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Trabalho PCC 1º semestre

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Trabalho PCC
Introdução:
Quando nascemos, já encontramos prontos valores, normas, costumes e práticas sociais. Muitas vezes, não temos como interferir nem como fugir das regras já estabelecidas. O indivíduo é inserido na sociedade como ser passivo e ativo alguns podem reagir e lutar e outros se acomodam às circunstâncias. Isso é fruto das relações sociais. E é justamente nesse processo que construímos a sociedade em que vivemos.
Desenvolvimento:
O indivíduo nasce com uma cultura pronta e é comum ouvirmos dizer que só é culto quando fala vários idiomas ou conhece muitas obras literárias e de arte. Que não é culta se não dominar determinados conhecimentos. Indo além do plano individual, há quem compare diferentes povos e afirme que a cultura de um é mais sofisticada e complexa que a do outro. Esse tipo de avaliação, baseada no senso comum, comporta elementos ideológicos que nos levam a pensar na possível superioridade de alguns indivíduos ou de determinados povos em relação a outros.
Vivemos no contexto da diversidade cultural e ideologia.
Segundo Félix Guattari, pensador francês (1930-1992) define cultura em três grupos, por ele designados cultura valor, cultura- alma coletiva e cultura-mercadoria.
Cultura-valor é o sentido mais antigo e aparece claramente na idéia de “cultivar o espírito”, é o que permite estabelecer a diferença entre quem tem cultura e quem não tem ou determinar se o indivíduo pertence a um meio culto ou inculto, definindo um julgamento de valor sobre essa situação. Nesse grupo, inclui-se o uso do termo para identificar, por exemplo, quem tem ou não cultura clássica, artística ou científica. A cultura-alma coletiva é sinônimo de “civilização”. Ele expressa a idéia de que todas as pessoas, grupos e povos têm cultura e identidade cultural. Nessa acepção, pode-se falar de cultura negra, cultura chinesa, cultura marginal, etc. tal expressão presta-se assim aos mais diversos usos por aqueles que querem dar um sentido para a ação dos grupos aos quais pertencem, com a intenção de caracterizá-los ou identificá-los. Já a cultura de mercadoria, ele não comporta julgamento de valor, como o primeiro significado, nem delimitação de um território específico, como o segundo, nessa concepção, cultura compreende bens ou equipamentos.
Entretanto essas três concepções de cultura estão presentes no nosso dia a dia, marcando sempre uma diferença bastante clara entre as pessoas, seja no sentido mais elitista, seja no sentido de identificação com algum grupo específico, seja ainda em relação à possibilidade de consumir bens culturais. Todas essas concepções trazem uma carga valorativa dividindo, grupos e povos entre os que têm e os que não têm cultura ou, mesmo, entre os que têm uma cultura superior e os que têm uma cultura inferior. 
Ter uma visão de mundo, avaliar de determinado assunto sob certa ótica, nascer e conviver em uma classe social, pertencer a uma etnia, ser homem ou mulher é algumas das condições que nos levam a pensar na diversidade humana, cultural e ideológica, e, conseqüentemente na alteridade, isto é, no outro ser humano que é igual a cada um de nós e, ao mesmo tempo, diferente.
Há uma grande dificuldade na aceitação das diversidades em uma sociedade ou entre sociedades diferentes, pois os seres humanos tendem a tomar seu grupo ou sociedade como medida para avaliar os demais, onde cada grupo ou sociedade considera-se superior e olha com desprezo e desdém aos outros, tidos como estranhos ou estrangeiros. Praticando então a xenofobia, que pode ser definida como preconceito ou então, um transtorno psiquiátrico. Pode-se ser caracterizada como preconceito quando o indivíduo ou sociedade apresenta uma certa rejeição por um grupo que são de outros países, ou seja, estrangeiros. Já como transtorno, é visto como medo ou certo receio de “pessoas estranhas” de outros países. O Brasil é um país bastante receptível, pois, já recebeu um grande número de imigrantes e foram registrados pouquíssimos casos de xenofobia, ao contrário dos países europeus que por sua vez se destacam nos casos de xenofobia. Porém esta, não é o mesmo que o racismo, pois, causa preconceitos de pessoas da mesma etnia, somente por serem de outros países.
Já o etnocentrismo pode levar a conseqüências sérias em nossa convivência com os outros e nas relações entre povos, causando intolerância e preconceitos, uma ideologia racista da supremacia do branco sobre o negro ou de uma etnia sobre outra.
As trocas de culturas e as culturas híbridas no nosso cotidiano são invadidas por situações e informações provenientes dos mais diversos lugares.
O pensador argentino Nestor Garcia Cancline em seu livro “Culturas híbridas” analisa essas questões
“Ele declara que, até o século XIX, as relações culturais ocorriam entre os grupos próximos, familiares e vizinhos, com poucos contatos externos. Os padrões culturais resultavam de tradições transmitidas oralmente e por meio de livros, quando alguém os tinha em casa, porque bibliotecas públicas ou mesmo escolares eram raras”
Entretanto, no início do século XX, cresceu a possibilidade de trocas culturais, as pessoas passaram a ter contato com situações e culturas diferentes através dos meios de transportes, correios, telefone, rádio, cinema e TV, o mundo não era mais apenas o local em que um grupo vivia , tornaram-se muito mais amplo, assim como as possibilidades culturais. Com o desenvolvimento das tecnologias no decorrer do século XX, nos meios de comunicação como o cinema, a televisão e a internet tornaram-se instrumentos de trocas culturais intensas, e os contatos individuais e sociais passaram a ter não um, mas múltiplos pontos de origem. Assim, as trocas culturais são feitas em tal quantidade que não se sabe mais a origem delas, culturas antes pouco conhecidas aparecem com força em muitos lugares, e ao mesmo tempo.
Nos países centrais, como os Estados Unidos e algumas nações da Europa as expressões culturais proliferam em todo o mundo, mesclando e construindo culturas híbridas que não podem ser mais caracterizadas como de um país, mas como parte de uma imensa cultura mundial.
Logo, o sociólogo holandês Joost Smiers responde que, assim haveria a possibilidade de uma diversidade cultural ainda maior e mais significativa, haveria uma democracia cultural de fato à disposição de todos, em suas palavras:
“A questão central é a dominação cultural, e isso precisa ser discutido com propostas alternativas para preservar e promover a diversidade no mundo.” 
 	Dentre várias manifestações culturais há também classificada uma cultura identificada com os segmentos populares e outra, superior identificada com as elites. A cultura erudita que abrange expressões artísticas como a música clássica de padrão europeu, as artes plásticas como escultura e pintura, o teatro e a literatura de cunho universal, estes, tido como mercadorias ou bens deixados como herança física. Já a cultura popular, que é manifestação genuína de um povo encontra-se expressão nos mitos, contos, danças, músicas, artesanatos, mas não significa que seja tradicional do povo da zona rural, pois, na urbana inclui também, o hip-hop, o grafite e os sincretismos musicais, tanto urbanos quanto rural, criando e recriando no universo cultural de base popular, onde nesse conceito quem cria é o povo através do folclore que significa “discurso do povo”, “sabedoria do povo”.
Segundo análise do pensador Alfredo Bosi:
“Não há no grego uma palavra específica para a cultura; há sim, uma palavra que se aproxima desse conceito, que é Paidéia ( escrever em itálico ), “aquilo que se ensina à criança”, “aquilo que deve ser trabalhado na criança até que ela se transforme em adulta”.
Há, no entanto, várias ideologias sobre as diversidades culturais. Quando afirmamos que ter cultura significa ser superior, e não ter cultura significa ser inferior, utilizamos a condição de posse de cultura como elemento para diferenciação social e imposição de uma superioridade que não existe.
Dentre vários pensadores destacam-se Auguste Comte( 1798-1857 ) dando sentido de ideologia partindo das sensações , ou seja, relação do corpo com o meio, acrescentando ainda que é o conjunto de idéias de determinada época. Karl Marx se referiu à ideologia como um sistema elaborado de representações e de idéias que correspondem a formas de consciência que os homens tem em determinada época, que as idéias dominantes em qualquer época são sempre as de quem domina a vida material e intelectual.
No cotidiano, todos nós participamos de certos grupos de idéias seja pela a que acreditamos ou pela que lutam
[...] ideologia não é, portanto um fato individual, não atua inclusive de forma consciente na maioria dos casos. [...] do qual somos apenas representantes- repetimos conceitos e vontades, que já existiam anteriormente.
Pressupõe-se que a cultura e suas diversidades é uma ciência que nasceu e se desenvolveu questionando as explicações dadas a situações e fenômenos, e continua se desenvolvendo com base mo questionamento de seus próprios resultados.
Conclusão:
Enfim, entendem-se por diversidade cultural, as relações sociais cotidianas, os laços efetivos de parentesco, vizinhança e amizade, as origens culturais de seus povos e grupos. A transmissão de conhecimentos oral e escrita de geração em geração. A aceitação de um indivíduo sem a homofobia ou xenofobia, a evolução tecnológica, industrial, econômica e política, pois o indivíduo é um ser passivo e ativo na sociedade, sujeito à transformações, que o torna em uma evolução permanente de modernização. 
Referências bibliográficas:
TOMAZI, Nelson Dacio. Sociologia para o ensino médio. 2. Ed.- São Paulo: Saraiva, 2010.
GUATARI, Félix, ROLNICK, Suely. Microspolítica: cartografias do desejo. Petrópolis: vozes, 1986.
CANCLINE, Nestor Garcia. Culturas híbridas: estratégias para entrar e sair da modernidade. São Paulo. Edusp, 2000.
SMIERS, Joost. Artes sobre pressão: promovendo a diversidade cultural na era da globalização. São Paulo: Instituto Pensarte/ Escrituras, 2006.
BOSI, Alfredo. Dialética da colonização. São Paulo. Companhia das Letras, 1992.
COMTE, Auguste. Curso de filosofia positiva. São Paulo: Abril Cultural, 1978.
MARX, Karl, ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

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