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Transtornos Globais do Desenvolvimento

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1 
 
Disciplina: Transtornos Globais do Desenvolvimento 
Autores: Esp. Elizabeth Nater 
Revisão Conteúdos: Esp. Marcelo Alvino da Silva / D.ra Maria Tereza Costa 
Revisão Ortográfica: Jaqueline Morissugui Cardoso 
Ano: 2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral ou de suas 
páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe da Assessoria de 
Marketing da Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em 
cobrança de direitos autorais. 
 
2 
 
Elizabeth Nater 
 
 
 
 
 
 
 
 
Transtornos Globais do 
Desenvolvimento 
1ª Edição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2016 
Curitiba, PR 
Editora São Braz 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
 
 
 
NATER. Elizabeth. 
Transtornos Globais do Desenvolvimento / Elizabeth Nater – Curitiba, 
2016. 
52 p. 
Revisão de Conteúdos: Marcelo Alvino da Silva / Maria Tereza Costa. 
Revisão Ortográfica: Jacqueline Morissugui Cardoso. 
Material didático da disciplina de Transtornos Globais do 
Desenvolvimento – Faculdade São Braz (FSB), 2016. 
 ISBN: 978-85-5475-106-7 
 
 
 
4 
 
 
PALAVRA DA INSTITUIÇÃO 
 
Caro(a) aluno(a), 
Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz! 
 
 Nossa faculdade está localizada em Curitiba, na Rua Cláudio Chatagnier, 
nº 112, no Bairro Bacacheri, criada e credenciada pela Portaria nº 299 de 27 de 
dezembro 2012, oferece cursos de Graduação, Pós-Graduação e Extensão 
Universitária. 
 A Faculdade assume o compromisso com seus alunos, professores e 
comunidade de estar sempre sintonizada no objetivo de participar do 
desenvolvimento do País e de formar não somente bons profissionais, mas 
também brasileiros conscientes de sua cidadania. 
 Nossos cursos são desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar 
comprometida com a qualidade do conteúdo oferecido, assim como com as 
ferramentas de aprendizagem: interatividades pedagógicas, avaliações, plantão 
de dúvidas via telefone, atendimento via internet, emprego de redes sociais e 
grupos de estudos o que proporciona excelente integração entre professores e 
estudantes. 
 
 
Bons estudos e conte sempre conosco! 
Faculdade São Braz 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
Apresentação da disciplina 
Esta disciplina apresentará os Transtornos Globais do Desenvolvimento 
(TGD) / Transtorno do Espectro Autista: definição, classificação, causas, 
diagnóstico e características. Os TGD na Classificação Internacional de Doenças 
- CID 10 e no Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais - 
DSM V. O Espectro Autista: Síndrome de Rett, Transtorno de Asperger, 
Transtorno Desintegrativo da Infância, Transtorno Global do Desenvolvimento 
sem Outra Especificação, TGD associado a outras deficiências. Identificação de 
habilidades, dificuldades e necessidades específicas do aluno com TGD e as 
alternativas de ensino e de atendimento. A formação e a aprendizagem de 
estudantes com TGD – intervenção pedagógica, comportamental, comunicativa 
e social. O Atendimento Educacional Especializado (AEE) e a Sala de Recursos 
Multifuncionais (SRM). O TGD e as Tecnologias Assistivas (TA). Recursos da 
Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA). Auxílio em atividades de vida 
diária. Currículo, material escolar e pedagógico adaptado. Adequação dos 
critérios avaliativos. Reconhecimento do papel da família e do contexto 
educacional para o desenvolvimento de estudantes com TGD. 
Todas as informações serão valiosas para quem se apropriar delas, pois 
permitirão maior entendimento sobre TGD e ações assertivas diante da realidade 
social dentro e fora do contexto escolar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
Aula 1 – Conhecendo o aluno com Transtornos Globais do 
Desenvolvimento (TGD) 
Apresentação da Aula 1 
Nesta aula serão abordos os Transtornos Globais do Desenvolvimento, 
sendo que o conhecimento dos mesmos é de extrema importância educacional 
e social, pois as escolas e os profissionais que recebem esses alunos (TGD), 
não sabem como organizar e conduzir suas aulas, para que o ensino ocorra 
satisfatoriamente, tanto quanto para que o relacionamento entre os membros da 
turma seja produtivo e contribua para o bom desenvolvimento de todos. 
 
1. Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) 
Para melhor entendimento, os Transtornos Globais do Desenvolvimento 
apresentam as funções do desenvolvimento afetadas. Vejamos alguns 
transtornos: 
TRANSTORNOS COM FUNÇÕES AFETADAS 
QUALITATIVAMENTE 
AUTISMO 
SÍNDROME DE RETT 
TRANSTORNO OU SÍNDROME DE ASPERGER 
TRANSTRONO DESINTEGRATIVO DA INFÂNCIA 
TRANSTORNO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO 
SEM OUTRA ESPECIFICAÇÃO 
Fonte: A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar - adaptado pelo autor 
(2016). 
 
1.1 Transtorno do Espectro Autista 
Também conhecido como TEA, o Transtorno do Espectro Autista 
manifesta-se antes dos 3 anos de idade da criança, cujo cérebro apresenta uma 
desordem complexa, com características percebidas desde muito cedo ou 
somente no período de desenvolvimento da criança. 
 
7 
 
 
1.1.1 Desordem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborado pelo autor (2016). 
 
1.1.2 Definição 
O autismo ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), é um transtorno 
do neurodesenvolvimento infantil caracterizado por dificuldades na interação 
social, comunicação, comportamentos repetitivos e interesses restritos, podendo 
apresentar também sensibilidades sensoriais. 
O conceito de espectro reflete a ampla gama de desafios e até que ponto 
as pessoas com autismo podem ser afetadas. A ocorrência do TEA é de cerca 
de um em cada 100 pessoas. Sabe-se que é quatro vezes mais comum em 
meninos do que meninas. 
 
Os AUTISTAS têm sua 
comunicação prejudicada devido 
ao atraso ou a própria ausência da 
linguagem. 
Devido desejarem um ambiente 
mais previsível os 
comportamentos são repetidos. 
 
Comportamentos repetitivos
Comunicação social
Repertório restrito de 
interesse
 
8 
 
 1.1.3 Classificação 
 O grau de comprometimento de dificuldade do autista pode ser variável, 
isso é o que caracteriza a expressão espectro autista, ou espectro de desordens 
autísticas. 
 O comprometimento pode ser identificado como grave ou moderado. Leo 
Kanner, definiu autismo que tem comprometimento moderado e os indivíduos 
com a Síndrome de Asperger, a qual são autistas com linguagem e intelecto 
preservados. A Síndrome de Asperger foi descrita por Hans Asperger. 
Saiba Mais 
Leo Kanner ou Klekotow Klekotiv (1894 - 
1981), foi um psiquiatra austríaco radicado 
nos Estados Unidos. Em 1943, publicou a 
obra que associou seu nome ao autismo: 
Autistic disturbances of affective contact, 
nela descreveu os casos de onze crianças 
que tinham em comum "um isolamento extremo desde o 
início da vida e um desejo obsessivo pela preservação da 
mesmice", denominando-as de "autistas". 
 
Hans Asperger (1906 - 1980), nasceu na 
Áustria, foi um pediatra, pesquisador, 
psiquiatra e professor de medicina, sendo 
conhecido por seus primeiros estudos sobre 
transtornos mentais, especialmente em 
crianças. 
 
 
 1.1.4 Causas 
 Antigamente, as causas (fatores) do autismo, eram um pouco 
equivocadas, pois consideravam culpado o ambiente, que quando não ideal 
(adequado), transformaria a criança normal em autista ou outro mais intenso 
seria de considerar a mãe como “culpada” por ter uma criança autista. 
 O autismo é uma patologia e são inúmeras as suas causas. Ele altera o 
sistema nervoso central durante o seu desenvolvimento. 
 
9 
 
 Importante 
 
As causas que provocam o autismo ou TEA são 
desconhecidas. 
A complexidade desse Transtorno e o fato de que os sintomas 
e severidade podem variar (Espectro), provavelmente são 
quadros resultantes da combinaçãode diferentes genes. 
Alguns problemas genéticos acontecem espontaneamente e 
outros são herdados. 
De fato, estudos sugerem uma herdabilidade muito alta, mais 
ainda quando se considera a presença de traços do espectro 
autista numa mesma família. Em muitas delas parece haver 
um padrão de autismo ou deficiência relacionados, apoiando 
ainda mais a tese de que esses Transtornos têm uma base 
genética. 
Apesar de nenhum gene ter sido identificado como causador 
de autismo, pesquisadores estão procurando mutações do 
código genético que as crianças com autismo possam ter 
herdado. 
Estudos recentes indicam também que o autismo não é regido 
apenas por causas genéticas. 
A suposição é que fatores ambientais que tenham impacto no 
desenvolvimento do feto, como stress, infecções, exposição a 
substâncias químicas tóxicas, complicações durante a 
gravidez, desequilíbrios metabólicos podem levar ao 
desenvolvimento do autismo. 
Dentro dos fatores ambientais, pesquisadores detectaram 
uma maior importância para o risco de TEA dos fatores 
ambientais individuais, que incluem complicações durante o 
nascimento, infecções maternas ou a medicação que se 
recebe antes e após o nascimento, face aos fatores 
ambientais partilhados pelos familiares. (A & R, S/d., S/p.). 
 
 
 
Ainda que as causas do autismo sejam desconhecidas, existem algumas 
doenças neurológicas e/ou genéticas que foram associadas ao autismo: 
 infecções depois do parto como herpes simplex; 
 infecções antes do parto como a rubéola congênita, sífilis congênita, 
toxoplasmose; 
 intoxicações diversas. 
 
 
10 
 
Saiba Mais 
Toxoplasmose, segundo a Sociedade Brasileira de 
Infectologia a transmissão pode ser transplancentária, que 
aproximadamente atinge 40% dos fetos, através da mãe que 
foram infectadas no período da gestação. Sugere-se testes 
sorológicos com o objetivo de tomar medidas antes do 
nascimento do bebê. 
Herpes simples, o vírus tende a ficar no organismo 
infectado para sempre (Herpes Genital) Decorrente de 
algumas situações, como cansaço ele reaparece, por 
exemplo. 
 
 
 1.1.5 Diagnósticos 
O diagnóstico se dá com a entrevista com os pais, a anamnese da criança 
em uma clínica e com a realização de alguns exames, não para identificar a 
existência do autismo, mas para a presença de doenças associadas. A partir de 
1 ano e 6 meses já é possível realizar o diagnóstico. 
 
Vocabula rio 
Anamnese: Trata-se de uma entrevista para iniciar o 
diagnóstico. Originária do grego ana, trazer de novo e 
mnesis memória. 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
Importante 
 
Os critérios diagnósticos do Transtorno de Espectro do 
Autismo, segundo o DSM 5 (APA, 2014) são: 
1) déficits persistentes na comunicação social e nas 
interações, clinicamente significativos manifestados 
por: déficits persistentes na comunicação não-verbal e 
verbal utilizada para a interação social; falta de 
reciprocidade social; incapacidade de desenvolver e 
manter relacionamentos com seus pares apropriados 
ao nível de desenvolvimento. 
2) padrões restritos e repetitivos de comportamento, 
interesses e atividades, manifestados por pelo menos 
dois dos seguintes aspectos: estereotipias ou 
comportamentos verbais estereotipados ou 
comportamento sensorial incomum, aderência 
excessiva à rotinas e padrões de comportamento 
ritualizados, interesses restritos. 
3) Os sintomas devem estar presentes na primeira 
infância (mas podem não se manifestar plenamente, 
até que as demandas sociais ultrapassem as 
capacidades limitadas). 
4) Os sintomas causam limitação e prejuízo no 
funcionamento diário. 
 
O DSM 5 também sugere o registro de especificadores: Com 
ou sem Deficiência intelectual, com ou sem comprometimento 
da linguagem concomitante, associado à alguma condição 
médica ou genética conhecida, ou a fator ambiental, 
associado a outro transtorno do desenvolvimento, mental ou 
comportamental, com catatonia. 
 
Fonte: Associação de Amigos do Autista 
 
 
 
 1.1.6 Características 
 Existe uma característica muito marcante e conhecida pela maioria das 
pessoas referente ao autista, à dificuldade na comunicação. Estudos mostram 
que o autismo se caracteriza pela presença de um desenvolvimento acentuado 
que prejudica a interação com as pessoas e o mundo que o rodeia. Mas além da 
característica mencionada o autista apresenta comportamentos (gestos, 
palavras e frases) repetitivos. 
 
12 
 
Alguns autistas não falam, outros apresentam comprometimento devido 
ao atraso na linguagem falada e outros ainda, apesar de falarem, não dão 
sequência nas conversas. O som da voz pode apresentar anormalidades quanto 
ao: 
 timbre; 
 ritmo; 
 entonação; 
 velocidade. 
 
Amplie Seus Estudos 
SUGESTÃO DE LEITURA 
 
Amplie seus conhecimentos lendo a cartilha 
disponibilizada pela OAB/DF, na qual fornece 
informações para a sociedade de forma 
explicativa os direitos do autista. 
 
Link: http://www.oabdf.org.br/wp-
content/uploads/2015/09/CartilhadosDireitos
daPessoacomAutismo.rar 
 
 
As principais características corporais do autista são: 
 Balançar o corpo, oscilando o mesmo para cima para baixo. 
 Caminhar nas pontas dos pés. 
 Movimentar as mãos. 
 Bater as mãos uma contra a outra. 
 Fazer movimento de pinça e estalar as pontas dos dedos. 
 
13 
 
Ví deo 
Assita o documentário Coragem de mãe: falando sobre o 
autismo (A Mother’s Courage: Talking Back to Autism - 2009), 
com produção de Margret Dagmar Ericsdottir, o documentário 
mostra de forma clara os movimentos corporais descritos no 
quadro autista, mostrando a jornada de uma mãe na procura de 
maneiras de entender a mente do filho autista. A forma de 
abordagem revela toda dinâmica de uma família com um filho 
autista e outro não. Durante a trajetória do TDG as dificuldades 
vão sendo apresentadas, mas de forma realista e possível as 
soluções para conviver com o autismo vão sendo apontadas. 
Link do trailer: 
https://www.youtube.com/watch?v=dQFd7tcIMPQ 
 
1.2 Os TGD na Classificação Internacional de Doenças 
O autismo é conhecido como Transtorno do Espectro do Autismo, descrito 
assim na mais nova edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos 
Mentais, O DSM – V (2013), da Associação de Psiquiatria Americana. Nele, o 
autismo passa a ser visto como um espectro, ou seja, o transtorno passa a ser 
visto por um conjunto de condutas e deve ser caracterizado de acordo com a 
gravidade: leve, moderada e severa. 
Com essa mudança, alguns transtornos como Síndrome de Asperger, 
passam a não ter mais uma classificação separada do autismo, sendo assim, 
vistos como um Transtorno de Espectro do Autismo com níveis que variam. 
As mudanças na forma de enxergar o autismo aconteceram através dos 
avanços em estudos sobre o transtorno e pela forma como os transtornos 
mentais passaram a ser vistos. Muita coisa ainda está por descobrir-se, como a 
causa do autismo. Porém, é inegável o quanto buscam-se saber os fatores 
responsáveis pelo autismo (em tão pouco tempo), pois será o maior 
conhecimento sobre ele acarretará em pessoas diagnosticadas com o 
transtorno, possibilitando uma qualidade de vida cada vez melhor. 
 
 
 
 
14 
 
1.2.1 CID-10 
 Faz-se importante o entendimento do que é o CID, como classifica-se para 
o autismo e como diagnostica-se. 
O que é CID-10? 
CID significa Classificação Internacional de Doenças. 
Como o CID-10 classifica o Autismo? 
O CID-10(2000), classifica o autismo nos Transtornos Invasivos do 
Desenvolvimento, cuja sigla é (TID). 
Segundo a OMS (CID -10) a deficiência mental está dividida em: 
 
 Leve: QI 50-55-70 
 Moderada: QI 35-40 até 50-55 
 Grave ou severa: QI 20-25 até 35-40 abaixo da média 
 Profunda: QI 20-25 significativamente abaixo da média. 
 
 
 
 
 
TESTES PSICOMÉTRICOS 
 
Fonte: http://euquerotrabalho.com/testes-psicometricos.html 
 
Os testes psicométricos constituem apenas uma parte dos procedimentos 
de avaliação amplamente estudadospor profissionais da área da Psicologia. 
Com aprofundamento dos estudos e de pesquisas observa-se que outros 
recursos devem ser agregados demonstrando diferentes modelos na tentativa 
de classificar, fazer a intervenção e, de igual maneira, auxiliar de forma melhor 
a pessoa com TGD. 
 
 
15 
 
1.2.2 Mas o que é o TID? 
É um grupo de transtornos caracterizados por alterações qualitativas das 
interações sociais recíprocas e modalidades de comunicação e por um repertório 
de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Estas anomalias 
qualitativas constituem uma característica global do funcionamento do sujeito, 
em todas as ocasiões (OMS, 1993). 
Segundo a Organização Mundial de Saúde - OMS (1993): 
TID é diagnosticado por meio de critérios de observação descritos no 
DSM-IV e CID-10. É considerando um transtorno que ocorre em 
diferentes graus de comprometimento [espectro autista]. (OMS, 1993, 
S/p.). 
 
1.2.3 Quem pertence ao grupo dos TID? 
Estão incluídos no grupo dos TID, além do Autismo, a Síndrome de 
Asperger e o Transtorno Invasivo do Desenvolvimento Sem Outra Especificação. 
 
1.3 Manual de Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais 
A finalidade do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 
é atender aos profissionais que atuam na área da saúde mental. O Manual 
apresenta diferentes categorias de transtornos mentais e critérios para 
diagnosticá-los. Vale destacar que está em conformidade com a Associação 
Americana de Psiquiatria. 
 
1.4 DSM V 
A DSM-5, é uma edição que apresenta 10 anos de trabalhos, com 
resultados de especialistas mundiais na área de saúde mental. O Manual (DSM-
5) contempla classificação e diagnósticos atuais referentes à área de saúde 
mental. A base para a elaboração do Manual DSM5 se deu com as 13 
Conferências Internacionais realizadas por volta dos anos de 2003 a 2008. 
 
 
 
 
16 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://pro.psychcentral.com/wp-content/uploads/2015/04/dsm-5.png 
 
Ví deo 
Assista o filme Mozart e a Baleia - loucos de amor (Mozart & the 
Whale - Crazy in Love), o qual traz compreensões de como o 
autista percebe o seu transtorno e busca conviver com ele. 
Donald (protagonista) sofre de autismo de alta funcionalidade e 
lidera um grupo de ajuda com pessoas com perturbações 
semelhantes, porque não quer sentir-se sozinho. Isabel também 
sofre desse espectro, sendo incapaz de ouvir tilintares pelo que, 
numa manhã como outra qualquer, acaba por entrar na vida de 
Donald através desse grupo de terapia 
Link: https://www.youtube.com/watch?v=JpkB5wGTNP8 
 
 
Resumo da Aula 1 
 Nesta aula evidenciou-se o entendimento e compreensão do TGD, o qual 
se trata de um transtorno que acomete algumas pessoas (afetando as funções 
de seu desenvolvimento). É conhecido como Transtorno do Espectro do Autismo 
e apresenta características corporais específicas (estereotipadas). O CID-10 
(2000), classifica o autismo nos Transtornos Invasivos do Desenvolvimento. 
 Uma de suas características do Autismo é a realização de 
comportamentos repetitivos. Foram abordados também a Síndrome de Rett, 
Transtorno ou Síndrome de Asperger, o Transtorno Desintegrativo da Infância e 
o Transtorno Global do Desenvolvimento sem Outra Especificação. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=JpkB5wGTNP8
 
17 
 
Atividade de Aprendizagem 
Discorra sobre as características do autismo. 
 
 
 
Aula 2 – O Espectro Autista 
Apresentação da Aula 2 
Nesta aula será dada a continuidade sobre o TGD, apresentando 
especificamente o Espectro Autista: Síndrome de Rett, Transtorno de Asperger, 
Transtorno Desintegrativo da Infância, Transtorno Global do Desenvolvimento 
sem Outra Especificação e o TGD associado a outras deficiências. Será 
elucidada a identificação de habilidades, dificuldades e necessidades 
específicas do aluno com TGD e as alternativas de ensino e de atendimento, 
com a percepção de abordagem e indicações de orientações para que 
profissionais e familiares possam atender, conviver e ensinar o autista durante 
suas etapas de vida. 
 
2. O Espectro Autista 
Na aula anterior apontou-se o comprometimento na comunicação, e em 
suas áreas comportamentais e relacionais, evidenciando o Autismo como sendo 
uma condição única, que de acordo com Kanner (1943), não pertencia ao grupo 
de crianças com Deficiência Mental. Esse destaque é necessário para a 
especificidade do transtorno. 
Desde 1938 têm chamado a minha atenção algumas crianças cujas 
condições diferem de forma marcante e tão específica de qualquer 
coisa até agora registrada que creio que cada caso merece, e eu 
espero que eventualmente receba uma apreciação detalhada de suas 
fascinantes peculiaridades [...] (KANNER, 1943, S/p.). 
 
 Além dos estudos de Kanner foi possível contar, naquela época, com o 
estudo de Hans Asperger, apresentou crianças com características próximas ao 
 
18 
 
autismo, mas com pouco atraso na linguagem e inteligência. Por conta da sua 
dedicação a Síndrome levou o nome do médico, sendo conhecida como 
Síndrome de Asperger. 
 
 
 
 
 
 
 
 http://cdn.spectator.co.uk/content/uploads/2015/09/booksfeat.jpg 
 
2.1 Síndrome de Rett 
 O conceito de Síndrome de Rett apresenta-a como uma desordem rara 
do desenvolvimento neurológico que acomete consideravelmente o sexo 
feminino. O índice é considerável e pode ser entendido com a informação de que 
no mundo, de 5 em 5 horas nasce uma menina com a Síndrome de Rett, ou seja, 
se pensarmos num contexto, por dia teremos quatro crianças nascidas com Rett. 
 Historicamente, os estudos mostram que o médico austríaco Andreas 
Rett teve interesse pela síndrome, em função de sua profissão (pediatra), 
acompanhando crianças as quais tinham seu desenvolvimento neurológico 
normal, mas que depois sofriam alterações conforme identificação na sequência: 
 
19 
 
 
Fonte: Elaborado pelo autor (2016). 
O Transtorno de Rett apresenta suas características nos primeiros 6 
meses de vida podendo estender até doze meses. 
Gradualmente, a criança perde os movimentos e habilidades das mãos. 
Há diminuição dos interesses sociais, crises convulsivas, prejuízo na linguagem 
receptiva e expressiva. Ocorre também desaceleração do crescimento cranial 
(microcefalia) com perda dos movimentos adquiridos de origem motora. 
 
As pessoas que têm a Síndrome de Rett fazem movimentos 
repetitivos com as mãos como se estivesse lavando. O 
comprometimento cognitivo é mais grave do que os observados 
no autismo. 
 
 
 
 
Conforme o MEC (2010) os mecanismos envolvidos na Síndrome de Rett 
são desconhecidos, porém existe reduções significativas no lobo frontal, no 
núcleo caudado e no mesencéfalo, assim como evidências de desenvolvimento 
sináptico. 
Segundo Honora (2008) podem ainda apresentar: crises convulsivas, 
alterações respiratórias, alteração de sono, bruxismo e constipação intestinal. 
 
Desaceleração 
do perímetro 
cefálico Apraxia manual
Perda de 
habilidades 
comunicativas
 
20 
 
Vocabula rio 
Bruxismo: é o hábito de pressionar e ranger os dentes 
durante o sono, produzindo ou não sons. Presente em 
adultos e crianças, o distúrbio normalmente acompanha a 
pessoa por toda a vida, já que o sucesso do tratamento 
depende essencialmente da resolução de questões 
emocionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.clinicansl.com.br/upload/dicas_img/46_img-42.jpg 
 
21 
 
Saiba Mais 
 
Andreas Rett (1924 - 1997) nasceu em Fürth, foi 
escritor e neurologista. A Síndrome de Rett deve o 
nome a ele, que foi o primeiro ao descrever e 
classificar a Síndrome que tem como característica 
o fato de se manifestar ainda muito cedo na 
criança, sendo predominante em meninas e é uma 
doença progressiva. 
 
 
Existe a Associação Brasileira de Síndrome de Rett de São Paulo (Abre-
te), é uma ONG que promove palestras e cursos anuais sobre os temasde maior 
interesse para melhor conhecimento e entendimento da Síndrome de Rett, 
voltados para profissionais das áreas da saúde e da educação. 
 
2.2 Transtorno de Asperger 
O Transtorno de Asperger é ocasionado por uma desordem genética, que 
não compromete atraso intenso na fala, como também, no cognitivo de quem o 
tem, como ocorre no Autismo. Pertence ao grupo dos Transtornos Globais do 
Desenvolvimento (TGD). O desenvolvimento motor apresenta déficit e a criança 
que tem a Síndrome encontra limitações em sua comunicação gestual. Os 
estudam mostram que o Transtorno de Asperger surge mais tardiamente que o 
Autismo. 
 
 
A criança que tem o Transtorno de Asperger estrutura o seu 
pensamento com base concreta, encontra total dificuldade para 
interpretar informações metafóricas. Busca a manutenção de 
atividade com rotina, pois a rotina não provoca um desconforto 
com o novo, inesperado, assegura os acontecimentos. Existe 
grande tendência para vivenciar rituais. 
 
 
 
 
 
 
22 
 
Saiba Mais 
Para saber mais sobre o TGD leia a reportagem: O que são 
os Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD)? de 
autoria de Paula Nadal, a qual evidencia a relação à 
interação social das crianças com TGD e suas dificuldades. 
A reportagem fala também sobre os diferentes transtornos 
que englobam o TGD (transtornos do espectro autista, as 
psicoses infantis, a Síndrome de Asperger, a Síndrome de 
Kanner e a Síndrome de Rett). Nesse contexto apresenta-se 
elucidações de como lidar com o TGD na escola. 
Link de acesso: 
http://revistaescola.abril.com.br/formacao/transtornos-
globais-desenvolvimento-tgd-624845.shtml 
 
2.3 Transtorno Desintegrativo da Infância 
Em 1908, o Transtorno Desintegrativo da Infância foi apresentado por 
Heller. É considerado como sendo um transtorno raro, que ocasiona impacto 
intenso na vida da criança, mesmo não se desenvolvendo com o crescimento da 
mesma. 
 Há semelhança quanto aos déficits sociais, comunicativos e 
comportamentais, também apresentados no autista. TDI indica que áreas do 
funcionamento ou das habilidades, após serem adquiridas pela criança, sofrem 
regressão ou perdas clinicamente significativas. 
Entre 2 a 10 anos ocorre a manifestação do Transtorno, que é mais 
comum no sexo masculino. 
Ví deo 
Assista o vídeo explicativo sobre o Transtorno Desintegrativo da 
infância, o mesmo traz considerações importantes de forma 
clara. 
Link: https://www.youtube.com/watch?v=nn3HHmaFJQ4 
 
 
 
23 
 
Importante 
 
No Transtorno Desintegrativo da Infância ocorre perda em 
áreas de funcionamento nas crianças. Das cinco que serão 
mostradas abaixo, verifique aluno que para se ter um 
diagnóstico com TDI pelo menos duas áreas a criança deve 
ter perdido. 
 Refere-se a linguagem expressiva e receptiva ou 
compreensiva – como a denominação aponta a 
criança não junta mais as palavras, esquece o nome e 
quais são os objetos e deixa de compreender 
comandos. 
 Refere-se as competências sociais e adaptativas – a 
comunicação comum na criança como despedir-se com 
o tchau deixa de acontecer, ações que levam a 
autonomia são perdidas, não consegue mais usar 
copos e nem talheres. 
 Refere-se ao controle de esfíncteres vesicais e/ou 
anais – a criança deixa de ser autônoma no seu 
controle orgânico (urinar e evacuar). 
 Refere-se ao jogo – a criança não brinca com o 
brinquedo, pois não tem mais o interesse pelo 
brinquedo e brincadeira. 
 Refere-se as destrezas motoras – a criança não 
consegue fazer o movimento de pinça. Na questão 
escolar há comprometimento, pois não segura o lápis 
para realizar as tarefas. Além de perder a destreza dos 
membros superiores, perde a destreza dos membros 
inferiores, não anda e não corre mais. 
Fonte: Adaptado pelo autor - Diário: mãe de um Autista (2016). 
 
A característica essencial do Transtorno Desintegrativo da Infância é uma 
regressão pronunciada em múltiplas áreas do funcionamento, após um período 
de pelo menos 2 anos de desenvolvimento aparentemente normal. 
O desenvolvimento aparentemente normal é refletido por comunicação 
verbal e não-verbal, relacionamentos sociais, jogos e comportamento adaptativo 
apropriados à idade. Após os primeiros 2 anos de vida (mas antes dos 10 anos), 
a criança sofre uma perda clinicamente significativa de habilidades já adquiridas 
em pelo menos duas das seguintes áreas: linguagem expressiva ou receptiva, 
 
24 
 
habilidades sociais ou comportamento adaptativo, controle intestinal ou vesical, 
jogos ou habilidades motoras. 
Os indivíduos com esse transtorno exibem os déficits sociais e 
comunicativos e aspectos comportamentais geralmente observados no 
Transtorno Autista. Existe um prejuízo qualitativo na interação social e na 
comunicação e padrões restritos, repetitivos e estereotipados de 
comportamento, interesses e atividades. 
A perturbação não é melhor explicada por um outro Transtorno Invasivo 
do Desenvolvimento ou por Esquizofrenia. Esta condição também é conhecida 
como síndrome de Heller, demência infantil ou psicose desintegrativa. 
 
2.3.1 Esquizofrenia 
 A Esquizofrenia é caracterizada no ser humano quando ele perde o 
contato com a realidade. Refere-se a uma doença psiquiátrica que ocorre no 
interior do organismo (endógena). 
 Delírios e alucinações são sintomas mais comuns da esquizofrenia, mas 
o esquizofrênico também sofre alteração de pensamento e afetividade. No 
primeiro, os pensamentos são confusos e no segundo há indiferença nas 
circunstâncias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://dicionariosaude.com/wp-content/uploads/2014/01/Esquizofrenia.jpg 
 
 
25 
 
2.3.2 Transtorno da personalidade esquizotípica 
O Transtorno da personalidade esquizotípica é caracterizado por um 
diálogo difícil de acompanhar devido à complexidade. O relacionamento não flui 
satisfatoriamente devido a quem tem o transtorno, desconfiar do outro. 
Curiosidade 
ESQUIZOFRENIA E PERSONALIDADE ESQUIZOTÍPICA 
Vários estudos demonstram que, aqueles com transtorno de 
personalidade esquizotípica têm resultados de maneira 
parecida àqueles com esquizofrenia em inúmeros testes 
neurofisiológicos como, déficits cognitivos em pacientes com 
transtorno de personalidade esquizotípica são muito 
semelhantes, apenas mais moderados, àqueles com 
esquizofrenia. 
 
 
2.4 Transtorno Global do Desenvolvimento sem Outra Especificação, 
TGD associado a outras deficiências. 
Faz-se necessário saber que o TGD surgiu no final dos anos 60 e não faz 
referência apenas ao Autismo, como muitos imaginaram por longo período. 
 Transtorno Global do Desenvolvimento sem Outra Especificação, TGD 
associado a outras deficiências apresentam característica, mas não são 
estabelecidos os critérios para um TGD ou outros quadros diagnósticos, apesar 
de apresentarem dificuldades profundas no desenvolvimento da interação social 
recíproca. 
O Transtorno Global do Desenvolvimento sem Outra Especificação é 
aquele que não tem especificação, caracterizado por: 
 Prejuízo no desenvolvimento; 
 Prejuízo nas interações sociais recíprocas; 
 Prejuízo na linguagem verbal e não verbal de comportamento de 
interesse; 
 Atividades estereotipadas. 
 
 
26 
 
 Segundo Assumpção (2010) movimentos estereotipados corporais se 
manifestam por: balanceio do corpo, movimento das mãos, movimento de 
cabeça, rotação das mãos e outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: 
http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=Transtorno+de+Movimento+Est
ereotipado&lang=3 
 
Interesses e atividades estereotipadas são aquelas realizadas sempre de 
forma igual para produzir sensação de prazer. 
Quando tais características estão presentes, mas não são 
satisfeitos os critérios diagnósticos para o um Transtorno Global 
do Desenvolvimento ou para outros quadros diagnósticos como 
Esquizofrenia, Transtorno da Personalidade Esquizotímica ou 
Transtorno da Personalidade Esquiva. (BRASIL, 2012) 
 
Por tais definições pode-se concluirque há prejuízo no desenvolvimento 
e nas interações sociais. Na linguagem verbal e não verbal, comportamentos, 
interesses e atividades estereotipadas, mas não apresenta componente no 
comportamento ou nas demais ações que caracterize quaisquer um dos outros 
transtornos. 
Pode-se ainda considerar pessoas que possuem pelo menos seis dos 
sintomas apresentados ou idade maior do que 36 meses. 
 
 
27 
 
2.5 Alunos com TGD 
Docentes informam, com base em suas experiências, que os alunos com 
Transtorno Global do Desenvolvimento têm dificuldades para entender 
informações e dificuldades de simbolização. Aconselham o uso do concreto, 
clareza e ludicidade para o ensino de quem tem TGD. Educadores e profissionais 
de saúde partilham da mesma ideia de que a metodologia aplicada contemple a 
inclusão, ou seja, atenda a todos. 
 
2.5.1 Alunos com TGD (Identificação de habilidades) 
Alunos com Asperger apresentam habilidades para algumas áreas e 
dominam um assunto do seu interesse. Cabe ao docente aproveitar as 
habilidades identificadas e estimular áreas de conhecimentos que não estão 
desenvolvidas. 
Os estudantes com TGD precisam contar com profissionais da área da 
educação, da mesma forma que contam com os profissionais da saúde, para 
que aconteça a inclusão no contexto educacional, com retorno positivo na 
aprendizagem e convivência. 
O vínculo é o elemento dinamizador da aprendizagem e abrange todas 
as dimensões de desenvolvimento humano. O vínculo positivo é 
essencial, porque faculta ao educador manter um elo afetivo com 
educandos, aproximando-se deles até chegarem a um verdadeiro 
entendimento educacional (BOSA, 2006, p. 47). 
 
2.5.2 Alunos com TGD (dificuldades) 
As dificuldades que acometem os alunos com TGD são as de 
relacionamento social, comunicação verbal, escrita, gestual e visual em sua 
grande maioria, trazendo consequências significativas no ambiente escolar. A 
pouca interação gera dificuldades na manutenção das amizades, porque o 
aluno que não tem TGD muitas vezes não compreende o porquê do aluno com 
TGD apresentar alguns comportamentos e reações. Surge aqui uma 
oportunidade pedagógica de se inserir e praticar rotinas que asseguram 
mudanças de atitude do aluno que não lida bem com surpresas ou improvisos. 
Ao inserir medidas rotineiras, porém educativas, o aluno reduz o medo, a 
insegurança e a desconfiança, dependendo do transtorno que apresenta. 
 
28 
 
2.5.3 Alunos com TGD (necessidades específicas) 
Em conformidade com a Política Nacional de Educação Especial na 
Perspectiva da Educação Inclusiva, os alunos com Transtornos Globais do 
Desenvolvimento devem frequentar as salas de aula comuns, juntamente com 
os outros alunos e, no período contrário ao do ensino regular, receber o 
Atendimento Educacional Especializado (AEE) nas Salas de Recursos 
Multifuncionais. 
 
Resumo da Aula 2 
Nesta aula foram evidenciados o Autismo, a Síndrome de Asperger e o 
Transtorno Desintegrativo da Infância onde ocorre perda em áreas de 
funcionamento, nas crianças. Trazendo também as compreensões de que a 
Esquizofrenia e a Personalidade Esquizotípica possuem algumas semelhanças, 
as quais tratam-se de quadros diagnosticados (causadores de confusões no 
pensamento dos indivíduos). 
Finalizando, reforçou-se a importância das Salas de Recursos 
Multifuncionais (SRM), as quais oferecem a condição de um Atendimento 
Educacional Especializado (AEE), pois contam com materiais que auxiliarão os 
alunos na superação de suas dificuldades de aprendizagens. 
Atividade de Aprendizagem 
Escolha um dos transtornos abordados nesta aula e discorra 
sobre o mesmo. 
 
 
Aula 3 – A formação e a aprendizagem de estudantes com TGD 
Apresentação da Aula 3 
Nesta aula será dada a continuidade sobre os estudos dos Transtornos 
Globais do Desenvolvimento, com aprofundamentos nas questões pedagógicas. 
Aprofundando a formação e a aprendizagem de estudantes com TGD – 
intervenção pedagógica, comportamental, comunicativa e social, enfatizando a 
 
29 
 
importância do Atendimento Educacional Especializado (AEE), Sala de 
Recursos Multifuncionais (SRM), Tecnologias Assistivas (TA) e os Recursos da 
Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA). 
 
3. A formação e a aprendizagem de estudantes 
O ensino, nos últimos anos, tem recebido grande atenção, mesmo que 
ainda não tenha alcançado o resultado esperado. Porém, é crescente o 
entendimento de que é direito adquirido do cidadão um ensino de qualidade. 
Cabe aqui um destaque: refere-se a “todo e qualquer cidadão”, trazendo a 
notoriedade da inclusão. 
 Dentro de um cenário escolar espera-se que o aluno com Necessidades 
Educacionais Especiais (NEE) receba os atendimentos necessários ainda 
quando pertencente a Educação Infantil e que esses permaneçam até a sua 
formação total, passando pelo Ensino Fundamental I e II, Ensino Médio e chegue 
a sua graduação, tendo assim, uma formação educacional completa e que 
contemple a expectativa de uma sociedade justa e igualitária. Porém, nem 
sempre o aluno conclui as etapas de ensino mencionadas. Alguns, no meio da 
caminhada, ficam em períodos que os distanciam da reta final, por inúmeras 
questões. Vale reforçar que os empecilhos decorrentes do Transtorno Global do 
Desenvolvimento, os quais acometem muitos dos nossos estudantes e que por 
falta de diagnóstico preciso, são considerados inaptos para a turma ou ano em 
que estão matriculados, quando não são rotulados como alunos sem limites e 
desobedientes. Também é possível que a avaliação diagnóstica, quando 
realizada, não seja aceita pela família e novamente se retarda o devido 
atendimento, comprometendo a formação e aprendizagem desses estudantes. 
E é nisto que a escola deve centrar sua atenção: como se podem criar 
possibilidades de aprendizagem no contexto escolar, interpondo uma 
substancial mudança de foco, onde as dificuldades não são aprendidas 
simplesmente como fatores inerentes à condição biológica, mas como, 
também, provenientes das limitações do contexto social, no caso, 
escolar (OLIVEIRA, 2012, p.18). 
 
 
 
 
30 
 
3.1 Intervenção Pedagógica 
A intervenção pedagógica é o grande diferencial para uma aprendizagem 
efetiva. O docente é o mediador indispensável no ato educativo quando é 
consciente de sua importância na relação produtiva de troca, proximidade e 
apoio, entre outras qualidades atribuídas aquele que ensina. 
O AEE faz uma diferença primordial no atendimento do aluno com TGD. 
Esses alunos precisam contar com uma aprendizagem que os conduza ao 
desenvolvimento de novas formas de funcionamento intelectual. É preciso 
oportunizar o “sair da zona de conforto” e superar limites. É significativo realizar 
atividades pedagógicas no procedimento inclusivo, para que se estabeleça um 
currículo apropriado ao aluno com TGD, respeitando, é claro, as especificidades 
de cada um. 
Reconhecer a individualidade do aluno é o desejo que cada estudante tem 
intimamente consigo. Sendo assim, acredita-se que o aluno com TGD também 
deva ser respeitado nesse quesito. É preciso não homogeneizar os transtornos 
e erroneamente ensinar a todos da mesma maneira. Não se pode incorrer no 
erro comum do ensino padrão, onde o mencionado ensino é repassado de uma 
única forma para todos os alunos, esquecendo-se que são sujeitos com algumas 
características similares, mas seres diferentes. 
 A trajetória do ensino de sucesso conta com intervenções 
pedagógicas produtivas, centradas no aluno e focadas na aprendizagem. 
 Segundo a Lei nº 12.796/2013, a qual garante em seu Artigo 4, inciso III: 
[...] atendimento educacional especializado gratuito aos educandos 
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas 
habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e 
modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino. (BRASIL, 
2013, S/p.). 
 
 Para Trevarthen (1996): 
A falta de reconhecimento eintervenção precoce pode comprometer o 
desenvolvimento, a qualidade de vida, a participação e inclusão na 
sociedade. Portanto, os profissionais devem tornar-se pesquisadores 
e focar na observação do aluno, criando uma relação entre os dois, 
lenta em avanços ao longo da convivência, mas estável 
(TREVARTHEN, 1996, S/p.). 
 
 
31 
 
De acordo com o MEC (2008), “o projeto pedagógico da escola, como 
ponto de referência para definir a prática escolar, deve orientar a 
operacionalização do currículo”, devem-se considerar os seguintes aspectos: 
- A atitude favorável da escola para diversificar e flexibilizar o processo 
de ensino aprendizagem, de modo a atender às diferenças individuais 
dos alunos; 
- A identificação das necessidades educacionais especiais para 
justificar a priorização de recursos e meios favoráveis à sua educação; 
- A adoção de currículos abertos e propostas curriculares 
diversificadas, em lugar de uma concepção uniforme e 
homogeneizadora de currículo; 
- A flexibilidade quanto à organização e ao funcionamento da escola, 
para atender à demanda diversificada dos alunos; 
- A possibilidade de incluir professores especializados, serviços de 
apoio e outros, não convencionais, para favorecer o processo 
educacional. (MEC, 2008, p.32). 
 
 
A escola que consegue contemplar, em sua prática, os aspectos que você 
acabou de ler, certamente é a escola inclusiva. Essa escola busca a igualdade 
de direitos e deveres e prioriza fazer do seu espaço um local apropriado de 
convívio. Entende-se que ela conta com uma gestão colaborativa e pautada em 
uma legislação de inclusão. 
 
3.1.1 Intervenção Comportamental 
 Refere-se às seleções de reforçadores motivacionais para a manutenção 
de comportamentos ou redução de outros. Trata-se de entender as preferências 
das crianças e caminhar aliados a elas (caso sejam benéficas). 
 A intervenção comportamental deve contar com profissionais dispostos 
em instalar novos repertórios de comportamento, cujo objetivo principal é 
promover na criança o desejo em aprender, mesmo que cometa enganos. O erro 
não é evidenciado, mas a credibilidade, a motivação e a insistência cuidadosa 
norteiam esse tipo de intervenção. 
 
3.1.2 Intervenção Comunicativa 
 O bom resultado de uma interação comunicativa encontra-se na 
possibilidade de trocas de experiência de quem esteja interagindo. Identificar 
parceiros significativos na interação faz a grande diferença. 
 
32 
 
 As interações ocorrem em diversos ambientes, sendo elas: 
 Familiar; 
 Social; 
 Escolar. 
 
 Destaca-se que nesses ambientes as atividades devem ser interativas e 
diversificadas. Adequar o tempo e permitir que ele seja mais abrangente para 
quem tenha a multideficiência, é necessário, inclusive, considerar o ambiente 
físico com o objetivo de inserir recursos/materiais na construção da interação 
comunicativa. 
 
3.1.3 Intervenção Social 
Existe o Transtorno de Personalidade juntamente com a má organização 
da relação do eu com o social. Portanto, é urgente a intervenção social enquanto 
uma medida funcional, que tende a amenizar as situações advindas de 
preconceitos, falta de informação, falta de recursos, medo, entre outras 
dificuldades. 
 A Declaração de Salamanca, de 1994, evidencia a urgência da escola ser 
inclusiva. Segundo a declaração: "onde todos os alunos devem aprender juntos 
independentemente das dificuldades e das diferenças que apresentam". 
(SALAMANCA, 1994). 
 
3.2 O Atendimento Educacional Especializado (AEE) 
Refere-se a oferta da instituição escolar para que os alunos consigam 
aprender sem prejuízo por falta de condições e está alinhada com a Proposta 
Pedagógica da Escola. 
 
 
 
 
 
33 
 
Resolução nº 4 de 2 de outubro de 2009 Art. 13. 
 
 
 
[...] 
 
 Art. 13. São atribuições do professor do Atendimento Educacional Especializado: 
 I - identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos, de 
acessibilidade e estratégias considerando as necessidades específicas dos alunos público-
alvo da Educação Especial; 
 II - elaborar e executar plano de Atendimento Educacional Especializado, avaliando a 
funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade; 
 III - organizar o tipo e o número de atendimentos aos alunos na sala de recursos 
multifuncionais; 
 IV - acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de 
acessibilidade na sala de aula comum do ensino regular, bem como em outros ambientes da 
escola; 
 V - estabelecer parcerias com as áreas intersetoriais na elaboração de estratégias e na 
disponibilização de recursos de acessibilidade; 
 VI - orientar professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e de acessibilidade 
utilizados pelo aluno; 
 VII - ensinar e usar a tecnologia assistiva de forma a ampliar habilidades funcionais dos 
alunos, promovendo autonomia e participação; 
 VIII - estabelecer articulação com os professores da sala de aula comum, visando à 
disponibilização dos serviços, dos recursos pedagógicos e de acessibilidade e das estratégias 
que promovem a participação dos alunos nas atividades escolares. 
 
[...] 
 
Disponível na integra no acesso: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb004_09.pdf 
 
 
 
 Além de conhecer as atribuições do professor de AEE, o artigo 13, da 
Resolução nº. 4, de 2 de outubro de 2009/MEC, reforça as ações para a 
aplicação dos recursos pedagógicos quanto a acessibilidade, aplicabilidade e 
funcionalidade dos mesmos. A Resolução conversa com professores e familiares 
na busca de melhora na qualidade de vida educacional e social aos alunos com 
TGD. 
 
3.3 Sala de Recursos Multifuncionais (SRM) 
 A SRM é apropriada para atender os alunos em suas necessidades e 
eliminar barreiras para a aprendizagem, permitindo a inclusão. 
 
34 
 
 Quando a escola não apresenta condições para ter a SRM, ela conta com 
escolas-polo, que atendem os alunos que precisam desse recurso para o seu 
desenvolvimento. 
 
3.4 Tecnologias Assistivas (TA) 
A Tecnologia Assistiva tem por objetivo evitar a separação, a seletividade 
e inserir o sujeito na sociedade. A inserção deve ser justa atendendo a qualidade 
do ensino. 
O Comitê de Ajudas Técnicas (CAT, 2007) define as seguintes propostas, 
onde as TA são divididas em dois grupos. 
GRUPO DOS SERVIÇOS 
GRUPO DOS RECURSOS 
Tem como responsável o Professor do 
AEE, por estar envolvido no contexto 
escolar. 
 
São os seguintes serviços: 
a) Avaliação. 
b) Prescrição. 
c) Treinamento. 
d) Produção de Tecnologia 
Assistiva. 
Objetivo dos diversos profissionais: 
Auxílio na escolha e uso de recursos. 
Produtos e equipamentos diversos 
simples e sofisticados. 
 
São os seguintes recursos: 
a) Produzidos para atender à 
necessidade específica, de 
forma mais artesanal. 
b) Tecnológicos. 
 
Objetivo: Atender a necessidade de 
quem fará uso integralmente por 
mobilidade reduzida. 
Fonte: Elaborado pelo autor (2016). 
 
 
3.5 Recursos da Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA) 
A comunicação alternativa destina-se a pessoas sem fala ou sem escrita 
funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua 
habilidade de falar e/ou escrever. 
 
 
 
 
35 
 
Para Refletir 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.assistiva.com.br/CAA04.gif 
 
Resumo da Aula 3 
Nesta aula abordaram-se as informações sobre as ações/intervenções 
pedagógicas mostrando que elas precisam propiciar a participação e ação do 
aluno, deixando-o inserido e o distanciando da exclusão, podendo desenvolver 
a inclusão e o AEE na SRM, conduzindo o aluno a uma forma nova de 
funcionamento intelectual, atendendo de forma mais eficaz o aluno com 
Transtorno Global de Desenvolvimento. 
O Sistema Simbólico mais utilizado em todo o mundo foicriado em 1980. O PCS (Picture Communication Symbols), 
prancha de comunicação com dezoito símbolos gráficos. A 
criadora foi a fonoaudióloga estadunidense Roxanna Mayer 
Johnson. Reflita sobre a importância da utilização do Sistema 
Simbólico. 
http://www.assistiva.com.br/CAA04.gif
 
36 
 
Atividade de Aprendizagem 
Discorra sobre a importância da Sala Multifuncional de 
Recurso (SRM). 
 
 
Aula 4 – A formação e a aprendizagem de estudantes com TGD 
Apresentação da Aula 4 
Nesta aula serão evidenciadas as atividades diárias, a necessidade de um 
currículo diferenciado, o material escolar (e pedagógico adaptado), o critérios 
avaliativos e a importância do papel da família e do contexto educacional para o 
desenvolvimento de estudantes com TGD. O espaço, o currículo e a missão 
favorecem a inserção de todos, tanto quanto esclarecem junto a equipe 
pedagógica e a família o direito a um ensino de qualidade. 
 
4. A formação e a aprendizagem de estudantes com TGD 
4.1 Estudantes com TGD 
Na aula anterior destacou-se a importância da Lei nº 12.796/2013. Ela 
garante em seu Artigo 4, inciso III o “atendimento educacional especializado 
gratuito aos educandos com deficiência [...]” (BRASIL, 2013). 
Os estudantes com TGD devem ter grande identificação com os tópicos 
que são apresentados a eles durante o momento de aprendizagem. Essa 
iniciativa em buscar temas correspondentes aos interesses dos estudantes é 
aliada na devolutiva esperada para eles, pois estimulados e motivados, passam 
a comunicar-se cada vez mais, aumentando a interação. 
A comunicação é a ponte entre o aluno com TGD, o professor e a família. 
Mesmo que ela seja comprometida, não deve ser abandonada, ao contrário, sua 
manutenção diária fará com que as relações sejam mantidas e as interações 
sejam executadas. Com base nas relações, as respostas adquiridas são 
 
37 
 
acompanhadas e mantidas quando beneficiam a criança com TGD, ou 
trabalhadas se prejudicam as crianças. 
Downing (1999, apud Nunes, 2005), afirma que: 
[...] os profissionais envolvidos no seu processo educativo devem 
facilitar o desenvolvimento da comunicação e das capacidades 
comunicativas, pois estas constituem um direito e são a chave da 
aprendizagem, pelo que devem ser o eixo central dos planos de 
intervenção. (DOWNING, 1999, apud NUNES, 2005, S/p.). 
 
4.2 Auxílio em atividades de vida diária 
As atividades diárias devem caminhar em busca da Lei Nº 13.146, de 6 
de julho 2015, lei da Inclusão. Esta Lei foi relatada pela deputada Mara Gabrilli, 
na Câmara dos Deputados, e pelo senador Romário, no Senado. Vale destacar 
que a deputada menciona seu posicionamento perante a lei, dizendo que ela 
atende as pessoas com deficiência, assim como promove uma democracia, duas 
conquistas advindas de uma lei. 
 Assim como na Escola, onde primeiramente ocorre a familiarização do 
ambiente (na própria sala de aula depois os demais ambientes) e socialização, 
em casa também deve ocorrer as medidas inclusivas, para a criança se 
familiarizar com seu quarto e demais ambiente da casa. Indica-se dar mais 
importância ao que agrada a criança. A adaptação irá acontecer com mais 
facilidade e consequentemente o aluno realizará as atividades propostas, 
mesmo que com dificuldade. 
As atividades diárias também devem ter intervenções pedagógicas de: 
 Socialização, 
 Comunicação. 
 
SOCIALIZAÇÃO COMUNICAÇÃO 
As atividades buscam ações 
cooperativas, que estabeleçam 
união no grupo, interação, mas que 
possam ser possíveis de serem 
desenvolvidas por quem as pratica 
(independência). 
As atividades buscam a compreensão 
de comandos simples e essenciais 
entre os seres na sociedade como: 
“sim” e o “não”. 
Entre o comunicador e o receptor deve 
haver o entendimento. 
Fonte de apoio: Revista Ciranda da Inclusão – Ano 2- Nº20 
 
38 
 
 
4.3 Currículo, material escolar e pedagógico adaptado 
Como o próprio nome diz, o currículo e o material escolar e Pedagógico 
devem ser adaptados, ou seja, preparados, adequados, ajustados para quem irá 
usá-los. Nossos estudos, até agora, foram evidenciando que o aluno com TGD, 
apresenta algumas características que o colocam em situações de desvantagem 
em relação a quem não tenha o transtorno, para adquirir o ensino ofertado nos 
moldes tradicionais. Dessa forma, a adaptação do ensino permitirá respeitar a 
individualidade do indivíduo e reconhecer ele como sujeito que tem o transtorno 
ou a síndrome, e sujeito de direito ao uso de recursos facilitadores para seu 
desenvolvimento cognitivo, motor e afetivo. 
Vocabula rio 
Currículo é a interação planejada dos alunos com o 
conteúdo instrucional, materiais, recursos e processos para 
avaliar a consecução dos objetivos educacionais. 
 
 
Quando volta-se o olhar para a deficiência Intelectual, é possível que o 
foco esteja na busca da melhor forma de intervenção num espaço menos 
restritivo, nas eventuais adaptações da estratégia e do currículo das Escolas 
Inclusivas. 
Quando há uma medida educacional específica, é importante que o 
acesso a essa medida seja socializado, concretizado conduzindo a níveis de 
generalizações possíveis, para que haja a aprendizagem. 
É a escola que conta com uma rede de apoio, multiprofissional, que prevê 
um trabalho especializado, com professores com formação específica e que 
entendem a diversidade. No âmbito da estrutura escolar, é aquela que se 
prontifica a realizar adaptações curriculares, abrindo seu espaço para a inclusão 
de todos os sujeitos. 
 
39 
 
Sendo assim, é fundamental que todos que estejam inseridos no espaço 
escola entendam o funcionamento da criança, com suas especificidades e 
tenham condições de uma intervenção positiva quando necessário. 
Em relação aos professores pré-escolares, é fundamental que eles 
promovam a atenção, a imitação motora, a linguagem expressiva e receptiva, a 
diversão com os brinquedos, a interação social e, principalmente a 
contextualização, dizer o que são e para que servem as coisas. 
 
 
 
Para promover a Educação Inclusiva é primordial que se 
ofereçam interações apoiadas, normativas e programadas com 
as crianças de desenvolvimento normal, permitindo um ambiente 
menos restritivo possível. E, principalmente, que o trabalho seja 
coordenado entre os profissionais que atuam com a criança e 
com a família, pois essas duas instituições trabalhando 
coordenadas em espaços organizados, permitirão às crianças 
entender os limites e comportamentos mais adequados em cada 
momento. 
 
 
 
Junto com uma equipe multidisciplinar, é preciso que a escola proponha 
a flexibilização curricular e promova a aprendizagem mediada, com atividades 
estruturadas com base em requisitos adquiridos antes e que se adaptam ao nível 
da capacidade da criança. Assim, deve proporcionar reforçadores imediatos, 
contigentes e potentes. 
As tarefas devem ser estruturadas, seguindo a estrutura do simples para 
o mais complexo. Segundo Piaget, o processo se faz do empírico para a 
generalização reflexiva e que a experimentação/vivência anteceda a reflexão, 
elemento reforçador para o TGD. 
Em relação ao registro escolar, a avaliação do desenvolvimento e da 
aprendizagem, deve ser descritivo, no qual seja possível visualizar a 
multiplicidade de dimensões e o avanço em cada uma das áreas (cognitiva, 
afetiva, social e intelectual). Somente assim a avaliação se dará de forma justa 
e correta, permitindo ao aluno superar cada fase e demonstrar seus ganhos 
diários. 
 
40 
 
Fundamentalmente, propõe-se que o trabalho desenvolvido discuta 
todos os conhecimentos por meio do interesse da criança, principalmente a 
linguagem que deverá ser significativa e permitir a ampliação do vocabulário. 
 O Projeto Político Pedagógico (PPP), de uma instituição de ensino vai 
apresentar um currículo para atender as necessidades específicas de cada ano, 
porém, deve também contemplar as necessidades específicas dos seus alunos.Quando isso ocorre, podemos dizer que o Currículo Adaptado está sendo 
aplicado. 
 As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), são contribuintes 
para a adaptação dos currículos. Contar com as TIC no âmbito escolar tem sido 
uma das modernidades efetivas e assertivas na área educacional, que beneficia 
o aluno e contribui muito para com o docente, para desenvolver suas aulas com 
qualidade. 
Saiba Mais 
[...] 
Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) exercem um 
papel cada vez mais importante na forma de nos 
comunicarmos, aprendermos e vivermos. 
O desafio é equipar essas tecnologias efetivamente de forma a 
atender aos interesses dos aprendizes e da grande comunidade 
de ensino e aprendizagem. 
A UNESCO acredita que as TIC podem contribuir com o acesso 
universal da educação, a equidade na educação, a qualidade 
de ensino e aprendizagem, o desenvolvimento profissional de 
professores, bem como melhorar a gestão, a governança e a 
administração educacional ao fornecer a mistura certa e 
organizada de políticas, tecnologias e capacidades. 
A UNESCO aborda as TIC para a educação de forma 
abrangente por meio de uma plataforma intersetorial própria, 
focada no trabalho conjunto dos setores de Comunicação e 
informação, Educação, e Ciências, onde as questões sobre 
acesso, inclusão, equidade e qualidade na educação são 
tratadas. 
[...] 
Fonte: http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/communication-
and-information/access-to-knowledge/ict-in-education/ 
http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/communication-and-information/access-to-
http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/communication-and-information/access-to-
 
41 
 
 
4.4 Adequação dos critérios avaliativos 
Assim como adaptar materiais e programas de ensino, adequar o sistema 
avaliativo é outro grande diferencial indispensável para que a qualidade no 
ensino não seja questionada. A presença de critérios bem estabelecidos na 
avaliação do ensino tem sido a mola propulsora da qualidade de vida para muitos 
estudantes, pois eles se beneficiam com a demanda de ações corretas por parte 
dos ensinantes. Também contam com programa proativo de avaliação e um 
feedback constante, dando rumo ao alvo desejado: qualidade educacional. 
 Para obter informações sobre a criança com transtorno há investigações 
que são encaminhadas aos professores para que respondam com maior 
veracidade possível. 
 Observe o modelo que segue abaixo. 
 Após os dados de identificação temos: 
 
Considerado por exames clínicos ¨ Autismo ¨ Síndrome de Asperger ¨ Transtorno Desintegrativo de Infância / Psicose 
Infantil ¨ Síndrome de Rett ¨ Outro. Especifique: __________________________________________________ 
(anexe cópia do laudo ou do relatório da saúde) 
Não apresentou parecer médico e a escola fez a seguinte orientação à 
família:_______________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________ 
A partir da tríade presente no TGD (linguagem, comportamento e interação social recíproca), observe em seu aluno 
quais as especificidades presentes para pensarmos em uma proposta pedagógica adequada. 
Indicar o uso da interação social recíproca, comportamentos específicos, o foco de interesse na escola, o uso da 
Língua Portuguesa e demais disciplinas. 
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________ 
O professor possui cursos na área de Educação Especial /TGD e na área de Tecnologia Assistiva /CAA. 
( ) SIM ( ) NÃO 
 
 
 MODELO 
 
42 
 
Nas pesquisas de González (2007) o autor afirma que existem três 
paradigmas nos procedimentos avaliativos que mudam o foco de uma 
classificação por apenas classificar. 
Tais paradigmas giram em torno de três vertentes importantes. São elas: 
 O déficit na inteligência e o grau de deficiência determinados 
basicamente pelo QI ou pelos estágios piagetianos do 
desenvolvimento. 
 As dificuldades na conduta adaptativa. 
 O grau de educabilidade (“educáveis” e treináveis”, embora 
ambos os vocábulos estão em desuso) que determina as 
possíveis ações ou intervenções psicopedagógicas. 
Na prática da avaliação Psicopedagógica há ainda que observar as 
seguintes questões: 
 Motricidade (ampla e fina); 
 Orientação e organização espaço temporal; 
 As produções acadêmicas; 
 Grafismo; 
 A linguagem expressiva e receptiva; 
 Os aspectos sociais. 
 
 As principais competências do Psicopedagogo são acompanhar a escola 
facilitando as adaptações e adequações curriculares, a elaboração do currículo 
funcional e as avaliações. 
 É possível, por meio de determinadas medidas, evitar que as crianças 
fiquem expostas a fatores de risco que levem a instalação da Deficiência 
Intelectual. Essas medidas são conhecidas como Medidas preventivas. 
 O modelo cognitivo de processamento da informação se subdivide em 
dois grupos, a saber um pelo enfoque racionalista ou construtivista e o outro pelo 
processamento da informação. 
Na análise qualitativa é importante observar como é que respondem 
pessoas com graus de deficiência mental diferenciados, segundo MEC (2010): 
 
43 
 
 Deficiente mental leve: Pode apresentar dificuldades de 
aprendizagem, boa capacidade para o trabalho e relacionamento 
social. 
 Deficiente mental moderado: Tem atrasos na infância, algum 
grau de dependência no autocuidado, comunicação adequada, 
habilidade intelectual e apoios para viver e trabalhar na 
comunidade. 
 Deficiente mental grave: Tem necessidade contínua de apoio; na 
deficiência mental profunda, a pessoa terá sérias limitações no 
autocuidado, na continência, na comunicação, necessitando de 
apoio contínuo. 
 
O próprio processo de avaliação no ingresso para um programa de 
Atendimento Educacional Especializado (AEE) deve ser revisto, pois serão 
realizadas através de Estudo de Caso. A avaliação, segundo proposta do MEC 
(2010), é realizada em três etapas: na Sala de Recursos Multifuncionais, na sala 
de aula e na família. 
Essa avaliação deve passar as informações em seis aspectos, a saber: o 
desenvolvimento afetivo-social, as interações sociais, os comportamentos e 
desenvolvimento intelectual e funcionamento cognitivo, a expressão oral, o meio 
ambiente, as aprendizagens escolares, comportamentos e atitudes em situação 
de aprendizagem e o desenvolvimento psicomotor. 
 
4.5 Reconhecimento do papel da família e do contexto educacional 
para o desenvolvimento de estudantes com TGD. 
É de suma relevância considerar a família como elemento contribuinte 
para que haja a inserção do aluno com TGD na sociedade. 
O primeiro meio social em que a criança surge é no familiar, exceto casos 
diferenciados, mas na grande maioria, a criança nasce e é inserida junto de seus 
familiares e nesse local colhe informações, orientações, aprendizados e 
estabelece vínculos com a família. Pode-se perceber quanto essa instituição 
 
44 
 
contribui para a formação do indivíduo em seu processo desde o seu 
nascimento, porém, caso haja rejeição, o indivíduo deixa de receber amparo, 
limites, aprendizagens, amor etc., comprometendo o seu desenvolvimento. 
 
Para Refletir 
Como é esse impacto nas famílias? 
 
 
 
Em alguns casos alguns, pais têm uma primeira vivência da rejeição pelo 
filho que gostariam de ter (em primeiro momento), muitas vezes esse vivenciam-
se mesclas de condutas de rejeição ou de superproteção. Essas condutas 
extremas podem alterar o tipo de relacionamento que esses pais têm com seus 
filhos e interferir nas condutas de acolhimento sadio que refletirão em condutas 
de aceitação e da própria estimulação. 
Para sua sobrevivência o ser humano precisa de outro ser humano que o 
cuide durante boa parte de sua vida. Posteriormente, mesmo nãodependendo 
de muitos cuidados, ainda necessita do outro para se relacionar. Destacar o 
papel da família é reconhecer o quanto ela pode ser eficaz na adaptação social 
da criança com TGD, dela consigo mesma e com os outros. Uma família que não 
se envergonhe de apresentar o seu familiar com TGD, significa que permitiu o 
diagnóstico que identifica suas necessidades, promove o adequado 
acompanhamento e oportuniza à criança, receber o tratamento correto. 
 A família de uma criança com Transtornos Globais do Desenvolvimento 
necessita compreender que nem sempre a rotina poderá dar certo, e que, faz-se 
necessário o diagnóstico diferenciado do TGD. 
 Em outros graus de ensino se busca com o TGD, os adjetivos válidos para 
cada idade. 
 Algumas intervenções pedagógicas podem ser realizadas pela 
professora, em sala de aula, com as crianças que apresentam TGD. Uma delas 
permite que o estudante tenha a oportunidade de compartilhar objetos, cooperar 
 
45 
 
com os outros, compreender e obedecer a regras sociais, ser independente e 
participativo no grupo, as quais deverão ser estendidas para o ambiente familiar. 
Segundo Gonzáles (2008), existe outra forma apresentada pelos pais que 
pode refletir de forma inadequada no processo terapêutico e na aprendizagem. 
Essa forma aparece quando há problemas no relacionamento entre os cônjuges 
atribuindo um ao outro a culpa por ter o filho com deficiência. Os pais com 
excessivo sentimento de culpa desenvolvem uma imagem pobre de si mesmos, 
afetando a estima, podendo sentir-se inseguros e desmotivados. 
 
 
Outra questão muito importante é aquela em que os pais veem em 
seu filho um pouco de si mesmos. “Percebe o filho como uma 
extensão de si mesmo, e transferem para o filho sentimentos ou 
mesmo necessidades que os pais já tiveram ou ainda têm”. 
(González, 2007. p.75) 
 
 
 
 Quando o terapeuta (ou avaliador) consegue realizar tais leituras, pode 
identificar as variáveis intervenientes nas condutas dos pais que podem também 
interferir na conduta do filho, fazendo jus aos comentários dos mesmos para que 
efetivamente tenha o senso de pertencer àquela família. 
Tanto a criança quanto os pais, necessitam de intervenção terapêutica 
para o crescimento, desenvolvimento e maturidade. Essa intervenção auxiliará 
nas aquisições ligadas ao processo de aprendizagem acadêmica e também nas 
atividades cotidianas. 
Nesse processo de intervenção é importante o trabalho do Psicólogo 
auxiliando os pais na convivência com esse filho que tem diferenças, mas precisa 
enfrentar uma sociedade que é excludente de todas as minorias. Que o filho 
possa viver no lar de forma segura e não camuflada os efeitos acarretados pelo 
TGD e se estruture para enfrentar em dimensão maior quando tiver contato com 
o grupo social. 
Para a eficácia dessa conduta de estimulação é necessário, segundo 
Smith (2008), observar as seguintes condutas colocando-as em prática: 
 Compreender que não é todo dia que as coisas darão certo; 
 Estabelecer rotinas; 
 
46 
 
 Organizar o ambiente da casa; 
 Vibrar com cada mudança positiva da criança; 
 Estar atento quando mudar a medicação; 
 Buscar informação; 
 Incentivar a independência da criança; 
 Dividir responsabilidade entre os pais; 
 Auxiliar nas experiências concretas para que a criança venha 
evoluir para a generalização; 
 Estabelecer diariamente pelo menos uma refeição em conjunto 
com a família; 
 Conversar com outros pais de crianças com dificuldades similares; 
 Trabalhar em conjunto com a escola e terapeutas; 
 Criar estratégias para vencer os objetivos; 
 Buscar ajuda especializada; 
 Buscar desenvolver habilidades sociais. 
Curiosidade 
COMENIUS 
O educador crê que todas as pessoas são igualmente 
portadoras de uma condição humana, embora manifestem 
inteligências distintas, para ele produtos de um grau elevado 
ou de uma carência de harmonia própria; por essa razão as 
mentes devem ser moldadas logo cedo, para que os 
intelectos se desenvolvam sem tantas discrepâncias. 
Jan Amos Comenius, foi uma significativa liderança 
religiosa no contexto em que viveu, de 1592 a 1670. Ele era 
devotado seguidor de Jan Huss e, predecessor do filósofo 
Jean Jacques Rousseau. Foi o criador da Pedagogia 
Moderna. Seu ideal pedagógico era movido pelo preceito 
"Ensinar tudo a todos", o qual resumia as bases e as normas 
que regem o Homem no seu desempenho na esfera terrena, 
como criador de sua trajetória. 
 
Disponível na integra no acesso: 
http://www.infoescola.com/educacao/a-pedagogia-de-
comenius/ 
 
http://www.infoescola.com/biografias/jan-amos-comenius/
http://www.infoescola.com/educacao/a-pedagogia-de-comenius/
http://www.infoescola.com/educacao/a-pedagogia-de-comenius/
 
47 
 
Ví deo 
Assista a animação Jan Amos Komensky (John Amos 
Comenius), a qual traz de forma breve e ilustrada o seu ideal 
pedagógico de "Ensinar tudo a todos”, sem distinção. 
Link: https://youtu.be/JVKTnZCD7qo 
 
A curiosidade busca trazer a percepção de que mesmo em séculos 
anteriores, existiram estudiosos preocupados em evitar a exclusão e trazer o 
ensino para mais indivíduos. Comenius tinha como preceito “Ensinar tudo a 
todos”, ficando notório que a sociedade é dividida entre os que são seletivos e 
os que não são. Ou seja, entre os que excluem e os que incluem. 
 
Ví deo 
Assista o vídeo da reportagem Escola Especial Alternativa 
Institucional, no qual são evidenciadas as aplicabilidades e 
a eficácia das mesmas. O vídeo apresenta uma escola, com 
depoimentos de alunos, professores e comunidade 
beneficiados com as ações pedagógicas existentes e 
praticadas pela escola. Além do conhecimento, o vídeo 
serve de alerta e busca incentivar às demais instituições, no 
sentido de seguirem exemplos semelhantes em prol dos 
alunos com TGD. 
Link: https://youtu.be/ADmQWieLo90 
 
É necessário o entendimento de que o aluno com TGD poderá ser 
identificado com diferentes nomenclaturas e suas respectivas características, 
mas, independentemente de qual seja o transtorno ou síndrome, elas 
“conversam entre si” quanto as intervenções e ações para que ele (o aluno) seja 
atendido o melhor possível diante das suas limitações. 
Foi possível entender que há uma dificuldade na interação com os pares 
e urgência em inserir práticas correlacionadas a vida de quem tenha TGD, 
estimulando a superação dessa dificuldade. 
 
48 
 
Contar com docentes e familiares sem preconceitos, porém, informados e 
multiplicadores de uma causa que busca a inserção social é o diferencial mais 
desejado. Afinal a inclusão se sobrepõe a exclusão, fazendo-se importante 
contar também com tecnologias, locais, currículo e profissionais especializados 
em auxiliar o aluno com TGD é o que a legislação reforça com sua 
regulamentação e decreto, assegurando o cidadão em todas as suas 
necessidades, dando-lhe condições de uma vida com qualidade. 
Amplie Seus Estudos 
- Para ampliar seus conhecimentos acesse o site do A&R, no 
qual apresentam-se diversas ferramentas de apoio ao 
atendimento ao TGD. 
 
Link: http://autismoerealidade.org/ferramentas-de-
apoio/downloads/ 
 
- Para ampliar seus estudos eia o Decreto Nº 5.296, de 02 de 
dezembro de 2004 - DOU, no qual estabelece normas gerais 
e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das 
pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade 
reduzida. 
 
Disponível no acesso: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2004/decreto/d5296.htm 
 
- Leia também a cartilha disponibilizada pelo Ministério da 
Saúde, Linha de cuidado para a atenção às pessoas com 
transtornos do espectro do autismo e suas famílias na Rede 
de Atenção Psicossocial do Sistema Único de Saúde, na qual 
traz considerações importantes no que tange ao atendimento 
dos TGDs. 
 
Disponível no acesso: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/linha_cuidado_at
encao_pessoas_transtorno.pdf 
 
 
Resumo da Aula 4 
Nesta aula foram abordados pontosimportantes para o atendimento e na 
formação dos alunos com TGD, evidenciando a importância da família e da 
escola, a qual deverá aplicar um currículo diferenciado e material escolar (e 
 
49 
 
pedagógico adaptado com critérios avaliativos diferenciados), enfatizando a 
eficácia da conduta de estimulação, a qual se faz necessária. 
 
Atividade de Aprendizagem 
Discorra sobre a importância da família e da escola nos 
processos integrativos dos TGDs. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
Resumo da disciplina 
Nesta disciplina foram abordados os conceitos sobre o TGD, 
apresentando especificamente o Espectro Autista: Síndrome de Rett, Transtorno 
de Asperger, Transtorno Desintegrativo da Infância, Transtorno Global do 
Desenvolvimento sem Outra Especificação e o TGD associado a outras 
deficiências, elucidando as suas identificações, dificuldades e as possibilidades 
de atendimento (e indicações de orientações para que profissionais e familiares). 
Foram aprofundadas a importância dos aprofundamentos e intervenções 
nas questões pedagógicas, quanto a formação e a aprendizagem de estudantes 
com TGD, enfatizando a importância do Atendimento Educacional Especializado 
(AEE), Sala de Recursos Multifuncionais (SRM), Tecnologias Assistivas (TA) e 
os Recursos da Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA). 
Para finalizar foram apresentadas as necessidades da flexibilização 
curricular e a importância da família e da escola, para a eficácia dos sucessos 
positivos nos alunos TGDs. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
51 
 
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