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Finanças Comportamentais 1. Hipótese do Mercado Eficiente (HME) Prof.ª Andréia Ribeiro da Luz financista.andreia@gmail.com Prof.ª Msc. Andréia Ribeiro da Luz │ financista.andreia@gmail.com FINANÇAS MODERNAS (NEOCLÁSSICAS) e FINANÇAS CONPORTAMENTAIS ▪ Finanças tradicionais ▪ Inicio da revolução industrial (1760 - 1950, nos EUA) ▪ Análise técnica e fundamentalista ▪ Concentração da carteira ▪ Finanças modernas ou neoclássicas (racionais) ▪ Markowitz sobre diversificação de portfólio em 1952 ▪ Estrutura de capital de Miller e Modigliani em 1958 ▪ Precificação de ativos (CAPM) de Sharpe em 1962 ▪ A teoria da Hipótese dos Mercados Eficientes (HME) de Eugene Fama em 1970 ▪ Precificação de opções de Sholes e Black em 1972 ▪ Teoria da agência de Jensen em 1976 ▪ Finanças comportamentais ▪ Inicio com os trabalhos dos psicólogos Kahneman, Slovic e Tverski (1979) que estudaram o processo de tomada de decisão do ser humano em situações de risco. HIPÓTESE DO MERCADO EFICIENTE (HME) A EFICIÊNCIA DE MERCADO Para que o mercado de ações seja eficiente é necessário que sejam satisfeitas duas condições: Em primeiro lugar, os investidores têm que competir entre si pela obtenção de informação relativa às ações. Em segundo lugar, é necessário que os investidores interpretem racionalmente as informações e atuem em conformidade, comprando quando as informações são de teor favorável e vendendo quando são de teor desfavorável. Se isto acontecer, toda a informação relevante irá refletir nos preços. A EFICIÊNCIA DE MERCADO • Os mercados serão eficientes, pois os preços das ações definidos no mercado pelos investidores racionais constituirão a melhor estimativa possível do valor dos títulos. • Significa que o preço é obtido com mais informação do que aquela que está ao dispor de qualquer investidor presente no mercado. A eficiência exige, de acordo com a segunda condição referida, que os investidores que definem os preços atuem de forma racional com base na informação obtida. A EFICIÊNCIA DE MERCADO • A ideia de que os mercados financeiros são eficientes tornou-se rapidamente num significativo sucesso dentro dos muros da academia e fora dela. Na academia, os principais modelos das finanças racionais são: Prof.ª Msc. Andréia Ribeiro da Luz │ financista.andreia@gmail.com TEORIA DE CARTEIRAS (MARKOWITZ) O artigo de Harry Markowitz de 1952, Portfolio Selection fundou a teoria da seleção de carteira, tendo sido um dos precursores da teoria moderna de finanças. Pela primeira vez os conceitos de risco e retorno são apresentados de forma precisa. A descrição do retorno e risco através de indicadores de média e variância, atualmente tão usada por profissionais de finanças, não era tão óbvia naqueles dias. Esta façanha de Markowitz tornou possível a utilização da poderosa álgebra de matemática estatística nos estudos de seleção de carteiras. TEORIA DE CARTEIRAS (MARKOWITZ) A fronteira de Markowitz busca otimizar a composição de um portfólio para um dado nível de risco atingir o maior retorno possível. Prof.ª Dra. Andréia Ribeiro da Luz │ financista.andreia@gmail.com O MODELO CAPM (TREYNOR, 1962) E SHARPE (1964) • Em 1964, William Sharpe desenvolve um modelo imaginando um mundo onde todos os investidores tomando decisões utilizando a teoria de carteiras de Markowitz (avaliação as médias e variâncias dos ativos). • Sharpe supõe que os investidores compartilham dos mesmos retornos esperados, variâncias e covariâncias. Mas ele não assume que os investidores tenham todos o mesmo grau de aversão ao risco. Eles podem reduzir o grau de exposição ao risco tomando parcelas maiores de ativos de menor risco, ou construindo carteiras combinando muitos ativos de risco. O modelo de precificação de ativos financeiros (CAPM, capital asset princing model em inglês) descreve a relação entre o risco de mercado e as taxas de retorno exigidas. CAPITAL ASSET PRICING MODEL (CAPM) Prof.ª Msc. Andréia Ribeiro da Luz │ financista.andreia@gmail.com O MODELO CAPM Tem como pressupostos que: • existe a possibilidade de efetuar investimento em ativos sem risco. • os investidores são maximizadores da utilidade esperada e escolhem os seus investimentos entre carteiras alternativas com base no seu retorno esperado e respectivo desvio padrão. • os investidores podem endividar-se a uma taxa de juro igual à que podem emprestar num montante ilimitado a uma dada taxa de juro isenta de risco (no entanto as taxas de endividamento, em princípio, são maiores que as taxas de empréstimo). Prof.ª Msc. Andréia Ribeiro da Luz │ financista.andreia@gmail.com O MODELO CAPM Tem como pressupostos que: • não há impostos. • todos os investidores têm expectativas homogêneas, quer quanto ao retorno esperado, à variância e covariância do retorno dos ativos. • todos os ativos são perfeitamente divisíveis e líquidos, não existindo custos de transação. • o cálculo de betas "futuros" parte do pressuposto que os dados históricos irão se repetir. PRECIFICAÇÃO DE OPÇÕES O modelo de Black-Scholes é um dos modelos mais usados no mundo para determinar o preço de derivativos de ações no mercado financeiro. Variáveis: • O strike da opção; o atual preço da ação; • O tempo de expiração do contrato; • A taxa livre de risco do mercado; • Volatilidade. Não é todo preço de opção que pode ser calculado por esta fórmula. A opção precisa ser do tipo Europeia. Ou seja, o detentor da opção só pode exercer seu direito do contrato na data de exercício. PRECIFICAÇÃO DE OPÇOES • Black, Scholes e Merton mostraram que se os retornos do ativo subjacente seguissem um passeio aleatório de tempo contínuo, então o padrão de retornos de uma opção poderia ser reproduzido exatamente por um portfólio continuamente ajustado do ativo e o título do governo ou em dinheiro. Em um mercado eficiente o preço de uma opção teria que ser o custo da replicação do portfólio. PROPOSIÇÃO DE MODIGLIANI E MILLER (1958) • As proposições de Modigliani e Miller (M&M) sobre estrutura de capital, com a publicação do seu primeiro artigo sobre custo do capital, finanças corporativas e teoria de investimentos. • Para muitos estudiosos a proposta de M&M teria provocado uma mudança de paradigma no campo das finanças. • Tanto as proposições de M&M como o CAPM e a hipótese de eficiência de mercado tratam do equilíbrio no mercado de capitais e de quais forças atuam quando este equilíbrio é perturbado. TEORIA DA AGÊNCIA • Mas a eficiência dos mercados não convenceu toda a gente. • Durante os anos 80 e 90 vários estudos empíricos começaram a questionar a verificação da eficiência. • Esses estudos ficaram conhecidos como literatura de anomalias porque os fatos detectados não encontravam explicação no contexto das teorias desenvolvidas até então. • A corrente comportamental surgiu procurando encontrar explicações para as situações de aparente ineficiência dos mercados. FINANÇAS COMPORTAMENTAIS A eficiência informacional de mercado é quando os preços refletem toda a informação disponível, independentemente da natureza dessa informação e da forma como se repercute nos preços. A verificação da eficiência informacional resulta, assim, apenas da rapidez com que os preços reagem à informação e não do fato dos preços refletirem essa informação de forma adequada ou racional. Mas, afinal, em que consiste o conceito de eficiência? Mas, afinal, em que consiste o conceito de eficiência? A eficiência fundamental de mercado é quando os preços revelam toda a informação relativa às estimativas racionais do valor econômico das ações, ou seja, acerca do valor atual dos fluxos financeiros que se espera que a ação venha a gerar no futuro. A questão a atender neste caso é a da relação entre o preço e o valor fundamental do ativo. Se o preço for a melhor estimativa possível, à luz de toda a informação disponível, do valor econômico do ativo dizemos que o mercado éeficiente na acepção do valor fundamental. CONCLUSÃO: Não é apenas a rapidez no impacto da informação nos preços. Para que o mercado seja eficiente em termos fundamentais é importante que a informação se reflita também de forma correta (racional) nos preços. Assim, a eficiência fundamental é uma noção mais exigente do que o conceito de eficiência informacional. 22 HIPÓTESE DO MERCADO EFICIENTE (HME) • Investidores são assumidos como racionais e, consequentemente, avaliam e precificam ativos de forma racional. • Na medida que alguns investidores não são racionais, suas participações no mercado são assumidas como aleatórias, portanto anulam-se mutualmente sem afetar os preços praticados pelo mercado. • Na medida que os investidores são irracionais de maneira semelhante, a presença de arbitradores racionais, no mesmo mercado, elimina sua influência nos preços. 23 Somente quando as informações mudam, os preços mudam. Definição clássica da HME: o preço de um ativo financeiro reflete todas as informações disponíveis, sendo a melhor estimativa de seu valor fundamental (FAMA, 1970). Se um mercado é eficiente em termos de informação significa que não há maneiras de obtenção de lucros anormais mediante o uso da informação, visto que os preços já contemplam essa informação. HIPÓTESE DOS MERCADOS EFICIENTES (HME) • As finanças racionais classificam a eficiência informacional em três níveis: • Eficiência na versão fraca • Eficiência na versão semiforte • Eficiência na versão forte A PERSPECTIVA DAS FINANÇAS RACIONAIS Prof.ª Dra. Andréia Ribeiro da Luz l financista.andreia@gmail.com 25 TIPOS DE EFICIÊNCIA 26 TIPOS DE EFICIÊNCIA FAMA (1970;1991) Eficiência fraca (previsão de retornos) • Preços dos títulos refletem todas as informações históricas disponíveis. • Não é possível elaborar uma estratégia de previsão dos movimentos futuros dos preços que produza mais-valia com base em informação do passado. • Num mercado eficiente na versão fraca, a análise técnica não permitirá gerar mais-valia superior a qualquer outra estratégia. • Os preços do passado não ajudam a prever os preços do futuro. TEORIA DO RANDOM WALK A noção de “passeio aleatório” é consistente com a eficiência na versão fraca. O movimento diário dos preços das ações não apresenta nenhum padrão*. Estatisticamente falando, o movimento dos preços das ações é aleatório. Assim, se preços se comportam de forma randômica, como poderiam os analistas prever o caminho futuro destes ativos. *Kendall (1953); Bachelier (1900) TEORIA DO RANDOM WALK • Se os preços refletem toda a informação do passado isso significa que o que faz variar os preços é apenas a informação nova, ainda não conhecida, e que se presume ser aleatória. • Não sendo ainda conhecida essa informação isso significa que não é possível prever a direção e magnitude das variações dos preços, ou seja, que os preços exibem as características de um “passeio aleatório”. 29 TIPOS DE EFICIÊNCIA FAMA (1970;1991) Eficiência semiforte (estudos de eventos) • Preços dos títulos refletem as informações históricas + todas as informações públicas. • A eficiência do mercado na versão semiforte implica que a análise fundamental é desprovida de valor na concepção de estratégias de investimento. • A evidência de que a disseminação de informação de eventos importantes das empresas conduz a alterações nos preços tão rápido que nenhum investidor pode obter sistematicamente mais- valia transacionando com base nessa informação pública. • O teste a esta versão de eficiência implica analisar a rapidez com que os preços variam em resposta às informações que vão sendo conhecidas publicamente. 30 TIPOS DE EFICIÊNCIA FAMA (1970;1991) Eficiência forte (testes de informação privada) • Preços dos títulos refletem todas as informações públicas ou privadas. • A utilização de informação privilegiada (insider trading) não permitirá obter mais-valia para o investidor. • Quando o investidor vai usar informação privilegiada para transacionar, julgando que essa informação é exclusiva, não consegue obter ganhos no mercado porque, antes dele, houve alguém que, através de uma fuga de informação, já a utilizou para o mesmo efeito. EVIDÊNCIAS EMPÍRICAS PRINCIPAIS DA HME As finanças racionais defendem que os mercados são eficientes. Esta convicção fundamenta-se em três evidências empíricas principais: 1. na imprevisibilidade dos preços. 2. na incapacidade dos investidores para sistematicamente obterem rentabilidades superiores às do mercado. 3. na reação dos preços à informação divulgada publicamente. EVIDÊNCIAS EMPÍRICAS PRINCIPAIS DA HME 1. imprevisibilidade dos preços. • A evidência empírica sugere que a variação dos preços é difícil de prever o que é interpretado pelas finanças racionais como um sinal da eficiência dos mercados. • O conceito de que os preços seguem um “passeio aleatório” (random walk) é frequentemente objeto de teste empírico quando se trata da questão da eficiência. EVIDÊNCIAS EMPÍRICAS PRINCIPAIS DA HME 2. rentabilidade superior ao do mercado. • A intensa competição entre os investidores no mercado elimina rapidamente as oportunidades de obtenção de mais-valia que estiveram na origem das suas transações. • Assim, um mercado será eficiente a uma determinada informação se um investidor não puder realizar mais-valia transacionando com base no conhecimento dessa informação. EVIDÊNCIAS EMPÍRICAS PRINCIPAIS DA HME 3. na reação dos preços à informação divulgada publicamente. • Considerada a mais decisiva evidência da eficiência dos mercados. • Fama (1998), ainda que o investidor tivesse conhecimento de que o mercado não iria reagir na dimensão correta à informação pública divulgada, não seria possível aproveitar esse conhecimento para obter mais-valia uma vez que seria tão provável que a reação viesse a ser errada por defeito como por excesso. 35 ARGUMENTOS (HME) A HME é uma consequência de equilíbrio em mercados competitivos compostos por investidores totalmente racionais. A HME não é sustentada apenas na total racionalidade dos investidores. O mercado tende a ser eficiente mesmo com a presença de investidores não totalmente racionais (negociam de forma aleatória). Quando as estratégias de negociações dos investidores, não totalmente racionais, não são correlacionadas, suas operações tendem a cancelar-se, não afetando, significativamente, os preços dos ativos, que tendem a manter-se próximo de seus valores fundamentais. 36 Trata-se da compra e venda simultânea do mesmo título, ou de um essencialmente similar, em dois diferentes mercados, por preços diferentes, de forma a ser obter uma vantagem na operação. Em suma: compra-se o ativo no mercado em que é cotado mais barato e vende-se no mercado com maior cotação. ARBITRAGEM 37 ARBITRAGEM Exemplo de arbitragem: Suponha-se que um título, como uma ação, esteja sobreprecificado em relação a seu valor fundamental, resultado da ação de investidores não racionais no mercado. Percebendo essa distorção, outros investidores, os arbitradores, poderiam vender esse ativo e simultaneamente comprar outro similar para proteger seu risco. Poderiam comprar até a mesma ação, negociada em outro mercado. Fazendo isso, obteriam um lucro e essa expectativa de lucro atrairia mais investidores ao mesmo tipo de operação. A atuação dos arbitradores traria o preço da ação sobreprecificada a patamares compatíveis com seu valor fundamental. 38 ARBITRAGEM • O investidor irracional ao comprar o ativo sobrevalorizado tende a incorrer em perdas, já que o ativo terá seu preço diminuído como resultado da ação do arbitrador. • A tendência é que, mantendo-se a irracionalidade do investidor e as consequentes perdas, os investidores irracionais tendem a desaparecer do mercado, pois não têm como perder dinheiro indefinidamente. • No longo prazo, a arbitragem, portanto, tende a funcionar como um catalisador da seleçãopela competitividade. 39 SÍNTESE DA ARBITRAGEM ▪ Quando os investidores do mercado são racionais, o mercado é eficiente por definição. ▪ Quando alguns não são racionais, muitas ou todas as suas negociações, anulam-se o possível efeito sobre o nível de preços, sem necessidade de uma compensação dada através de operações com arbitradores racionais. ▪ Adicionalmente, essa compensação existe e trabalha para trazer os preços ao seu nível fundamental. ▪ Por fim, a busca de ganhos por parte dos arbitradores faz com que esse ajuste de preços ocorra de forma relativamente rápida. ▪ A existência de padrões regulares de comportamento de retornos de títulos que não se enquadram em nenhuma das teorias subjacentes à teria de eficiência de mercado. ▪ Efeito janeiro: retornos obtidos no mês de janeiro são mais altos que nos outros meses do ano que são explicados pelo fato de que a veda de títulos no período (encerramento ano fiscal) geraria uma economia relacionada aos impostos. ▪ Efeito segunda-feira: o retorno proporcionado pelo investimento em ações é significativamente menor no primeiro dia útil da semana, pois as empresas esperam o fechamento do mercado na sexta-feira para divulgarem notícias negativas. ANOMALIAS ▪ Efeito tamanho: títulos de empresas com menor valor de mercado apresentam retornos superiores aos títulos de empresas de maior valor de mercado. ▪ Efeito preço/valor patrimonial: títulos de empresas que possuem baixo quociente preço/valor patrimonial apresentam retornos maiores que os títulos com índice preço/valor patrimonial mais alto. ▪ Efeito preço/lucro: empresas que possuem menor índice P/L apresentam retornos superiores aos de empresas com alto índice P/L. ANOMALIAS Uma anomalia de mercado (ou ineficiência do mercado) é uma distorção de preços e/ou rendimentos num mercado financeiro, que parece contradizer a hipótese do mercado eficiente. Geralmente se refere a fatores estruturais: concorrência desleal, a falta de transparência do mercado, ações de entidades reguladoras, comportamentos enviesados de agentes económicos As anomalias podem ser: • Fundamentais: incluem o efeito de valor e efeito capital reduzido (empresas com dividendos baixos e com capital reduzido têm melhores resultados que a média). • De calendário: têm a ver com o retorno das ações de ano para ano ou de mês para mês, ao passo que as • Técnicas: incluem o efeito do momento. ANOMALIAS 43 • Quando notícias sobre o valor de um título chegam ao mercado, seu preço deveria reagir e incorporar essas notícias rápida e corretamente. • Uma vez que o preço de um título deve igualar-se ao seu valor fundamental, os preços não deveriam se mover sem que houvesse qualquer notícia a respeito do título, Ou seja: • os preços não deveriam reagir a mudanças na oferta ou demanda de um título que não seja acompanhada por notícias sobre o seu valor fundamental. PREVISÕES EMPÍRICAS DA HME 44 Profª Msc. Andréia Ribeiro da Luz l financista.andreia@gmail.com HIPÓTESE DA REAÇÃO RÁPIDA HIPÓTESE DO MERCADO EFICIENTE (HME) Dia do Anúncio EMH: As Provas 47 HIPÓTESE DA REAÇÃO RÁPIDA Ganhar dinheiro: obter um retorno superior após ajustes para o risco. Informação obsoleta: estratégia especifica baseada na exploração de informações obsoletas, em média, ganha um fluxo de caixa positivo durante um período de tempo. Para obter lucro o investidor precisa medir o risco. Ex.: Modelo CAPM. HME E ANÁLISE TÉCNICA Previsão do comportamento dos preços das ações com base nas flutuações históricas de seus preços (“wiggle watchers”) Para a HME não existem ações baratas ou caras. De modo que conseguir retornos acima da média do mercado (alpha) no longo prazo não é possível. Nem com análise técnica, nem mesmo com análise fundamentalista. HME E ANÁLISE FUNDAMENTALISTA Pesquisa o valor das ações usando o VPL e outras medidas com base no fluxo de caixa. Para a HME não existem ações baratas ou caras. De modo que conseguir retornos acima da média do mercado (alpha) no longo prazo não é possível. Nem com análise técnica, nem mesmo com análise fundamentalista. ▪ Os investidores que acreditam que os mercados são eficientes são defensores de investimentos passivos. Ou seja, de investir em fundos de investimento que acompanham a rentabilidade de um benchmark, como um índice de ações como o Ibovespa ou o S&P 500. ▪ Isso porque nessa hipótese de formação de preços não haveria o que o mercado chama de Alpha. Que significa conseguir retornos acima do mercado por meios de análises. ▪ Investir em um fundo ativo, que faz análises de ativos para conseguir Alpha, teria o mesmo resultado e seria mais custoso. Logo, ao longo do tempo, fundos passivos seriam mais vantajosos por terem menores custos ao investidor. PARA REFLETIR: ▪ Já os que não acreditam nessa hipótese enfatizam como alguns gestores conseguiram constantemente retornos acima do mercado. Como é o caso de Warren Buffet, George Soros e Peter Lynch. ▪ Mostrando assim que a hipótese não é verdadeira e que bons gestores conseguem retornos acima do benchmark. Logo, investir em fundos ativos de bons gestores é a melhor maneira de conseguir rendimentos maiores. ▪ Assim, a hipótese de mercado eficiente está por trás de uma das maiores discussões financeiras atualmente. Seria melhor o investimento passivo ou ativo? Como não há consenso, o melhor é avaliar se para você a hipótese faz sentido ou não. PARA REFLETIR: 52 AUTOR ARGUMENTOS TEÓRICOS Fama (1970) Os preços refletem plenamente toda a informação disponível. Grossman (1976); Grossman e Stiglits (1980) A obtenção de informação tem custo e os mercados eficientes só poderiam existir na ausência de custos para a obtenção de informações. Fisher Black (1986) Investidores reagem a informações irrelevantes tomando decisões de investimento baseadas em ruídos (noisy) e não em informações verdadeiras. Shleifer (2000) Difícil sustentar que as pessoas em geral, e os investidores em particular, são plenamente racionais. Kahneman e Tversky (1979) - Teoria do Prospecto. Os indivíduos se comportam de maneiras diferentes em cenários de ganhos e em cenários de perdas. São mais avessos ao risco quando estão ganhando e mais propensos ao risco quando estão perdendo. MUDANÇAS EMPÍRICAS A HME 53 MUDANÇAS EMPÍRICAS A HME AUTOR (es) RESULTADOS Lo e Mckinlay (1988) Estabeleceram que o retorno em portfólio das ações da Nyse, agrupadas de acordo com o tamanho (preços das ações vezes o seu número), mostram confiável autocorreção positiva. Fama e French (1992) Submeteram o modelo de avaliação a uma crítica rigorosa ao mostrar que o tamanho da firma e a razão entre o valor de mercado e o valor contábil da empresa preveriam melhor o retorno de uma ação do que o Beta. Shiller (1984) e Summers (1986) Consideraram modelos em que os preços das ações podem apresentar grandes oscilações afastando-se dos valores fundamentais (bolhas irracionais), mas que em um horizonte de tempo reduzido apresentam autocorreção reduzida. Em sua análise, Shiller e Summers mostram que os mercados são altamente ineficientes, mas de uma maneira que não é identificada nos testes que consideram um horizonte de tempo reduzido. 54 MUDANÇAS EMPÍRICAS A HME AUTOR (es) RESULTADOS Shiller (1981) Baseando-se na hipótese de que se um mercado é eficiente, a variação do preço de um ativo deve estar limitada por um valor teórico que não depende senão da variabilidade dos determinantes fundamentais do preço, comparou graficamente o valor dos preços das ações com seu “verdadeiro” valor, ou seja, o valor que um mercado perfeitamente racional teria estabelecido para essas ações, no período de 1871 a 1979. De Bondt e Thaler (1985) Utilizaram tal hipótese para prever os preços das ações: um portfólio composto de um grande número de “ações perdedoras”, isto é, batidas pelo mercado, teve um comportamento melhor que a média das ações nos três anos seguintes.Ou seja, as perdas iniciais foram o resultado de reações exageradas (overreactions), que se corrigiram, porém somente após a passagem de um razoável período de tempo. Para explicar tal comportamento fez-se a hipótese da existência dos chamados “noisy traders”, ou seja, agentes quase-racionais. 55 • Os mercados de ativos "se comportam“ como deveriam? • Em particular, o mercado de ações desempenha seu papel como os economistas esperam? • Os mercados de ações levantam dinheiro dos detentores de riqueza e fornecem às empresas esse dinheiro para perseguir, presumivelmente, a maximização de lucro. Quão bem esses mercados executam essa função? • Os preços refletem o verdadeiro valor subjacente? • Os mercados de ativos criam instabilidade na economia? • As ações de bancos de investimentos e comerciais levam a bolhas e catástrofes econômicas à medida que as bolhas se desenrolam? ATIVIDADE – HIPÓTESES DA HME Obrigado!
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