está relacionada com o autismo, 
diferenciando-se deste por não comportar 
nenhum atraso ou retardo global no 
desenvolvimento cognitivo ou de 
linguagem. 
O termo “síndrome de
Asperger” foi utilizado pela
primeira vez por Lorna Wing
em 1981 num jornal médico,
que pretendia desta forma
honrar Hans Asperger, um
psiquiatra e pediatra austríaco
cujo trabalho não foi
reconhecido
internacionalmente até àinternacionalmente até à
década de 1990.
A síndrome foi reconhecida
pela primeira vez no Manual
Diagnóstico e Estatístico de
Transtornos Mentais, na sua
quarta edição, em 1994
(DSM-IV).
Características 
principais
• A linguagem está preservada, 
assim como a capacidade 
cognitiva pode ser normal ou 
até elevada (são pessoas 
consideradas muito inteligentes, 
em áreas específicas), mas 
ocorre a dificuldade nos 
relacionamentos sociais, na 
compreensão das convenções compreensão das convenções 
sociais e da expressão afetiva 
das outras pessoas;
• Há uma baixa capacidade para 
empatizar e para compreender 
comportamentos não verbais
São indivíduos que falham no entendimento das 
relações humanas e regras do convívio social; são 
ingênuos e eminentemente carentes de senso comum. 
Sua inflexibilidade e falta de habilidade para lidar com 
mudanças leva esses indivíduos a ser facilmente 
estressados e emocionalmente vulneráveis.estressados e emocionalmente vulneráveis.
Estas características fazem com que, muitas vezes, a 
criança ou adulto portador da Síndrome de Asperger 
seja reconhecido em seu convívio social como 
“pessoa diferente”.
SEGUNDO O DSM IV, AS CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS DO 
TRANSTORNO DE ASPERGER SÃO:
- prejuízo severo e persistente na interação social;
- desenvolvimento de padrões restritos e repetitivos de 
comportamento, interesses e atividades;
- perturbação que causa prejuízo clinicamente significativo 
nas áreas social, ocupacional ou outras áreas importantes de 
funcionamento;
- contrastando com o Transtorno Autista, não existem atrasos 
clinicamente significativos na linguagem;
- não existem atrasos clinicamente significativos no 
desenvolvimento cognitivo ou no desenvolvimento de 
habilidades de auto-ajuda apropriadas à idade, 
comportamento adaptativo (outro que não na interação 
social) e curiosidade acerca do ambiente na infância;
- o diagnóstico não é dado se são satisfeitos critérios para 
qualquer outro Transtorno Invasivo do Desenvolvimento 
específico ou para Esquizofrenia .
Observações, principalmente de pais de crianças AS, mostram 
que não há impedimento para uma vida adulta “normal”. 
Geralmente buscarão uma ocupação ou profissão relacionada a 
sua área de interesse especial, às vezes se tornando muito 
talentoso.
“muitos dos estudantes brilhantes AS são capazes de completar 
com sucesso a faculdade e até mesmo pós graduação. Em 
muitos casos continuarão a demonstrar, pelo menos em alguma 
extensão, sutis diferenças nas interações sociais.” (BAUER, S. 
1995)
Muitos se casam, mas devido às dificuldades de interação, dentro e fora da 
família, há risco aumentado de problemas de humor, como depressão e 
Podem seguir uma profissão, casar-se, e até mesmo, há quem se 
torne professor universitário. Uma Asperger (*) de sucesso chama-
se Temple Grandin, nos Estados Unidos, uma engenheira e 
zoóloga, professora universitária.
(*) Autora do livro “Uma menina estranha” que conta sua biografia como 
autista. Alguns estudiosos a consideram Asperger.
família, há risco aumentado de problemas de humor, como depressão e 
ansiedade.
Muitos “Aspergers normais” são vistos pelos outros como “um pouco diferentes” 
ou excêntricos, ou talvez recebam um outro diagnóstico psiquiátrico.
ORIENTAÇÕES GERAIS AO INTERAGIR 
COM UMA PESSOA COM AS:
• primeiro explique o que vai fazer, assegurando-se de ter sido entendido;
• use uma linguagem simples e clara, com frases curtas;
• faça perguntas específicas e que não permitam uma interpretação ambígua;• faça perguntas específicas e que não permitam uma interpretação ambígua;
• evite a ironia, o sarcasmo e as metáforas;
• dê à pessoa um tempo adicional para pensar ou agir em relação ao que disse;
• lembre-se que, se a pessoa evita o contato visual, isso não significa que esta 
evasiva ou faltando com o respeito.
ASPERGER E CONTEXTO ACADÊMICO
Estudantes com Asperger podem estudar em escolas 
regulares, desde que recebam algum suporte educacional 
sempre que necessário. 
No entanto, quando o ambiente acadêmico for compreensivo 
e flexível são capazes de se adaptar com poucos recursos e 
apoios formais da instituição de ensino.
“Entendendo estudantes com Síndrome de 
Asperger: Guia para Professores”
Adaptado do original: Understanding the student with Asperger Syndrome: Guidelines for teachers
O quadro a seguir apresenta algumas das características mais marcantes dos 
indivíduos com AS. Levando-se em consideração que o indivíduo adulto tem 
mais repertório social e acadêmico, adaptamos as sugestões de trabalho com 
crianças para algumas das possibilidades de intervenção no contexto crianças para algumas das possibilidades de intervenção no contexto 
universitário. Ressalto que nem todo estudante com AS apresenta as mesmas 
dificuldades e limitações e que as sugestões apresentadas são de caráter geral, 
devendo ser flexibilizadas de acordo com a interação estabelecida entre 
professor-aluno. Como já dito anteriormente, são sugestões e cabe aos 
professores que trabalham com estes alunos a grande responsabilidade de 
observar e ensinar cada aluno de acordo com suas individualidades.
Insistência em semelhanças 
Sentem-se facilmente afetados por mudanças 
mínimas. São altamente sensíveis a pressões do 
ambiente e às vezes atraído por rituais. São 
ansiosos e tendem a temer quando não sabem o 
que esperar. Stress, fadiga e sobrecarga emocional 
facilmente os afeta.
Sugestões
- Proporcionar ambiente o mais previsível - Proporcionar ambiente o mais previsível 
possível minimizando o impacto de mudanças 
repentinas (de professores, metodologia, 
turma, prazos, etc);
- Disponibilizar, sempre que possível, rotina 
das aulas (transparências, textos, ementas) 
previamente;
Dificuldades em interações sociais 
São inábeis em entender regras complexas de 
interação social; parecem ingênuos, podem 
não gostar de contatos físicos, dificuldade em 
manter contato visual, não entendem 
brincadeiras, ironias ou metáforas, pouca 
habilidade para iniciar e manter conversações, 
comunicação pobre.
Sugestões
- intervir se perceber que o estudante está sendo 
importunado;
- intermediar situações cooperativas com o grupo 
aumentando desta forma sua aceitação; 
- incentivar o envolvimento com os pares e 
encorajar atividades sociais.
Gama restrita de interesses
Tendem a “leitura” implacável nas áreas de 
interesse e perguntam insistentemente sobre os 
mesmos; tem dificuldade para ir avante nas 
idéias; seguem suas próprias inclinações; às vezes 
recusam-se a aprender qualquer coisa fora de 
seu campo de interesse.
Sugestões
- ser objetivo na orientação de trabalhos escritos 
ou orais até que consiga completar a tarefa;
- usar dos interesses individuais para ampliar seu 
repertório de envolvimento com os conteúdos 
estudados.
Concentração fraca
São freqüentemente desligados e distraídos 
por estímulos externos; são meio 
desorganizados etem dificuldade para 
sustentar o foco nas atividades de sala de 
aula.
Sugestões
- permitir a realização de trabalhos em tempo 
diferenciado, respeitando-se algumas regras 
(ex: prorrogar apenas 1 vez a entrega de um 
trabalho ou prova)
- sinalizar discreta e gentilmente quando 
perceber que o estudante está desatento;
Dificuldades acadêmicas
Usualmente tem inteligência média ou acima da 
média, mas faltam pensamentos de alto nível e 
habilidades de compreensão. Seu impressionante 
vocabulário dá a falsa idéia de que entendem 
daquilo que estão falando, quando na verdade 
estão geralmente “papagueando” o que leram e 
ouviram.
Sugestões
- perceber que nem sempre o estudante aprendeu - perceber que nem sempre o estudante aprendeu 
só porque falou sobre determinado conteúdo;
- oferecer explicação adicional e tentar simplificar 
quando os conceitos são demasiadamente 
abstratos; 
- quando um trabalho acadêmico for de baixa 
qualidade, motivar e acompanhar a execução do 
trabalho até que o mesmo se complete de maneira 
satisfatória.
Vulnerabilidade emocional
Apesar de inteligentes, são inábeis para 
enfrentar as exigências de uma sala de aula. 
São freqüentemente estressados devido a sua 
vulnerabilidade. Freqüentemente são 
autocríticos e não toleram erros. Reações de 
raiva são comuns em situações de frustração/ 
stress.
Sugestões
- auxiliar no enfrentamento do stress - auxiliar no enfrentamento do stress 
dando exemplos de como pode resolver 
situações problema;
- ser calmo e previsível a maior parte do 
tempo em que estiver com um estudante 
AS.
WIKIPÉDIA. Desenvolvido pela Wikimedia Foundation. Apresenta conteúdo enciclopédico. 
Disponível em: 
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=S%C3%ADndrome_de_Asperger&oldid=3980772 Ac
esso em: 11 Dez 2006
DSM-IV – Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Porto Alegre, Ed. Artes 
Médicas, 1995.
KLIN, Ami. Autism and Asperger syndrome: an overview. Rev. Bras. Psiquiatria., São Paulo, v. 
28, 2006. Disponível em: www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-28, 2006. Disponível em: www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
44462006000500002&lng=en&nrm=iso . Acessado em: 11 Dec 2006.
WILLIAMS, K. Entendendo estudantes com Síndrome de Asperger: guia para professores. 
UNIVERSIDADE DE MICHIGAN- Hospital Psiquiátrico para Crianças e Adolescentes In: “Focus on 
Autistic Behavior”, vol 10, nr.2, 1995. Traduzido em abril/ 1996. Disponível no site: 
http://www.autismo-br.com.br/home/As-escol.htm
BAUER, S. Asperger Syndrome – Throught the Lifespan (1995). The Developmental Unit, 
Genesee Hospital Rochester, New York. Traduzido em abril 1996. Disponível em: 
http://www.udel.edu/bkirby/asperger/bauerport.html Acessado em: 11 de dezembro de 2006.
The Autism Alert card. Disponível em www. autism.org.uk/card Acessado em: 11 Dec 2006
SUGESTÕES DE LEITURA
Relatos de Temple Grandin – Ph.D em Ciências Animais na Universidade do Colorado – uma mulher autista/ AS que, 
diagnosticada e tratada desde os dois anos de idade, leva uma vida produtiva e independente.
Acessos realizados entre 11/12 a 18/12/2006.
“UMA VISÃO INTERIOR DO AUTISMO” – Temple Grandin
Tradução feita por Jussara Cunha de Mello – Belo Horizonte a pedido da Associação de Pais de Portadores de 
Autismo e outras Síndromes – APPAS.
Obtida da INTERNET- www.painet.com.br/rocha/temple.htm
“DICAS DE ENSINO PARA CRIANÇAS E ADULTOS COM AUTISMO”
Temple Grandin
Encontrado na INTERNET (http://www.autism.org/temple/tips.html) por Tereza Cristina (APAE de Betim-MG) e 
traduzido por Kathia (Delegada Regional e funcionária da APAE (Betim-MG)
Disponível em português: www.autismo-br/home/Grandin2.htm
FAZENDO A TRANSIÇÃO DO MUNDO DA ESCOLA PARA O MUNDO DO TRABALHO – Temple Grandin
Encontrado na INTERNET por Tereza Cristina (APAE de Betim-MG) e traduzido por Kathia (Delegada Regional e 
funcionária da APAE (Betim-MG)
Disponível em português: www.autismo-br/home/Grandin3.htm
“Igual, mas diferente” – Reportagem Folha de São Paulo em 27/07/2006 Disponível em: 
http://www.mackenzie.br Acessado em Dezembro/ 2006.

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