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Ativos Financeiros

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INTRODUCÃO 
Nas décadas de 60, 70, o estudo das finanças passou por um momento importante em termos de conceitos, e embora as questões centrais tenham permanecido as mesmas, as respostas a essas questões mudaram dramaticamente na história de finanças. A principal mudança naquela época foi que os estudos de finanças era descritivo, ou seja, os estudantes aprendiam como eram as coisas, ao invés de por que elas são desse jeito. As coisas mudaram e desde essa época a principal pergunta que se faz é: por que os fatos são da forma como nós os observamos? Embora as perguntas básicas continuem as mesmas: 
- Como devem ser avaliados os ativos reais e os ativos financeiros? 
- Será que o mercado de capitais, através de transação de títulos, representa de forma adequada uma alocação dos recursos escassos da economia?
- As formas de financiamento da empresa alteram ou não o seu valor?
- O que significa a palavra risco, e como pode ser incorporado no processo de tomada de decisões?
Esse texto tem como objetivo apresentar de maneira simplificada um referencial teórico aplicado nos mercados financeiros. Palavras como liquidez, alavancagem, desvio- padrão, como medidas de risco, não são mais palavras unicamente acadêmicas, pois muita gente se já não as conhece pelo menos já ouviu falar a respeito. Entretanto, ainda existem assuntos que permeiam apenas as pessoas que trabalham diretamente com finanças como o cálculo do beta, seu significado e aplicação e ainda a utilização do CAPM (Capital Asset Principal Model). Assim exploraremos, mesmo de forma superficial, estes conceitos para difundirmos o conhecimento.
REFERENCIAL TEÓRICO
 A teoria do mercado eficiente
 No mercado perfeito em que não existem impostos ou outros custos de transações, na qual haja simetria perfeita das informações para todos os envolvidos, acesso irrestrito ao crédito e onde todos os agentes possuam expectativas racionais, não há razões para que haja diferentes taxas de juros. Portanto, um mercado eficiente é aquele onde o preço da ação sempre reflete todas as informações disponíveis e é igual ao valor justo ou valor intrínseco de mercado da empresa. Além disso, nenhum investidor no mercado tem o monopólio de informações que possam afetar o preço da ação. Ou seja, nenhum (ou poucos) analista teria condições de prever o futuro de maneira acurada e eficiente, de forma a bater o mercado, sistematicamente.
A eficiência do mercado é dificultada pela constante mudança nas informações e pela velocidade que acontecem fazendo com que os preços se ajustem, um exemplo real e contemporâneo são as variações no mercado brasileiro em razão do momento da aguda instabilidade política vivida no país em razão de noticias relativas a casos de corrupção que permeiam as entranhas de nosso governo. Outros fatores que podem comprometer a eficiência do mercado são mudanças nos preços sem razões econômicas aparentemente justificáveis e ainda, a existência de interesses escusos e disfarçados, isso tudo complica a possibilidade de considerar o mercado eficiente ou perfeito.
No mundo real, os mercados não são perfeitos e os agentes são avessos ao risco e por isso cobram um prêmio para assumir um risco. Assim risco de um investimento é a incerteza quanto ao seu retorno. Percebam então que para que um investimento seja considerado arriscado não é necessário que seus resultados sejam ruins ou diferentes do esperado, basta que sejam incertos. Portanto, um ativo é muito arriscado quando seu retorno é imprevisível.
 
Risco e retorno
 Um dos aspectos mais controvertidos no campo de finanças tem sido a forma como devem ser relacionados dois componentes de extrema importância na avaliação de ativos: o risco e o retorno. A questão que se coloca então é a seguinte: qual seria o prêmio (valor que eu ganharia acima do retorno de um ativo livre de risco) que faria com que o investidor fosse indiferente entre adquirir um investimento arriscado ou o título livre de risco? Um título livre de risco é aquele que as incertezas são mínimas quanto ao seu retorno, no Brasil, os títulos públicos federais, indexados a taxa básica de juros, por enquanto, podem ser considerados ativos livre de risco.
No início dos anos 60, dois americanos, William Sharpe e John Lintner, conseguiram dimensionar o risco e retorno e seus reflexos sobre a taxa de retorno esperada de um investimento por meio de um modelo matemático. Uma das principais preocupações na teoria de finanças é mensurar o valor justo de um ativo e como neste cálculo, um componente essencial é a taxa de juros, o dimensionamento do risco e retorno, considerados simultaneamente e refletidos no valor justo do ativo traduzem a importância do trabalho desses pesquisadores.
 Explicando o Coeficiente Beta
 Sharpe e Lintner provaram que, em uma situação de equilíbrio, existe uma relação linear entre o excesso de retorno de um investimento e o excesso de retorno do mercado, como um todo. Esta relação foi chamada de Beta (β), cuja a equação é:
Para definir a equação do β partiu-se de duas taxas de referência: a primeira é o rendimento de um título livre de risco e a segunda a taxa de retorno de mercado, ou seja, a média de retorno de todas as transações efetuadas em uma mesma economia em um determinado período.
A primeira foi de solução fácil já que os títulos do tesouro americano são considerados livres de risco de retorno, desde que mantidos para resgate somente no vencimento. No Brasil, podemos tomar como referencia os títulos públicos federais. Utilizar a taxa de retorno livre de risco como referência se explica pelo fato de um investidor cobrar um prêmio para fazer seu investimento e isto é por definição, o excesso do retorno do investimento, ou seja, é a parcela do retorno que excede a taxa de retorno de um investimento livre de risco.
Quanto a segunda, a referência é mais complicada, já que não é uma informação disponível ou não observável. Assim, os pesquisadores utilizaram o índice Dow Jones da bolsa de Nova Iorque como referência, pois este índice refere-se a uma amostra de empresas que representam a atividade econômica americana em seus diversos segmentos. No Brasil, uma referência interessante é o Ibovespa.
Para entendermos melhor o Beta vamos discorrer a respeito de alguns conceitos a seguir. Chamamos de risco sistemático ao risco a que estão sujeitas todas as empresas situadas em um mesmo universo econômico, ainda que com diferentes graus de intensidade. Por exemplo, o aumento acelerado da inflação no Brasil afeta o poder de compra do brasileiro e consequentemente o consumo, isto é um risco sistemático, ou seja, afeta todos os setores, mas setores como, por exemplo, de alimentos básicos é naturalmente menos afetado já que todos precisam se manter alimentados. Já o risco não sistemático, afeta uma empresa ou um segmento econômico sem que as empresas fora deste segmento sejam significativamente afetados. Um exemplo recente em nosso país foi o desastre acontecido envolvendo a empresa Samarco Mineração. O derrame do enorme volume de lama decorrente do rompimento de uma de suas barragens afetou diretamente suas operações e consequentemente seu valor como empresa e o retorno de seus investidores, mas isso não significou uma piora no segmento de mineração, já afetado naquele momento, pela queda do preço da commoditie de minério de ferro no mercado mundial. Então percebam que o desastre afetou diretamente o valor da Samarco que esta num mercado já afetado pela queda do preço do minério, mas isto não significou que todas as empresas brasileiras teriam seu retorno para o investidor comprometido.
Procuramos identificar os riscos sistemáticos e não sistemáticos pelo fato de os riscos não sistemáticos serem diversificáveis e os riscos não sistemáticos, não. Um risco é diversificável quando puder ser diluído em uma carteira pela aquisição de ativos que sejam negativamente correlacionados entre eles. Por exemplo, imagine que você tenha uma carteira de ações formada somente por ativos de empresas do ramo de mineração, considerandoo contexto colocado anteriormente, neste momento você estaria apurando resultados muito ruins já que o preço do minério está muito baixo e teria a situação agravada pelo fato da Samarco estar passando por uma de suas maiores crises na história. Entretanto, se você diversificasse suas carteira de ativos com empresas de diversos segmentos como alimentos, energia, seguridade, incorporação imobiliária, etc 
suas perdas poderiam ser minimizadas ou seu investimento estaria positivo já que teríamos resultados muito ruins do segmento de incorporação compensados por possíveis ganhos dos outros ramos. Isto é diversificar para reduzir o risco não sistemático.  
O coeficiente β dá a medida do risco sistemático. É uma medida de risco entre um investimento em particular, comparado à "família" que ele pertence.
 O modelo de precificação de ativos (CAPM)
 O CAPM (Capital Assets Pricing Model) foi desenvolvido por Sharpe e Lintner e representa o retorno esperado de um investimento que conduz a uma situação de equilíbrio, ou seja, que não deixa espaço para que o mercado faça qualquer tipo de arbitragem. No CAPM, o beta representa o risco sistemático. Simplificando, é um modelo que especifica o relacionamento entre risco e retorno exigido em ativos mantidos em carteiras diversificadas. É representado pela seguinte equação:
Por analogia a equação acima, podemos afirmar que:
Quando β igual a zero, ou seja, quando a rentabilidade de um investimento não varia com o mercado, este investimento é considerado como livre de risco;
Quando β igual a 1, o risco da empresa é igual ao risco de mercado;
Quanto maior for o β, maior será o risco sistemático da empresa e, consequentemente maior será a remuneração exigida pelo acionista.
 Verifique que a equação do retorno de uma ação tem dois componentes: o componente de retorno que seria obtido em títulos de risco zero (Kf) e um segundo, que representa o diferencial de retorno esperado entre o portfolio do mercado e o mesmo título sem risco, (Km - Kf), multiplicado pelo grau de volatilidade dessa ação às alterações do mercado (βj). A teoria de finanças, antes do surgimento da teoria de mercado de Sharpe e Lintner, não determinava o prêmio de risco.
O modelo de avaliação (CAPM) permite identificar o prêmio de risco de um título como sendo o prêmio de risco do mercado, ponderado pelo risco relativo do título individual.
 
CONCLUSÃO
 
A teoria de finanças teve na segunda metade do século XX uma grande contribuição de seus pesquisadores que desenvolveram um modelo capaz de precificar ativos considerando seu risco sistemático obtido por meio de um coeficiente β. Este coeficiente β obtido por meio da análise da relação entre as variações dos preços de mercado do ativo e as variações de um índice de referência de mercado correlacionou os efeitos das oscilações do mercado ativo em um determinado ativo.
No entanto, é importante lembrar que, como foi dito neste texto, não existe mercado perfeito ou eficiente, fatores como informações privilegiadas e acontecimentos políticos e econômicos podem modificar sensivelmente o comportamento do mercado e consequentemente comprometer qualquer resultado de modelos de precificação.
Dessa forma, além do conhecimento técnico das teorias de finanças, o engajamento político econômico de qualquer analista financeiro poderá ser um importante diferencial em suas estimativas.
 BIBLIOGRAFIA
 Moraes Jr., Jorge de Q. & Luce, Fernando B. O Modelo de formação de preços de ativos (Capital asset pricing model) teoria e evidencia. Revista de Administração de Empresas.
 BERK, Jonathan; DEMARZO, Peter; HARFORD, Jarrad. Fundamentos de Financas Empresariais, Porto Alegre: Bookman, 2010 – Capitulos 9, 10, 11 e 12

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