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CASO 1 Adamastor Vale foi condenado como incurso nas sanções do artigo 121,§2º, inciso IV, do Código Penal por ter matado Anatalino da Silva, utilizando de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, desferindo pauladas no ofendido, causando-lhe as lesões descritas no auto de necropsia de fls. 19 do Inquérito Policial, que foram a causa de sua morte. ....... Sucessivamente: 1. Arguiu o reconhecimento da causa de diminuição de pena (privilégio). R: Terá êxito o reconhecimento do “privilegio”, uma vez que estamos tratando de homicídio qualificado- privilegiado que não é crime hediondo, que poderia o réu ser enquadrado pela prática de homicídio privilegiado pela violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, combinada com a qualificadora do emprego de recurso que dificultou a defesa do ofendido. II. Não existe incompatibilidade entre o privilégio previsto no § 1.º do art. 121 do Código Penal e as circunstâncias qualificadoras previstas no § 2.º do mesmo dispositivo legal, desde que estas não sejam de caráter subjetivo. Daí a inexistência de contradição no reconhecimento da qualificadora, cujo caráter é objetivo (modo de execução do crime=paulada), e do privilégio, afinal reconhecido (sempre de natureza subjetiva=insulto, forte emoção) 2. Afastamento da hediondez do delito. R: Sim, por ser um crime de homicídio qualificado-privilegiado A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre a teoria da pena, os crimes contra a vida e os institutos repressores da lei de crimes hediondos (Lei n.8072/1990) analise a procedência dos pedidos sucessivos. SEMANA 1 CASO CONCRETO DOLORES, 43 anos, mãe da adolescente JANAÍNA, de 16 anos, flagra a menina, sozinha, chorando em seu quarto.. Segundo a adolescente, notadamente na esquina do quarteirão da escola, FELISBERTO espera sua passagem para proferir palavras como “gostosa”, “quero sair com você”, “vamos curtir um cinema” e etc..... Considerando o caso aventado, realize, fundamentadamente, a adequação típica pertinente. Resposta: Dolores responderá por Homícidio Qualificado Art. 121§2º,IV, pela surpresa que reduz a capacidade de defesa da vítima, pois Dolores atirou pelas costas não dando a possibilidade de resistência a vitíma. CASO CONCRETO HORTÊNCIA, maior, que fora vítima de estupro perpetrado com violência real, interrompeu ela mesma, na sua própria residência, a gravidez resultante do crime contra a liberdade sexual, causando a destruição do produto da concepção, para o que se valeu de meios mecânicos obstétricos diretos e de informações, que, para o abortamento, foram lhe fornecidos pelo enfermeiro ALEXANDRINO. A gestante, em conseqüência dos meios empregados na provocação do aborto, sofreu lesão corporal de natureza grave. Identifique justificadamente a conduta de HORTÊNCIA e ALEXANDRINO. Resposta2:Hortência respondera pelo crime de Aborto provocado em si mesma conforme ( Art. 124 do CP ) tendo sua pena cominada no máximo 03 anos de detenção. Se a conduta de Hortência fosse realizado por médicos seria lícia conforme art. 128 do CP, mas tal faz necessário que a gravides seja decorrente de estupro com violência real. Em concurso de pessoas com Alexandrino, este enquanto participe do crime. CASO CONCRETO 3 ERIOSVALDO convence MARIOSCLEIDE a suicidar-se pulando de um prédio de vinte andares. A mulher, convencida, pula vindo a ter uma entorse de seu tornozelo e, por isso, ficou quarenta dias impossibilitada de exercer suas atividades habituais. Considerando o caso hipotético, levando em conta que MARIOSCLEIDE estava grávida de 03 (três) meses; fato de seu conhecimento, mas não de conhecimento de ERIOSVALDO e que nada sofreu o feto com a queda, identifique a conduta dos dois envolvidos. RESPOSTA: Eriosvaldo responderá pelo delito do Art. 122, caput, pois o mesmo induziu Marioscleide para a tentativa de suicídio lhe ocasionando lesão corporal de natureza grave. Marioscleide não responderá por nenhum delito, pois não há tipificação na auto lesão. SEMANA 4 No dia 13 de outubro de 2016, no decorrer de determinada reunião social, acontecida em Copacabana, TONICO, com o nítido propósito de ofender, afirmou a diversos amigos que ABRAVANEL, ...... PERGUNTA-SE: A capitulação dada pelo advogado do querelante está correta? Justifique a sua resposta. Resposta: Não, pois não é possível a tipificação de calunia art. 138 do CP, pois não há crime no suicídio (auto lesão). É possível apenas tipificar o crime de difamação art. 139 do CP, pois TONICO imputou-lhe fatos que ofendeu a honra objetiva de ABRAVANEL, ou seja, lhe causando constrangimento SEMANA 5 AFRÂNIO E IDALINA são colegas de trabalho há mais de três anos; trabalham num mesmo setor de uma grande empresa de mineração em Belo Horizonte. IDALINA é uma jovem muito bem apresentada e vaidosa, tem como hobby tirar fotos, muitas delas, sensuais e em locais paradisíacos. .... Pergunta-se: Assiste razão ao Delegado? Justifique sua resposta. Resposta: Não assiste razão ao Delegado, pois para configurar o crime de Invasão de Dispositivo Informático no Caso Concreto faltou o elemento do tipo penal (Mediante Violação indevida de dispositivo de segurança.),pois se trata de conduta atípica, já que não houve violação de dispositivo de segurança conforme descrito no tipo penal. SEMANA 6 CASO CONCRETO Cássio, assíduo cliente do Supermercado “Prime”, quando se encontrava promovendo suas compras do mês, foi surpreendido pelo anúncio sonoro acerca de uma promoção relâmpago de um renomado vinho tinto, que teria desconto de 50 porcento de seu valor original de R$ 500,00 (quinhentos reais.........Considerando que Cássio não conseguiu levar outro vinho com abatimento do preço, e que o supermercado nenhum prejuízo sofreu, indaga-se sobre a relevância penal da conduta perpetrada por Cremilda. Resposta.: Cremilda cometeu o crime de furto(CONSUMADO) tipificado no art. 155 do CP, pois ela furtou o selo que Cassio já detinha em seu poder que foi adquirido na promoção relâmpago o que daria 50% de desconto. Poderá o juiz de acordo com sua análise levar em consideração o valor do objeto furtado e se a mesma for primária fazer a substituição da pena de reclusão para detenção diminuindo de um a dois terço disposto no art. 155, §2 do CP. 2- O princípio da insignificância é um preceito que reúne quatro condições essenciais para ser aplicado: a mínima ofensividade da conduta, a inexistência de periculosidade social do ato, o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e a nexpressividade da lesão provocada. Em resumo, o conceito do princípio da insignificância é o de que a conduta praticada pelo agente atinge de forma tão ínfima o valor tutelado pela norma que não se justifica a repressão. Juridicamente, isso significa que não houve crime algum. RESPOSTA 2: Prevalece o entendimento de que o furto protege a propriedade, a posse e a detenção mesmo que precárias, assim Cremilda no alto dos seu 73 anos, responde pelo crime de furto. SEMANA 7 CASO CONCRETO RODINEI, sócio majoritário de uma transportadora que presta serviços para Souza Cruz, na ausência de três motoristas, seus funcionários, que estão em auxílio doença, e por necessidade, está fazendo a distribuição diária de cigarros junto aos fornecedores, dirigindo veículo funcional pertencente a própria frota da transportadora.... Identifique, fundamentadamente, a adequação típica a ser imputada ao caso aventado. R.: Cometeram os Crimes de Roubo qualificado por restringir a liberdade (Art. 157 §2, inciso V do CP), sendo que Talles menor(Inimputável), cometeu ato infracional sendo cabível uma medida socioeducativa. SEMANA 8 CASO CONCRETO Qual a conseqüência do ressarcimento integral e voluntário, antes do recebimento da denúncia, do prejuízo sofrido pela vítima, decorrente de estelionato praticadomediante a conduta do agente que emite cheque furtado sem provisão de fundos? RESPOSTA: De acordo com o art. 171 parg. 2, inc, VI, diante disso não a o crime de estelionato, ocorrendo a apropriação indébita art. 168 R2.: A ação penal ocorrerá normalmente, pois não cabe a Súmula 554 do STF, pois está cabe unicamente no caso de emissão de cheque sem provisão de fundos. (Art. 171 &2, VI), não se aplicando ao estelionato no seu tipo fundamental (Art. 171 caput). Poderá ter o beneficio de causa de diminuição de pena por ter ressarcido o dano nos termos do Art. 16 do CP(arrependimento posterior). CASO CONCRETO 9 Polícia Civil investiga estupro de menina de 9 anos em Bento Gonçalves A criança pediu socorro para moradores no bairro Licorsul, A Polícia Civil de Bento Gonçalves investiga o suposto estupro de uma menina de 9 anos. A jovem teria pedido socorro na Rua Augusto Caprara, no bairro Licorsul, por volta das 16h40min. ......: a) A figura da vulnerabilidade passou a ser absoluta ou ainda pode ser tratada como relativa? RESPOSTA: Prevalesce o entendemento que a vulnerabilidade passou a ser absoluta, ou seja, não admite prova em contrário desde que comprovado a situação de vulnerabilidade descrita no Art. 217-A, CP. b) Qual é o tipo de ação penal quando se tratar de crime de estupro se da violência resultar lesão corporal grave ou morte? (CP, art. 213 §§ 1º e 2º) RESPOSTA: De acordo com a súmula 608 do STF, a ação é pública incondicionada. SEMANA 10 Descrição CASO CONCRETO Lenocínio, em sentido lato, é o fato de prestar assistência à libidinagem de outrem ou dela tirar proveito. A nota diferencial, característica do lenocínio (em cotejo com os demais crimes sexuais) está em que opera em torno da lascívia alheia. Lenões são aqueles que exercem o lenocínio. São as seguintes espécies: ......... considerando que ABRILINDA também não aceitou o convite de APOLINÁRIO e, finalmente, considerando que ANA BELLA, desde o início, já sabia das intenções de APOLINÁRIO, no entanto, por ser apaixonada por ele, nada fez, capitule a conduta de todos os envolvidos. RESPOSTA: No que se refere a Marville, Apolinário responde pelo delito do Art. 218(Corrupção de menores), CP. No que se refere a Naira, Apolinário responde por Corrupção de menores, Art. 218, CP.A conduta de Claudioberto em relação a Naira. Art. 217-A, CP, em razão da embriaguez. No que se refere a Abrilinda, Apolinário responde pela facilitação a prostituição, seria o 218-B, CP. Anabella responde em concurso de agentes, por sua conduta omissiva com Apolinário. SEMANA 11 Descrição CASO CONCRETO MARIOSVALDO, 30 anos, mantém um relacionamento amoroso com SUELEN há dois anos. Apaixonado por sua amada, MARIOSVALDO pretende casar-se com ela, no entanto, teme que sua namorada saiba que, quando contava com 20 anos de idade, no interior do Estado do Pará foi casado com FLORENTINA..... Diante do RESPOSTA2: Para a prática da bigamia, o agente deve, necessariamente, praticar o crime de falsidade ideológica. Entretanto, por força do princípio da consunção, deve ocorrer a sua absorção pelo delito de bigamia. Ou seja, deverá ser apenas indiciado pelo crime de bigamia. Entendimento STJ: O delito de bigamia exige para se consumar a precedente falsidade, isto é: a declaração falsa, no processo preliminar de habilitação do segundo casamento, de que inexiste impedimento legal. Constituindo-se a falsidade ideológica (crime-meio) etapa da realização da prática do crime de bigamia (crime- fim), não há concurso do crime entre estes delitos. 3. Assim, declarada anteriormente a atipicidade da conduta do crime de bigamia pela Corte de origem, não há como, na espécie, subsistir a figura delitiva da falsidade ideológica, em razão do princípio da consunção. (HC 39583/MS, Relatora Ministra Laurita Vaz. J. 8.3.2005). SEMANA 12 Descrição CASO CONCRETO Depois de colocar gasolina sobre parte de amontoado de madeiras velhas em seu quintal que pretendia incendiar, CÁSSIO é surpreendido no momento de atear o fogo, por uma lufada de vento inesperada e a mecha acesa é atirada e propagada sobre o matagal vizinho chegando ao telhado da escola pública do pequeno vilarejo. Felizmente todas as pessoas conseguiram sair do referido prédio sem dano algum. No âmbito criminal, CÁSSIO foi denunciado pelo Parquet pelo crime de incêndio culposo majorado (CP, art. 250 §2º c/c §1º, II, b) Responda fundamentadamente se: 1) Agiu corretamente o Promotor de Justiça? RESPOSTA: Não, pois no caso não seria incendio culposo qualificado, o incendo foi culposa, portanto a capitulação correta é CP, art. 250 §2º 2) Caso alguma pessoa (terceiro) viesse a sofrer lesão corporal influenciaria na adequação típica? RESPOSTA: Sim, pois incidiria no Art. 258 SEMANA 13 Descrição CASO CONCRETO No final do ano letivo de 2015, alunos universitários de uma determinada Instituição de Ensino Superior do Estado do Rio de Janeiro, organizaram uma passeata em favor da liberação do uso da maconha.... Esclareça, penal e fundamentadamente, a decisão do Ministério Público. RESPOSTA1: Não se trata de situação relacionada ao delito do Art. 287, mas sim do Art.286, no entanto, por conta da ADPF nº 187, ha entendimento de que, manifestações pela liberação do porte para consumo não caracterizam o crime de incitação previsto na lei 11.346/2006, porem a incitação à prática de contravenção (jogo do bicho) não caracteriza o delito do Art. 286 que exige a incitação a crime. RESPOSTA2: analisando o caso no tipo penal descrito, é necessário que a conduta seja crime para se moldar no tipo, trata- se de contravenções penais o que não satisfaz o elemento constitutivo do crime do art.286 CP. RESPOSTA2: NÃO HÁ O QUE SE FALAR DE INCITAÇÃO AO CRIME NO CASO CONCRETO UMA VEZ GARANTIDA CONSTITUCIONALMENTE A LIBERDADE DE EXPRESSÃO COMO TAMBEM NÃO HÁ DE QUE SE FALAR NO CASO DO JOGO DO BICHO POE ESSE SER UMA CONTRAVENÇÃO PENAL.ADPF 187 STJ RESPOSTA3: Não se trata de situação relacionada ao delito do Art. 287, mas sim do Art.286, no entanto, por conta da ADPF nº 187, ha entendimento de que, manifestações pela liberação do porte para consumo não caracterizam o crime de incitação previsto na lei 11.346/2006, porem a incitação à prática de contravenção (jogo do bicho) não caracteriza o delito do Art. 286 que exige a incitação a crime SEMANA 14 CASO CONCRETO CARLOS ALBERTO, pessoa de notável habilidade, em sua cidade, de falsificações, conversando com seu amigo ATANAÍDE....... Analise as teses do Delegado de Polícia e do Advogado. RESPOSTA: Prevalesce o entendimento em nossos tribunais, que não são aplicaveis os Princípios da insignificância e da lesividade ao crime de moeda falsa, mesmo que seja atribuido valor menor ao papel-moeda falsificado. há possibilidade tambem de absorção do delito de petrechos de falsificação pelo de moeda falsa. SEMANA 15 CASO CONCRETO ADALBERTO, no interior de um supermercado, foi flagrado por um funcionário apanhando no chão um cartão de crédito/débito e, rapidamente o colocando no bolso. Além dessa atividade, o que o funcionário do supermercado notou foi que ADALBERTO...... Analisando o caso aventado, indaga-se se assiste razão ao delegado, justificando sua resposta. RESPOSTA: Seria pelo Art. 298, paragrafo unico na forma consumada, pois ocorreu a falsificação do documento por parte de Adalberto RESPOSTA: Tratando-se de cheque pre-datado ou pós-datado, faltaria o dolo de praticar a fraude, que tornaria a conduta atipica. Havendo dolo de praticar a fraude, seria possível a aplicação do arrependimento posterior previsto no Art. 16 do CP.
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