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Agentes toxicos Praguicidas

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24/05/2017
1
TOXICOLOGIA 
Agentes Tóxicos: Agrotóxicos
DEFINIÇÃO
• Lei Federal Nº 7.802 (11/07/89)
• Decreto Nº 98.816, Artigo 1º, Inciso IV
Art. 1º 
[...] 
IV - ... são agentes físicos, químicos ou
biológicos........
..... altera a composição da flora ou da fauna, a
fim de preservá-las da ação danosa de seres
vivos considerados nocivos.
DEFINIÇÃO
• Esses compostos, são ainda
denominados:
–Praguicidas
–Pesticidas,
–Agroquímicos ou biocidas
DEFINIÇÃO
Destinados ao uso nos setores de:
– produção,
– armazenamento e
– beneficiamento de produtos agrícolas,
– nas pastagens,
– na proteção de florestas, nativas ou plantadas, e
de outros ecossistemas e
– na proteção de ambientes urbanos, hídricos e
industriais
24/05/2017
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DEFINIÇÃO
 Inclui também as substâncias e produtos
empregados como
- desfolhantes,
- dessecantes,
- estimuladores e inibidores de crescimento
 Exclui os fertilizantes e os produtos químicos
administrados aos animais para estimular o
crescimento ou modificar o comportamento
reprodutivo
AGROTÓXICOS 
Os agrotóxicos podem ser divididos em duas
categorias:
1. Agrícolas:
- destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e
beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens e nas florestas plantadas
- registros concedidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
2. Não-agrícolas:
- destinados ao uso na proteção de florestas nativas, outros ecossistemas ou de
ambientes hídricos
- registros são concedidos pelo Ministério do Meio Ambiente/Ibama
- destinados ao uso em ambientes urbanos e industriais, domiciliares, públicos ou
coletivos, ao tratamento de água e ao uso em campanhas de saúde pública
- registros são concedidos pelo Ministério da Saúde/Anvisa
AGROTÓXICOS
No Mundo
 +/- 15.000 formulações para 400 agrotóxicos
diferentes
No Brasil: Maior consumidor mundial (1º lugar )
 + 300 princípios ativos
 572 produtos técnicos
1.079 agrotóxicos formulados no mercado
brasileiro para o uso na agricultura,
domissanitários e na saúde pública.
CLASSIFICAÇÃO
I. De acordo com as pragas que combatem:
1. INSETICIDAS OU PRAGUICIDAS:
- combatem insetos
- são divididos em quatro grupos distintos
conforme a característica química do agente tóxico -
 organofosforados,
 carbamatos,
 organoclorados
 piretróides
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CLASSIFICAÇÃO
De acordo com as pragas que combatem:
2. FUNGICIDAS:
- combatem fungos
- há diversos fungicidas disponíveis no mercado,
os principais grupos são:
 etileno-bis-ditiocarbonatos,
 trifenil estânico,
 hexaclorobenzeno,
 compostos mercuriais
 O-etil-S, S-difenilditiofosfato
CLASSIFICAÇÃO
De acordo com as pragas que combatem:
3. HERBICIDAS:
- combatem ervas daninhas
- Seus principais representantes são:
 paraguat
 glifosato
 derivados do ácido fenoxiacético
dinitrofenóis
 Pentacloofenol
CLASSIFICAÇÃO
De acordo com as pragas que combatem:
4. OUTROS GRUPOS IMPORTANTES:
• Rodenticidas (dicumarínicos): utilizados no combate a
roedores.
• Acaricidas: ação de combate a ácaros diversos.
• Nematicidas: ação de combate a nematóides.
• Moluscicidas: ação de combate a moluscos, basicamente
contra o caramujo da esquistossomose.
• Fundigantes: ação de combate a insetos, bactérias- fosfetos
metálicos (fosfina) e brometo de metila.
• Escorpionicidas: utilizado no combate aos escorpiões.
• Vampiricidas: ação de combate aos morcegos.
CLASSIFICAÇÃO
I. De acordo com a TOXICIDADE:
 Permite determinar a toxicidade de um produto do
ponto de vista dos seus efeitos agudos
Tabela 1 – Classificação toxicológica dos agrotóxicos segundo a DL50
GRUPOS CLASSE DL50 (MG/Kg)
DOSES CAPAZES DE MATAR UMA 
PESSOA ADULTA
Extremamente 
tóxicos
I = 5 1 pitada – algumas gotas
Altamente 
tóxicos
II 5-50 1 colher de chá – algumas gotas
Medianamente 
tóxicos
III 50 –500 1 colher de chá – 2 colheres de sopa 
Pouco tóxicos IV 500-5000 2 colheres de sopa – 1 copo
Muito pouco 
tóxicos
V 5000 ou + 1 copo – 1 litro
Vale salientar que a classificação toxicológica reflete essencialmente a toxicidade
aguda e não indica os riscos de doenças de evolução prolongada como, por
exemplo, câncer, neuropatias, hepatopatias e problemas respiratórios crônicos
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CLASSIFICAÇÃO
I. De acordo com a TOXICIDADE:
Segundo ANVISA, (2011), todos os produtos
agrotóxicos devem apresentar nos rótulos uma faixa
colorida indicando sua classe toxicológica
AGROTÓXICOS
TIPOS DE INTOXICAÇÃO:
1. Aguda
onde os sintomas surgem rapidamente, algumas
horas após a exposição excessiva, por curto
período, a produtos altamente tóxicos.
 dependendo da quantidade do veneno absorvido
podem ocorrer: forma branda, moderada ou grave
 Os sinais e sintomas são nítidos e objetivos.
AGROTÓXICOS
TIPOS DE INTOXICAÇÃO:
2. Subaguda
ocasionada por exposição moderada ou pequena a
produtos altamente tóxicos ou medianamente tóxicos.
Tem aparecimento mais lento
os principais sintomas são subjetivos e vagos, tais
como:
dor de cabeça,
 fraqueza,
mal-estar,
dor de estômago e
sonolência.
AGROTÓXICOS
TIPOS DE INTOXICAÇÃO:
3. Crônica
 caracteriza-se por ser de surgimento tardio, após
meses ou anos de exposição pequena ou moderada a
produtos tóxicos ou a múltiplos produtos
 acarretando danos irreversíveis como paralisias e
neoplasias, hepatoxicidade, nefrotoxicidade, infertilidade,
abortos
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AGROTÓXICOS
Vias de Contaminação:
- Oral
- Dérmica 
- Respiratória
AGROTÓXICOS
Tipos de exposição
- Direta
- Indireta
- Agricultores
- Operários da indústria de produção
- Operários das empresas de dedetização
População
- Acidentes
- Contaminação Ambiental
INSETICIDAS
CLASSES
1. Organofosforados e carbamatos
2. Piretrinas e piretroides
3. Nicotideos
4. Organoclorados
5. Avermectinas
AGROTÓXICOS - INSETICIDAS
1. ORGANOFOSFORADOS E CARBAMATOS
- amplamente utilizados na agricultura
inseticidas, na guerra química e como
agentes terapêuticos.
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AGROTÓXICOS - INCETICIDAS
1.1 ORGANOFOSFORADOS
Características fisico-químicas:
 composto orgânico contendo ligações carbono–fósforo. 
 são ésteres amido ou tiol derivados dos ácidos fosfórico 
 podem ser altamente tóxicos e estão quimicamente relacionados com os gases
nervosos.
 pode ser formulado como pó, grânulos, líquidos ou aerossóis
 são lipofílicos; com alto coeficiente de partição óleo/agua.
AGROTÓXICOS - INCETICIDAS
1.2 CARBAMATOS
Características físico-químicas
- Compostos orgânicos – derivados do ácido N metil
carbânico e dos ácidos tiocarbamatos e ditiocarbamatos.
- baixa solubilidade em agua, são moderadamente solúveis
em benzeno e tolueno, e altamente solúveis em metanol e
acetona.
AGROTÓXICOS - INSETICIDAS
ORGANOFOSFORADOS E CARBAMATOS
FARMACOCINÉTICA
Vias de exposição: respiratória, cutânea e
absorção oral (ocorrendo por ingestão voluntária
(suicídio) ou por alimentos contaminados.
AGROTÓXICOS - INSETICIDAS
1. Inseticidas ORGANOFOSFORADOS
FARMACOCINÉTICA
Absorção: dérmica, tratogastrointetinal; e sistema
respiratório (muitas vezes favorecida pelos
solventes presentes na formulação)
- 90 % da absorção se dá pela pele
- restante por via oral e respiratória (nariz, garganta,
faringe).
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ORGANOFOSFORADOS E CARBAMATOS
• FARMACOCINÉTICA
- Distribuição e Biotransformação
• Organofosforado: extensa distribuição sistêmica e
acumulam-se no tecido adiposo. Lento metabolismo
hepático.
• Carbamato: ação curta e metabolização hepática e
pelo soro (12-24h).
- Mecanismo de ação: inibiçãoda acetilcolinesterease
- Eliminação: a principal via é a renal
Mecanismo de Ação
AChE
Organofosforado Carbamato
O acumulo leva a uma contínua superexitação nervosa, levando a um quadro de
posterior paralisia muscular.
Após um período (depende do composto) a ligação se torna:
- IRREVERSÍVEL (Organofosforados) com a Acetilcolinesterase (AChE)
- REVERSÍVEL (Carbamatos) com a Acetilcolinesterase (AChE) (Hidrólise
Espontânea em 48h)
Organofosforados e Carbamatos
FARMACODINÂMICA
• Local de ação: sistema nervoso e muscular
- Atua nos receptores colinérgicos
- Receptores colinérgicos: são proteínas que
geram uma resposta a partir da sua
conexão com uma molécula de acetilcolina.
Os receptores colinérgicos se dividem em
muscarínicos e nicotínicos.
 Muscarínicos: presentes no sistema
respiratório e gastrointestinal
 Nicotínicos: presentes no sistema
cardiovascular e músculo esquelético
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ORGANOFOSFORADOS
Sinais e sintomas de intoxicação aguda podem ser
divididos em três estágios:
• Leve – fadiga, dor de cabeça, visão borrada,
dormência de extremidades, náusea, vômitos, salivação
e sudorese excessivos.
• Moderada – fraqueza, dificuldade para falar,
fasciculação muscular, miose.
• Severa – inconsciência, paralisia flácida,
dificuldade respiratória, cianose.
ORGANOFOSFORADOS
Síndrome Intermediaria - Sinais e sintomas
Acontece em 20 a 50% dos casos de Intoxicação
aguda (IA)
 Aparece em 1 ou vários dias após a IA, durante o
processo de recuperação da síndrome colinérgica
 Causam: fraqueza respiratória e muscular
 Mortalidade em 15 a 40% dos casos
 mecanismo ainda não esclarecido mas não tem
relação com a inibição da acetilcolinesterase.
ORGANOFOSFORADOS
Toxicidade Crônica - Sinais e sintomas
Existem controvérsias sobre seus possíveis efeitos
 Danos ao SNC e periférico
 desenvolve tolerância
 anomalias neurocomportamentais (cognitivo)
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Comparativo
Organofosforados Carbamatos
Acumula-se nos tecidos Não há acúmulo nos 
tecidos
Reação irreversível Reação reversível
Fosforila a enzima AChE Carbamila a enzima AChE
TRATAMENTO
• ATROPINA
– compete com a acetilcolina pelos receptores 
muscarínicos – agonista
– se não houver efeito imediato a dose pode ser 
dobrada a cada 3-5 minutos até os sintomas 
pulmonares se aliviarem
– Dose adultos: 2 a 5mg EV
– Dose crianças: 0,05mg/kg EV
DIAGNÓSTICO
• Baseado na história e na clínica (sintomas)
• Pode confirmar o diagnóstico de
intoxicação administrando atropina
– 1mg EV para adultos e 0,01-0,02mg/kg p/
crianças
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DIAGNÓSTICO
LABORATORIAL
• Colinesterase sanguínea (AChE): análise da enzima
presente no eritrócito, que é a própria acetilcolinesterase -
atividade enzimática no sangue
• Colinesterase plasmática (ChP) : análise da enzima
presente no plasma
• Valores de referencia:
– Homens: 5.600 a 11.200 U/l
– Mulheres: 4.200 a 10.800 U/l
• Tecnicas utilizadas:
– Método Potenciométrico
– Método Colorimétrico
– Métodos manométricos
– Métodos titulométricos
– Métodos espectrofotométricos
DIAGNÓTICO - Interpretação 
• A inibição da atividade da enzima
acetilcolinesterase tem correlação:
– com a intensidade e a duração da exposição
– a determinação dessas enzimas plasmática e
eritrocitária serve de apoio ao diagnóstico nos
casos de intoxicação aguda
• A colinesterase sanguínea é a responsável pela
toxicidade aguda no SNC (indicador mais especifico
e sensível)
• A colinesterase plasmática é inibida primeiro por
compostos como malation, diazinon e diclorvos,
transformando esse parâmetro em um indicador de
exposição mais sensível para esses compostos.
Diagnostico - interpretação 
• A validade do teste deve ter como referencia valores
de pré-exposição do mesmo individuo para
comparação. (exposição ocupacional – trabalho)
• Variações biológicas diminuem a validade da
utilização dessa dosagem:
– Diminuição da colinesterase: doenças hepáticas (hepatite,
cirrose, icterícia, insuficiência cardíaca, câncer, reações
alérgicas , mulheres menstruadas, gravidez)
– Aumento da colinesterase: hipotireodismo
INSETICIDAS
CLASSES
2. PIRETRINAS E PIRETROIDES
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PIRETRINAS E PIRETROIDES
 Piretrinas naturais (piretrum):
mistura de 6 ésteres – piretrinas I e II
– cinerinas I e II
– jasmolinas I e II
 se decompõem rapidamente à luz solar
 Piretroides: Inseticidas sintéticos
 Sintetizados a partir dos praguicidas naturais piretrinas
PIRETROIDES
Inseticidas sintéticos que não se
decompõem rapidamente a luz solar
 alta atividade inseticida
 toxicidade baixa
 baixa persistência no ambiente
 baixa tendência a induzir resistência em
insetos
 atualmente representam 25% do mercado
global de inseticidas
PIRETROIDES
 Usados na agricultura, pecuária, domicílios,
 Campanhas de saúde pública
 Tratamento de ectoparasitas humanos
(piolho, sarna) ex: deltametrina
 em países tropicais são embebidos em
mosquiteiros para evitar picada dos insetos
PIRETROIDES
Toxicocinética
Absorção: principalmente por via oral e pequena
quantidade por via dérmica. Pode ser aumentada por
solventes orgânicos presentes nas formulações.
 Distribuição: rápida. A lipossolubilidade e
glicoproteínas transportadoras favorecem penetração
no cérebro.
 Biotransformação: rápida. fígado e plasma
- reações de hidrólise, hidroxilação e conjugação com sulfatos,
aminoácidos, acido glicurônico, conjugação lipofílica com colesterol,
bile e triglicérides.
- A presença de um grupo alfa-ciano nos piretroides tipo II
diminuem seu metabolismo
 Excreção: renal
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PIRETROIDES
Toxicodinâmica
Ação: paralisia temporária
- seletivos dos canais de sódio
- neurotóxicos para insetos e mamíferos
- Outros mecanismos: antagonismo ao ácido gama-
aminobutírico (GABA). Estimulação dos canais de
cloro. Aumento da liberação de noroadrenalina.
PIRETROIDES
Quadro Clínico
Toxicidade aguda: leve a moderada
- sinais e sintomas: dependem da via e da dose.
- exposição dérmica: eritrema, vesículas, parestesias
(sensações cutâneas aumentadas como: queimação,
dor, frio e prurido).
- exposição por inalação: coriza, congestão nasal e
garganta arranhando
- exposição oral: dor epigástrica, náuseas, vômitos
(iniciam de 10 a 60’ após ingestão)
- sinais e sintomas sistêmicos importantes: sonolência;
cefaléia; anorexia; fadiga e fraqueza; fasciculações
musculares intensas nas extremidades; topor a coma
PIRETROIDES
Quadro Clínico
Toxicidade crônica:
- neurotoxicidade,
- diabetes
- risco para câncer de próstata
PIRETROIDES
Tratamento
Não há antidoto especifico
 pacientes assintomáticos: ficar em observação por
6h
 Convulsões: tratar com diazepam
 Reações de hipersensibilidade: adrenalina, inibidores
de H1 e H2, corticóides
 Lavagem gástrica é recomendada ate 1h após a
ingestão
 Broncoespasmo: uso de broncodilatadores
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INSETICIDAS
CLASSES
3. NEONICOTINÓIDES
INSETICIDAS NEONICOTINOIDES
 Sintetizados a partir da nicotina natural
 Princípios ativos: imidacloprido; nitempiram;
acetamiprido; tiacloprido e tiametoxam.
 São chamados de : cloronicotinas; nitroguanidinas;
clorotiazóis; nitroiminas
INSETICIDAS NEONICOTINOIDES
Toxicocinética
Absorção: principalmente por via oral e pequena
quantidade por via dérmica.
Distribuição: rápida. Alcançam pico plasmático em
2 - 5h
 Biotransformação: fígado
- reações de oxidação, conjugação e hidroxilãção
 Excreção: renal
INSETICIDAS NEONICOTINOIDES
Toxicodinâmica
Ação: competem com a acetilcolina pelos
receptores nicotínicos.
- Causamhiperexcitabilidade do SNC
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Quadro Clínico
 Toxicidade baixa após contato dérmico
 Toxicidade moderada após ingestão e variável por
inalação
- Sinais e sintomas: tremores, convulsões e morte
- Sinais sistêmicos: sonolência, tontura, vômitos,
desorientação e febre. Sudorese
INSETICIDAS NEONICOTINOIDES
Tratamento
Não há antidoto especifico
 pacientes assintomáticos: ficar em observação por
6h
 Convulsões: tratar com diazepam
 Acompanhamento
INSETICIDAS NEONICOTINOIDES
INSETICIDAS
CLASSES
4. ORGANOCLORADOS
ORGANOCLORADOS
 Inseticidas amplamente utilizados no mundo tanto
com uso agrícola como não agrícola
 a partir de 1970 foi proibido ou restringido seu uso
por apresentarem bioacumulação e biomagnificação e
persistência por varia décadas no ambiente
 são estruturas cíclicas
 peso molecular de 300 a 500g/mol
 baixa volatilidade
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ORGANOCLORADOS
23 de maio de 2001, 122 países assinaram a
Convenção de Estocolmo sobre Poluentes
orgânicos persistentes (POPs), na capital da
Suécia, com o objetivo de eliminar uma lista inicial
de 12 substâncias tóxicas.
 DDT, aldrin, dieldrin, clordane, endrin, heptacloro, hexachlorobenzeno,
mirex, toxafeno, PCBs (bifenilas policloradas), e as dioxinas e os furanos.
Essas duas últimas são substâncias resultantes não intencionalmente da
produção, uso ou disposição (como a incineração) de outros POPs ou de
resíduos sólidos em geral (como plásticos PVC).
ORGANOCLORADOS
Principais categorias:
1. Dicloro-difenil-tricloroetano (DDT)
- é o primeiro pesticida moderno desenvolvido após a Segunda
Guerra para o combate dos mosquitos causadores da malária
e do tifo.
- insolúvel em água, mas solúvel em compostos orgânicos
como a gordura e o óleo
- leva cerca de 30 anos para se degradar e desaparecer do
meio ambiente
- O DDT é considerado uma das substâncias sintéticas mais
utilizadas e estudadas no século XX.
ORGANOCLORADOS: POLÊMICA DO DDT
Mortes por dengue no Brasil deram um salto depois de
1998, quando o DDT foi proibido em campanhas de saúde
pública.
 Por onde passava, eliminava o Anopheles e o Aedes
aegypti, erradicava doenças
 No Brasil, o inseticida eliminou Aedes aegypti, que permaneceu
erradicado entre 1955 e 1967.
 A Malária, dengue e febre amarela pareciam então problemas
resolvidos.
 Livro ‘Primavera Silenciosa’
 Depois da onda de perseguição ao DDT
estudos mostraram que a relação entre ele o
câncer é fraca e confusa.
 Em 2006, a Organização Mundial de Saúde
reviu sua decisão e voltou a recomendar o
DDT para o combate de malária na África.
Agora mais e mais países voltam a utilizá-lo.
 em 2009, o então presidente Luís Inácio
Lula da Silva, sancionou a Lei de nº 11.936,
proibindo a fabricação, importação,
manutenção em estoque, comercialização e
o uso do DDT em todo território brasileiro.
ORGANOCLORADOS
Principais categorias:
1. Dicloro-difenil-tricloroetano (DDT)
Composição química:
- 1,1- (2,2,2- tricloroetildeno) bis(4-clorobenzeno)
- 1.1.1- tricloro—2.2-bis-(p-clorofenil) etano
- isômeros p.p’ – DDT
- comercialmente temos a mistura dos isômeros:
p.p’ – DDT; o.p’ – DDT;
p.p’ – DDD e o.p’ – DDD (2,2-bis-(p-clorofenil)-1,1-dicloetano)
- todos são sólidos, brancos, inodoros e insípidos
- lipossolúveis
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ORGANOCLORADOS
Toxicocinética
Absorção:
Via oral – principal
Via dérmica - pequena quantidade
- DDT é o de menor absorção dérmica. Pode ser aumentada por
solventes orgânicos presentes nas formulações.
- Dieltdrin bem absorvido
Via respiratória - baixa por terem baixa volatilidade
 Distribuição: rápida. São altamente lipossolúveis e se
depositam no tecido adiposo
- O DDT ou seu metabolito DDE se depositam em todos os tecidos:
medula óssea, fígado, rins, coração, SNC, leite materno, e tecido fetal
 Biotransformação: fígado. Indutoras das enzimas
hepáticas podendo lesar o organismo
ORGANOCLORADOS
Principais categorias:
1. Dicloro-difenil-tricloroetano (DDT)
- Sofre degradação biológica e ambiental e forma metabólitos
importantes:
- p.p’-DDT -> DDE (mais resistente a degradação que o DDT,
serve como biomarcador de exposição dos seres vivos)
- DDD (tb é um metabolito importante)
- outros: DDMU; DDMS; DDNU; DDOH e
- DDA (único solúvel em agua sendo eliminado na urina)
ORGANOCLORADOS
Toxicocinética
 Excreção:
Via biliar: principal
Via renal: a maioria apresenta metabolitos elimináveis
pela urina
Via Fecal:
- quando ocorre ingestão de altas doses, ocorre eliminação sem
ser absorvido no TGI na forma não metabolizada
- pode acontecer a reabsorção no intestino desses compostos
não biotransformados, através da circulação enterro-hepática o
que retarda a excreção.
ORGANOCLORADOS
Toxicodinâmica
Ação:
1. Estimulam o SNC
- alteram as propriedades eletrofisiológicas da membrana dos
neurônios e das enzimas relacionadas mudando a cinética do
fluxo de íons Na+ e K+
- promovem distúrbios no transporte dos ions Ca+2, Mg+2 e Cl-
2. Desrreguladores endócrinos
- Interferem no desenvolvimento e na função dos tecidos e órgãos
- alteram a suscetibilidade a diferentes tipos de doenças dentro
de uma população
3. Hepático em altas doses são indutores das enzimas - eldrin
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Quadro Clínico
 hiperexcitabilidade do SNC
 os sintomas podem aparecer de 30’ a varias horas depois da
exposição.
 depende do composto, da via, do grau de exposição e do tipo de
diluente usado na formulação
 principais sintomas: cefaleia , tremores difusos, ataxia, hiperestesia
(boca e no rosto), parestesias ( língua, face, pescoço e
extremidades), hiperreflexia, agitação psicomotora, vertigens,
obnubilação, distúrbios de memoria, contraturas mioclônicas e
convulsões tônico-clonicas generalizadas, violentas, repetidas e
prolongadas
ORGANOCLORADOS
Quadro Clínico
 Distúrbios Grastrointestinais
 náuseas, vômitos, desconforto e diarreia.
 Problemas nas trocas gasosas pulmonares, arritimia
miocárdica, febre, etc
 Exposições a longo prazo: perda de peso, anemia, debilidade
muscular, alterações no EEG, ansiedade, tonturas, perda da
coordenação motora, dor toráxica, alterações hepáticas
(hipertrofia e necrose; induzem as enzimas do P450), alterações
na produção do esperma, alterações de origem endócrina.
Carcinogênicos hepaticos
ORGANOCLORADOS
OUTRAS CLASSES:
 HEXACLOCICLOHEXANO E CICLODIENOS
 alta persistência no ambiente, classificados como Poluentes Orgânicos
Persistentes (POPs), pelo acúmulo na cadeia alimentar, e pelos grandes
danos aos seres vivos.
ORGANOCLORADOS
α-HCH β-HCH Lindano
Hexaclorociclohexano (HCH): usado 
no controle de vetores doenças 
como Chagas e malária. É 
atualmente considerado um 
carcinógeno humano e pode 
persistir por mais de 15 anos no 
meio ambiente.
Toxafeno: um dos pesticidas mais
usados na década de 70, no controle
de pestes do algodoeiro, cereais,
árvores de fruto e vegetais, entre
outras. Usava-se ainda no
extermínio de espécies de peixe
consideradas indesejáveis.
OUTRAS CLASSES: TOXAFENO
ORGANOCLORADOS
Exposição:
 ingestão de animais contaminados, particularmente de peixes e
crustáceos,
 Ingestão de água contaminada,
 Respiração nas proximidades em locais de deposição de toxafeno.
 Embora já tenha sido encontrado no leite materno, aparentemente não
se acumula em grande extensão nos humanos.
Sintomas:
- Intoxicação crônica: elevadas concentrações está associada a disfunções
renais, hepáticas, no sistema nervoso central, debilitação do sistema
imunológico e câncer. Foi relacionado com a diminuição da esperança de
vida, disrupção hormonal,diminuição da fertilidade e alterações
comportamentais.
- Intoxicação aguda: é tipicamente letal para os mamíferos, aves e
espécies aquáticas.
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OUTRAS CLASSES: LINDANO
ORGANOCLORADOS
Usos: pediculicida e escabicida.
 foi aprovado pelo FDA como um tratamento de segunda linha para o
tratamento tópico de capitis pediculose (piolhos), pubis pediculose
(piolhos púbicos), ou sarna, em pacientes maiores de dois anos de
idade que não podem tolerar ou falharam no tratamento de primeira
linha.
Mecanismo De Ação
 inseticida organoclorado que tem propriedades neurotóxicos semelhantes ao
DDT.
 Exerce a sua ação parasiticida ao ser absorvido diretamente através do
exoesqueleto do parasita (principalmente piolhos, ou sarna) e os seus óvulos.
 O ácido gama-aminobutírico (GABA) receptor/cloreto complexo é o principal
local de ação para o lindano e outros inseticidas, como o endosulfan, e o
fipronil
 O bloqueio do canal de cloreto fechado por GABA reduz a inibição neuronal, o
que leva a hiperexcitação do sistema nervoso central. Isto resulta em
paralisia, convulsões e morte.
OUTRAS CLASSES:
 HEXACLOCICLOHEXANO E CICLODIENOS
 alta persistência destes compostos no ambiente, classificados como
Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs), pelo acúmulo na cadeia
alimentar, e pelos grandes danos aos seres vivos.
ORGANOCLORADOS
Clordecona: inseticida, também 
conhecido como Kepone, utilizado 
em hortaliças, bananeiras, tabaco e 
frutas e degrada-se lentamente no 
meio ambiente.
Dodecacloro: usado no combate a
formigas.
OUTRAS CLASSES: DODECACLORO e CLORDECONA
ORGANOCLORADOS
Fontes de Exposição: consumo de peixes de áreas
contaminadas e a residência em áreas com histórico de
contaminação ou em locais onde houve disposição de resíduos.
Intoxicação aguda:
- altas doses causa diarréia, tremor, cansaço e fraqueza.
- baixas doses por curto prazo pode causar prejuízo na
reprodução e no desenvolvimento.
- efeitos tóxicos atingem órgãos como fígado, rins, olhos e
tireóide.
- Diminuição da fertilidade, danos aos testículos e toxicidade no
desenvolvimento
Mecanismo de ação: semelhante ao DDT
OUTRAS CLASSES:
 HEXACLOCICLOHEXANO E CICLODIENOS
 alta persistência destes compostos no ambiente, classificados como
Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs), pelo acúmulo na cadeia
alimentar, e pelos grandes danos aos seres vivos.
ORGANOCLORADOS
Dieldrin: utilizado para controlar 
pragas de gafanhotos, vetores de 
doenças tropicais, no controle de 
cupins e no tratamento de plantas, 
frutas e sementes para cultivo.
Aldrin ƒn- inseticidas (controle de
pragas e cupins, lagartas e
formigas cortadeiras e controle de
insetos do solo), fungicidas
(proteção de sementes) e
herbicidas;
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OUTRAS CLASSES:
 HEXACLOCICLOHEXANO E CICLODIENOS
 alta persistência destes compostos no ambiente, classificados como
Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs), pelo acúmulo na cadeia
alimentar, e pelos grandes danos aos seres vivos.
ORGANOCLORADOS
Heptacloro: usado no controle de 
insetos de solo, contra pragas do 
algodoeiro (gafanhotos) e contra o 
vetor da Malária.
Endrin: Inseticida usado nas
culturas de algodão arroz e milho.
OUTRAS CLASSES:
 HEXACLOCICLOHEXANO E CICLODIENOS
 alta persistência destes compostos no ambiente, classificados como
Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs), pelo acúmulo na cadeia
alimentar, e pelos grandes danos aos seres vivos.
ORGANOCLORADOS
Endosulfan: já foi muito utilizado em 
muitas culturas, como algodão, 
cacau, café, cana-de-açúcar e soja 
entre outras, e ainda para uso 
doméstico. ANVISA proibiu o uso 
desta substância e só poderá ser 
usado em cultura de algodão até 
2013.
Clordano: usado contra insetos
cujas larvas se alimentam de raízes;
já foi usado como pesticida no milho
e atualmente é usado em gado e em
jardins domésticos.
OUTRAS CLASSES:
 HEXACLOROCICLOHEXANOS E CICLODIENOS
ORGANOCLORADOS
 o Endosulfan inseticida muito eficiente, também é um dos
inseticidas mais tóxicos presentes no mercado atualmente.
 Acredita-se que tenha sido responsável por muitos incidentes
fatais de envenenamento em todo mundo.
 É uma substância sintética
 O endosulfan é, na verdade, uma mistura de estereoisômeros,
designados alfa e beta. O alfa-endosulfan é o isômero
termodinamicamente mais estável.
OUTRAS CLASSES:
 HEXACLOROCICLOHEXANOS E CICLODIENOS
ORGANOCLORADOS
 o Endosulfan é uma substância sintética que imita ou realça
o efeito do hormônio feminino estrogênio, o que significa que
ele pode causar danos na reprodução e desenvolvimento de
animais e humanos.
 Os sintomas de envenenamento agudo incluem a
hiperatividade, tremores, convulsões, dificuldade na
respiração, falta de coordenação, náusea, vômito e
diarreia.
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OUTRAS CLASSES:
 HEXACLOROCICLOHEXANOS E CICLODIENOS
ORGANOCLORADOS
 o Endosulfan possui dois mecanismos de ação, cada um
associado a uma parte diferente da molécula.
 As partes cloradas alteram as propriedades eletrofisiológicas e
enzimáticas das membranas das células nervosas, causando uma
mudança na cinética do fluxo de íons Na+ e K+ pela membrana.
 Ao mesmo tempo, a parte relativa ao ciclodieno dificulta a ação
do neurotransmissor ácido gama-aminobutirico (GABA), que
induz a absorção de íons cloreto pelos neurônios.
 O bloqueio dessa atividade resulta na repolarização parcial do
neurônio, deixando-o em um estado de excitação descontrolada.
Tratamento
Não há antidoto especifico
 Ficar em observação por 12h
 Convulsões: tratar com diazepam seguido de
fenobarbital quando necessário
 Não provocar vômito em casos de ingestão.
Lavagem gástrica recomentada ate 2 horas após.
ORGANOCLORADOS
INSETICIDAS
CLASSES
5. AVERMECTINAS
AVERMECTINAS
• Avermectinas e milbemicinas são lactonas
macrocíclicas usadas em ruminantes, eqüínos,
suínos e em caninos, para o controle de endo e
ectoparasitas.
• A ivermectina é hoje uma das avermectinas
tambem utilizada em humanos.
• Apresentam ação inibidora do GABA,
promovendo hiperpolarização do neurônio e,
conseqüentemente, inibindo a transmissão
nervosa.
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AVERMECTINAS
FARMACOCINÉTICA
- Distribuição: ligação a lipoproteínas na circulação
sanguínea.
- A baixa hidrossolubilidade e a elevada lipossolubilidade
favorecem a sua deposição o que prolonga o tempo de
residência do medicamento no organismo.
- Metabolização: fígado
- Excreção: Renal
AVERMECTINAS
Toxicidade:
- A barreira hematoencefálica permite a passagem da ivermectina em
concentrações suficientes para estimular a secreção do GABA,
ocasionando depressão do sistema nervoso central
- Os sinais de reação tóxica, quando a droga é administrada
oralmente, podem ser observados em 24 horas (sendo mais
rápido quando administrado por via parenteral) e consistem em:
perda do controle motor (incapacidade de manter postura,
membros cruzados e ataxia), letargia, fraqueza, perda de reflexos
visuais, depressão respiratória, bradicardia, midríase, tremores,
hipersalivação, coma e eventualmente a morte
- Importante ressaltar que não há antídoto específico para a
intoxicação causada pelo uso desse medicamento
RESUMO DA AÇÃO DOS INSETICIDAS
TODOS SÃO NEUROTÓXICOS
ALVO INSETICIDA EFEITO
Acetilcolinesterase Organofosforados
Carbamatos
Inibição
Inibição
Canais de Sodio
Piretróides (I e II)
DDT
Diidropirazóis
Ativação
Ativação
Inibição
Receptores Nicotínicos Nicotina
Neonicotinoides
Ativação
Ativação
Canais de cloro (mediados pelo GABA)
Ciclodienos
Fenilpirazois
Piretróides (II)
Inibição
Inibição
Inibição
Canais de cloro (mediados por glutamato)Avermectinas Ativação
Receptores alfa adrenoreceptores Formamidinas Ativação
Complexo mitocondrial Rotenoides Inibição
Alvos Moleculares das classes de Inseticidas
AGROTÓXICOS
Como diagnosticar uma contaminação 
por agrotóxico? 
 Dosagem do próprio princípio ativo do qual se
suspeita no sangue ou na urina do paciente
Mas este exame não é acessível para todos devido ao
custo e à complexidade técnica.
 dificuldade é agravada pelo fato de existir uma
enorme variedade de grupos químicos no
mercado
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AGROTÓXICOS
Como diagnosticar uma contaminação por 
agrotóxico? 
INTOXICAÇÃO AGUDA: dificuldades
 desinformação dos trabalhadores sobre o uso e os perigos dos
agrotóxicos
 medo do trabalhador em reconhecer em si sintomas de
intoxicação
 sintomas da intoxicação serem normalmente inespecíficos:
dores de cabeça, dores abdominais, enjôos, vômitos, dermatites
(irritações de pele)... É muito comum pessoas intoxicadas por
agrotóxicos receberem, erroneamente, diagnóstico de doenças
como dengue, rotavirose ou alergia, entre outras
 falta de um sistema eficiente para identificar casos de
intoxicação
AGROTÓXICOS
Como diagnosticar uma contaminação por 
agrotóxico? 
INTOXICAÇÃO AGUDA: dificuldades
 Hospital João Murilo de Oliveira (do SUS): localizado no
município de Vitória de Santo Antão, em Pernambuco, a 50 km
de Recife. Vitória faz parte do cinturão verde de Recife e o uso
de agrotóxicos na produção de hortaliças é absolutamente
generalizado.
- Programa “Sentinela”, que tem entre seus objetivos realizar a
notificação dos casos de intoxicação por agrotóxicos.
- Problemas enfrentados: profissionais não treinados, e os
treinados não atendem na emergência
AGROTÓXICOS
Como diagnosticar uma contaminação por 
agrotóxico? 
 Intoxicação crônica (conjunto de informações)
- quadro clínico do paciente (que problemas de saúde ele
sofreu ou desenvolveu)
- avaliação da sua história ocupacional e ambiental.
- dados epidemiológicos (ex: muitas pessoas de uma
mesma região foram expostas a um mesmo produto e
desenvolveram sintomas semelhantes)
- avaliar os dados da literatura, investigando informações
sobre as substâncias com as quais o paciente relata ter tido
contato. É preciso investigar não só o veneno utilizado, mas
também as circunstâncias de uso.
AGROTÓXICOS
Como diagnosticar uma contaminação por 
agrotóxico? 
 Intoxicação crônica - dificuldades
- à existência de múltiplas possíveis causas para as
doenças provocadas por agrotóxicos, como o câncer,
insuficiência renal ou problemas neurológicos
- são raros e pouco acessíveis os exames laboratoriais
capazes de detectar a contaminação em pequenas doses e por
longos períodos a determinado agrotóxico e comprovar a sua
relação com a doença desenvolvida.
- trabalhadores tem dificuldade de saber especificamente
quais os agrotóxicos aos quais tiveram contato
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SISTEMAS DE NOTIFICAÇÃO E REGISTRO DE 
INTOXICAÇÃO POR AGROTÓXICOS 
- SINITOX (Sistema Nacional de Informações Tóxico
Farmacológicas), gerenciado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo
Cruz)
– coleta, compila, analisa e divulga os dados sobre intoxicação e
envenenamento (não só por agrotóxicos, mas também por remédios, animais
peçonhentos, produtos de uso domissanitário etc.)
– RENACIAT (Rede Nacional de Centros de Informação e
Assistência Toxicológica). conta hoje com 37 Centros, localizados
em 19 estados e no Distrito Federal.
– CIATs são os centros de informação e assistência
toxicológica, por sua vez, fornecem informação e orientação sobre o diagnóstico,
o prognóstico, o tratamento e a prevenção de intoxicações. Eles também prestam
atendimento diretamente aos pacientes e possuem uma linha telefônica exclusiva para
dar orientação a profissionais de saúde ou outros que precisem atender pessoas
intoxicadas.
SISTEMAS DE NOTIFICAÇÃO E REGISTRO DE 
INTOXICAÇÃO POR AGROTÓXICOS 
• SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação),
gerenciado pelo Ministério da Saúde.
• NOTIVISA (gerenciado pela Anvisa) que, em parte
associado ao Sinitox, pretende compilar dados bastante
abrangentes envolvendo casos de intoxicação, mas que
ainda não está operando plenamente.

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