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Leitura do livro “Morte e Vida Severina” de João Cabral de Melo Neto – Alfaguara – Editora Objetiva, 2007. 
O LIVRO:
O livro “Morte e Vida Severina” de João Cabral de Melo Neto narra em forma de peça teatral, a estória do retirante Severino que sai do sertão nordestino em direção ao litoral em busca da vida que lhe faltava.
No decorrer de sua viagem ele vai encontrando pelo caminho mais mortes, o que contribui para a sua resignação perante o fim de sua vida. Apesar de lampejos de esperança perante a beleza verdejante encontrada no caminho, a morte sempre presente o faz desistir da vida. Ao chegar em Recife, escuta o diálogo entre dois coveiros reclamando sobre a dificuldade que a morte dos retirantes que saiam do sertão lhes dava ao morrer no seco, sugerindo que os mesmos deveriam morrer no “molhado” ou seja, no rio, afim de lhes dar menos trabalho, Severino decide se suicidar num dos rios da cidade.
Ao se encontrar no pé de um dos rios da cidade, encontra José, um carpinteiro ribeirinho e lhe pergunta se aquele local seria bom para o suicídio. José lhe responde que sim, mas tenta convencê-lo a não fazê-lo. Severino então lhe pede uma razão para não fazê-lo. José não encontra, mas os dois são surpreendidos pela notícia do nascimento do filho de José (alusão a Jesus Cristo), que enfim funciona como a resposta que Severino esperava.
“Severino, retirante, deixe agora que lhe diga: eu não sei bem a resposta da pergunta que fazia, se não vale mais saltar fora da ponte e da vida; nem conheço essa resposta, se quer mesmo que lhe diga; é difícil defender, só com palavras, a vida, ainda mais quando ela é esta que vê, severina; mas se responder não pude à pergunta que fazia, ela, a vida, a respondeu com sua presença viva. E não há melhor resposta que o espetáculo da vida: vê-la desfiar seu fio, que também se chama vida, ver a fábrica que ela mesma teimosamente se fabrica, vê-la brotar como há pouco em nova vida explodida; mesmo quando é uma explosão como a de há pouco, franzina; mesmo quando é a explosão de uma vida severina.” 
 
Reflexão crítica e Conclusão:
Trata-se de uma leitura imprescindível, pois coloca em discussão a manutenção da vida frente a miséria, a desesperança e as dificuldades que ela apresenta. Por toda a leitura, somos desafiados a pensar sobre a solicitude da vida, sobre o por quê resistir às adversidades e perseverar na vida.
Por fim, o autor nos dá um fio de esperança, seja pelo nascimento de uma nova vida que simboliza a resistência da esperança, seja pela alusão à fé no criador que sempre nos convida a acreditar. Enquanto educadores, o livro pode ser abordado como tema transversal, como forma de provocar questionamentos e reflexão social.

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